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quinta-feira, 8 de junho de 2023

Por que a vacinação de cães e gatos é importante?


Médica do Veros Hospital explica a importância da vacinação para os pets

 

 

Em um cenário em que o tema vacinação está tão presente, precisamos discutir o quanto a vacinação dos pets também é essencial para a saúde e prevenção de doenças. A Dra Camila Sanches, médica-veterinária clínica geral de Cães e Gatos no Veros Hospital Veterinário explica sobre a importância de um calendário de vacinas atualizado e expõe os riscos, precauções e os melhores meios de garantir a qualidade de vida dos bichinhos.  

É imensurável a importância da vacinação para os pets, afinal, as vacinas garantem anticorpos que funcionam como protetores contra doenças muitas vezes fatais que os bichinhos podem ser expostos ao longo de suas vidas. 
 
Quando a vacinação ocorre em grande número de indivíduos, ou seja, de forma coletiva – a chamada “imunidade de rebanho”, que serve para cães e gatos, – impede que doenças contagiosas atinjam outros pets que, por algum motivo, não podem ser vacinados.  

Em casos nos quais o tutor opta por não vacinar o seu pet sem indicação veterinária, os riscos são incontáveis. Dra Camila explica: “Quando não vacinado, o pet fica vulnerável a contrair diversas doenças que, dependendo do caso, do microrganismo em questão e da imunidade do pet, pode evoluir para quadros graves e, muitas vezes, fatais.”. Porém, sabemos que este é um risco que pode e deve ser evitado.   

 

Hoje, o protocolo básico de vacinação para cães e gatos tem como obrigatórias as vacinas múltipla e antirrábica, mas as consultas periódicas são essenciais para entender quais outras vacinas e procedimentos são necessários para garantir a saúde dos pets. “Para proteção além da vacinação, é importante se atentar ao tipo do microrganismo, individualidade do paciente e seu status de saúde desde o primeiro momento da consulta.”, complementa a médica.  

 

O médico-veterinário será responsável por personalizar o esquema de vacinação para cada paciente, a fim de que o bichinho tenha a melhor resposta imunológica e garantia de uma vida mais saudável. As atuais vacinas disponíveis protegem os bichinhos de doenças como, cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, vírus da leucemia felina, raiva, gripe canina, leishmaniose dentre muitas outras.  

 

Quais vacinas estão disponíveis para vacinação?  

As vacinas disponíveis no Brasil hoje, são: 

·         Para cães: Múltipla (Puppy, V7, V8 e V10), para leptospirose isolada, raiva, gripe canina, leishmaniose, giardíase, microsporum canis 

·         Para gatos: Múltipla (V4 e V5) 

O calendário irá depender da região em que o pet vive, ou seja, da ocorrência de doenças endêmicas regionais e do seu estilo de vida. 


 

Quais são as principais precauções ao vacinar os pets? 


1.    Idade 

A partir dos 45 dias de vida os pets já podem realizar sua primovacinação com a vacina múltipla. Porém, o ideal é que seja realizada a partir de 60 dias. 

 

Os reforços acontecem a depender da vacina. A vacina múltipla, por exemplo, deve ter seus reforços dados a cada 3 semanas, com a última dose ocorrendo apenas quando o pet estiver com mais de 16 semanas de vida. Um novo reforço de múltipla deve ocorrer com no máximo 1 ano de idade e, depois, anualmente. 

A vacina antirrábica pode ser dada a partir do 4º mês de vida, idealmente, em dose única e depois anualmente.  


Importante: Atualmente, a partir de 2 anos de idade, recomenda-se a realização de sorologia vacinal para as 3 principais viroses em cães: cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa. Para que assim, seja possível validar a necessidade ou não do reforço anual da vacina múltipla (V7, V8 ou V10).  


Para os pacientes que tiverem anticorpos suficientes, recomenda-se a não realização da vacina a depender do grau de sua exposição aos vírus em questão. 



2.    Saúde 

É necessário que o paciente esteja saudável para que ocorra boa produção de anticorpos em resposta à vacina e que não ocorra reversão de virulência.  

Pacientes em tratamento contínuo, a depender da medicação, e pets que possuem doenças que possam ser agravadas pela vacina, não podem ser vacinados.   

Porém, a principal preocupação é contar sempre com a avaliação do médico veterinário antes da aplicação da vacina. 

