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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Pesquisa inédita da Ipsos revela depressão em 50% dos pacientes de UCE – Urticária Crônica Espontânea



  • A pesquisa foi realizada com pacientes de UCE e revela que mais de 50% deles já sofreram preconceito e 80% diminuíram o convívio social12
  • Doenças psicológicas e sintomas de depressão são algumas das consequências comuns em mais da metade dos pacientes entrevistados12
  • Muito confundida com alergia e outras doenças de pele, o diagnóstico tardio gera muitos transtornos aos pacientes1-3


Uma nova pesquisa realizada pela Ipsos Brasil em abril deste ano com pacientes de UCE – Urticária Crônica Espontânea mostra que 79% dos entrevistados receberam diagnóstico de alergia antes de serem diagnosticados corretamente. A UCE é uma doença que atinge mais de 1 milhão de brasileiros e é caracterizada por lesões avermelhadas na pele que duram mais de seis semanas e coçam intensamente.1-12

Apesar de sua alta prevalência, a UCE é ainda desconhecida por grande parte da população e muito confundida com alergia, mas, ao contrário desta, a UCE não é causada por nenhum fator externo como alimentos, cosméticos ou perfumes, deixando os pacientes inseguros e afetando a vida familiar, social e profissional1-3
De acordo com a pesquisa, a UCE tem um impacto muito prejudicial na qualidade de vida dos pacientes. Por ser ainda pouco conhecida pela sociedade em geral, a doença causa diversos constrangimentos para os pacientes. Entre os relatos dos entrevistados, aparece o medo de ser uma doença contagiosa, a insegurança de sair de casa, as dificuldades com os relacionamentos e as ausências no trabalho.

Ana Luiza Pesce, responsável pela pesquisa na Ipsos, destaca que 58% dos entrevistados adquiriram doenças psicológicas decorrentes da UCE como a  depressão, por exemplo, e 56% já sofreram preconceito.

Confira alguns dos impactos negativos na rotina de pessoas com urticária crônica espontânea:1,7,12

  • 33% a 67% sofreram com o angioedema, um inchaço nas camadas profundas da pele;1
  • 58% tiveram sintomas de depressão ou de outra doença psicológica;12
  • 56% sofreram preconceito;12
  • 80% deixaram de sair de casa e diminuíram o convívio social;12
A demora para chegar ao diagnóstico correto é uma realidade comum entre muitos pacientes de UCE – 52% são diagnosticados somente um ano depois do aparecimento dos primeiros sintomas12 e 25% demoram mais de 5 anos até o diagnóstico correto, sendo a maioria na região Nordeste12.

Para levar informação de qualidade para a população, de forma que as pessoas que sofrem de UCE sejam diagnosticadas mais rapidamente e tenham acesso ao tratamento adequado, foi lançado em 2019 a segunda edição da Campanha de Conscientização “Todos pela causa – Tudo sobre UCE”. A iniciativa conta com a atriz Deborah Secco como embaixadora, ela vestiu a camisa e deu voz à causa durante ação que aconteceu em abril no São Paulo Fashion Week, maior evento de moda do Brasil. A campanha é importante para disseminar o conhecimento sobre a doença para quem tem UCE e também para os profissionais da área de saúde. 



Tratamento

A primeira fase de tratamento para todos os pacientes diagnosticados com UCE são os anti-histamínicos H1 de segunda geração6, podendo a dose ser aumentada em até quatro vezes se os sintomas não estiverem controlados6. Para os pacientes que não conseguirem chegar ao controle completo da doença, adiciona-se ao tratamento medicamentos biológicos.6

“Os medicamentos biológicos são indicados para os casos que não respondem aos anti-histamínicos. Com os sintomas de UCE controlados, a maioria dos pacientes retomam sua rotina e passam a viver melhor”, afirma o Dr. Luis Felipe Ensina, médico especialista em alergia e imunologia.

A notícia boa é que estudos clínicos mostram que, com o tratamento correto da Urticária Crônica Espontânea, 92% dos pacientes voltam a ter qualidade de vida como uma pessoa que não possui a doença.8 Por isso é muito importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.






UCE

www.tudosobreuce.com.br





Referências Bibliográficas
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  • Kang MJ, Kim HS, Kim HO. The impact of chronic idiopathic urticaria on quality of life in korean patients. Ann Dermatol. 2009 Aug;21(3):226-9.
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  • Maurer M, Staubach P, Raap U, Richter-Huhn G, Bauer A, Ruëff F, Jakob T, Yazdi AS, Mahler V, Wagner N, Lippert U, Hillen U, Schwinn A, Pawlak M, Behnke N, Chaouche K, Chapman-Rothe N. H1-antihistamine-refractory chronic spontaneous urticaria: it's worse than we thought – first results of the multicenter real-life AWARE study. Clin Exp Allergy. 2017 May;47(5):684-692.
  • Vietri J, Turner SJ, Tian H, Isherwood G, Balp MM, Gabriel S. Effect of chronic urticaria on US patients: analysis of the National Health and Wellness Survey. Ann Allergy Asthma Immunol. 2015 Oct;115(4):306-11.
  • Zuberbier T, Aberer W, Asero R et al. The EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis and Management of Urticaria. The 2017 Revision and Update. Allergy. 2018 Jan 15.
  • Beltrani VS. An overview of chronic urticaria. Clin Rev Allergy Immunol 2002;23:147–69.
  • Kaplan AP. Therapy of chronic urticaria: a simple, modern approach. Ann Allergy Asthma Immunol. 2014 May;112(5):419-25
  • Greaves M. Chronic urticaria. Allergy Clin Immunol 2000;105:664–72.
  •  Metz M, Maurer M. Curr Opin Allergy Clin Immunol 2012;12:406–11.
  • Kaplan AP, Greaves M. Clin Exp Allergy 2009;39:777–87.
  • Estudo quantitativo realizado pela IPSOS BRASIL PESQUISAS DE MERCADO LTDA em abril de 2019 com 183 entrevistados pacientes com diagnóstico de UCE – Urticária Crônica Espontânea no Brasil.

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