Ministério da Saúde bate à porta para medir peso,
altura e coletar sangue para mapear a situação de saúde dos menores de cinco
anos. Se receber a visita de entrevistadores, participe e colabore a qualificar
o cuidado à saúde das crianças
O Brasil inicia a penúltima etapa do estudo inédito
que vai mapear a situação de saúde e nutrição de crianças de até cinco anos em
todo o país. Pela primeira vez, o Ministério da Saúde bate à porta para
levantar dados sobre o peso e altura e coletar sangue para verificar as
condições de saúde das crianças. Serão visitadas 2.170 residências nos estados
do Maranhão, Piauí, Ceará, Pará e Amapá, que integram o sexto ciclo do Estudo
Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). Para confirmar a
identidade do pesquisador, que estará devidamente identificado com crachá, o
cidadão pode ligar gratuitamente para o telefone 0800 808 0990. Seja parceiro
do Ministério da Saúde e ajude a construir um mapeamento com informações
detalhadas sobre hábitos alimentares, crescimento e desenvolvimento para
qualificar o cuidado à saúde das crianças.
Desde março, 11.300 casas em 17 estados já
receberam a visita de pesquisadores. Até o fim do ano, todos os estados
brasileiros receberão os pesquisadores de campo. Alagoas, Paraíba, Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Sergipe finalizam a pesquisa com a última fase a partir
de novembro. No total, serão estudados 15 mil domicílios em 123 municípios
de todo o país.
O mapeamento sanguíneo de 12 micronutrientes, como
os minerais zinco e selênio, além de vitaminas do complexo B, serão estudados
em todo o território nacional. Também serão levantadas informações sobre
amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e
minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da
família também serão investigadas.
As informações irão ajudar na construção de
políticas públicas e estratégicas de promoção da saúde para as crianças.
A pesquisa de campo é coordenada pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi encomendada pelo Ministério da Saúde, em
parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Também participam a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a
Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao
todo, a iniciativa conta com a participação de 60 pesquisadores de 22
instituições acadêmicas públicas e privadas de todas as regiões do país.
A PESQUISA É
SEGURA
Os pesquisadores que visitam os lares brasileiros
estão identificados com camisas e crachás com o nome e a fotografia, além do
logotipo do Ministério da Saúde. Assim que chegam ao local, o entrevistador explica
os procedimentos e entrega um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com
detalhes da pesquisa e orientações de como entrar em contato com a coordenação
para tirar dúvidas, incluindo a opção gratuita de ligar para o telefone
0800 808 0990. A participação é voluntária e os dados são sigilosos.
Ao bater à porta, o entrevistador irá iniciar um
questionário sobre saúde, verificar medidas de peso e altura das crianças e das
mães biológicas e, ainda, coletar uma amostra de sangue das crianças com mais de
seis meses de vida para verificar anemia e medir, além do ferro e ferritina,
marcadores de inflamação, como proteína C reativa, as vitaminas do complexo B,
minerais como zinco e selênios e micronutrientes importantes no organismo.
Também será armazenada em um biorrepositório uma parcela do sangue para
análises posteriores sobre marcadores genéticos e o perfil metabólico.
A coleta de sangue para análise é um dos principais
diferenciais do estudo, permitindo a obtenção de dados inéditos. As amostras
são cuidadosamente coletadas, transportadas e analisadas. Os resultados dos
exames são entregues para as famílias e, em caso de desnutrição, obesidade ou
deficiência de micronutrientes, os participantes do estudo serão encaminhados
para unidades de saúde próximas às suas casas.
A realização da pesquisa segue rigorosa metodologia
científica e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da
UFRJ. Todos os entrevistadores, supervisores e coordenadores participam de
treinamentos locais, com foco no rigor científico e na obtenção de dados de
qualidade.
Cronograma de coleta de dados do
Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil
|
|
Período de coleta de dados
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Estados
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Março e Abril
|
Bahia; Distrito Federal;
Espírito Santo; Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina
|
Maio e Junho
|
Mato Grosso, Paraná
|
Junho e Julho
|
Acre, Amazonas; Rondônia,
Tocantins
|
Agosto e Setembro
|
Ceará, Goiás, Maranhão, Piauí,
São Paulo
|
Setembro e Outubro
|
Alagoas, Amapá, Pará,
Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe
|
Outubro
|
Maranhão, Piauí, Ceará, Pará e
Amapá
|
Novembro
|
Alagoas, Paraíba, Pernambuco,
Rio Grande do Norte e Sergipe
|
Natália Monteiro
Agência Saúde
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