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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Sergio Castillo traça perfil da dependência química



O diretor terapêutico da Clínica Grand House esclarece as principais questões que envolvem o tema e fala sobre a importância da família na recuperação e reinserção social do dependente


De acordo com o Relatório Mundial Sobre Drogas de 2106, publicado pelo UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, são 29 milhões de pessoas dependentes de droga em todo o mundo. No Brasil, especificamente em São Paulo, pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, revela que o fluxo de usuários de droga que frequentam a região da Cracolândia, no centro da capital paulista, cresceu em 160% em relação ao ano passado. São cerca de 1861 pessoas frequentes por lá.

Os números são alarmantes e demandam grande atenção na busca de uma solução. Mas, primeiro, é preciso ter conhecimento sobre qual o perfil do dependente químico e, dessa forma, conseguir auxiliar de forma efetiva. “O grande estigma que a dependência química carrega é o do preconceito, principalmente se o portador faz parte das classes mais baixas. As pessoas tendem a repelir aquilo que não compreendem e evitam contato, até mesmo por sentirem medo. Assim, já se cria uma barreira que coloca o usuário às margens da sociedade”, salienta Sergio Castillo, diretor terapêutico da Clínica Grand House.

Segundo o profissional, a dependência química é uma doença crônica e multifatorial, isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais. “Não existe um tratamento universal, que sirva para todas as dependências nem para todos os indivíduos. Não existe uma ‘receita de bolo’.  O tipo de ajuda mais adequado para cada pessoa depende de suas características pessoais, da quantidade e padrão de uso de substâncias e se já apresenta problemas de ordem emocional, física ou interpessoal decorrentes desse uso”, explica.

E complementa “Por ser uma doença multifatorial, o ideal é que a avaliação e o tratamento do paciente envolva diversos profissionais da saúde, como médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros”. Quando diagnosticada, a dependência química deve ainda contar com acompanhamento a médio-longo prazo para assegurar o sucesso do tratamento, que varia de acordo com a progressão e gravidade da doença.

Além disso, participação da família também é fundamental no processo de recuperação do dependente. “O elo entre os membros de uma mesma família é uma peça chave durante o tratamento, pois, os laços de afeto vão contribuir para que os indivíduos busquem, juntos, a melhora daquela condição em que se encontram”, analisa Castillo. E conclui “Se a família não for tratada e não aderir 100% ao tratamento as chances de recuperação do dependente químico tornam-se muito reduzidas”.




Clínica Grand House





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