 

 

Veros Hospital Veterinário

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4643, Jardim Paulista – São Paulo, SP. 

Site: https://veros.vet/  

Instagram: https://www.instagram.com/veros.vet/  



Mitos e verdades sobre a alimentação dos pets

Divulgação
Alimento úmido tem muito conservante? Gatos podem ingerir carboidratos? Sal aumenta a pressão dos pets? Especialista da Hill's esclarece alguns mitos que circulam nas redes sociais e na Internet sobre a nutrição de cães e gatos

 

A dieta de cães e gatos envolve muitos mitos quando o assunto é a alimentação. Para o bem-estar do pet, a dieta deve ser rica em nutrientes e balanceada, focada em uma vida saudável e que proporcione o bem-estar de gatos e cães.

As constantes pesquisas realizadas nessa área, permitiu uma evolução nos alimentos que , além de nutrir, também cuidam da saúde. O papel da ciência na elaboração e desenvolvimento desses alimentos, trouxe soluções e tratamento para animais com problemas urinários, de pele e obesidade, por exemplo.

Flavio Lopes, supervisor de assuntos veterinários da Hills Pet Nutrition Brasil, esclarece alguns mitos atuais que circulam na Internet e deixam os tutores com dúvidas sobre a alimentação de pets. Entre eles, os papéis do sódio, proteína, carboidrato, antioxidantes e leite. Afinal, eles fazem bem ou mal?


Sal aumenta a pressão arterial dos pets?

MITO. O sal costuma ser um ingrediente que gera bastante dúvida entre os tutores. O sal é composto por sódio e cloro, dois nutrientes essenciais para cães e gatos.

O antropomorfismo, ou seja, a humanização dos pets trouxe algumas ideias que sabemos dos humanos para os cães e gatos, e uma delas coube ao sal. Para humanos é sabido que devemos ingerir sal com moderação por ele trazer efeitos deletérios ao nosso sistema cardiovascular, como o aumento da pressão arterial. Por outro lado, para cães e gatos, esse tipo de efeito negativo ao ingerir sal não ocorre. Pelo contrário, eles suportam uma concentração bem maior do que imaginamos. Para termos uma ideia, eles são capazes de suportar uma concentração de mais de 10g por Kg de alimento sem que haja problema.

Claro, aqui estamos falando de animais saudáveis. Quando o animal se encontra em alguma enfermidade como doença renal ou até mesmo alguma cardiopatia, as quantidades devem ser revistas e acompanhadas por um médico-veterinário.


Alimento úmido tem muito conservante e sal?

MITO. O alimento úmido é caracterizado pelo seu alto teor de umidade, ele precisa ter no mínimo 60% de água na sua composição para receber essa classificação. Geralmente, é comercializado em latas e sachês e apresenta texturas diversas (patê, pedaços ao molho etc).

Categorizado como completo e balanceado, o alimento úmido pode ser oferecido como único alimento para cães e gatos e, assim, suprir as necessidades nutricionais dos pets, mas também pode ser classificado como específico para petiscos, ou seja, não pode ser oferecido como alimentação única.

Uma das principais dúvidas é se esses alimentos possuem ou não conservantes. A resposta é não. O alimento úmido passa por um processo de cozimento e posterior esterilização, culminando na exclusão de todos os microrganismos que possam causar danos à saúde dos animais. Inclusive, esse é um dos motivos porque esses alimentos estragam mais rápido depois de aberto. Normalmente, eles não podem ser oferecidos após 48h depois de aberto e devem ser conservados em geladeira.

Portanto, não há nenhum conservante no alimento úmido. Quanto ao sal, ele também não possui concentrações altas de sal. Esse alimento contém quantidade suficiente para suprir a necessidade de sódio e cloro dos pets. Claro, procure comprar de marcas de qualidade reconhecida para ter certeza que está oferecendo o melhor alimento ao animal.


Antioxidantes sintéticos contidos nos alimentos fazem mal?

MITO. Os antioxidantes contidos nos alimentos para pets são ingredientes importantes para a preservação de outros nutrientes, principalmente as gorduras que são essenciais à vida dos pets e são susceptíveis à oxidação, ou seja, à degradação de suas moléculas.

Os antioxidantes são utilizados em pet food como mecanismo de defesa contra a formação de radicais livres, controlando reações de oxidação das gorduras dos alimentos, preservando suas características, qualidade e segurança nutricional.

