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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Dia das Crianças: Fotógrafa cadeirante faz apelo por mais representatividade de crianças com deficiência no mercado fotográfico


Click by Maria Paula Vieira - Foto 3
MPV Fotografia


Maria Paula Vieira, de apenas 26 anos, se locomove por meio de cadeira de rodas desde os 13 anos e pontua que os pequenos que são considerados 'fora do padrão da sociedade' possuem pouco espaço, especialmente nas datas comemorativas


O Dia das Crianças está chegando e muitas propagandas com criança já começam a aparecer no cenário da publicidade. Isso faz, inclusive, com que muitos pais comecem a ter o desejo de eternizar seus momentos com fotos e vídeos com os seus pequenos.

Maria Paula Vieira, fotógrafa que se destacou no mercado sendo especialista em ensaios de famílias sugere que esta seja uma boa data para guardar estas memórias. “A infância é uma fase inesquecível, cheia de descobertas, e uma das formas mais lindas de nunca esquecer cada momento dela é registrando em fotografias”, diz Maria Paula.

A fotógrafa, que é cadeirante desde os 13 anos de idade, no entanto frisa que todas as crianças deveriam passar pela experiência de ter os seus momentos registrados, especialmente as com deficiência. Em uma sociedade pouco inclusiva, porém, é difícil fazê-las sentirem representadas, já que o mercado não as acolhe com a mesma atenção em oportunidades, propagandas e afins.

“Infelizmente muitas crianças com deficiência são excluídas do mercado fotográfico, e acabam perdendo seus registros por isso”, lamenta. “E qual seria a diferença? Nenhuma. Todas as crianças, típicas ou atípicas, são diferentes durante uma sessão, tudo vai depender de a gente saber conversar, ter paciência com a criança, com a família. Toda criança é diferente em seu jeito, personalidade, o mundo precisa ver isso, precisa reconhecer as diferenças humanas desde a infância e ver a beleza disso”, explica Maria Paula.

Maria pontua que estas datas que envolvem a família são importantes para eternizar os laços e as conexões, dos filhos com os pais, em cada clique, e que algo considerado ‘fora do padrão da sociedade’ não deveria interferir nestes momentos tão importantes. “Familia é amor, é descanso e alegria. São as nossas memórias em outros corações”, explica, inspirada.

De família, inclusive, Maria Paula entende bem. “Eu sou a caçula de 3. Minha mãe é de Salvador e meu pai paulista, ela viveu na praia, e ele na fazenda. No almoço de domingo, história é o que não falta! Minha família é o meu bem maior”, conta.

Desde a infância, Maria Paula se viu envolvida pela família, especialmente quando, aos 13 anos, descobriu que tinha uma doença genética rara, uma deformidade congênita adquirida, que não a impediu de seguir o seu principal sonho: fotografar. De clique em clique, com ajuda especialmente de seus pais, ela conseguiu estabelecer a sua carreira e ganhar destaque no mercado, se tornando inclusive modelo na televisão, em comerciais e fazendo participações em clipes de cantores renomados.  


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