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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

CARNAVAL: A tentativa de aplacar as faltas da vida e como lidar com a solidão pós-festa

Psicóloga Ana Gabriela Andriani aborda os motivos por trás das grandes expectativas do Carnaval e a tristeza que surge com o fim desse período


Bloquinhos e bailes de Carnaval promovem a retomada de uma comemoração que ficou paralisada por cerca de dois anos, devido à Pandemia da Covid-19, e que promete movimentar cerca de 46 milhões de pessoas nos tradicionais destinos carnavalescos do país, segundo o Ministério do Turismo. O retorno do Carnaval é de grande importância para a economia e para os próprios foliões, que utilizam dessas datas para aplacar suas tristezas e viver uma outra realidade, onde a base é a felicidade.

Uma rotina atribulada, estressante, e com uma agenda tomada por trabalho, estudos, tarefas do lar e com poucos momentos de descontração já fazem parte da rotina do brasileiro. Então, para muitos, o Carnaval é a hora extravasar e ser diferente do que se é nos outros dias, e buscar uma certa felicidade e alegria que não existe em sua rotina. “A felicidade para existir precisa da falta. O Carnaval é o momento de êxtase, onde as pessoas tentam aplacar a existência das frustrações da vida”, aponta a psicóloga Ana Gabriela Andriani.

Quando esses dias de festanças acabam, o que vem em seguida é uma tristeza e melancolia, pois existe a necessidade de volta à realidade, encarando a falta desses momentos na rotina. As pessoas costumam ter o sentimento de tristeza e desânimo, como se fosse uma espécie de “depressão pós-carnaval”, mas, isso é completamente diferente de um diagnóstico de depressão, por exemplo, destaca a psicóloga Ana Gabriela Andriani. “É comum se sentir triste após dias festejando, pois, o carnaval é aproveitado como válvula de escape para encarar uma difícil realidade, principalmente quando ela não contém muitos momentos de felicidades”, comenta.

“O mais indicado é que as pessoas comecem a aproveitar todos os momentos da vida, e não apenas os dias de festas. Curtir a si próprio, ler um livro, conversar com os amigos em um bar durante a semana, são alguns exemplos de que todos os dias podem ser satisfatórios, e não apenas o Carnaval”, conclui a psicóloga.  

 

Ana Gabriela Andriani - CRP 06/58907 - É psicóloga formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de casal e família pela Northwestern University - EUA, especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.


Pré-eclâmpsia: informação é fundamental para que mulheres tratem em tempo doença hipertensiva da gravidez

Números de casos preocupam; identificação dos sintomas e padronização nos protocolos de atendimento podem salvar vidas da mãe e do bebê


Rápida e perigosa. Essas são duas potenciais características da pré-eclâmpsia, doença grave relacionada com o aumento da pressão arterial de grávidas. O termo eclampsia, inclusive, é uma palavra de origem grega que significa raio ou relâmpago. Ela pode acontecer em qualquer gestante durante a segunda metade da gravidez ou até seis meses após o parto. Identificá-la o mais cedo possível é fundamental para a garantia da saúde materna e dos bebês, de modo que a informação sobre a doença seja de amplo conhecimento não apenas das mulheres, mas também do companheiro, familiares e amigos que acompanham a gestação.

Os números sobre a doença assustam. A pré-eclâmpsia afeta de 5 a 10% das gestações em todo o mundo, sendo a principal causa de morte materna e de crianças, 75 mil e 500 mil, respectivamente, a cada ano. Mais de 99% das mortes maternas ocorrem em países pobres ou em desenvolvimento. Na América Latina, ela é responsável por uma em cada quatro mortes maternas.

“Para além da questão da mortalidade, a pré-eclâmpsia é a causa comum de prematuridade, sendo responsável por 20% de todas as internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), um dado que preocupa e que mostra toda a atenção que se deve dar para gestantes e seus bebês”, alerta Nelson Sass, professor do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e membro da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG).

Para Sass, embora a fisiopatologia da pré-eclâmpsia ainda não tenha sido totalmente desvendada e a sua completa prevenção seja algo ainda difícil, a ocorrência de eclampsia e suas consequências podem e devem ser evitadas. “Em pleno Século 21, sabemos bem o que fazer para tratar a hipertensão na gestação e erradicar a morte por ela causada e esse trabalho passa necessariamente pela informação, de modo que a gestante consiga reconhecer os sinais e sintomas precocemente e busque auxílio médico em tempo para iniciar o tratamento”.

Os principais sintomas que podem identificar a pré-eclâmpsia e que devem ser observados são dor de cabeça forte que não desaparece com medicação, inchaço no rosto e nas mãos, ganho de peso de um quilo ou mais em uma semana, dificuldade para respirar ou respiração ofegante, náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação, perda ou alterações na visão, como borramento e luzes piscando, e dor no abdome na região direita, próximo ao estômago.

“Esses são alguns dos sintomas que podem aparecer de maneira isolada ou conjugados e que podem apontar para um quadro de hipertensão e necessidade de intervenção médica. A urgência não é sem razão. As mães podem convulsionar e correm risco de morte. Bebês também correm risco de morte ou de nascimento prematuro”, ressalta o docente da Unifesp.

Tão importante quanto a posse dessas informações por parte das gestantes e de quem acompanha uma grávida é o aprofundamento do entendimento médico acerca da doença.

Nesse sentido, explica Sass, “médicos que atuam na RBEHG têm proposto projetos com o objetivo de se alcançar ‘zero morte materna por hipertensão’, ao mesmo em que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), com sua educação continuada, atua na discussão da eclampsia em congressos e na emissão de protocolos de tratamento e de conduta de prestadores de saúde, como clínicos, obstetras e enfermeiros(as), muito adequados, procurando trazer luz a esse grave problema nacional, que é a hipertensão arterial na gestação”.


Entenda o transtorno do processamento sensorial

Quais os sinais e como é o tratamento à condição incomum que afeta audição, olfato, paladar, visão e tato?


Uma doença pouco comum que acomete sentidos básicos como audição, olfato, paladar, visão e tato, o transtorno do processamento sensorial (TPS) é definido como uma condição em que os múltiplos “inputs sensoriais” para o sistema nervoso central (SNC) não são adequadamente organizados e processados, resultando em respostas inadequadas para as demandas do ambiente e do meio social. Mas quais são os sinais e como é realizado diagnóstico e tratamento?

Dr. Gilberto Ferlin, otorrinolaringologista e foniatra do Hospital Paulista, explica que o diagnóstico do transtorno do processamento sensorial é clínico. “Os profissionais habilitados e habituados a utilizar testes e/ou questionários padronizados e escalas observacionais especializadas para TPS são os responsáveis pelo diagnóstico.”

Segundo ele, a observação de brincadeiras em consultório, set terapêutico e/ou as observações de atividades funcionais em ambientes sociais (escola, domicílio etc.) por esses profissionais podem contribuir para o diagnóstico.

O especialista afirma que existem sinais e sintomas que podem aparecer em diversas etapas da vida e podem servir de alerta para observação e possível investigação. Conforme o médico, por se tratar de “dificuldade” do SNC em receber e processar as informações sensoriais recebidas, os sintomas podem variar de acordo com a modalidade sensorial ou as modalidades sensoriais acometidas e sua intensidade.

“Assim, desconforto grave induzido por sons específicos ou não, luzes, cheiros, sabores e/ou textura de alimentos são alguns dos sintomas mais frequentes. Além disso, intolerância ao contato com determinados tecidos e materiais utilizados diariamente, para higiene por exemplo, ou temperatura do ambiente são alguns exemplos de sintomas experimentados”, explica.

Por outro lado, segundo o médico, a busca por sensações, como ruídos intensos (volume alto) e perturbadores, inquietação e impulsividade, também podem ter sua causa em alterações de processamento sensorial, sugerindo diminuição das percepções sensoriais e/ou propriocepção.

“Essas pessoas podem manifestar ‘imprecisão motora’, incluindo execução de movimentos descoordenados e/ou lentos, resultando em quedas constantes de seus utensílios e caligrafia ruim, entre outros problemas, dando a impressão de um sujeito desajeitado”, destaca.

Em bebês e crianças pequenas, de acordo com o médico, podem ser observados problemas para comer ou dormir, manifestados como desconforto com suas roupas, não conseguir acalmar-se ou resistir a abraço.

“Frequentemente, exploram pouco o ambiente e resistem a brincadeiras com objetos e brinquedos, o que pode, com certa frequência, acarretar dificuldades na aquisição de linguagem”, ressalta.

Dr. Ferlin reitera que, em pré-escolares, além desses comportamentos, podem demonstrar dificuldades em fazer amigos, ter acessos de raiva frequentes e longos, ser desajeitado (muitas vezes, por dificuldade na linguagem expressiva e nas relações com o outro).

“Em crianças em idade de frequentar o ensino fundamental, podem também somar-se distração e dificuldade de aprendizado. Nesta fase, ela pode ser capaz de expressar sensibilidade extrema a toques, ruídos e cheiros. Por outro lado, a criança pode demonstrar o oposto, como insensibilidade musculo-cutânea, podendo ser motoramente inábil (desajeitado) por alterações na percepção espacial do corpo.”

Adolescentes e adultos, por sua vez, podem, no contexto dos sintomas já mencionados, demonstrar baixa autoestima, evitando tarefas novas e desafios para evitar frustrações; deixar tarefas incompletas; apresentar dificuldade em manter o foco nas tarefas realizadas, deixando-as muitas vezes incompletas; e lentidão a inabilidades motoras mais ou menos evidentes, evidenciando-se desmotivação.



Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico do TPS, é necessária uma avaliação individual pela equipe multidisciplinar, composta por especialistas como o otorrinolaringologista, que avalia as integridades sensoriais auditivas, gustativas, olfativas e tátil sinestésicas dos órgãos fono-articulatórios; o foniatra, que avalia, além dessas, a comunicação humana e seus distúrbios quando esses indivíduos apresentam dificuldades em se comunicar (compreensão e expressão); o neurologista, que avalia o sistema nervoso central; e especialistas não-médicos, como o terapeuta ocupacional, que tem lugar de destaque no manejo terapêutico da condição.

Dr. Ferlin afirma que algumas pessoas que preenchem critérios diagnósticos para certos transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas não restrito apenas a essas condições, podem apresentar sinais e sintomas com o mesmo padrão dos apresentados no TPS.

“Podem também estar presentes em alguns transtornos de comportamento, problemas de ansiedade e intolerâncias alimentares, entre outros. Por esse motivo, muitos especialistas discutem se o TPS pode ser considerado um distúrbio identificável específico ou trata-se de sintomas que aparecem em outros transtornos. Nesse sentido, há a necessidade do diagnóstico diferencial pela equipe médica”, detalha.

Conforme o especialista, o tratamento, em geral, consiste em terapia, realizada pelo terapeuta ocupacional, buscando aumentar a capacidade do indivíduo organizar e processar adequadamente os “inputs sensoriais”, segundo seu quadro clínico.

“Estudos ainda devem verificar a efetividade de diferentes formas de terapia de integração sensorial, e o paciente e/ou seus responsáveis são orientados sobre essas limitações. Mas orientações sobre tipo de vestuário e tecido utilizado, bem como tratamento da acústica e iluminação dos ambientes, podem ser úteis. Outros membros da equipe multidisciplinar, como fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, podem contribuir na terapia destes pacientes. Com os devidos cuidados e orientações, ele é capaz de se adaptar ao seu ambiente social”, finaliza.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Chutou o balde no carnaval?

