De
acordo com o último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP),
em 2016, houve um aumento de 19,6% no número de cirurgias para aumento das
mamas. Foram 288.597 procedimentos só em 2016.
E
mesmo que o implante de silicone tenha se tornado uma prática cada vez maior e
mais natural entre as mulheres, ainda há dúvidas e mitos acerca da cirurgia,
fazendo com que a decisão de aumentar as mamas seja um receio, muitas vezes,
desnecessário.
Para
tirar algumas das principais dúvidas, seguem 12 fatos sobre o implante de
silicone:
1
- A prótese pode camuflar diagnósticos de exames de imagem, como mamografia ou
ultrassom?
A
presença de próteses mamárias não interfere na realização dos exames para
detecção de doenças mamárias. Pode-se fazer normalmente a mamografia,
ultrassonografia ou ressonância magnética.
2
- Pode haver rejeição por parte do meu corpo? Se acontecer, qual o
procedimento?
Na
verdade, não existe “rejeição” de qualquer prótese pelo corpo humano. O que
pode ocorrer é um processo infeccioso ou inflamatório ao redor da prótese.
Em
alguns casos, pode ser necessária a retirada temporariamente. Após o tratamento
adequado e finalizado do processo infeccioso ou inflamatório, é possível rever
a nova implantação do silicone.
3
- Sou muito nova – ou – estou muito velha para colocar silicone?
A
idade mínima para a colocação de próteses é definida
individualmente:
as mamas devem ter completado totalmente sua formação e crescimento, o que se
dá por volta dos 16 anos. Não há idade máxima para se colocar ou trocar a
prótese de silicone, desde que as condições de saúde da paciente permitam uma
cirurgia segura.
4
- Como saber o tamanho ideal para meu biotipo?
A
definição do tamanho ideal para cada paciente leva em conta diversos
fatores:
desejo da paciente, volume, medidas e forma inicial das mamas, medidas de
altura e largura da caixa torácica, entre outros. Somente após uma consulta com
um cirurgião plástico é que podemos definir o volume que deverá ser utilizado
na cirurgia.
5
- E se eu achar que coloquei pouco ou muito?
Sempre
há a possibilidade de se trocar as próteses, o que necessitará de novo de um
procedimento cirúrgico.
6
- Hoje, há uma série de tipos de prótese. Como saber qual a mais segura?
Assim
como na escolha do tamanho, vários fatores influenciam nessa escolha. Na
consulta com o cirurgião plástico, há a exposição dos diversos tipos de
próteses e definição da mais adequada para cada paciente.
7
- Há perigo de estourar ou vazar?
Há,
sim, o risco de rompimento da prótese. Estudos atuais indicam taxas variáveis
entre 1 e 5% ao longo de 10 anos. O fenômeno de vazamento
(bleeding)
tem diminuído muito ao longo dos anos. Atualmente, é mais raro, devido à melhoria
constante da qualidade das próteses, que possuem hoje um gel de preenchimento e
camadas de revestimento mais resistentes.
8
- Vou ter a mesma sensibilidade nos seios com a prótese?
Pode
haver diminuição da sensibilidade das mamas, geralmente parciais e reversíveis.
Alguns estudos apontam que a maioria das pacientes que permaneceram com
alteração da sensibilidade fariam a cirurgia novamente.
Isso
indica que a melhoria da autoestima supera eventual alteração da sensibilidade.
9
- Posso amamentar normalmente? O silicone pode interferir na produção do leite?
Se
a prótese for colocada via inframamária (incisão embaixo das mamas) ou pela via
axilar, não há cortes na glândula nem nos ductos mamários.
Assim,
não há prejuízo na amamentação.
10
- Preciso trocar a prótese depois de um determinado tempo?
As
próteses atuais não possuem “prazo de validade”. Só há necessidade de troca em
caso de alguma complicação, como ruptura.
11
- Caso a paciente opte por um tamanho maior que o ideal para seu biótipo, há
algum risco? Quais?
Sim.
Há maior possibilidade de desenvolvimento de estrias e sinmastia (quando as
mamas se unem na região central do tórax).
12
- Como é a recuperação?
O
período de recuperação da cirurgia de próteses mamárias é relativamente curto.
Durante a primeira semana, há necessidade maior de repouso. Havendo uma boa
evolução, eventos sociais, como um jantar, encontro de amigos ou um passeio
curto, já estarão liberados. Em cerca de três semanas, a paciente já retomou
grande parte de suas atividades habituais, incluindo exercícios físicos
moderados.
Vale
lembrar que o ideal é sempre procurar um especialista que seja membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Dr.
Luís Felipe Maatz - Cirurgião Plástico, Especialista em Cirurgia Geral e
Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP;
Especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês; Membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - (SBCP)
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