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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Brasil é referência em estudos relacionados à amamentação





Apesar de uma média pequena de amamentação, no Brasil, as mulheres amamentam cerca de 52 dias, nosso país é um dos mais interessados nos estudos científicos ligados aos benefícios da amamentação para o desenvolvimento do bebê, tanto que o estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente em Pelotas, há um estudo que atesta a importância desse leite para as crianças. 

Uma amostra acompanhada por 30 anos mostrou que os bebês que mamaram até os dois anos tiveram melhores desempenhos intelectuais e emocionais do que a amostra que mamou um tempo mais restrito. 

Além da parte científica e a comprovação dos benefícios do leite materno, dar de mamar é uma ligação intensa entre mãe e filho. Sempre vale a pena, afinal, ver e saber que os pequenos estão se desenvolvendo adequadamente é um prazer para os pais. 

Já que a média de amamentação no país é pequena para uma boa formação do bebê, recentemente a exigência do leite materno se estendeu para no mínimo dois anos de idade da criança. Apesar de entrar com outros alimentos e bebidas, como suco natural e papinhas, a regra agora determina mais tempo, justamente porque foi comprovado que o leite materno é essencial para o bom desenvolvimento dos pequenos.

Muitas pessoas faziam relação da amamentação com a classe sócio econômica, isso não condiz com a realidade, até porque está constatado cientificamente que amamentar só tem vantagens intelectuais e emocionais. 

Segundo a Dra. Thalita Feitosa, pediatra e puericulturista, a amamentação é uma das mais completas alimentações e ideal para prevenção de diversas doenças do filho e da mãe. Para a especialista, a exigência do prolongamento da amamentação resultará em crianças mais saudáveis e adultos bem desenvolvidos. 

Abaixo alguns itens benéficos da amamentação para ressaltar essa defesa ao leite materno:

1.
 O leite materno é um alimento completo e equilibrado, pois atende todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os seis meses de idade;

2.
 É fácil de ser digerido, provocando menos cólicas nos bebês;



3.
 Auxilia na formação do sistema imunológico da criança, prevenindo alergias, obesidade e intolerância ao glúten;

4.
 Contém uma molécula chamada PSTI, responsável por proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos;

5.
 O momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho, colaborando  para a estabilidade emocional da criança, com isso se relacionam melhor com as outras pessoas;

6.
 Previne anemia;



7.
 A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê;



8.
 Quando o ômega 3 está presente no leite materno, o que varia de mulher para mulher de acordo com sua alimentação, ele ajuda no desenvolvimento e crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida;



9.
 Ajuda no desprendimento da placenta, contribuindo para a volta do útero ao tamanho normal. Com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, a mãe sofre de anemia;

10. Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário;


11.
 Estudos científicos comprovam que a amamentação reduz o risco da mulher desenvolver síndrome metabólica (doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para aquelas que tiveram diabetes gestacional;



12.
 A amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia; 



13.
 É gratuito, genuinamente natural, prático e não desperdiça recursos naturais;

14.
 É prático para dar e sair de casa com o bebê, afinal, está sempre pronto para ser ingerido;

15.
 Protege a mãe contra doenças cardiovasculares, segundo estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para a pesquisa, foram analisadas 140 mil mulheres no período pós-menopausa, ou seja, com média de 63 anos, e o resultado mostrou que aquelas que amamentaram por mais de um ano tiveram 10% menos risco de sofrer com essas doenças, se comparado com aquelas que nunca amamentaram;

16.
 Bebês que mamam exclusivamente no peito até os seis meses têm menos risco de desenvolver asma e artrite reumatoide e recebem uma proteína que combate vírus e bactérias do trato gastrointestinal.



Dra. Thalita Feitosa - pediatra e puericulturista, formada pela UNIFESP, desenvolveu além de toda a filosofia pediátrica, a puericultura, uma das vertentes da saúde infantil ainda pouco explorada, que tem como objetivo tratar o indivíduo de forma integral e assegurar um bom desenvolvimento físico e mental.

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