VigilantesdoPeso dá dicas para desintoxicar depois da folia

 

O carnaval é uma época de muita folia e comemoração, mas também é comum que as pessoas acabem exagerando na alimentação e no consumo de bebidas alcoólicas. Depois de cinco dias com a rotina fora de ordem, sono desregulado e excessos, é hora de voltar à “realidade”. Para ajudar aqueles que chutaram o balde durante a festa, o VigilantesdoPeso, eleito pelo 13º ano consecutivo como a melhor dieta, pelo ranking "Melhores Dietas 2023", separou algumas dicas para desintoxicar o organismo depois da festa.

"O excesso de comida e bebida durante o carnaval pode prejudicar o fígado, principal órgão que elimina as toxinas do nosso organismo, além de deixar o corpo inchado e sem energia. Por isso, é importante fazer uma limpeza para se sentir melhor e o primeiro passo é adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes", revela Matheus Motta, nutricionista responsável pelo VigilantesdoPeso no Brasil.

Para desintoxicar o organismo é muito importante evitar certos alimentos, como carnes processadas, frituras e gorduras, temperos e molhos artificiais. Verduras, legumes e proteínas magras -- de preferência carnes brancas, como frango ou peixes -- são as melhores opções. Frutas também são uma boa pedida, principalmente, laranja, abacaxi e maçã que contém enzimas benéficas à drenagem de impurezas, potencializando o detox do fígado.

Quem também não pode ficar de fora da dieta são as fibras que ajudam a normalizar a função intestinal, assim como as folhas verdes que auxiliam na limpeza do organismo e ajudam na digestão, impedindo a absorção de gorduras e toxinas. Ricas em nutrientes, as oleaginosas também fazem muito bem para a saúde, além de promoverem a saciedade.

Outra dica importante é se hidratar. Evite bebidas alcoólicas e refrigerantes, que são ricos em açúcares e conservantes. Prefira sucos naturais, chás, água e água de coco. Os isotônicos industrializados, apesar de possuírem corantes, também servem como opção emergencial. Frutas ricas em água, como melancia e melão, também são bem-vindas.

Além da alimentação, os exercícios físicos também são uma ótima forma de desintoxicar o corpo. Praticar atividades, como caminhada ou corrida, ajuda a queimar calorias e aumentar a produção de endorfina, melhorando o humor e a disposição.

Mesmo que você tenha cometido excessos durante o Carnaval, nada de ficar com a consciência pesada. Evite tomar decisões radicais para compensar os deslizes. Siga as dicas acima para se sentir renovado e pronto para encarar novos desafios e lembre-se que nada pode impedir que você tenha uma jornada de sucesso.

 

VigilantesdoPeso
www.ww.com/br


Como a Inteligência Artificial auxilia no aprendizado de um novo idioma?

Já se foi o tempo em que o ensino de idiomas era restrito às salas de aulas físicas. O mercado está revolucionando a passos enormes e, com o avanço da digitalização e o fortalecimento especial da inteligência artificial, nunca foi tão acessível aprender uma nova língua. Muitas plataformas pautadas nessa tecnologia facilitam este estudo com ferramentas, metodologias e conteúdos completos para todas as idades – e, quem souber aproveitar estes recursos com sabedoria, terá um importante diferencial para se destacar no mercado.

Desde o início da pandemia, a busca pelo aprendizado de idiomas online cresceu significativamente. Em 2020, como exemplo, dados divulgados pelo IBGE mostram um crescimento de 59% por cursos online, intensificados ainda pelo aumento da demanda da fluência em outro idioma – principalmente o inglês – como qualificação curricular. Não faltam hoje opções de qualidade para atender a essa demanda, evidenciando tendências que, mesmo ainda no início, já mostram resultados excelentes para quem deseja aprender uma nova língua.

Considerando o desenvolvimento da IA nessa área, existem muitas plataformas envoltas nessa tecnologia capazes de prover um ensino conciso, gramaticalmente correto e com materiais diversos que auxiliam nesse estudo. Muitas, ainda, dispõem de um teste de nivelamento ao primeiro contato do estudante, criando um questionário que irá direcioná-lo ao nível mais apropriado para iniciar as aulas do idioma desejado. Tudo isso, de forma gratuita e confiável.

Esses canais desenvolvem materiais completos especialmente para aqueles que não possuem tanto conhecimento na língua e, dessa forma, precisarão começar seus estudos do básico. Dentre as funcionalidades mais usuais providas nestas plataformas, os alunos conseguem encontrar listas de exercícios gramaticais e de vocabulário, provas específicas para cada conteúdo abordado, resumos de textos naquele idioma e, até mesmo, cronogramas de estudo para cada um.

Para complementar os conteúdos teóricos, alguns deles chegam a oferecer a possibilidade de os alunos realizarem aulas semanais com um professor, aperfeiçoando também outros pontos importantes como a conversação e vocabulário prático. Este toque humano ainda é uma peça essencial que nenhuma tecnologia ainda dispõe, e que pode fazer toda a diferença neste aprendizado dependendo do perfil e necessidades de cada estudante.

Seja em uma simples explicação ou em uma aula completa, a presença de um especialista humano na área dificilmente será substituída, por mais que tenhamos à disposição soluções robustas e preparadas para suprir diversas demandas. Hoje, a IA no ensino de idiomas se mostra como uma apoiadora neste aprendizado, ampliando seu acesso gratuito para todos que não possuem condições financeiras para arcar com um curso.

