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Maria Paula Vieira - Foto 3
MPV Fotografia
MPV Fotografia
Maria Paula
Vieira, de apenas 26 anos, se locomove por meio de cadeira de rodas desde os 13
anos e pontua que os pequenos que são considerados 'fora do padrão da
sociedade' possuem pouco espaço, especialmente nas datas comemorativas
O Dia das Crianças está chegando e muitas
propagandas com criança já começam a aparecer no cenário da publicidade. Isso
faz, inclusive, com que muitos pais comecem a ter o desejo de eternizar seus
momentos com fotos e vídeos com os seus pequenos.
Maria Paula Vieira, fotógrafa que se destacou no
mercado sendo especialista em ensaios de famílias sugere que esta seja uma boa
data para guardar estas memórias. “A infância é uma fase inesquecível, cheia de
descobertas, e uma das formas mais lindas de nunca esquecer cada momento dela é
registrando em fotografias”, diz Maria Paula.
A fotógrafa, que é cadeirante desde os 13 anos de
idade, no entanto frisa que todas as crianças deveriam passar pela experiência
de ter os seus momentos registrados, especialmente as com deficiência. Em uma
sociedade pouco inclusiva, porém, é difícil fazê-las sentirem representadas, já
que o mercado não as acolhe com a mesma atenção em oportunidades, propagandas e
afins.
“Infelizmente muitas crianças com deficiência são
excluídas do mercado fotográfico, e acabam perdendo seus registros por isso”,
lamenta. “E qual seria a diferença? Nenhuma. Todas as crianças, típicas ou
atípicas, são diferentes durante uma sessão, tudo vai depender de a gente saber
conversar, ter paciência com a criança, com a família. Toda criança é diferente
em seu jeito, personalidade, o mundo precisa ver isso, precisa reconhecer as
diferenças humanas desde a infância e ver a beleza disso”, explica Maria Paula.
Maria pontua que estas datas que envolvem a família
são importantes para eternizar os laços e as conexões, dos filhos com os pais,
em cada clique, e que algo considerado ‘fora do padrão da sociedade’ não
deveria interferir nestes momentos tão importantes. “Familia é amor, é descanso
e alegria. São as nossas memórias em outros corações”, explica, inspirada.
De família, inclusive, Maria Paula entende bem. “Eu
sou a caçula de 3. Minha mãe é de Salvador e meu pai paulista, ela viveu na
praia, e ele na fazenda. No almoço de domingo, história é o que não falta!
Minha família é o meu bem maior”, conta.
Desde a infância, Maria Paula se viu envolvida pela
família, especialmente quando, aos 13 anos, descobriu que tinha uma doença
genética rara, uma deformidade congênita adquirida, que não a impediu de seguir
o seu principal sonho: fotografar. De clique em clique, com ajuda especialmente
de seus pais, ela conseguiu estabelecer a sua carreira e ganhar destaque no
mercado, se tornando inclusive modelo na televisão, em comerciais e fazendo
participações em clipes de cantores renomados.
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