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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Dia Mundial do Coração: como nossa dieta pode nos ajudar a ter um sistema cardiovascular mais saudável

Neste 29 de setembro, o mundo celebra o Dia Mundial do Coração, uma data especial criada pela Federação Mundial do Coração para ajudar a prevenir doenças cardíacas e AVC. A ONG internacional Sinergia Animal aproveita a oportunidade para conscientizar o público sobre os benefícios de uma alimentação baseada em vegetais na saúde cardiovascular 

 

Doenças cardíacas são a principal causa de morte do mundo, matando 18,6 pessoas por ano, segundo a Federação Mundial do Coração. Apenas no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que uma pessoa morre de doença cardiovascular a cada 90 segundos. Esses números têm aumentado durante a última década por conta de muitos fatores: a genética tem sua influência, mas o estilo de vida das pessoas também — principalmente a frequência com que se exercitam, se fumam e o que comem. 

“O aumento de casos de doenças cardiovasculares é preocupante e faz com que repensemos nossas escolhas nutricionais. Quando se trata de nossos hábitos alimentares, os cientistas descobriram que uma alimentação baseada em vegetais está associada a menores níveis de problemas cardíacos e de mortalidade”, afirma Fernanda Vieira, diretora global de políticas alimentares da Sinergia Animal.

 


Segundo estudo realizado por cientistas do Departamento de Saúde Pública da Universidade de John Hopkins, uma das mais renomadas do mundo, pessoas que mantiveram uma alimentação à base de plantas — sem o consumo de produtos de origem animal como carne vermelha, frango, peixe, ovos e laticínios — foram associadas a um risco 16% menor de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e um risco 32% menor de mortalidade por problemas cardiovasculares. A pesquisa analisou mais de 12 mil adultos, de 1987 até 2016. 

Dentre as pessoas que adotaram uma alimentação baseada em vegetais também houve diferenças. Aquelas que consumiam mais alimentos integrais, como grãos, frutas, verduras, nozes e legumes, foram consistentemente associadas a riscos ainda mais baixos dessas doenças. Por outro lado, os participantes que mais consumiram produtos de origem animal obtiveram um maior risco de incidência de doenças cardiovasculares e de mortalidade, seja por problemas cardíacos ou outras causas. 

Um outro estudo, da Universidade de Oxford, apontou conclusão semelhante: a alimentação vegetariana foi associada a menores riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e, também, a colesterol e pressão sanguínea mais saudáveis. Essa pesquisa avaliou os dados de mais de 44 mil pessoas.

 

Dando aos vegetais uma chance

“Além de poder ser mais saudável, a alimentação à base de plantas é muito saborosa, fácil de preparar e econômica", afirma Vieira. Milhares de pessoas experimentam essa mudança anualmente no Brasil. Só entre 2012 e 2018, houve um crescimento de 75% da população vegetariana brasileira, segundo pesquisa IBOPE.

Uma das qualidades mais valiosas de uma alimentação vegana são os legumes, feijão, lentilha, grão-de-bico, soja e ervilhas. “Às vezes nem lembramos de quão variadas nossas refeições podem ser. Além de serem deliciosos e comporem a base de receitas que vão desde sopas até hambúrgueres veganos, esses ingredientes são uma fonte de proteína muito mais saudável que produtos de origem animal”, explica. 

 

 

Sinergia Animal


Outubro Rosa: câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil

A campanha aborda não só a importância do diagnóstico precoce, como também destaca os cuidados com a saúde mental


O câncer de mama é uma doença que atinge as glândulas mamárias e pode afetar a saúde física e mental das mulheres de diversas formas. O tratamento com quimioterapia, muitas vezes, resulta em queda de cabelo, emagrecimento, fraqueza, mal-estar, preocupações, tristeza, e, quando necessária, a cirurgia de remoção da mama atinge um ponto que mexe com a feminilidade.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de novos casos de câncer de mama no Brasil, em 2021, é de mais de 66 mil. O mesmo instituto aponta que a doença é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no país, sendo a mais frequente em quase todas as regiões brasileiras.

Para a psicóloga da Clínica Maia, Myriam Albers, assim que recebe o diagnóstico, muitas mulheres podem desenvolver sentimentos de medo, angústia, insegurança, e até mesmo entrar em negação da doença, em um primeiro momento. "A descoberta mexe com a identidade da mulher, pois a mama é um órgão que está ligado à feminilidade, ao prazer e à maternidade, tornando uma situação difícil de aceitar", diz a especialista.

O câncer, no geral, ainda é tratado como tabu dentro da sociedade e receber o diagnóstico, para muitos, acaba sendo encarado ainda como uma sentença de morte. Esse contexto faz com que algumas mulheres, mesmo após orientação médica, demorem a fazer os exames, com medo de possíveis resultados positivos para um tumor maligno, o que acarreta atraso do diagnóstico e também demora para tratar o problema.

