Segundo a
companhia, o uso de dados de terceiros para abertura de empresas configura uma
das fraudes mais comuns
Devido ao cenário de pandemia e alta no índice de
desemprego enfrentado pela população nos últimos meses, o número de brasileiros
que recorreram ao empreendedorismo aumentou e, consequentemente, a facilidade
no processo de criação de uma microempresa contribuiu para que criminosos
usassem desse modelo empresarial para efetuar ataques cibernéticos. Segundo a
ClearSale, companhia referência em soluções antifraude em diversos segmentos,
microempresas possuem 252% mais chances de tentativas de fraudes que a média
das empresas.
Nesse cenário, as transformações que ocorreram no
mercado contribuíram para que houvessem ainda mais canais de facilitação para o
alto número de autônomos. No entanto, fraudadores encontraram brechas para
cometer tentativas de fraudes por meio das microempresas, principalmente após a
percepção de que os empresários possuem dificuldades para lidar com a análise
de fraude dessas empresas, que, muitas das vezes, não possuem um histórico por
serem novas no mercado.
Para Henrique Braga, Head de Fraude Empresarial, o
processo de criação de um MEI (microempreendedor individual) é mais fácil e
exige menos processos de natureza jurídica para sua ativação, o que abre espaço
para que criminosos usem desse modelo para tentativas de fraudes. “É importante
salientar que as fraudes causadas por meio do uso de pessoas
jurídicas, como o MEI, é uma prática cada vez mais comum.
Independentemente do processo de análise de fraude ser interno ou terceirizado,
é sempre importante analisar esse público, principalmente em um cenário onde os
fraudadores estão cada vez mais aptos a praticarem fraudes usando essas
empresas”, comenta.
Entre as práticas mais comuns, destacam-se o uso de
dados de terceiros para abertura de lojas em nome de outras pessoas, o que leva
o criminoso a criar várias empresas em seu próprio nome ou de “pessoas
laranjas”, que fornecem seus dados pessoais para efetuarem compras e
registrarem bens em seu nome, para aplicar o golpe. Quanto maior a fraude
planejada, mais complexas podem ser as práticas, como a compra de empresas
falidas para se aproveitar do histórico de mercado até a simulação de operação
de fábricas.
“Por ser um processo que possui maiores
complexidades de análise de pessoas jurídicas e da pessoa física que representa
a empresa, torna possível onerar muito os processos e aumenta a vulnerabilidade
de empreendimentos não especializados. Por isso, é importante que donos de
microempresas recorreram ao uso de tecnologias e apoio de empresas competentes
no assunto para que seja possível otimizar seus processos de decisão”, conclui
o executivo.
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