Para
Camilla Couto, Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em
relacionamentos, o ciúme nem deveria ser visto como um problema: “o ciúme é um
sentimento como qualquer outro, basta sabermos lidar com ele”, explica Camilla,
“mas ele passa a ser um problema apenas quando e se começa a prejudicar nossa
vida e nossas relações. Quando permitimos que ele cresça dentro de nós, ele
pode tomar proporções enormes e fazer com que a gente perca a cabeça e faça até
loucuras”.
No
entanto, segundo a orientadora, costumamos esquecer que não “temos” ou
“possuímos” alguém, ou seja, a sensação de posse é totalmente irreal. E esse
medo de “perder” quem amamos surge da nossa própria insegurança, da nossa baixa
autoestima e, principalmente, da falta de confiança em nós mesmas. Camilla
enfatiza: “é isso que a gente revela para o outro quando sente ciúme dele:
demonstramos que há algo em nós que não anda bem. Ou seja, o ciúme tem muito
mais a ver com quem sente do que com o comportamento do outro, propriamente
dito”.
A
maioria das pessoas talvez não concorde com o que acabou de ler, pois, quando
admitimos sentir ciúme, já vamos logo arrumando uma justificativa: “é que
ele/ela não me passa confiança”, ou “é que ele/ela dá muito mais atenção a
outras pessoas do que a mim”. Há até quem diga: “mas, eu tenho razões para
sentir ciúme, pois já fui traído (a)”. Camilla lembra que, para essas pessoas,
a culpa do ciúme sempre é do outro, e a realidade não é bem assim. Ela explica
por que:
Primeiro - porque não podemos culpar ninguém por
algo que nós mesmos sentimos. Temos que ter autorresponsabilidade não só por
aquilo que fazemos e dizemos, mas também pelo que sentimos.
Segundo - porque só confiamos no outro quando
temos, antes, confiança em nós mesmos, em nossos sentimentos, nas nossas
capacidades e no fato de que somos amados, que somos especiais e merecemos o
melhor.
Terceiro - porque temos que levar em conta duas
questões extremamente importantes nas nossas relações: ESCOLHAS e LIMITES. A
escolha de estar ao lado de alguém que tem determinado tipo de comportamento
que nos provoca ciúme é nossa. Não somos obrigados a conviver com quem quebrou
nossa confiança, com quem nos desperta medo e insegurança. A escolha é nossa.
Talvez você diga que o faça por amor. Tudo bem, mas ainda assim é uma escolha
sua, percebe?
Camilla
ainda lembra que o fato de amar alguém não quer dizer que devamos tolerar todo
e qualquer tipo de comportamento do outro. “Tolera quem se sente inseguro, não
se valoriza, não confia em si mesmo e não se ama o suficiente. E, sim, amar-se
também é imprescindível num relacionamento. E quem se ama de verdade e se
valoriza, coloca limites”, lembra ela.
Se
você ainda está pensando que o ciúme pode surgir da vontade de estar junto para
sempre, pare e pense: junto para sempre em que condições? Você gostaria de
viver num relacionamento em que sofre com o que sente e tenha que lutar
constantemente para garantir a sua segurança? “Não permita que o seu medo vença
e que o ciúme tome conta de você e reja seus relacionamentos. Tenha
autorresponsabilidade pelos seus sentimentos, pelas suas escolhas e imponha
seus limites. Assim você certamente conseguirá combater o ciúme ou, ao menos,
conviver com ele de uma forma mais saudável”, finaliza a orientadora.
Camilla
Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos.
Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas
de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP)
e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes
culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos
sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de
promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se
amarem e valorizarem cada vez mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário