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O verão está chegando e algumas cidades
brasileiras já registram temperaturas acima dos 28 graus. Esse calor excessivo
não causa danos apenas ao ser humano, mas também aos animais de
estimação. Aliás, os animais sofrem ainda mais do que
nós, humanos. Além da pelagem, eles não possuem as importantes glândulas sudoríparas pelo corpo, ou seja, os pets eliminam calor apenas por entre
os dedos, boca e nariz. “Todo o cuidado é pouco no verão”, alerta a veterinária Luana Sartori, especialista da Nutrire. “Quadros graves de desidratação,
queimaduras e problemas no coração são apenas alguns
dos transtornos que o calor provoca nos animais”, diz.
Confira
as dicas da especialista para manter seu pet protegido:
Água, muita água fresca!
Uma das coisas mais importantes na vida
de um animal é a ingestão de água, mais ainda nos climas quentes. “A
desidratação é o problema mais comum no verão, mas que poderia facilmente ser
evitada se o pet bebesse a quantidade certa de líquidos diariamente”, revela.
A quantidade ideal de água que o pet
deve beber por dia fica entre 80 e 100 ml por quilo de peso. Felinos costumam
beber menos, o que exige ainda mais atenção, visto que desenvolvem problemas
nos rins com a deficiência de líquidos no organismo. A água pode ser filtrada
ou corrente, mas precisa ser limpa, fresca e, claro, potável.
“Uma dica para incentivar os pets a
beberem mais água, especialmente os gatinhos, é distribuir mais de um
recipiente pela casa. Os felinos, por exemplo, ingerem mais líquidos se mais de
uma opção de potinho for oferecido", acrescenta Luana. Além disso, pedras
de gelo podem ser colocados junto da água, pois alguns animais (não são todos)
preferem bebê-la mais gelada nesses dias de calor.
Desidratação é grave!
A desidratação é mais frequente entre
raças de focinho curto, como bulldog, pug e boxer, mas podem ocorrer em
qualquer animal. “Leve uma garrafinha com água toda vez que sair para passear
com seu animalzinho, ofereça aos poucos durante a caminhada. E, claro, fique
atento aos sinais de desidratação: gengiva e língua secas, olhos saltados,
diarreia, respiração ofegante, batimentos cardíacos alterados e falta de
elasticidade na pele. Ah, e se o pet não quiser sair, não insista”, explica Luana.
Ao sinal de qualquer um desses sintomas leve o cão ou gato ao veterinário
imediatamente.
Não esqueça: redobre a quantidade de
água oferecida aos animais nesses períodos. Além disso, evite passeios nos
horários mais quentes, opte sempre pelos finais de tarde. Nunca deixe seu cão
ou gatinho preso num ambiente quente, sem nenhuma ventilação. “Não precisamos
nem falar dos perigos dos carros fechados para os animais, não é? Deixar o
bichinho sozinho dentro de um automóvel é cruel e extremamente prejudicial à
saúde dele”, alerta a especialista.
Pulgas e
carrapatos
Não tem jeito, esses parasitas são mesmo
insistentes nos períodos quentes. “Se no frio eles já incomodam, imagine com a
temperatura ideal para que se desenvolvam? Os tutores devem se empenhar ainda
mais no calor para que não haja infestação, ou seja, utilizar rigorosamente os
medicamentos recomendados pelo veterinário ainda é a melhor forma de combater
as pulgas”, conta Luana.
Carrapatos exigem um pouco mais, já que
são ainda mais difíceis de exterminar. “Além do remédio indicado pelo
especialista, também é recomendada avaliação minuciosa do quadro em que se
encontra o pet, visto que as doenças ocasionadas por esses parasitas podem ser
letais. Hemogramas e outros exames podem dizer se há algum problema e que tipo
de tratamento é o mais indicado”, alerta.
Queimaduras acontecem, sim!
Muitas pessoas não acreditam que os
pets queimam as patinhas se expostos às caminhadas em horários inadequados.
“Eles sofrem queimaduras graves e extremamente dolorosas nas “almofadinhas” dos
pés. As lesões podem ser evitadas se o animal passear somente nas primeiras
horas da manhã ou no final do dia”, aconselha.
Além disso, cães e gatos com pelagem
branca podem sofrer queimaduras nas orelhas, pálpebras e focinho. É muito comum
que os felinos brancos tenham câncer por causa do sol em excesso. “A
vermelhidão da pele é um dos primeiros sintomas de que o gatinho está sofrendo
com queimaduras. A pele fica vermelha, os pelos caem e eles coçam até ocasionar
feridas graves e de difícil tratamento”, explica.
Luana alerta ainda que estão enganados
os tutores que pensam que os gatos sabem o tempo certo que podem ficar ao sol.
“Eles não fazem ideia de que estão se queimando, a responsabilidade é exclusiva
do dono do animal”, acrescenta. Luana indica o uso de protetor solar nesses
casos. “15 ou 30 FPS já protegem o bichinho, mas quem deve indicar o tipo de
produto a ser utilizado é o veterinário”, conta.
Se a preocupação com os pets já era
grande no frio do inverno, agora precisa ser ainda maior. Lembre-se que ter um
animal requer mais do que amor e criatividades nas brincadeiras,
mas cuidados com sua saúde também. “É como ter um filho pequeno para
sempre, vai exigir proteção e responsabilidade. Mas, quem ama seu bichinho sabe
que cuidar faz parte e vê-lo saudável é a melhor coisa do mundo”, conclui
Luana.
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