Dentre esses antioxidantes, existem o BHA e o BHT que são sintéticos e erroneamente acusados de causarem problemas como alergias e até mesmo câncer em cães e gatos.

Até o momento, não existem evidências científicas de que o uso de antioxidantes sintéticos em alimentos (desde que utilizados em níveis estabelecidos como seguros) promova malefícios para a saúde de cães e gatos. Existem evidências em humanos e ratos de que esses componentes podem ser tóxicos, mas quando ingeridos em quantidades muito elevadas.

Segundo a regulamentação nacional descrita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a regulamentação internacional pela Food and Drug Administration (FDA) e também pela Association of American Feed Control Officials (AAFCO), a adição de BHA e BHT em quantidades mínimas (até 150 mg/kg de cada) na formulação do alimento é considerada segura em alimentos destinados a cães e gatos.


Carboidrato é um vilão para os gatos?

Esse é um ponto delicado, pois muitas pessoas acreditam que o carboidrato é um vilão para o gato, pois entendem que ele pode causar a obesidade e também permitir que o gato fique diabético.

Porém, isso é um MITO. Os gatos são uma espécie carnívora estrita, dependem de nutrientes de origem animal para suprir suas necessidades nutricionais, no entanto, são extremamente capazes de digerir o carboidrato a fim de obter glicose para sua sobrevivência.

Inúmeros estudos nacionais e internacionais demonstram que o gato absorve mais de 90% desse nutriente. Portanto, é uma fonte de energia efetiva e que também não é causadora de obesidade em gatos.

O que causa a obesidade em gatos é o excesso de energia proveniente não só do carboidrato, mas da proteína ou gordura. A quantidade de energia oferecida ao animal é que pode ser considerada a causadora de obesidade em gatos e, consequentemente, de diabetes.

Um bom exemplo disso em felinos pode ser uma analogia à onça criada em zoológico. Normalmente, elas são obesas e não comem ração, geralmente se alimentam somente de osso com carne, ou seja, não ingerem carboidrato e engordam do mesmo jeito. Então, um bom controle alimentar é que vai evitar que o gato engorde.

Proteína em excesso causa problema renal?

MITO. A proteína em excesso não causa problema renal em cães e gatos. Os gatos são animais carnívoros estritos e os cães são animais omnívoros com essência carnívora, portanto são aptos a ingerir quantidades de proteínas suficientes para que possam utilizá-las como fonte de energia e construir massa muscular.

O rim desses animais são capazes de filtrar perfeitamente todas as impurezas circulantes do metabolismo proteico sem efeito deletério.

Claro, isso vale para animais saudáveis. Caso o pet esteja com alguma enfermidade, como doença renal crônica, alguma doença hepática que não permita a ingestão de proteína, a alimentação deve ser revista com a ajuda de um médico-veterinário para que seja balanceada visando o tratamento à enfermidade com a ajuda de alimentos coadjuvantes.


Leite faz bem para cães e gatos?

Essa é outra dúvida frequente. O leite pode ser oferecido, mas é preciso atenção.

Quando o cão ou gato é filhote, ele se alimenta do leite materno para adquirir energia para seu crescimento. Se durante o desmame, quando o animal começar a comer alimento seco e o tutor continuar oferecendo leite, dificilmente o animal terá problema como diarreia. Isso se deve ao fato do animal possuir uma enzima chamada lactase no intestino que faz a digestão da lactose do leite.

No entanto, quando o filhote deixa de tomar leite e volta a tomá-lo depois de adulto, a enzima lactase já não estará em sua plena atividade e pode levar o animal a ter problemas gastrointestinais.

Importante:  leite de vaca ou de qualquer outro mamífero não deve ser oferecido como única alimentação para cães e gatos, tendo em vista que não possui todos os nutrientes essenciais para assegurar a sobrevivência de cães e gatos.


Dietas caseiras podem ter óleo e sal? 


VERDADE. Muitos tutores têm em mente que não devem adicionar óleo e/ou sal na comida do animal quando falamos de alimentação natural ou dietas caseiras.

Como já dito, o sal é extremamente necessário aos pets pois possui minerais importantes para a sobrevivência deles. O mesmo ocorre com o óleo, que é uma gordura que possui ácidos graxos, essenciais para a saúde do animal. Inclusive, a falta de óleo pode levar a graves complicações como doenças de pele, deficiência de vitaminas,  baixa resposta da imunidade, entre outros.