Em relação à saúde mental, quando já existe uma doença emocional preexistente, como a depressão, é possível observar na mulher o aumento dos sintomas de ansiedade, falta de perspectiva de vida, apatia, sentimentos de derrota, tudo isso até antes mesmo de iniciar o tratamento. "Com o humor deprimido, o isolamento e a insegurança, algumas mulheres podem deixar o tratamento de lado, por isso, o diagnóstico de câncer de mama envolve a paciente e toda a sua família, uma vez que a mulher precisará de um forte apoio e suporte familiar nesse momento delicado", alerta a psicóloga.

Myriam aconselha que, para manter a qualidade de vida durante o tratamento, é necessário buscar o máximo de informações sobre a doença, manter o autocuidado, procurar continuar com a rotina o mais normal possível, encontrar grupos de apoio - na família ou na sociedade - que possam dar um amparo emocional importante, e focar em viver o momento presente.

"Além de todo o tratamento clínico do câncer, é necessário buscar ajuda psicológica profissional, para ressignificar esse momento. Trabalhar as emoções irá favorecer o prognóstico, a recuperação e a reabilitação após o tratamento, proporcionando mais qualidade de vida para a mulher", conclui a psicóloga.

 

Terapia gênica: inovação na medicina é esperança para pacientes com doenças genéticas

Estudada há mais de 40 anos, a terapia gênica corrige genes defeituosos que causam doenças

 

Atualmente, estima-se que existam entre 6 a 8 mil tipos diferentes de doenças raras em todo o mundo - crônicas, incapacitantes e degenerativas, somente 5% tem tratamento. No Brasil, há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras, dos quais 80% dos casos são decorrentes de fatores genéticos¹. Estudada e aperfeiçoada desde 1990, a chamada terapia gênica veio para transformar o cenário científico e a vida de milhares de pacientes raros: a tecnologia visa corrigir um gene defeituoso em apenas uma dose administrada.

"A terapia gênica é a introdução, remoção ou alteração do material genético - DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) - nas células de um paciente para tratar uma doença específica. O material genético modificado tem instruções para alterar como uma proteína - ou grupo de proteínas - é produzido no corpo, sendo transportado até o núcleo das células do paciente com o uso de vetores que carregam e protegem este DNA. No caso de algumas doenças, isso significa fazer alterações essenciais para o bom funcionamento das células", explica o geneticista, Roberto Giugliani.

Destinada especificamente para doenças raras e debilitantes, a tecnologia pode ser conduzida in vivo, quando se introduz um material genético no organismo a ser tratado, ou ex vivo, quando se retiram células do organismo a ser tratado, se modificam essas células com material genético no laboratório, e depois se reintroduzem as células modificadas ao organismo - para cada tipo de doença, é necessário o desenvolvimento de uma nova terapia, já que não existe um tratamento unificado para a correção de todos os defeitos.

Vista a partir de um cenário promissor, a terapia gênica tem mostrado, cada vez mais, grande potencial para o tratamento das doenças genéticas. "As perspectivas futuras são de desenvolvimento crescente de novos tipos de terapias gênicas, com a incorporação deste tratamento dentro do sistema de saúde pública. Para isso, o Brasil deve discutir uma política para a área, considerando a implantação de centros de excelência para administração desse tratamento, bem como o estabelecimento de unidades de pesquisa, produção e fornecimento", finaliza Giugliani.

 

Dia Mundial do Coração

  

Aprender a ouvir as batidas do coração pode colaborar para identificação de arritmia

 

Fibrilação Atrial, tipo mais comum de arritmia, afeta um em cada quatro adultos com mais de 40 anos

 

Em 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração e a data é propícia para falarmos da saúde do órgão muscular que garante o bombeamento correto do sangue para o corpo. O coração possui duas bombas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, que fazem parte de um sistema elétrico responsável pelo ritmo e sincronização dos batimentos cardíacos. Quando esse processo falha, chamamos de arritmia cardíaca. 

20 milhões de brasileiros sofrem de arritmias cardíacas, levando mais de 320 mil pessoas a óbito anualmente¹, e a mais comum delas é a fibrilação atrial (FA). A condição reduz a eficiência e o desempenho do coração, levando a uma deficiência na entrega de oxigênio de modo adequado para o corpo. “Como consequência, o paciente pode ter mal-estar geral e outros sintomas como palpitações, fadiga, falta de ar, tontura, dor torácica e por fim quadros mais graves, como acidente vascular cerebral. Por outro lado, algumas arritmias são assintomáticas. Independente da presença de sintomas, toda arritmia tem impacto na saúde do coração, tornando fundamental o acompanhamento médico”, pontua o Dr. Ricardo Alkmim Teixeira, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). 

