A classe política brasileira
passa a certeza que o objetivo que a move é o puro interesse político-eleitoral
sem importar-se com o país em si. Os políticos sempre em busca de cargos e de
poder, dedicam tempo em conchavos, negociações e arranjos. Puro oportunismo.
Comento este detalhe porque
recentemente um ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso teve a ousadia de
escrever artigo em jornal de circulação nacional para lançar a candidatura do
ex-presidente em 2018, algo inoportuno que deixou a impressão de querer se
aproveitar da situação, colocando o ex-presidente como uma espécie de salvador
da Pátria.
A manifestação foi tão
despropositada que o próprio FHC divulgou nota afirmando que ‘nunca cogitou,
não cogita, nem cogitará’ disso, ou seja, desautorizou o oportunista e
bajulador ex-assessor. Agora mesmo temos visto o atual presidente da Câmara
Federal (que substituiu Eduardo Cunha) lançar precipitadamente sua candidatura
à reeleição. No momento em que o governo tenta levar sua atuação sem ebulições
políticas, essa decisão de Rodrigo Maia criou um problema para o governo e
deflagrou antecipadamente o processo provocando, claro, manifestação de
grupos contrários que pretendem indicar um candidato.
Foi criado clima de disputa
no âmbito do Congresso, o que em nada contribui para a estabilidade política. A
eleição presidencial de 2018 também está na ordem das especulações de grupos
interesseiros. As lideranças tucanas estão em velada disputa interna,
porque os principais nomes – Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra fazem
articulações buscando ser o candidato do partido.
Por que isso acontece, se
qualquer cidadão sabe que o momento é de entendimento político para tirar o
país da crise econômica e colocá-lo no bom caminho institucional? Acontece que
os políticos ainda não aprenderam que em primeiro lugar está o país, estão os
brasileiros que sofrem com os desmandos políticos e administrativos. Acredito,
e tenho plena convicção, que a atual geração política está perdida. Portanto é
necessário banir as velhas práticas e conceitos. Para isso, é urgente renovar.
E como o eleitor pode mudar?
Primeiro, ele próprio assumir o direito e dever de votar e renovar; segundo,
precisa assumir a decisão de participar da política, pois a omissão nada
resolve. O eleitor deve ter plena consciência que a política brasileira somente
mudará se as mentes, os políticos e as práticas nefastas forem afastados.
Quando o eleitor der esse
claro recado, confirmado nas urnas, os políticos haverão de compreender que a
prioridade é o trabalho em favor do povo e haverão de entender também que se
assim não agirem, serão refugados nas urnas. Porém, reafirmo isso tudo depende
de o eleitor usar bem sua poderosa arma democrática: voto!
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