Estudo brasileiro mostra que a Isoflavona é um
grande aliado para a mulher durante a menopausa
Quando falamos de pele,
pensa-se em beleza, mas esse órgão, o maior do nosso corpo, na verdade é
fundamental para a nossa saúde. É importante no controle de nossa temperatura,
ajuda na imunidade e na produção de hormônios e vitamina D, além de atuar como
barreira protetora. É o cartão de apresentação de cada pessoa e reflete, de
forma impiedosa, os sinais do tempo.
Dessa forma, prevenir o
envelhecimento da pele, ou seja, a perda de suas funções, transcende o objetivo
puramente estético. Mas claro, todo mundo quer chegar na idade madura bonita e
saudável. Por isso, a medicina estuda substâncias que possam ajudar nessa fase,
onde a pele sofre tanto com as perdas funcionais. E uma delas é a isoflavona
que é encontrada nos grãos de soja, missô, brotosde alfafa, sementes de
linhaça, tofu e soja em grãos verdes. Comer missô, por exemplo, pode ter ação
protetora contra alguns tipos de câncer de ovário, mama e cólon.
Que a isoflavona é um
grande aliado na saúde da mulher e com efeitos que atenuam os sintomas da
menopausa, a medicina já sabia. Mas agora, um estudo sob orientação da Dra
Marisa Patriarca, da pós graduação da UNIFESP e publicado na revista americana
Gynecological Endocrinology, revelou que essa substância pode ajudar na beleza
da pele, principalmente durante a menopausa.
A pele, principalmente
do rosto, mostra os sinais do envelhecimento intensificado com a falta do estrogênio,
hormônio que rege a mulher durante toda a vida e que deixa de ser produzido
pelos ovários após a menopausa. Essa deficiência estrogênica determina a perda
de cerca de 30% do colágeno cutâneo nos primeiros cinco anos após a
última menstruação, período em que acelera-se a atrofia de todos os componentes
cutâneos. Não é à toa, que nessa fase, uma das maiores queixas femininas
no consultório é a baixa estima com a percepção do aparecimento das rugas,
flacidez, manchas e ressecamento da pele. E sentir-se bonita nesse período de
mudanças, que não são nada fáceis para a mulher, melhora a autoestima e a saúde
integral feminina.
A Dra. Marisa
Patriarca, uma das estudiosas do assunto, diz que não é possível ministrar o
estrogênio por tempo indeterminado por causa dos riscos de câncer e muitas
mulheres não podem ou não querem a reposição hormonal; mas afirma que os
derivados da isofavona de uso tópico, podem ter um efeito muito próximo ao
efeito do estrogênio na atenuação do envelhecimento cutâneo. Mas a Dra Marisa
alerta sobre a necessidade de indicação médica e uso individualizado.
Dra. Marisa Patriarca -
ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de
pós-graduação da Unifesp. Tem mestrado e doutorado pela Unifesp. É médica
assistente doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em
Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do
Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (
IAMSPE).
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