O mercado se viu obrigado a se reinventar em meio a tantas dificuldades impostas pela pandemia. Incorporar essa digitalização internamente não foi algo fácil para muitas, mas obrigatório para que pudessem permanecer operando e dispor de meios que as permitissem crescer e se destacar. No ensino de idiomas, essas tecnologias se tornaram verdadeiras aliadas, abrindo espaço para muitas oportunidades que ainda irão remodelar o conceito tradicional visto por muitos anos.

Com a IA, não precisam mais existir barreiras financeiras para atingir a fluência em outra língua. Basta pesquisar sobre as opções existentes no mercado, identificar seu nível de proficiência por meio dos testes criados, e se aventurar neste universo de ensino online com metodologias que, certamente, auxiliarão muito nesta jornada e na conquista de oportunidades profissionais cada vez melhores.

 

Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio.

 

Esporte e Educação: A mente e o corpo precisam estar em sintonia para os estudos

O esporte é uma questão que vai além do bem-estar físico, ele promove diversos benefícios e o desenvolvimento de habilidades. (Imagem: Freepik)

 Crianças e adolescentes que praticam esportes com frequência têm desempenho 20% superior em sala de aula

 

Para incentivar a atividade física, o Dia Nacional do Esportista - 19 de fevereiro - foi fundado para combater o sedentarismo e promover o bem-estar físico, diferentemente do que a efeméride leva a acreditar, o esportista não é apenas aqueles que jogam profissionalmente como Cristiano Ronaldo, Guga, Marta Vieira, entre outros, mais para todos que praticam um esporte e o apreciam. 

 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2022 , cerca de 47% dos brasileiros são sedentários, quando segmentado para os jovens, o percentual é de 84.  A prática das atividades promove melhoria da saúde quando realizada regularmente, porém, muito se houve que o esporte está ligado a atividade física e bem-estar, entretanto, há aqueles que envolvem destreza e estratégia como o xadrez e, atualmente, os e-sports (esportes eletrônicos).

 

“O esporte vai além do bem-estar físico, ele promove diversos benefícios como   desenvolvimento do pensamento crítico, coletividade, disciplina, foco que refletem positivamente no desempenho acadêmico do aluno. Os estudantes esportistas dispõem de senso de trabalho em grupo, empatia, colaboração, resiliência em momentos desafiadores e consequentemente autoconfiança. Cada vez mais o mercado de trabalho e as novas oportunidades profissionais estão exigindo longas horas em frente ao computador, bem como desempenho de multitarefas como reuniões, apresentações, criatividade e  solução de problemas, e essas demandas exigem que o corpo mantenha a sua sintonia com a mente.  Estudos mostram que a atividade física é um hábito que deve ser desenvolvido desde a infância e adolescência, para que na fase adulta se torne parte da rotina não como uma obrigação, mas como uma necessidade fisiológica primordial ao equilíbrio do corpo e da mente para lidar com os desafios do cotidiano familiar e profissional”, explica Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica da WorldEd School.

 

O estudo realizado pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, afirma que crianças e adolescentes que praticam esportes com frequência, têm desempenho 20% superior aos alunos sedentários. Isso deve-se pelo aumento de habilidades cognitivas, estas ligadas ao processo de construção do conhecimento em que é necessário um conjunto de capacidades mentais desenvolvidas ao longo dos anos, como memória, atenção, linguagem, criatividade e planejamento.

 

Frigerio ressalta que o exercício físico impacta diretamente no equilíbrio emocional do aluno, estimulando a produção de endorfina, que é o chamado hormônio do prazer e da felicidade tão importantes na mudança hormonal da adolescência.  “A falta de exercícios ao longo da pandemia mostrou clara sua relação com a saúde mental e física, foi observado grande aumento de crianças e adolescentes com questões emocionais graves como ansiedade, depressão e até síndrome do pânico”, disse Frigerio.

 

A prática de atividades físicas faz parte, inclusive, da vida dos jovens que se dedicam ao esporte da categoria de gamers. Em 2020, o estudo realizado pela Universidade McGill no Canadá aponta que os jogadores de e-sports que praticam atividades físicas têm melhor desempenho nas partidas, evidenciando a importância dos exercícios. 

 

No Brasil, em 2022, a Comissão de Educação (CE) aprovou a inclusão da prática de esportes nas escolas como uma das diretrizes da educação brasileira e um dos direitos dos alunos, visando o reforço às estratégias para a reabilitação da Covid-19. 

Nesse cenário, a Diretora Acadêmica da WorldEd School, separou 4 benefícios ao desenvolvimento cognitivo e emocional ao se realizar esporte para os estudos: 

1.    Senso de ética: Todos os jogos têm suas regras e com elas, o jovem entende o certo e errado, têm disciplina, respeito aos colegas, aos adversários e às figuras de autoridade;

2.    Inteligência emocional: Aprender a lidar com frustrações faz parte do esporte quando se perde, além disso, possibilita entender os seus potenciais e pontos a melhorar, influenciando no desempenho; 

3.    Saúde mental: Como comentado anteriormente, a prática de atividades físicas melhora a saúde mental, pois diminui o nível de estresse e ansiedade, o que previne de doenças mais graves como depressão;

4.    Pensamento crítico e analítico: Diante de uma jogada, o estudante conseguirá ver os pró e os contras, quais são as melhores estratégias que podem ser tomadas para ganhar a partida. O exercício do pensamento crítico e analítico será realizado de forma orgânica e passará a fazer parte do dia a dia do aluno.