Para reforçar a importância de ouvir os sinais do coração, a campanha Conta, Coração, da Johnson & Johnson Medical Devices, provoca as pessoas a lembrarem das histórias de sua vida que fizeram o coração bater mais forte. Desta maneira, a campanha levanta o alerta: as batidas do seu coração estão de acordo com as emoções do momento que você está vivendo? Caso haja alguma alteração, pode ser a hora de procurar um médico. 

“A fibrilação atrial é a única arritmia que é progressiva, ou seja, vai agravando com o passar do tempo”, afirma Dr. Ricardo. A boa notícia é que há soluções para curar a condição, e o paciente pode voltar a uma vida normal. Quanto mais cedo se procura tratamento para FA, melhor será o resultado. 

O tratamento pode ser feito com um método não medicamentoso, a ablação por cateter, que previne o agravamento dos sintomas. O procedimento minimamente invasivo identifica as áreas do coração que geram os impulsos elétricos defeituosos que causam FA e elimina esses focos com uma fonte de energia, como radiofrequência ou a crioenergia. É um tratamento seguro, eficaz, comprovado e duradouro. 

O especialista que realiza o procedimento é o eletrofisiologista. “Procurar um tratamento com o profissional correto garante que o paciente tenha acesso a todas as opções disponíveis e alcance o melhor desfecho”, finaliza o médico.

 

Para mais informações sobre arritmia, acesse http://www.tenhoarritmia.com/.

 

 

 

Johnson & Johnson Medical Devices Companies

 

Referência

  1. Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. BRASIL EM AÇÃO PELA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS E MORTE SÚBIA. Disponível em https://sobrac.org/home/wp-content/uploads/2015/08/Release_geral_-_Campanha_Coracao_na_Batida_Certa_-_2018_-_SOBRAC_revisado_doutora-converted.pdf. Acessado em agosto de 2021.

 

Higiene bucal infantil: rotina prazerosa para quem só pensa em diversão

Exemplo familiar e produtos direcionados para crianças estimulam interesse dos pequenos pela escovação


Hábitos conquistados na infância costumam ser prolongados por toda a vida. É por isso que uma dentição perfeita se cria desde os primeiros anos de vida: um adulto com dentes permanentes saudáveis provavelmente teve uma boa saúde bucal quando pequeno.  

Uma das maneiras de estimular as crianças a incluírem a higiene dos dentes com prazer na rotina é por meio de produtos direcionados. A Angie by Angelus, marca voltada à saúde bucal infantil, desenvolve tecnologia para atender as novas necessidades. Um dos lançamentos é a Magic Brush, uma escova que aplica a dose necessária do gel para a escovação direto nas cerdas. Adequadas para cada faixa etária, o produto oferece independência para a criança, já que não precisa de um adulto para colocar a pasta na escova. Disponível em três cores, reduz o risco de fluorose, patologia que afeta os dentes em desenvolvimento pelo excesso de flúor contido no gel.  

Outra novidade é a Magic Bubble, primeira espuma bucal anticárie com ação antisséptica para crianças. A composição não contém açúcar – é adoçado com xititol –, e possui TMP, ingrediente testado em faculdades odontológicas que remineraliza o esmalte dos dentes e potencializa o efeito do flúor. Com sabor de mix de frutas, agrada ao paladar sensível dos pequenos e rende até 130 aplicações.  

Segundo o dentista Rodrigo Samuka, diretor membro da Associação Brasileira do Cirurgião Dentista - seção Paraná, nenhum item, mesmo que direcionado para as crianças, será totalmente eficiente sem o exemplo familiar. “A união entre os dois fatores é decisiva no sucesso da rotina higiênica dos pequenos”, afirma. 


Gestação na Adolescência cai 50,6% em SP, nos últimos 20 anos, revela estudo

Estudo analisou dados de gravidezes de jovens de 15 a 19 anos, nos últimos 20 anos

 

Estudo realizado pela ginecologista Dra. Denise Leite Maia Monteiro, secretária da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto Puberal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) aponta queda de 50,6% nos índices de gravidezes adolescentes no estado de São Paulo, nos últimos 20 anos. A pesquisa analisou o número de nascidos vivos (NV) e a Taxa de Fecundidade por Idade Específica (TIEF) de meninas de 15 a 19 anos, entre o período compreendido entre os anos 2000 e 2019. No primeiro ano observado, a gestação juvenil atingiu 71,1 meninas em cada mil. Em 2019, esse índice caiu para 35,1 em cada mil. A especialista aponta que apesar da importante evolução, o cenário da gestação adolescente continua preocupante.

Entre os estados brasileiros, a redução média foi de 40,7% no número de nascidos vivos de mães adolescentes. Cada estado, contudo apresentou uma realidade distinta - variando de -17,4%, no estado maranhense, a -56,1% no Distrito Federal. "A proporção de nascidos vivos de mães adolescentes do Sudeste e Sul são as menores do País, o que demonstra tendência inversamente proporcional ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)", comenta especialista.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), as regiões Sudeste e Sul apresentam os maiores IDH do país (0,80), seguidas do Centro-Oeste (0,79), Norte (0,73) e Nordeste (0,71). De acordo com o DataSUS/Sinasc, a cada dia ocorram cerca de 1150 nascimentos de filhos de adolescentes.

