Eles
podem ajudar na terapia de casais, salvar relacionamentos desgastados e até
mesmo quando existe uma circunstância externa mais concreta como o uso de
álcool, drogas, medicamentos ou simplesmente na forma de administrar estas
situações pertence ao lado psicológico. Afinal, são eles que conseguem
compreender como as pessoas procedem à escolha de levar o copo de bebida à
boca, não conseguir olhar com o desejo para o parceiro (a) e assim repetir esta
situação tantas e quantas vezes na sequencia e assim dificultar o corpo
funcionar sexualmente.
Para
os psicólogos Oswaldo M. Rodrigues Jr e carla Zeglio, ambos do Instituto
Paulista de Sexualidade (Inpasex) da capital paulista, o lado psicológico é
tudo o que vivemos e através do que nos relacionamos com os outros e o mundo!
“É nessa hora que os
nós,
psicólogos, nos responsabilizamos. Entra a psicoterapia, um processo
científico, baseado na natureza humana de como fazer e transformas as coisas ao
nosso redor”, explicam os especialistas.
Mas
o que é o psicológico quando alguém tem dificuldades sexuais?
São
várias circunstâncias para compreender. Para ajudar, os especialistas deixam
algumas informações e explicações embasadas cientificamente.
1. - Capacidades físicas e fisiológicas do
corpo e como as usamos ou podemos usar. Estas capacidades
oferecem limites, e tentarmos contra nosso corpo fazer algo inviável, a isto
chamamos de psicológico, pois enfrentamos uma realidade física e a
desconsideramos, e temo dificuldades em administrar a frustração de não
conseguir o desejado, mesmo que seja impossível.
2. - Aprendizado anterior –
tudo o que vivemos ao longo da vida que seja necessário para a expressão
sexual. Nem sempre aprendemos tudo que é preciso para funcionarmos sexualmente,
e muitas vezes aprendemos coisas que atrapalham o sexo... e insistimos em fazer
sempre igual... e dá errado!
3. - Emoções negativas –
duas são as principais que atrapalham o sexo: ansiedade e depressão. Não
precisamos ser diagnosticados com Transtorno de Ansiedade generalizada ou uma
Depressão unipolar ou estados depressivos. Os momentos prévios à atividade
sexual e o durante as atividades sexuais precisam de funcionamento fisiológico
coerente com o comportamento sexual. Ansiedade e o estado de humor depressivo
impedem este funcionamento, independente da razão, da causa para estes estados
de humor. Aqui deve entrar o que tanto lemos chamado “estresse”, seja pelo
trabalho, seja pelo nervosismo constante que uma pessoa vive.
4. - Relacionamento afetivo
– casamento, namoro... com estamos nos relacionando? Como solucionamos
problemas, como respondemos emocionalmente ao outro e às ações do outro? Temos
empatia no relacionamento? Compreendemos e somos compreendidos? As formas de
relacionamento são muito importantes para a existência dos comportamentos
sexuais adequados.
5. - Falta de compreensão sobre o
funcionamento físico sexual – o que seria função de educação
sexual, mas na falta deste ensinamento na escola, achamos que a “natureza” se
encarrega de funcionar, desconsiderando a vida que já tivemos e o que é que
denominamos sexo. Aprender e compreender e saber o que esperar do corpo é outro
aspecto do psicológico.
Carla Zeglio - Experiência em psicoterapia sexual e
supervisão clínica com enfoque na sexualidade e faz atendimentos de casais em
psicoterapia. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995),
diretora e psicoterapeuta sexual do INPASEX- co-editora da Revista terapia
sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES - Federación
Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003 / 2005) e
Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e Idealizadora
do CEPES - Curso de Especialização em Psicoterapia com enfoque na Sexualidade.
Organizou e presidiu os encontros Brasileiros de Análise do Comportamento e
Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012 e 2013).
Oswaldo M. Rodrigues
Jr - Psicólogo
formado pela UNIMARCO (1984); foi Secretário Geral e Tesoureiro da WAS – World
Association for Sexology (2001-2005); Presidente da ABEIS – Associação
Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (2003-2005); dedica-se a tratar
de problemas sexuais junto ao InPaSex – Instituto Paulista de Sexualidade – do
qual é fundador e diretor. Autor de mais de 100 artigos científicos e mais de
35 livros, dentre eles: Parafilias (Ed. Zagodoni) Terapia da Sexualidade (2
vol., Ed. Zagodoni); editor chefe da Revista Terapia Sexual : clínica, pesquisa
e aspectos psicossociais e co-cordenador do CEPES – Curso de Qualificação em
Psicoterapia Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade..
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