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Há um tipo de comportamento que muitos de nós
costumam apresentar quando "a pessoa ideal" chega à nossa vida:
travamos, receamos, passamos a ter medo daquilo que sempre sonhamos. É o que a
Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos, Camilla Couto
chama de síndrome do "ele/a é demais pra mim". Veja o que ela diz no
texto abaixo.
Todo mundo já sonhou em encontrar a pessoa ideal e
viver um relacionamento amoroso saudável e feliz, não é mesmo? Deixando de lado
todas as expectativas irreais, as características dignas dos príncipes
encantados e das princesas dos contos de fada, as imposições sociais, o que a
nossa família e os nossos amigos pensam, essa pessoa existe! Sempre há alguém
que é exatamente o que a gente procura. E aí, quando fazemos a nossa “lição de
casa” direitinho, desenvolvendo as mesmas características que procuramos no
outro e nos abrindo para novas experiências, eis que aparece. Isso é plenamente
possível.
E o que acontece com você quando esse momento
finalmente chega à sua vida? Você conhece “a pessoa”, há o encontro, há
reciprocidade. E aí? É muito comum que nessas horas a gente trave, se
desespere, comece a pensar que é bom demais para ser verdade, que essa pessoa é
demais para nós e, então, perdemos o eixo. Começamos a agir de maneira
diferente, temos receio de ser nós mesmos. Aí, passamos a aceitar tudo do jeito
do outro, porque “vai que ele desiste de mim”? Nos tornamos alguém que nunca
diz “não”, que aceita todos os programas, que raramente coloca a própria
opinião e expressa os próprios gostos, que muda até a própria vida para “caber”
na vida do outro. Quem aí se identifica?
Esse tipo de comportamento ilustra aquilo que eu
chamo de síndrome do “ele/a é demais pra mim”. É quando a gente passa a se
sentir menor, inferior. Quando não nos sentimos merecedores daquilo que a vida
nos apresenta. Quando temos medo de perder o que temos. Assim, nosso
amor-próprio e nosso respeito pelas nossas vontades e pelos nossos valores
parecem desaparecer no meio do receio de que a mágica simplesmente se desfaça.
E então, sem que a gente perceba, passamos a jogar contra nós mesmos. Talvez a
gente pense que agir assim favoreça a relação, mas o que acontece é o exato oposto.
E é assim porque nossas ações estão sendo guiadas pelo medo e não pelo amor.
O intuito de parecer uma pessoa neutra, flexível e
que agrada a todos vai contra a construção de um bom relacionamento. Pense bem:
você gostaria de se relacionar com alguém que não se coloca, que não se
expressa e que sempre concorda com tudo? Pode até parecer atraente no início.
No entanto, aos poucos vai perdendo a graça. A gente gosta de pessoas com
atitudes, opiniões, seguras de si, que têm vida própria, certo? Pois bem, achar
que o outro é demais para nós vai contra tudo isso. Tenha a certeza de que se
realmente há amor, há espaço suficiente para que você seja exatamente quem é e
ame do jeito que a pessoa é.
Esqueça as comparações!
Eis uma verdade absoluta: ninguém é melhor do que
ninguém. Pensar que alguém é demais para nós reflete a nossa mania descabida de
comparação e de depreciação de quem somos. Sim, porque afirmar que o outro é
demais, é dizer que não somos bons o suficiente. E essa é a maior mentira na
qual podemos acreditar. Entenda: somos todos seres incomparáveis! Não existe
ninguém nesse mundo melhor ou pior do que ninguém.
Existe alguém que esteja em sintonia com o seu
momento, com os seus objetivos, com os seus sonhos, que vai te apoiar,
complementar a sua vida. E, se apareceu alguém assim, é porque você merece,
sim! Não tenha medo. Não se boicote. Não jogue contra você mesmo. Seja sempre
quem você é, aconteça o que acontecer. Só assim você será capaz de construir e
viver relacionamentos baseados em verdade, honestidade e sinceridade. Se não
for dessa forma, nem vale a pena.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.
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