 

Ao finalizar, Juliana Frigerio explica que os esportes são mais essenciais para o dia a dia do que as pessoas normalmente imaginam. As habilidades desenvolvidas em jogos em geral são bases essenciais para o estudante se destacar e saber lidar com os desafios da fase adulta. Nos Estados Unidos, o investimento em esportes e no equilíbrio emocional dos atletas é feito desde a infância. “Na  WorldEd School temos diversidade de atletas, inclusive em e-sports. Prezamos pelo desenvolvimento acadêmico equilibrado, nosso programa permite uma agenda escolar com horários flexíveis para que nossos alunos possam, de forma mais tranquila, organizar suas rotinas de treinamentos e campeonatos, bem como adequarem compromissos extras como as atividades físicas”, explica. 

 

 

WorldEd School


5 cuidados ao usar Inteligência Artificial na educação

Crédito: Canva
Saiba como recursos tecnológicos podem afetar o processo de aprendizagem; professor da Plataforma Ferretto lista prós e contras

 

A Inteligência Artificial (IA) vem cada vez mais sendo aplicada nas mais diversas áreas, e a Educação não poderia ficar de fora. Enquanto há os que defendam que recorrer à tecnologia facilite a absorção de conteúdos, outros vêem as novidades com visão mais conservadora, questionando até mesmo se o excesso de recursos não pode até mesmo dificultar o aprendizado.

“As tecnologias que a IA proporciona permitem simular comportamentos humanos relacionados à inteligência, tais como o raciocínio, solução de problemas, percepção e até mesmo a tomada de decisões, mesclando o conhecimento humano ao artificial. Apesar de muitos acreditarem que a IA é um assunto restrito à ficção científica, ela já é uma realidade presente em diversas áreas, inclusive na educação, apresentando diversos benefícios e desafios para os alunos e professores”, avalia o professor de Química e influenciador Michel Arthaud, da Plataforma Ferretto - focada em preparação para o Enem e vestibulares, que hoje conta com cerca de 50 mil alunos de todo o Brasil.

A personalização do ensino é um dos pontos mais importantes para a absorção de conteúdos. Com o uso da Inteligência Artificial, os alunos tendem a se interessar mais pelos tópicos abordados, havendo uma disposição para compreender as disciplinas e ampliando as frentes de conhecimento. Ainda sim, o seu uso tem sido alvo de intensos debates ao redor do mundo, principalmente por aqueles que acreditam que as habilidades humanas serão cada vez mais substituídas. “É inegável que a tecnologia deve ser aproveitada no aprendizado, mas alguns cuidados são necessários para que o método tradicional não seja 100% colocado de lado”, pondera Arthaud.

Pensando nisso, o docente listou 4 pontos a se atentar no uso de IA na educação:

1- Reprodução de desigualdades
No Brasil, o uso da Inteligência Artificial pode criar uma desigualdade entre aqueles que têm acesso à tecnologia e aqueles que não têm, o que pode perpetuar a exclusão educacional. Além disso, a tecnologia pode ser projetada para atender às necessidades de certos grupos ou indivíduos, deixando outros de fora. “Atualmente, grande parte das tecnologias educacionais são utilizadas no setor privado, e o que não queremos que aconteça, é a exclusão do setor público em mais uma camada. O uso de IA na educação é sim importante, mas é preciso garantir que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades de acesso", destaca o docente.

2- Dificuldade em identificar plágio 
É comum que os alunos façam pesquisas e se inspirem em textos disponíveis na Internet ao realizar um trabalho solicitado pelo professor. Entretanto, o problema é quando em uma tentativa de economizar tempo, o estudante copia todo o material acessado e entrega como se fosse autoral, resultando em plágio. ‘’O Chat GPT, ferramenta baseada em IA, é um dificultador desse processo. Existem softwares anti plágio que verificam as semelhanças entre os textos localizados na internet e os ditos autorais, se o material foi criado a partir da tecnologia mencionada, muito provavelmente não será identificado", explica o professor de Química.

3 - Desenvolvimento de habilidades essenciais
Com o avanço da Inteligência Artificial, os alunos podem acabar tendo deficiências no desenvolvimento das habilidades necessárias para o aprendizado, como: leitura, interpretação de textos, escrita e compreensão. “A IA pode impactar diretamente na absorção de conhecimento e competências dos alunos. Isso acontece pois o sistema gera automaticamente um plano de estudos, facilitando o modo de pesquisa de campo. É importante haver um equilíbrio entre o estudo tradicional e tecnológico, para que todas as capacidades sejam desenvolvidas de forma correta”, recomenda Arthaud. 

4 - Falta de contato pessoal
Por mais que a IA seja uma revolução na educação, tanto para os professores, quanto para os alunos, é válido considerar que os planos de ensino podem ser afetados de forma direta ou indireta. “A tecnologia reduz o tempo de planejamento para a criação de uma aula, assim como pode reduzir o período de aprendizado dos alunos. Quando as aulas são lecionadas de forma presencial, os professores têm um contato direto com seus alunos, conseguindo sanar dúvidas e questionamentos que surgem durante as explicações. Com o uso da IA essa interação diminui. Ou seja, os professores e alunos ganham por um lado, mas acabam perdendo por outro”, analisa o professor.

Simulado inteligente

Buscando contribuir com o processo de aprendizagem dos estudantes, principalmente daqueles que já prestaram ou irão prestar vestibular, a Plataforma Professor Ferretto inaugurou o “Simulado Inteligente’’ , uma ferramenta que ajusta simulados de provas diariamente conforme a necessidade do aluno. Questões de nível fácil, médio e difícil são geradas e adicionadas ao simulado conforme as respostas do treineiro. Dessa forma, o aluno consegue praticar o conteúdo aprendido de uma maneira muito mais efetiva e de acordo com as próprias particularidades. 

“A Inteligência Artificial tem muito a somar com o setor da educação e com o desenvolvimento dos alunos, desde que a sua implementação seja muito bem pensada e discutida pelas instituições de ensino”, acrescenta.