 


A especialista da Febrasgo explica que a gravidez na adolescência está associada à evasão escolar, maior perpetuação da pobreza gerando impactos pessoais e sociais. Na esfera da saúde, "a gravidez precoce acarreta inúmeras consequências para a adolescente e o recém-nascido. As complicações gestacionais e no parto representam a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos mundialmente, pois existe maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmicas e prematuridade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ainda há consequências sociais e econômicas como rejeição ou violência e interrupção dos estudos, comprometendo o futuro dessas jovens".

 



1. World Health Organization (WHO). Adolescent pregnancy. January, 2020. [cited 2021Feb08]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-pregnancy.
2. Trends in teenage pregnancy in Brazil in the last 20 years (2000-2019). Rev Assoc Med Bras, 2021, in press.


Osteoporose: problema de saúde pública

Mostra informativa está na Estação Higienópolis/Mackenzie


“Dados indicam que cerca de 33% das mulheres e 15% dos homens com mais de 65 anos terão osteoporose. Portanto, é um problema de saúde pública”, explica Dr. Sergio Setsuo Maeda, especialista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP). E foi pensando na saúde pública que a SBEM-SP celebra parceria com a ViaQuatro, concessionária da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo: durante todo mês de outubro, a Estação Higienópolis/Mackenzie abrigará mostra informativa sobre o Dia Mundial da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro.

 

A osteoporose é uma doença que se agrava com o envelhecimento, fragilizando os ossos e piorando consideravelmente o quadro de saúde do paciente. Como consequência do aumento da destruição óssea e diminuição da formação e absorção de minerais e cálcio, a osteoporose provoca perda de massa óssea.

 

Predisposição genética, medicamentos como os glicocorticoides e maus hábitos de estilo vida como ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo e sedentarismo também podem estar por trás das causas da osteoporose. As fraturas osteoporóticas podem causar dor, levar à dependência física e estão associadas a maior mortalidade.

 

A alimentação rica em cálcio e a exposição solar, que é principal fator para absorção da vitamina D, são essenciais para a saúde dos ossos e podem ajudar a prevenir a perda de massa óssea. “A osteoporose é silenciosa e dificilmente apresenta sintomas, daí a importância de alertar sobre ela. A presença de cifose (corcunda) pode sugerir o aparecimento de fraturas vertebrais. Quando é diagnosticada, a osteoporose, muitas vezes, já está em estágio avançado”, alerta Dr. Maeda.

 

A casa adaptada para o paciente com osteoporose visa diminuir, consideravelmente, os riscos de quedas, por isso é fundamental na prevenção de fraturas. E em tempos de Covid-19, é preciso aumentar a prevenção para que o idoso não precise se deslocar para um hospital.

 

Dr. Maeda elenca abaixo as principais dicas para a casa segura do paciente com osteoporose que, muitas vezes, nem foi diagnosticado ainda:

 

1.  A iluminação é um item importante: o ambiente interno deve ser bem iluminado para que o paciente consiga circular com tranquilidade e segurança.

2. Retirar tapetes e carpetes da casa é fundamental, pois eles são causas frequentes de escorregões, tropeços e quedas.

3.  A altura de cama e sofá deve ser mínima de 45 a 50 cm do chão.

4. Fios de carregadores de celular, brinquedos e outros objetos não podem ficar espalhados pelo chão da casa do paciente com osteoporose, pois podem provocar quedas e consequentes fraturas.

5.  O piso escorregadio é causa frequente de quedas, principalmente quando molhado. E no banheiro é onde mora o perigo: instale barras antiquedas na área de banho, sendo também importantes banquinhos para sentar e lavar os pés e tapetes antiderrapantes dentro e fora do box..

 

Atualmente, existem medicamentos que diminuem a destruição óssea. Mas o médico precisa avaliar os riscos e benefícios e fazer um plano de tratamento individualizado, pois cada medicamento tem uma particularidade em seu uso. O principal objetivo do tratamento é reduzir o risco de fratura.

 

Mês da  Osteoporose – Exposição

Quando: de 1º a 31 de outubro de 2021

Local: Estação Higienópolis/Mackenzie, da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo

 

 

 

SBEM-SP  - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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Tenho câncer de mama, e agora? Tratamentos no SUS hoje atendem a apenas 20% dos casos

Cresce o número de casos em mulheres em idade ativa, fase em que a doença pode se manifestar de forma mais agressiva 


Especialistas se preocupam com a demanda represada por diagnósticos no pós-pandemia e com as inequidades em tratamentos para pacientes em diferentes faixas etárias

 

O Outubro Rosa marca um mês de conscientização sobre a importância do autoexame e de estar em dia com a realização de mamografias. Contudo, se houver uma suspeita e o diagnóstico de câncer de mama se confirmar, quais são os próximos passos? Atualmente, normas como a Lei dos 30 Dias e a Lei dos 60 Dias garantem que pacientes recém diagnosticados recebam os devidos encaminhamentos e iniciem o tratamento o quanto antes. A Agência Nacional de Saúde (ANS), órgão responsável pela saúde privada, assim como o Sistema Único de Saúde (SUS), já possuem tratamentos para o trato do tumor. Mas como isso funciona na prática?

