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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Dormir pouco atrapalha o desempenho dos executivos



Privação do sono prejudica a memória, causa irritabilidade, ansiedade e compromete a facilidade de assimilação


A privação do sono impacta significativamente o rendimento profissional, inclusive de executivos. Uma noite mal dormida compromete a produtividade e diminui a disposição, nos deixando mais lentos com dificuldade de raciocínio.

Enquanto dormimos o cérebro recupera as informações que perdeu durante o dia e as reorganiza e armazena em seu devido lugar. No período que a mente está em repouso, o cérebro edita a si mesmo. Guarda o que pode ser útil e também joga fora o que considera desnecessário, deixando o órgão pronto para encarar a próxima jornada. Quando isso não ocorre algumas informações ficam desorganizadas e outras são perdidas, sem contar que a facilidade de assimilação diminuiu. É como um computador lento, cheio de arquivos inúteis.

De acordo com a pesquisa realizada, no ano passado, pela consultoria Mckinley, 66% dos 196 líderes de negócios entrevistados estão insatisfeitos com a quantidade de horas que dormem, enquanto 55% sofrem com a qualidade do sono. Porém, metade dos executivos não acha que seu desempenho está sendo afetado.

Segundo Dra. Luciane Mello, especialista do sono responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo Serviço de Polissonografia, ambos do Hospital Federal da Lagoa (RJ), o recomendado pela Academia Americana de Medicina do Sono é que as pessoas tenham pelo menos sete horas de sono.“O sono está ligado à capacidade de restaurar as diferentes partes do sistema nervoso central, com a conservação do metabolismo energético, a cognição, a maturação neural e a saúde mental”, explica. “Ele restaura a atenção e a facilidade do indivíduo de aprender novas tarefas quando acordado. Além disso, tem um papel fundamental na consolidação da memória”, completa a especialista.

Atualmente, os brasileiros dormem em média 1h30 a menos do que há 20 anos, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo com 1.024 pessoas. São apenas 6h30 por noite, bem menos do que os entrevistados desejariam dormir (em média, 8h10). E 63% têm algum problema de sono.
“Muitos executivos não percebem, mas acabam dedicando 18 horas do dia em atividades. Trabalham 12 horas, passam boa parte do tempo no trânsito e o que resta dedicam para a família e exercícios. Isso significa que sobram apenas seis horas de sono”, explica Dra. Luciane.

É importante ressaltar que os efeitos de um sono curto e de má qualidade são muitos e incluem, por exemplo, o aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, causando irritabilidade, ansiedade e maior risco de ganho de peso.

 Confira algumas recomendações da Dra. Luciane Mello, para o sono melhor:

 ·Deixe de utilizar aparelhos eletrônicos entre 30 e 60 minutos antes de dormir;

 ·Evite atividades estimulantes antes de dormir, como ver televisão ou acessar o computador;

 ·Crie um ambiente ideal, silencioso e escuro para dormir; 

· O estresse e a ansiedade podem atrapalhar o sono, então, procure técnicas que o a calmem, como a meditação;

 ·Tomar banho minutos antes de dormir ajuda a relaxar;

 · Evite a pratica de exercícios físicos à noite, pois, além da aumentar a temperatura corporal, estimula muito o indivíduo e prejudica o início do sono;

 · Horários regulares de ir para a cama e acordar também são importantes.





Dra. Luciane Mello - Otorrinolaringologista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Especialista do Sono pela Sociedade Brasileira do Sono. Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Americana de Medicina do Sono, é médica Responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo Serviço de Polissonografia, ambos no Hospital Federal da Lagoa (RJ).






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