 

 Plataforma Professor Ferretto


Quais os regimes de bens na união estável?

A união estável é a relação informal de duas pessoas unidas com o objetivo de constituir família, sendo o relacionamento público, contínuo e duradouro. Ainda que muitos tenham dúvida sobre a diferença entre casamento e união estável, cito rapidamente algumas delas, comparado ao casamento: o estado civil dos parceiros continuam como solteiros, além de não ser necessária a atuação do juiz para certificar a união, apenas a presença de um tabelião em cartórios.

Mas há algumas semelhanças. Hoje, a união estável é muito equiparada ao casamento. Para o Supremo Tribunal Federal (STF) a união estável e o casamento possuem o mesmo valor jurídico, o que determina os mesmos direitos aos regimes de bens nas duas uniões.

Assim, a convivência familiar proporciona a união tanto afetiva e, mais cedo ou mais tarde, também econômica. Desta forma, é importante que o casal determine como será a divisão de bens para administrar as questões patrimoniais da vida a dois.

A escolha do regime de bens é essencial não apenas para regulamentar os bens durante a união, mas também depois da sua dissolução, podendo ser causadas pela separação de fato, ou pela morte de um dos parceiros.


Regime de bens na união estável

O regime de bem que vigora e é mais usual na união estável é a comunhão parcial de bens, no qual significa que todo patrimônio conquistado e constituído a partir da união pertence a ambos os parceiros.

Assim, não faz parte os bens adquiridos por cada um dos parceiros antes da união, assim como os recebidos, a título gratuito, como doações e heranças.

Neste regime, podemos simplificar como sendo: “o que é nosso é metade de cada um, e o que é meu é meu, o que é seu é seu”. O que rege é o esforço comum, no qual os dois contribuem para a aquisição dos bens.

Entretanto, apesar de muitos não terem conhecimento, é possível acordar outro regime de bens logo no início da união estável. Para conquistar outra divisão logo no começo, deve haver um contrato escrito e assinado por ambas as partes determinando o regime que deseja; caso contrário, permanecerá a comunhão parcial de bens.

Assim como no casamento, há outros regimes que podem ser acordados entre as partes, dentre eles:


Comunhão total de bens 

Neste acordo, não há divisão de bens, já que ocorre a união dos patrimônios, incluindo os créditos e dívidas do parceiro, sendo cada um do casal dono da metade de todos os bens, independentemente de já pertencerem desde antes do casamento ou de terem sido adquiridos durante a união.

Como toda regra tem exceção, neste regime não faz parte do patrimônio do casal bens recebidos por um deles por meio de doação ou herança.


Separação total de bens

Se o casal não pretende dividir nenhum patrimônio, a melhor escolha é a separação total de bens. A divisão ocorre quando não há compartilhamento de bens entre o casal. Tal regime facilita a separação de bens entre o casal, se houver a dissolução da união.

Ressalto também que ambos os cônjuges são obrigados a contribuírem com as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens.


Separação obrigatória de bens

Tal divisão é igual à separação total de bens. No entanto, ela leva o nome de obrigatória porque não caberá aos noivos a escolha do regime de bens, já que é imposta pela Lei. Esta regra está colocada no artigo 1.641 do Código Civil e é imposta em situações específicas:

Quando o casamento é realizado por pessoas que não poderiam se casar legalmente. Posso citar o exemplo do divorciado ou divorciada, que ainda não decidiu a partilha dos bens do ex-casal, como também em casos que a pessoa menor de idade pretende se casar. Ou ainda quando um dos noivos (ou os dois) forem maiores de 70 anos.


Participação final nos aquestos

Para entender melhor, os aquestos significam bens adquiridos durante a união do casal.

Este regime é o menos usual no Brasil conhecido como misto, já que durante a união permanece a separação total de bens, e caso houver o divórcio, aplica-se a divisão parcial de bens, como citado anteriormente, significa que os bens construídos entre o casal serão divididos.


É possível alterar?

Sim. De acordo com  a Lei nº 10.406, §2º do art. 1.639 do Código Civil, é possível fazer a alteração de regime de bens tanto no casamento, como também na união estável. Mas, para isso, é preciso atender certos requisitos perante a lei.

Para isso, é imprescindível haver autorização judicial, o que elimina a mudança em cartórios. Além disso, a alteração do regime de bens não pode prejudicar direitos de terceiros, como filhos, e não atinge compartilhamentos já conquistados no passado pelo casal.

Desta maneira, para que ocorra a troca do regime, primeiramente, deverá ser explorado o motivo pelo qual o casal tem interesse em fazer a alteração. Isso ocorre para resguardar os direitos do casal, e de terceiros, já que a mudança é, muitas vezes, utilizada por um dos parceiros para prejudicar o outro - muitas vezes credor. Por isso, a lei brasileira ampara o menos favorecido e é muito mais rígida para aprovar a alteração.

Definir o regime de bens do casal é importante não apenas em casos de dissolução da união, caso ocorra, mas também envolve a partilha de herança caso você ou companheiro fiquem juntos até que a morte os separe.

A partir disso, uma escolha equivocada lá no começo pode trazer muitas dores de cabeça. É muito melhor prevenir do que remediar. Por isso, confira atentamente quais as determinações de cada regime e escolha o melhor para o casal. 

 

Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões e sócia do escritório Lemos & Ghelman Advogados.

 

Sacar ou não o FGTS no saque-aniversário?

 

Resgatar o valor depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que foi liberado pelo Governo Federal por meio do do saque-aniversário é realmente uma boa? Por mais que possa parecer uma ótima alternativa em um primeiro momento, é preciso cuidado. 

