foto: Arquivo Perkons
No Brasil, o
desenvolvimento e a implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica teve
início há 25 anos com a invenção da lombada eletrônica pela Perkons
Multifuncionais,
os dispositivos têm diversas aplicações que ajudam a salvar vidas diariamente
Exceder o limite de
velocidade, trafegar em faixa exclusiva, parar sobre a faixa de pedestres,
furar o sinal, realizar conversão proibida. São mais do que infrações; são
atitudes que colocam em risco a vida de outras pessoas. Assim, a fiscalização
eletrônica torna-se um importante instrumento de segurança e cidadania, na
medida em que auxilia os órgãos competentes no cumprimento das leis e contribui
no objetivo de tornar vias públicas lugares mais humanos e democráticos.
A Organização Mundial de
Saúde recomenda no mundo todo o uso de medidores eletrônicos de velocidade – os
famosos radares - como alternativa para a prevenção de acidentes de trânsito e
redução da gravidade, no caso da ocorrência do evento. Os motivos ficam
evidentes quando estudos como o realizado pelo IBMEC-RJ apontam que, a cada
equipamento de fiscalização eletrônica instalado, são evitados cerca de três
óbitos e 34 acidentes por ano. “As tecnologias de trânsito auxiliam
órgãos e gestores públicos a pensarem e gerirem mobilidade urbana, além de
ajudarem a conscientizar motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis
de trânsito”, diz Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da
Perkons.
Mudança cultural, no sentido
de termos 100% da população consciente de que estacionar “cinco minutinhos” em
vaga preferencial é errado, requer tempo e, infelizmente, não podemos esperar
de braços cruzados por ela. É aí que entra a tecnologia de trânsito. “Apenas 5%
dos motoristas são enquadrados como infratores contumazes. A imensa maioria
respeita a sinalização, as leis e os demais usuários da via”, explica Campos.
Lamentavelmente, a minoria que não respeita causa um número cada vez maior de
sinistros e óbitos no trânsito.
Mas então porque os radares
são mal vistos por parte da população? A resposta pode estar no desconhecimento
de como atua e o que faz cada um desses aparelhos.
Informação também salva
vidas
Além dos muitos nomes –
pardal, caetano, etc – você também já deve ter ouvido, ao menos uma vez, uma
notícia falsa sobre fiscalização eletrônica. À noite a câmera não funciona, se
passar na contramão a imagem não é registrada, lombadas eletrônicas enxergam
dentro do veículo e multam quem não estiver usando cinto de segurança, e por aí
vai. Essas são algumas das muitas histórias que circulam entre a população,
especialmente, por aplicativos de mensagem.
De veracidade nesses
exemplos, apenas o fato de que existem diferentes tipos de radares espalhados
por ruas e rodovias. Fixos, estáticos, portáteis, discretos, ostensivos, que
funcionam através de laços indutivos colocados no asfalto ou por ondas Doppler,
que monitoram uma ou várias infrações. “A tecnologia avançou muito e a
abrangência de funções tem garantido mais segurança por custos mais baixos”,
afirma o diretor da Perkons. Mas, mesmo assim, a lombada eletrônica - invenção
brasileira reconhecida no mundo todo - continua sendo apenas um equipamento
fixo (não sai do lugar), ostensivo (facilmente visto), cuja função é orientar
os condutores a trafegarem na velocidade estipulada para aquela via; ela não é
um robô com visão infravermelha superpoderosa. “É imprescindível avaliar a
fonte das informações e não repassar notícias falsas, que são um desserviço à
sociedade”, pontua.
Vocabulário do trânsito
O primeiro passo para
respeitar as leis de trânsito é conhecê-las. “Uma excelente ferramenta nesse
auxílio é o CTB Digital, que disponibiliza de forma gratuita, todo o
conteúdo do Código de Trânsito Brasileiro comentado por especialistas. Nele é
possível realizar pesquisas e, inclusive, tirar dúvidas”, conta Luiz Gustavo.
Mas, além de conhecer e entender a lei, também é possível saber quais são e o
que fazem cada um dos equipamentos de fiscalização eletrônica pelos quais você
passa diariamente.
Radar fixo:
geralmente instalado em postes, são do tipo intrusivo (que funcionam com laços
indutivos instalados no asfalto). A lombada eletrônica e os pardais são os
exemplos mais famosos.
Radar estático:
funcionam por ondas Doppler e podem ser instalados em tripés e dentro de
automóveis parados em locais determinados pelos órgãos competentes.
Radar portátil:
operado manualmente pelo agente de trânsito, é um equipamento não-intrusivo.
Radar ostensivo: instalado de maneira que pode ser visualizado à longa
distância pelos condutores e permite que eles reduzam a velocidade do veículo.
Radar discreto:
instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade.
Radar misto:
instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade e de
infrações como avanço de semáforo, parada sobre a faixa de pedestres, dentre
outras.
Radar intrusivo:
utiliza laços indutivos no asfalto para fazer a medição da velocidade.
Radar não-intrusivo: não
utiliza laços no asfalto. Um exemplo são os equipamentos que funcionam por
ondas Doppler.
Lombada eletrônica:
calcula a velocidade dos veículos com precisão e induz a redução da velocidade
em pontos críticos das vias, perto de escolas e em ruas com grande movimento de
pedestres, por exemplo.
Lombada educativa:
induz o tráfego a uma velocidade segura em determinados pontos da via. O
objetivo é informar o condutor acerca da velocidade praticada por ele e
sensibilizá-lo para respeitar os limites da via, sem emissão de infrações.
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