“As pacientes com plano de saúde costumam ter acesso a tratamentos mais modernos com mais facilidade”, esclarece o Dr. Antonio Buzaid, oncologista e cofundador do Instituto Vencer o Câncer. No entanto, há uma grande demanda represada para tratamento do câncer de mama avançado no SUS, que requer atenção de toda a sociedade. “Ter acesso a tratamentos avançados também significa acesso a maior qualidade de vida e longevidade”, completa. 

Em um país em que apenas 25%1 da população possui plano de saúde, o especialista se preocupa. “Alguns desses tratamentos hoje, por exemplo, garantem uma sobrevida de qualidade de até cinco anos2 para pacientes em casos mais graves, o que é um ganho muito relevante.” 

No Brasil, mais de 66 mil3 mulheres são acometidas pela doença por ano, com 35%4 dos casos identificados já em fase metastática, ou seja, quando o tumor se dissemina e passa a atingir outras partes do corpo. A pandemia afetou o rastreio da doença, e dados Radar do Câncer demonstram queda de 48%5 em 2020 e 50%5 em 2021 na realização de mamografias. 

“Temos que nos preparar para uma onda de diagnósticos em fase avançada”, comenta o oncologista. “A questão é se o Sistema Único de Saúde, responsável pelo tratamento da maior parte da população, está apto para receber pacientes de todos os tipos, inclusive de diferentes faixas etárias”, completa. 

Pesquisas demonstram que o diagnóstico de câncer de mama acomete com cada vez mais frequência mulheres pré-menopausa, em plena idade ativa, chegando a 40%1 dos casos. O tumor pode se manifestar de forma mais agressiva nesses casos, com taxas de mortalidade mais elevadas quando comparadas às mulheres de idade mais avançada7. 

No SUS, não há atualização de novas tecnologias para tratar as pacientes de câncer metastático do tipo mais comum, que corresponde a 70%8 dos casos, ainda que para 20%8 das pacientes as inovações já estejam acessíveis. 

André Mattar, mastologista e diretor do Núcleo de Oncologia Clínica do Hospital Pérola Byington (SP), comenta sobre as disparidades dentro do sistema público de saúde: “hoje, os tratamentos disponíveis pelo SUS tem foco em pacientes pós-menopausa, ou seja, as acima de 50 anos. Uma porcentagem significativa de pacientes está descoberta.” 

“A maior preocupação está na soma do fato de que há um aumento de casos em pacientes jovens com o temor de uma epidemia de câncer de mama avançado no pós-pandemia”, adiciona o mastologista. 

“Os tratamentos oferecidos hoje pelo SUS não atende totalmente o princípio de universalidade do sistema, já que claramente precisamos melhorar a atual a oferta de tratamento”, adiciona o especialista. “Sabemos que no Brasil a mobilização em prol do combate ao câncer de mama é avançada, já foram realizadas muitas conquistas, mas ainda há muito o que fazer”, completa.

 

 

REFERÊNCIAS:

  1. Agência Nacional de Saúde. Dados Gerais. Disponível em: https://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-gerais.
  2. Tripathy D, Im S-A, Colleoni M, et al. Updated overall survival (OS) results from the phase III MONALEESA-7 trial of pre- or perimenopausal patients with HR+/HER2- advanced breast cancer (ABC) treated with endocrine therapy (ET) +/- ribociclib. Presented at: 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium; December 8-11, 2020; Virtual. Abstract PD2-04. https://bit.ly/33WH2ly.
  3. Instituto Nacional do Câncer. Conceito e Magnitude do Câncer de Mama no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude.
  4. Instituto Oncoguia. Mais de 35% descobriram câncer de mama já avançado, mostra estudo. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mais-de-35-descobriram-cancer-de-mama-ja-avancado-mostra-estudo/12237/42.
  5. Radar do Câncer. Painel Covid. Disponível em: http://radardocancer.org.br/painel/covid/
  6. Mais de 40% dos casos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50 anos. Disponível em: https://www.femama.org.br/site/br/noticia/mais-de-40-dos-casos-de-cancer-de-mama-acontecem-em-mulheres-com-menos-de-50-anos
  7. Anders CK, Johnson R, Litton J, Phillips M, Bleyer A. Breast cancer before age 40 years. Seminars in oncology 2009;36:237-49.
  8. Estudo AMAZONA III/GBECAM 0115 - P2-09-11. Prevalence of patients with indication of genetic evaluation for hereditary breast and ovarian syndrome in the Brazilian cohort study - AMAZONA III. 2019. Disponível em: https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/7946/presentation/701