O FGTS é um direito do trabalhador do regime CLT, ele normalmente só pode ser utilizado em condições específicas como aposentadoria, demissão sem justa causa e na compra da casa própria. Em alguns momentos o governo tem usado de práticas pontuais para aquecer a economia como um todo, injetando dinheiro na mesma. 

Exemplo deste uso foi o caso da criação do Saque Aniversário. Assim, é preciso que o trabalhador tenha muita lucidez ao decidir pelo resgate desse dinheiro, isso porque o FGTS é um fundo blindado, impenhorável, que está protegido de qualquer problema que o trabalhador possa ter (ficar inadimplente, ter seu nome negativado e até ser executado). 

Muitos especialistas em investimentos dizem que o FGTS tem uma performance de retorno financeiro muito abaixo dos tradicionais investimentos disponibilizados no mercado, o que não deixa de ser uma meia verdade, sendo que as pessoas em sua grande maioria não investe o dinheiro e, pior, gastam em coisas que não são real necessidade. 

Mas usar ou não usar? Hoje vejo que existem casos que o uso desse valor pode ser interessante, mas dependerá da situação financeira de cada pessoa, vamos ver cada uma delas:
 

Investidor

Um investidor precisa ficar atento ao destino que quer dar para esse dinheiro resgatado. É possível que não haja necessidade de resgate, ou ainda que esse resgate possa ser apenas para querem melhor remuneração deste dinheiro. Com o aumento expressivo da Selic, as aplicações de renda fixa ficam muito mais atrativas e com isso a perspectivas de ganhos aumentam. 

Duas observações que devem ser consideradas: o que quer fazer com esse dinheiro? E qual será o seu destino? Lembre-se o dinheiro do FGTS é um recurso financeiro blindado e merece uma atenção especial. Sempre recomendo diversificar os ativos investidos e ter dinheiro aplicado no FGTS pode ser interessante?
 

Equilibrado

A situação de equilíbrio financeiro é a mais complexa, nela o que a pessoa ganha ela gasta, o que mostra uma grande preocupação. Para a pessoa que está nessa situação, o FGTS é a o único investimento que está garantido e protegido. 

Para que seja resgatado é preciso saber o que será feito com o valor, caso o mesmo fique na conta corrente, assim como os outros ganhos acabará por se perder. Contudo, pode ser uma oportunidade para dar início uma reserva financeira. Deixar o FGTS onde está também não deixa de ser uma ótima opção, visto que lá estará protegido para uma futura aposentadoria.
 

Endividado

Existe uma grande confusão quando falamos em estar endividado, trata-se de algo comum e natural, não podemos conotar que uma pessoa endividada esteja com problemas financeiros. Lembrando que uma compra a prazo é dívida e não haverá problema se estiver organizado para honrá-la em seus vencimentos. 

Nesse caso o resgate do FGTS não deve ser para liquidar essas dívidas, se as mesmas estiverem dentro do orçamento mensal. Não se deve usar uma aplicação blindada para simplesmente antecipar ou pagar dívidas. Talvez seja uma boa oportunidade para começar a realização de um sonho ou desejo. Mas é preciso um diagnóstico financeiro para uma real visão da situação financeira. Isso porque o problema não está em estar endividada e sim não conseguir guardar parte do ganho mensalmente.
 

Superendividado ou Inadimplente

São milhões as pessoas em situação de inadimplência e nome sujo e muitas destas tem o fundo do FGTS. Aqui a atenção deve ser redobrada, visto que por estar nessa situação é provável que estas pessoas não possam ter dinheiro nas contas correntes e tão pouco nas aplicações financeiras tradicionais em seus nomes. 

O FGTS, por seu um fundo blindado, está protegido, o que traz a segurança de que não será penhorado. Neste caso, antes mesmo de pensar em resgatar, deverá fazer uma grande faxina financeira, reunindo a família. Será necessário reduzir drasticamente os gastos, os excessos e desperdícios. 

Enfim, em relação a utilizar ou não o FGTS, são necessárias análises e atitudes serão imprescindíveis para o melhor uso, mesmo que a escolha seja por deixar aplicado nesse fundo, que é um dos mais importantes ativos financeiros que os trabalhadores possuem.
 

Reinaldo Domingos - está à frente do canal do Youtube Dinheiro à Vista . É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira -- ABEFIN e da DSOP Educação Financeira. Autor de mais de 100 obras entre elas o best-seller Terapia Financeira e Por que enfrentamos CRISES e não estamos preparados.


Projeto Motivação ajuda estudantes a organizarem rotina de estudos e tarefas


Dicas importantes para começar o ano escolar

Coordenadora dá dicas para estruturar um hábito de estudo diário, realizar tarefas e organizar a mochila

 

Conseguir se organizar para desenvolver uma rotina de estudos pode ser um desafio para muitos estudantes. Como forma de ajudar neste processo, o Colégio Marista Pio XII desenvolveu o Projeto Motivação. Na iniciativa, professores apoiam os alunos na organização dos estudos e tarefas, além de ajudá-los a desenvolver habilidades motoras e artísticas. 

O projeto, que acontece no contraturno, é destinado para estudantes do Ensino Fundamental, do 3.º ao 6.º ano. A coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais, Cibele Guaringue, explica que a iniciativa compreende desde a organização das mochilas até a importância de não deixar as tarefas acumularem. 

“Além disso, orientamos sobre como elaborar respostas completas e a necessidade de fazer as tarefas com atenção e capricho. Próximo ao período de provas, elaboramos um roteiro de estudos para retomada do conteúdo e atividades para potencializar o raciocínio lógico. Tudo com acompanhamento de um professor fazendo a mediação”, explica. 

