A baixa estatura é uma das queixas mais frequentes
nos consultórios médicos. A endocrinopediatra do Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos, Tamara Manfredi, alerta que um dos motivos para o desenvolvimento
lento de uma criança, e pouco debatido, é a produção insuficiente do hormônio
de crescimento, fornecido pela hipófise – glândula que se localiza na base do
cérebro, responsável pela síntese de diversos hormônios.
“A deficiência do hormônio de crescimento costuma
ter causa desconhecida, mas em alguns casos pode ter origem orgânica como
trauma, neoplasia, infecção ou irradiação do sistema nervoso central”.
A endocrinopediatra explica que além das dosagens e
de testes hormonais, o diagnóstico é feito com base em um conjunto de
informações, que leva em consideração, principalmente, a anamnese – histórico
dos sintomas -, exame físico do paciente, avaliação da velocidade de
crescimento, análise dos antecedentes médicos e possíveis distúrbios,
radiografias para comparação da idade óssea, ressonância da hipófise, testes
genéticos, entre outros.
“Durante o acompanhamento, também utilizamos um
cálculo para prever a estatura alvo do paciente, a partir da altura dos pais, e
traçar as medições em gráficos de crescimento específicos para a idade e sexo
para, assim, determinar se realmente o desenvolvimento está muito lento ou fora
do padrão familiar”, complementa.
Identificada a alteração, inicia-se o quanto antes
a administração de reposição do hormônio de crescimento por via subcutânea
diariamente, dando prioridade para o período da noite, pois é o momento que
ocorre o pico da produção fisiológica do hormônio de crescimento.
A médica ressalta ainda que muitas vezes o
tratamento é necessário pelo resto da vida, isso porque a deficiência hormonal
interfere também na tonicidade muscular, disposição e metabolismo ósseo na fase
adulta.
A especialista lembra que a baixa estatura em
crianças e adolescentes pode ter várias causas, além do problema hormonal. Entre
elas estão fatores genéticos, constitucionais, outras deficiências hormonais
como o hipotireoidismo e doenças crônicas que afetam o coração, os pulmões, os
rins ou o intestino. “Antes de iniciar a reposição é importante descartar todas
as outras causas”, recomenda.
É importante destacar também que, durante o
tratamento, uma série de alterações metabólicas e hormonais podem ser
desencadeadas como a resistência insulínica, hiperglicemia ou hipotireoidismo.
Por isso, segundo a endocrinopediatra, é fundamental que o acompanhamento seja
monitorado a cada três ou seis meses com exame físico e laboratorial.
Complexo Hospitalar Edmundo
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul
de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV
Nenhum comentário:
Postar um comentário