Cerca de 90% dos casos de mau hálito são gerados pela falta de higiene bucal

Cuidados simples indicados pelos cirurgiões-dentistas podem auxiliar no tratamento e prevenção da halitose


Uma das consequências da falta de cuidado com a saúde bucal é o mau hálito, também chamado de halitose. O problema atinge mais de 32% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 60 milhões de pessoas apresentam alteração no hálito, de acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

As pesquisas mostram que mais de 90% dos casos de mau hálito são de origem bucal. “Sendo assim, o cirurgião-dentista qualificado é essencial para o tratamento da halitose e deve ser o profissional de escolha quando houver este e outros problemas relacionados ao assunto”, explica a dra. Karyne Magalhães, presidente da ABHA.

O cirurgião-dentista Mário Sérgio Giorgi, membro da Comissão de Halitose do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), reforça que a  halitose não tem cura, mas tem tratamento. “Ao diagnosticar os fatores etiológicos da alteração no hálito, devemos instituir um tratamento individualizado”, afirma.

A principal dica para evitar o mau hálito é fazer a higiene oral com os instrumentos adequados – escova de dente, fio dental e raspador de língua – pelo menos três vezes ao dia, a fim de evitar o acúmulo de bactérias. Além disso, é importante manter a boca hidratada, preferencialmente com água.

De acordo com o dr. Mário Sérgio, uma boa alimentação – com a inclusão de frutas, como maçã e laranja, e folhas escuras, como couve e espinafre – ajuda a minimizar os efeitos da halitose. Ele esclarece, porém, que alguns alimentos podem despertar o mau hálito temporário, como é o caso da cebola e do alho.

“O consumo em excesso de bebidas alcoólicas também causa irritação e um aumento na descamação de células da mucosa bucal. Tudo isso contribui para a formação da saburra lingual potencializando o aparecimento do mau hálito, por isso é importante fazer o consumo moderado de determinados alimentos e bebidas”, alerta o cirurgião-dentista.

A halitose de origem extra-oral é menos comum e pode ocorrer devido a alterações no sistema digestivo, à presença de diabetes não controlada, ao uso de determinados medicamentos, a problemas pulmonares e intestinais, ao tabagismo, a longos períodos de jejum ou regime e também pela desidratação e problemas otorrinolaringológicos, como rinites, sinusites, amigdalites e faringite.

A halitose é uma condição anormal do hálito, ou seja, indica que o organismo está desequilibrado. O correto diagnóstico, feito por um cirurgião-dentista é essencial e deve ser realizado assim que se perceba alguma anormalidade. O tratamento precoce minimiza as chances do problema tornar-se crônico e, consequentemente, interferir no comportamento e gerar constrangimentos. 

 

 

Dr. Mário Sérgio - esclarece outras dúvidas sobre Halitose neste vídeo!

Clique aqui para assistir e baixar o vídeo  

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

 

Outubro Rosa | Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama


Mamografia na berlinda: último levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia indica que em 2020 a aderência ao exame diminuiu em 45% 

Pandemia de COVID-19 é a principal responsável. No entanto, mesmo antes da chegada do vírus, a cobertura era insatisfatória e preocupava especialistas 


A celebração do Outubro Rosa em 2021 desempenha papel fundamental no reforço da importância do rastreio do câncer de mama, doença que anualmente faz mais de 66 mil novos casos no Brasil.1 Um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que entre janeiro e julho de 2020 o número de mamografias realizadas pelo SUS foi de 1,1 milhão, registrando uma redução de 45% no número de exames realizados por mulheres entre 50 e 69 anos. No mesmo período de 2019 o total de mamografias feitas era de 2,1 milhão, o que já preocupava especialistas uma vez que apenas 20% do público de mulheres na faixa etária indicada estava coberto pelo exame - a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que haja uma cobertura de ao menos 70%.2 Com o avanço da vacinação contra a COVID-19, o medo de se infectar pelo vírus deixa de ser o principal motivo para postergar os cuidados com a saúde3, e se faz necessário compreender as demais causas que influenciam a não realização do exame.

