Cuidado, deixar a cabeça baixa por muito tempo
sobrecarrega a coluna cervical e lombar e pode provocar complicações sérias de
saúde
Os smartphones e tablets trouxeram entretenimento e
informações em tempo real para a palma da mão. Mas as tecnologias desenvolvidas
para facilitar o dia a dia, também aumentaram o sedentarismo e uma série de
problemas ortopédicos.
De acordo com a coordenadora de fisioterapia do
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Silvia da Cruz Serri, praticamente
ninguém se preocupa com a postura quando usa um dispositivo móvel, nem percebe
quanto tempo passa com o pescoço inclinado. "Os brasileiros ficam em média
quatro horas por dia de cabeça baixa mexendo nos seus aparelhos eletrônicos e
isso pode levar a alterações nas regiões cervical e lombar da coluna,
provocando fortes dores nas costas, pescoço e cabeça" diz.
A especialista explica que o peso da cabeça triplica
com a inclinação do corpo, podendo causar lesão por sobrecarga. "Em
posição normal, a cabeça de um adulto pesa cerca de 5 quilos, com a postura
curvada para baixo o contrapeso pode atingir até 15 quilos, sem a pessoa nem
perceba". Entre os traumatismos decorrentes, está a cefaleia
cervicogênica, uma pressão intensa nas partes superior e posterior do pescoço
que é facilmente confundida com dor de cabeça e enxaqueca.
Silvia Serri salienta que, dependendo do nível da
tensão, as dores podem se estender aos braços, ombros, punhos e cotovelos. Há
situações em que a pessoa repete tanto o movimento de digitação que provoca
também tendinite.
A fisioterapeuta chama a atenção especial para as
crianças. "Recente pesquisa publicada no The Spine Journal,
apontou que o uso intenso e irregular desses aparelhos tem promovido problemas
de hérnias de disco, principalmente, nas gerações mais jovens.
Para evitar problemas, a especialista aconselha
sentar com a coluna reta e apoiar os braços, deixando o tablete ou telefone na
altura dos olhos, além de limitar o tempo em frente da 'telinha'. "Também
é importante praticar exercícios e se alongar para aliviar a tensão no pescoço,
fazendo o movimento de 'sim' e 'não' com a cabeça, por exemplo. Prestar atenção
à postura, e passar por avaliação médica e acompanhamento com fisioterapeuta
também podem ser necessários", explica.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua
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