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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O Que Fazer Para Atenuar Cicatrizes?



Todo corte cirúrgico sobre a pele resulta em uma cicatriz. O tipo de cicatriz dependerá, entre outros fatores, da capacidade de regeneração de cada indivíduo, do local da pele onde foi feita a incisão, do formato do corte, da maneira como as bordas foram aproximadas, do tipo de sutura realizada, da maneira como o curativo foi feito, etc.

Segundo o dermatologista Wesley Ferreira, da Clínica Singular, existem três tipos de Cicatrizes: Podemos dividir as cicatrizes em 3 grupos fundamentais:
1-Cicatrizes normais; 2-Hipertróficas e 3- Quelóides.

“As cicatrizes normais são inicialmente rosadas. De modo gradual vão clareando, adquirindo o aspecto da pele vizinha ao corte. Mas, mesmo em condições ideais, não ficam totalmente iguais a esta pele. Tendem a ser um pouco mais claras e lisas do que a pele não cortada. Em média uma cicatriz pára de evoluir entre um e dois anos após o corte”, explica.


Cicatrizes hipertróficas e quelóides são exceções: não param de crescer. 

Continuam a engrossar, alargar e, no caso dos quelóides, podem ultrapassar muito os limites do corte inicial. Adquirem consistência endurecida, coloração vermelha arroxeada e volume exagerado. Podem doer e coçar. Algumas são deformantes ou incapacitantes.


Quando Tratar?

“Podemos tratar as cicatrizes mesmo enquanto ainda estão rosadas. Nesta fase, aliás, o tratamento é mais fácil, compensador, efetivo e gratificante. E podemos prevenir que elas se tornem hipertrofiadas ou queloidianas, muito mais trabalhosas e de difícil solução”, orienta Dr. Wesley Ferreira.

Se o processo de cicatrização já se completou e a cicatriz já está como um risco branco, mesmo assim é possível melhorá-la, ainda que seja um trabalho mais demorado e de resultados não tão brilhantes.


Como Tratar? Nas fase iniciais, mesmo enquanto os pontos ainda não foram retirados e a cicatriz está rosada, usamos curativos oclusivos especiais e tiras siliconadas. Eles protegem a pele, criando um ambiente de umidade e temperatura ideais para a completa regeneração tecidual. Lasers de baixa potência, Lasers vasculares e LEDs fotobiomoduladores também aceleram a cicatrização, promovendo uma regeneração mais rápida e efetiva. Cremes contendo acetato de clostebol e ácido retinóico em baixas concentrações estão indicados. Todos estes cuidados inibem o surgimento de quelóides.

Se as cicatrizes são antigas, a ferramenta mais atual e promissora é o Laser Fracionado (Fraxel®). Ele homogeneíza a superfície da pele, disfarçando a cicatriz. Já há descrição de casos excepcionais, com resultados surpreendentemente bons, onde houve quase o desaparecimento das lesões.

Quelóides e cicatrizes hipertróficas são mais resistentes, mas podem responder ao Pulse Dye Laser, ao Laser NdYag e outros Lasers com ação sobre vasos sangüíneos. Nos casos extremos podemos necessitar infiltrações tópicas de corticosteróides e até mesmo radioterapia. Crioterapia e curativos compressivos podem ser úteis. Mas devemos ter cuidado: Nenhum tratamento agressivo deve ser feito em quelóides, pois eles podem ser agravados se a pele for lesionada.

O médico faz ainda um lembrete importante. “O número de cirurgias estéticas aumenta a cada dia e muitas pessoas embarcam nessa sem pensar que vão ganhar uma cicatriz depois...Você não deve fazer nenhuma cirurgia se não estiver preparada psicologicamente para enfrentar uma cicatriz, pois não há cirurgia sem cicatriz; mesmo se a técnica mais refinada e o profissional mais experiente forem escolhidos”, explica.



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