"Atualmente, a mamografia é o exame mais indicado para a detecção precoce do câncer de mama, já que permite a identificação de tumores muito pequenos e, consequentemente, nos estágios iniciais da doença. A agilidade no diagnóstico é o que determina como será o tratamento, as possibilidades de cura e o tempo de sobrevida da mulher. Entender o que impede as brasileiras de fazerem a mamografia, uma vez que há uma legislação específica para garantir o acesso ao exame, é essencial para reverter essa realidade", explica Carlos dos Anjos, oncologista clínico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. Com esse objetivo, um estudo publicado recentemente no periódico Nursing Open, analisou 22 estudos publicados entre 2006 e janeiro de 2020, e identificou por meio de meta-análise 41 fatores que podem influenciar na adesão ao exame, divididos entre características demográficas e socioeconômicas, uso do serviço de saúde, histórico médico e rastreamento anterior de câncer.4

 

Desigualdade socioeconômica tem forte impacto na aderência a mamografia

Entre todos os aspectos considerados na pesquisa, o levantamento indica que ter idade elevada, estar em um relacionamento, ter ensino superior, maior renda, residência urbana e morar no Sudeste do Brasil são aspectos mais comumente relacionados à adesão do exame de mamografia4, demonstrando um reflexo da desigualdade socioeconômica característica do Brasil na saúde da mulher. A má-distribuição dos 4,2 mil mamógrafos dispostos pelo país e as dificuldades em acessar os serviços de saúde também são causas apontadas pela SBM.2

Um ponto de atenção levantado pelo estudo é a ausência de investigação entre a relação da raça com a qual a paciente se identifica e a busca pelo exame. Somente 3 de todos os 22 estudos considerados na meta-análise incluíram esse aspecto.4 "Em um país como o Brasil, em que mais de 50% da população se identifica como preta ou parda, é impensável não considerar esse aspecto. A ausência desse dado inviabiliza a definição de políticas de saúde voltadas para a preservação da saúde da mulher negra, além de reforçar um comportamento de omissão quanto aos cuidados para com essa mulher. Tal comportamento é contrário a um movimento de países desenvolvidos que visa trazer maior inclusão dessas mulheres no combate ao câncer, necessidade exposta no discurso de abertura do congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em 2021", conta o especialista.

Com relação ao uso do serviço de saúde, histórico médico e rastreamento anterior de câncer, o levantamento indica que mulheres que passaram por consulta médica anterior - seja com especialista ou na atenção primária, que tem uma perspectiva positiva da própria saúde, e que realizaram outros exames de rastreio do câncer aderem mais à mamografia. No entanto, alguns fatores como estar na menopausa, ser tabagista, dificuldades na realização de atividades diárias, ter doença crônica, ter nódulos benignos na mama, história pessoal e familiar de câncer de mama, e o índice de massa corporal não estão necessariamente relacionados à maior adesão à mamografia.4 "O levantamento mostra ainda que poucos estudos analisados consideraram esses aspectos, mas principalmente que esses fatores podem impactar a influência desses fatores na adesão, seja para mais ou menos, variou. A partir disso, é possível indicar que uma parcela da população não tenha conhecimento sobre quais são os comportamentos e características de saúde que podem contribuir para o surgimento do tumor e que por isso orientam para a indicação de realização do exame", alerta Dr. Carlos.

A incidência de câncer de mama vem aumentando em países de baixa e média renda, assim como a taxa de mortalidade, de modo que 62% das mortes por câncer de mama em todo o mundo agora ocorrem em países em desenvolvimento, como o Brasil.5

 

Problema é ainda maior entre minorias raciais, étnicas e culturais

Um outro levantamento publicado pela Spandidos Publication avaliou 19 estudos desenvolvidos em todo o mundo para coletar informações de 250.733 mulheres de diferentes grupos minoritários, além de avaliar a adesão ao rastreamento do câncer de mama e as barreiras ou limitações que causam a não-adesão. Como resultado, a taxa de adesão encontrada foi de, em média, 49,7% nos últimos 2 anos. Ou seja, metade das mulheres que fazem parte de alguma minoria não fez o exame no período. No Brasil, a taxa de adesão a mamografia é de apenas 32% entre mulheres com 50 a 59 anos e 25% naquelas com 60 a 69 anos e que integram algum grupo minorizado.6

Os fatores socioeconômicos encontrados coincidem com os citados no estudo brasileiro, mas levantou outros pontos também, como fatores pessoais, como medo, desconfiança dos profissionais de saúde ou do sistema de saúde e desconhecimento dos procedimentos, falta de tempo, atividades conjugais. Fatores étnicos, culturais e religiosos, como crenças, confiança na medicina oriental, desconfiança nas práticas ocidentais, religião, estigma e vergonha, bem como fatores externos, falta de acesso e estímulo para fazer o exame foram apontados como motivos responsáveis pela falta da realização de mamografias. Até mesmo o conforto com relação ao sexo do profissional de saúde que presta o atendimento foi identificado como possíveis causas para o comportamento.6

O câncer de mama é o tumor maligno mais comum entre as mulheres, sendo responsável por um em cada quatro casos de câncer no mundo.7 A diminuição no número de exames feitos durante a pandemia pode provocar o surgimento de 4 mil novos casos nos próximos anos.3 "Com o início da retomada das atividades, é imprescindível que as mulheres priorizem a sua saúde e busquem pela mamografia. Esses casos precisam ser diagnosticados o quanto antes, pois a cada dia que passa, o câncer avança. Culturalmente, a brasileira coloca o cuidado com o companheiro, a família e os amigos em primeiro lugar, mas isso precisa mudar. Essa rede de apoio pode e deve priorizar a saúde da mulher e auxiliá-la nessa jornada, seja para o diagnóstico precoce ou apoio durante o tratamento do câncer", reforça o oncologista.

