Vocação ou talento vem antes de qualquer
carreira, ou pelo menos, deveria vir. O ponto é que, não fomos criados – ao
menos as gerações X nascidos entre 1965 e 1979 e Baby Boomers nascidos entre
1945 e 1964 – para isto.
Eu, por exemplo, fui criada para ter um
emprego e de preferência estável que durasse a vida toda, para ter uma
aposentadoria e aí desfrutar a vida. Talvez também seja o seu caso e o caso de
milhões de pessoas.
Tive que romper com este paradigma, pois
quero desfrutar a vida ao longo da jornada e não apenas quando aposentar.
Aliás, quando fazemos o que gostamos, o que realmente amamos, a nossa vocação,
não pensamos em aposentadoria, pois o trabalho não é um peso a ser carregado.
Só conseguimos identificar a nossa
vocação e nossos talentos com o autoconhecimento e muitas vezes ainda
precisamos da ajuda de um coaching ou mentor. Conhecer a si próprio permitirá
encontra algo acima da carreira: sua verdadeira vocação.
Nossos talentos são originados pelas
conexões que acontecem no cérebro, criadas desde a concepção até cerca de 15
anos e é por isso, que após uma certa idade, você não é mais capaz de esboçar
um desenho completamente novo no cérebro, ou seja, criar um talento
completamente novo.
Ao nascer, o
cérebro está cheio de células e sinapses que depois vão diminuindo à medida que
você avança para a idade adulta. Na verdade, passa a focar mais sua
inteligência, que depende de seu sucesso de tirar proveito das conexões
(sinapses) mais fortes. Entre a idade de 3 e 15 anos, as pessoas perdem bilhões
e bilhões das conexões sinápticas cuidadosamente forjadas pela biologia. E no
seu primeiro dia com 16 anos, metade da sua rede já se foi, e não podemos
refazê-la! Em função da biologia do nosso cérebro, é que nossos talentos surgem
de forma tão simples e natural e fazem o sentido que damos ao mundo ser
individual. São as nossas conexões mais fortes que definem as nossas aptidões e
talentos.
E na essência do seu conjunto talentos
está a grande vocação. Vocação vem do latim vocare, que significa
chamar. Já dom, no inglês é gift, que significa presente. O dom é um
presente que recebemos e dependendo da sua crença, pode-se dizer que é um
presente de Deus, ou olhar para a biologia como mencionado acima. Independente
qual lado escolhe, os talentos vem com cada um de nós desde que nascemos. O que
podemos fazer é torna-los ponto forte com a prática. Mas este é assunto para um
próximo artigo.
Quando se descobre o dom, é possível
fazer seu trabalho com vontade, amor, qualidade e excelência. O indivíduo
quando descobre o dom não trabalha olhando para o relógio, busca fazer as
tarefas com sentimento de satisfação.
Dicas úteis -
Seguem três dicas para descobrir o que
vai lhe dar real satisfação:
- O que gosto de fazer?
- No que eu sou bom?
- O que o mercado está disposto a pagar
pelo o que sou bom?
Esta terceira pergunta, irá lhe fornecer
a pista de como desenvolver sua carreira ao invés de ter simplesmente um
emprego e sofrer no domingo de noite pensando na segunda feira ou mesmo,
trabalhar contando as horas para ir embora, esperando o final do mês para
ganhar um punhado de dinheiro. A vida é muito rápida para desperdiçarmos a
nossa existência com trabalhos que não trazem felicidade. pois ela é a própria
jornada. Fazendo o que se ama fazer, além de aumentar seu nível de felicidade,
você diminui seu stress e ainda poderá ganhar muito dinheiro, pois, horas adicionais
de dedicação não serão um fardo.
Abraço carinhoso e até o mês que vem.
Carla Weisz - consultora de carreira, autora do livro ‘O Dono da História’; palestrante; especialista em
desenvolvimento de Líderes, Cultura e Engajamento e RH Estratégico.
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