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sábado, 13 de julho de 2024

“Crianças não podem de forma alguma ofender ninguém por sua condição financeira. Isso deve ser ensinado pelos pais”, fala psicóloga

Deise Moraes Saluti afirma que filha de Arthur e Maíra reproduziu palavras que escutou em casa

 

Assim como aconteceu com Sophia, de 5 anos, filha do ator Arthur Aguiar e da influenciadora Maíra Cardi, em que a pequena disse ao cozinheiro particular que o seu celular “é de pobre”, crianças tendem a reproduzir falas dos pais.

 

Segundo a psicóloga Deise Moraes Saluti, os pais são os primeiros modelos nos quais as crianças se baseiam, e levam alguns aprendizados para o resto da vida. Por isso, é certo dizer que a menina ouviu esse tipo de comentário dentro de casa. “Por muitas vezes são escutas constantes, que colaboram para uma formação de opinião para esta criança, quanto mais ela ouve esses tipos de comentários, mais ela forma pensamentos como este”, aponta.

 

A profissional reforça que é normal a criança se espelhar no que os pais dizem para achar o que é o correto. “Nós, da psicologia, acreditamos que as crianças até os seus 12 anos de idade, saindo do período da segunda infância, ou seja, atingindo seus 12 anos, deixa a fase da inocência e passa a ser formadora de conceitos, opiniões, pensamentos, atitudes e, consequentemente, formando suas personalidades”.

 

Diante da situação, os pais passaram a se alfinetar nas redes sociais, jogando a culpa do incidente um no outro. Deise lembra que a culpa inicial não é exatamente apenas do pai ou da mãe, e sim do ambiente em geral que a criança convive.  “Primeiro, que os pais devem evitar esses tipos de comentários, em segundo, crianças devem ser poupadas de aparelhos eletrônicos antes dos 12 anos, e, para isso, crianças não podem de forma alguma ofender ninguém por sua condição financeira. Isso deve ser ensinado pelos pais para todas as crianças, para evitar esse tipo de constrangimento”, lembra Saluti.

 

Ela enfatiza que um ambiente adequado é o qual a criança tem socialização com outras crianças, com os mesmos interesses e as mesmas brincadeiras, ou seja, um pai e uma mãe que conversam sem responsabilidade na frente dos filhos já cometeram um erro grave. “Nitidamente, temos uma criança que necessita de acompanhamento terapêutico para a construção de sua autonomia. Esses pais também devem rever a forma que se comunicam em frente aos filhos. E, claro, procurar imediatamente acompanhamento psicoterapêutico para desconstrução de algumas crenças limitantes”, finaliza.

 

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