 

 

Referência

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

• Restreamento mamográfico despenca no Brasil. Sociedade Brasileira de Mastologia. Acesso em 21 de setembro de 2021. Disponível em: https://sbmastologia.com.br/rastreamento-mamografico-despenca-no-brasil/

• Câncer de mama: pandemia pode ter deixado 4 mil casos sem diagnóstico no Brasil, diz estudo. Oncoguia. Acesso em 21 de setembro de 2021. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-mama-pandemia-pode-ter-deixado-4-mil-casos-sem-diagnostico-no-brasil-diz-estudo/14581/7/

• Factors related to mammography adherence among women in Brazil: A scoping review. Nursing Open. Acesso em 21 de setembro de 2021. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/nop2.706

• Torre, L. A., Islami, F., Siegel, R. L., Ward, E. M., & Jemal, A. (2017). Global cancer in women: Burden and trends. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, 26(4), 444- 457. https://doi.org/10.1158/1055-9965.EPI-16-0858

• Breast cancer screening adherence rates and barriers of implementation in ethnic, cultural and religious minorities: A systematic review. Spandidos Publication. Acesso em 21 de setembro de 2021. Disponível em: https://www.spandidos-publications.com/10.3892/mco.2021.2301#

• Bray, F., Ferlay, J., Soerjomataram, I., Siegel, R. L., Torre, L. A., & Jemal, A. (2018). Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, 68(6), 394- 424. https://doi.org/10.3322/caac.21492


Dia do Coração: pesquisa revela que redução de 250 calorias podem melhorar saúde cardíaca

Cardiologista Roberto Yano explica como enrijecimento das artérias podem comprometer o funcionamento do órgão e comenta como mudanças simples podem trazer grandes resultados

 

 

Nesta quarta-feira, 29 de setembro, se comemora o Dia do Coração, e um estudo lançado recentemente pela revista científica Circulation revela que hábitos simples, como a redução do consumo de calorias diárias e a prática de exercício físico podem aumentar o desempenho cardíaco e propiciar mais qualidade de vida para as pessoas.

 

Segundo a pesquisa, a redução de 250 calorias por dia na dieta, além dos exercícios por no mínimo quatro vezes na semana, foram capazes de melhorar a rigidez da aorta de pacientes idosos e obesos. De acordo com o cardiologista Roberto Yano, o enrijecimento da parede arterial dificulta o trabalho do coração e pode resultar em graves complicações para o paciente, inclusive, levá-lo à morte.

 

“O enrijecimento arterial dificulta a passagem fluida do sangue, fazendo com que o sangue não chegue adequadamente a todo o organismo, elevando a pressão sanguínea e potencializando os riscos de doenças cardiovasculares, como infarto, derrame, aterosclerose e outras complicações”, alerta. “Esses problemas são mais frequentes na velhice, mas hábitos ruins, como consumo exagerado de bebida alcoólica, cigarros, sedentarismo, obesidade e alimentos ricos em aditivos químicos e gorduras ruins podem elevar os riscos à saúde”, completa.

 

Os pesquisadores ficaram por cinco meses avaliando diariamente, com ressonância magnética, o comportamento de 160 adultos obesos, com idades entre 65 e 79 anos, que não praticavam previamente exercício físico. Os participantes foram divididos em três grupos: um de pessoas que fizeram somente exercício físico; outro com pessoas que praticavam exercícios e fizeram redução de 250 calorias diárias na alimentação e um terceiro grupo que praticava exercício físico e fizeram a redução de 600 calorias por dia.


Conclui-se que os dois grupos que se exercitaram e tiveram redução de calorias, reduziram entre 8 e 9 kg de peso corporal, enquanto o grupo que só mantinha o exercício físico, tiveram uma perda média de apenas 1,6 kg. Houve também uma melhora da distensibilidade da aorta ascendente em pacientes que se exercitaram e fizeram uma restrição calórica moderada, o que não ocorreu em quem fez uma restrição calórica intensa.

 

“O estudo mostra que mais vale a frequência, rotina e moderação, do que o esforço exagerado e restrição calórica extrema. Vale lembrar que restrição calórica intensa em obesos idosos, pode não ser a melhor opção, pois apesar da diminuição considerável do peso, não houve melhora na distensibilidade da artéria aorta, ou seja, suas artérias não ficaram mais saudáveis”, finaliza.

 

 



 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela AMB. Hoje, suas redes sociais contam com um número expressivo de seguidores #amigosdocoracao. São mais de 1 milhão de seguidores bem engajados entre Facebook, Youtube e Instagram. 

 

  

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