Vírus afeta motilidade dos espermatozoides e capacidade de formar embriões saudáveis
O papiloma vírus humano (HPV), que, além de ser a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis e ter manifestações físicas como verrugas ou o desenvolvimento de cânceres, pode afetar diretamente a fertilidade masculina. O vírus pode interferir na capacidade de deslocamento dos espermatozoides, o que dificulta a chegada ao óvulo e a formação de um embrião. Mesmo quando consegue encontrar o óvulo, o HPV pode reduzir as chances de gerar um embrião saudável, e aumenta consideravelmente o número de abordos espontâneos.
Um estudo desenvolvido pela Universidade de Pádua, na Itália, realizado entre 2014 e 2015, analisou 450 pacientes e mostrou que 80% sem HPV tiveram gestação espontânea. Entre os infectados, foram apenas 14%. Quando gerou um embrião, o vírus também revelou o aumento do índice de abortos espontâneos, que chegou a 62,5% - mais da metade dos casos. Em contraponto, a pesquisa revelou que a vacina quadrivalente se provou efetiva para quatro tipos de HPV. Testada em 34 pacientes, ela reduziu o tempo de limpeza para aproximadamente 10 meses, menos da metade do tempo normal. 40% dos pacientes vacinados alcançaram a gravidez natural após seis meses.
De acordo com o Dr. Mauro Bibancos, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington, a presença do HPV carrega o entorno da cabeça do espermatozoide e pode influenciar os oócitos, que são células responsáveis por dar origem ao óvulo. “O HPV é uma nova descoberta que pode levar dificuldade para alcançar a gestação. A separação de esperma convencional não consegue eliminar o vírus, mas podemos adotar medidas laboratoriais para tentar eliminá-lo da amostra seminal”, avalia. “Vale a pena lembrar do uso de camisinha para evitar a proliferação do vírus. Ainda é o método mais efetivo de combate ao HPV”.
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