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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Novo ataque cibernético coloca mundo em alerta



Especialista da Baker Tilly alerta para os riscos da segurança digital das empresas


O novo ataque cibernético atingiu empresas do mundo inteiro ontem (27). Bancos, aeroportos, as oito unidades do Hospital do Câncer de Barretos espalhadas pelo Brasil e até Chernobyl foram atingidos. O governo americano monitora a ameaça do vírus Petya, responsável pela invasão.

Há pouco mais de um mês, o vírus WannaCry atingiu mais de 230 mil computadores em 150 países. De acordo com a especialista em Segurança da Informação, Gerente da Baker Tilly, Juliana Nicolau, os dois ataques possuem semelhanças na forma de atuação com sequestro de dados e pedido de resgate. “Mas, o que pode ocorrer é ainda muito pior”, alerta a especialista.

Independentemente da maturidade ou particularidades do negócio, Juliana recomenda que as empresas adotem uma solução de segurança da informação o mais rápido possível. “Pequenas ações diárias como mudança de senha, atualização do programa usado, backup de arquivos e cuidados com aplicativos, e-mails e sites desconhecidos ajudam a minimizar os danos. Porém, o ideal é que a organização contrate um serviço especializado em cibersegurança”, afirma.

Para a gerente, é preciso criar uma estratégia de segurança que leve em conta a consciência de que um novo ataque é apenas questão de tempo. “Muitos executivos ainda mantém um postura reativa, enquanto que é necessário agir agora e criar um sistema de proteção. Além disso, fazer um plano de defesa é essencial”.

O ataque

Na Ucrânia, quem tentou sacar dinheiro de caixas eletrônicos recebeu uma mensagem dos hackers, exigindo o equivalente a R$ 1 mil para acessar a conta. O ataque cibernético foi tão grave que é considerado o pior da história do país. Os testes de radiação da usina de Chernobyl tiveram que ser feitos manualmente. Os controles de voos do aeroporto da capital, Kiev, saíram do ar. Dezenas de decolagens e aterrisagens atrasaram.

Os ataques se alastraram pela Rússia, Noruega, Romênia, Espanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. O Departamento de Segurança Interna americano monitora a ameaça. Nos Estados Unidos, pelo menos duas empresas declararam ter sido alvo dos hackers. Em maio, a rede de computadores dos hospitais públicos ingleses foi derrubada. Nesta terça, foi a vez do vírus Petya paralisar as oito unidades do Hospital de Câncer de Barretos, espalhadas pelo Brasil.


Dicas

Faça backup dos seus arquivos. “Um dos maiores danos que os usuários podem enfrentar é a perda de arquivos, por isso, a melhor proteção é ter tudo salvo em outros locais como em um HD externo ou em nuvem”, recomenda.

Suspeite de e-mails, websites e aplicativos desconhecidos. Para contaminar os equipamentos da vítima com um vírus do tipo ransomware, os hackers precisam instalar um software, que dá início ao ataque. “Por isso tenha cuidado”.

Sempre faça atualizações. Atualizar os softwares minimiza as vulnerabilidades e evita a instalação deste tipo de vírus. “É recomendável usar sempre a versão mais atualizada do programa”.

Mude senhas. “Caso a conta apareça como alvo de vazamentos mude a senha imediatamente em todos os serviços usados”. A dica é usar combinações fortes e únicas, com letras e números. “Nunca use a mesma senha para acessar diferentes tipos de serviços”, finaliza Juliana Nicolau.





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