Mesmo que a prioridade seja a realização das tarefas, o projeto ainda inclui outras atividades como jogos estratégicos, esportes e atividades artísticas para desenvolver habilidades motoras. 

Confira as dicas da pedagoga Cibele para organizar uma rotina de estudos diário: 

·         Organize a mochila: se habituar a separar os materiais didáticos do dia pode ajudar muito. Por isso, coloque na mochila os materiais necessários de acordo com a grade horária (horário das aulas). 

·         Estabeleça uma rotina diária de estudos: para isso, separe 1 hora do dia para retomar os conteúdos do material didático, de preferência na sequência que foram enviados. 

·         Faça as questões completas: é importante ler mais de uma vez os enunciados e as respostas elaboradas, de modo a garantir a escrita completa e correta, de acordo com a norma culta. 

·         Mantenha o capricho: uma dica é, por exemplo, usar a régua para passar o traço e separar as questões. Além disso, capriche na letra. 

·         Utilize métodos diferentes para treinar tabuada: existem muitas formas lúdicas de praticar a tabuada, como jogos físicos e on-line. 

·         Anote as dúvidas: lembre de anotar eventuais dúvidas que surgirem quando estiver fazendo a tarefa ou estudando para esclarecer com o professor na próxima aula. 

·         Apoie o seu filho: os pais também podem agendar um horário com o(a) professor(a) titular para receber dicas de como contribuir na rotina de estudos e tarefas diárias. 

·         Participe de reuniões: no processo de aprendizado da criança, o vínculo entre família e escola é de extrema importância, sendo indispensável a participação dos pais nas reuniões de início de ano letivo e durante os trimestres. 

Certamente, seguindo essas dicas, os estudantes terão êxito nos estudos e os pais, muito mais tranquilidade no acompanhamento do processo de construção do conhecimento, conclui Cibele.

 


Colégios Maristas
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Entenda o que muda com a nova Lei de Licitações que entra em vigor no mês de abril

 De acordo com Mariana Polido, advogada e especialista em Direito Administrativo, a nova lei tem o objetivo de estabelecer processos mais simples, modernos e seguros.

 

Até abril de 2023, a Nova Lei de Licitações (nº 14.133/2021) entrará em completa vigência, estabelecendo normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

De acordo com Mariana Polido, advogada e especialista em Direito Administrativo, que atua pelo escritório Duarte Moral, a nova lei tem o objetivo de modernizar e simplificar o processo de licitação e contratação pública no Brasil, se diferenciando, em alguns aspectos, da legislação que segue em vigor até abril. “Os processos contarão com uma maior flexibilização, além de serem simplificados e padronizados, reduzindo a quantidade de etapas e documentação necessária. Com isso, menos recursos administrativos e judiciais serão utilizados”, relata.

Inovação, inclusão e transparência também são alguns dos pontos de destaque na Nova Lei de Licitações. “A nova legislação incentiva a inovação e a utilização de tecnologia, incluindo a possibilidade do uso de inteligência artificial, smart contracts e blockchains no processo de licitação. A parte social também é levada em consideração, com a reserva de parte das licitações para microempresas, empresas de pequeno porte e empresas de economia solidária e sustentável. Além disso, visando uma maior transparência, a nova norma inclui a possibilidade de utilizar mecanismos de monitoramento eletrônico para fiscalizar os contratos”, pontua Mariana.

Quando a nova lei entrar em vigor, as licitações que ainda seguem em vigência pela legislação antiga (8.666/93) continuarão a seguir as regras estabelecidas por essa lei até o término do processo licitatório. “Isso significa que não será possível utilizar as duas normas no mesmo processo ou durante a execução do contrato administrativo. O objetivo dessa medida é evitar conflitos legislativos”, pontua a advogada.

A transição para a nova lei será gradual e as novas licitações, a partir de 3 de abril de 2023, deverão ser conduzidas de acordo com as novas regras estabelecidas pela lei 14.133/2021.

Para a especialista em Direito Administrativo, esse movimento pode beneficiar empresas e marcas brasileiras, independentemente do porte, de várias maneiras. “Alguns dos principais benefícios incluem uma maior garantia da integridade e transparência dos procedimentos, aumento da competitividade em condições de maior igualdade e flexibilidade dos processos licitatórios, tudo a partir do uso da tecnologia, incentivo à prática de mitigação dos riscos, priorização de solução de conflitos por meios extrajudiciais e investimento em medidas sustentáveis por parte das empresas, aumentando a confiança dessas organizações”, declara.

São Paulo irá se antecipar e colocar a lei em vigência já no mês de fevereiro. Para Mariana Polido, a decisão pode ser vantajosa. “O movimento pode reforçar a estabilidade no processo de contratação pública e promover um ambiente de maior confiança na relação público-privada, com a utilização de um sistema mais flexível, padronizado e mitigador de riscos”, finaliza.

Para que a população tenha acesso às informações dos processos licitatórios e contratuais, basta realizar um requerimento via formulário ou e-mail indicado no site do órgão público pelo qual deseja obter as informações. Assim, será possível verificar se o dinheiro, pago em impostos, está sendo utilizado corretamente. 



Mariana Polido - Atuante nas áreas do direito administrativo, cível e ambiental, lida com diversos assuntos inerentes à prática do Direito Público, incluindo causas de concursos públicos, licitações e contratos administrativos, responsabilidade dos servidores públicos, licenciamentos, desapropriações e terceiro setor. Durante a faculdade dedicou-se ao trabalho em órgãos públicos como Procuradoria Municipal de São Paulo e Ministério Público de São Paulo. Tem atuação ativa no mundo acadêmico, se envolvendo com temas de Direito Público relacionados à inovação e sustentabilidade.


Duarte Moral
https://duartemoral.com/
@duartemoraladv

 

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