No entanto, vale salientar que o seu consumo deve ser de forma assistida e, no caso dos pets, sua utilização deve ser em separado durante a preparação do alimento caseiro. Isso porque ao misturá-lo durante o cozimento, pode-se perder o controle da quantidade que está sendo adicionada.


ClickBus dá 4 dicas para viajar de ônibus com seu pet


As férias de julho estão chegando e famílias se reúnem nesse período para ter um momento de lazer e descontração. Hoje em dia, os pets são parte de muitas casas, e viajar com eles pode ser um desconforto devido a burocracias, como as que existem no setor aéreo, por exemplo. Pensando nisso, a ClickBus separou quatro dicas de como tornar esses momentos mais tranquilos para viajar com segurança com seu pet.

 

1 - PLANEJAMENTO PARA VIAJAR COM PET

Assim como em qualquer viagem, é imprescindível traçar um planejamento totalmente personalizado, portanto, não esqueça de verificar, por exemplo, se o hotel, pousada ou estadia que escolheu permite a instalação de animais.

 

Mais do que isso, confira se o lugar para o qual deseja viajar realmente seria interessante tanto para você quanto para o seu pet. Isso porque lugares muito agitados, por exemplo, podem amedrontar o animal.

 

Também fique atento se a região é muito afastada de tudo, já que isso pode, por exemplo, ser um problema caso tenha que comprar mais ração. Ainda nesse ponto, verifique se nas redondezas é possível encontrar um veterinário, afinal, caso ocorra alguma emergência, é preciso ter um lugar para buscar atendimento.

 

E, claro, você também deve mapear todas as atividades que poderão fazer juntos: passear e brincar na praia, andar pela cidade, conhecendo os pontos turísticos ao ar livre, descobrir os parques locais e até fuçar se há algum brinquedo ou petisco diferente no petshop do destino.

 

A ferramenta ClickAI (https://www.clickbus.com.br/onibus/clickai), da ClickBus, baseada em inteligência artificial, pode ser utilizada na hora do planejamento da viagem. Ela consegue auxiliar na hora de planejar os imprevistos e, com isso, proporciona mais conforto durante o período de passeio com sua família.

 

2 - O QUE LEVAR NA VIAGEM COM PET

Viajar com animais de estimação significa tirá-los da sua rotina e inseri-los em um lugar diferente. Porém, esse processo ficar mais simples se houver elementos com os quais ele se identifique, como por exemplo seus brinquedos favoritos, ração, petiscos, mantinha ou cama, entre outros.

 

Além disso, inclua na necessaire de primeiros socorros os remédios diários do seu pet ou opções para caso ele tenha alguma indisposição, a exemplo de enjoos.

 

A coleira, caixa de transporte, roupinhas – sobretudo se o clima predominante no destino for frio – e higienizador de patas também não podem faltar, tendo em vista a programação da viagem.

 

3 - DOCUMENTAÇÃO PARA VIAJAR COM PET

A documentação é um dos primeiros passos para entender como levar seu pet para viajar. Para começar, leve-o ao veterinário e se certifique de que ele está bem, pois esse comprovante (mais precisamente, o certificado veterinário) será necessário tanto para companhias aéreas quanto para viações de ônibus.

 

Mais uma dica é manter a carteira de vacinação em dia, já que ela pode ser solicitada em voos nacionais, por exemplo.

 

Quando o assunto é viagem internacional, então essa lista de documentos aumenta consideravelmente e exige um planejamento de tempo também, dados os períodos necessários para alguns documentos serem emitidos (alguns levam de 90 a 120 dias).

 

4 - VIAJAR DE ÔNIBUS COM PET 

Para as primeiras viagens com animal de estimação em ônibus, uma possibilidade seria optar por um destino mais próximo para avaliar o comportamento dele ao longo do trajeto. Então, se ele não sofrer tanto com estresse e não passar mal, você poderá tê-lo como acompanhante em outras viagens.

 

Uma dica para quem opta pelo ônibus, é ligar para a viação e se informar sobre o que é necessário para levar seu animal. Algumas empresas exigem que o passageiro compre mais uma passagem para levar o pet no banco ao lado, enquanto outras permitem que ele vá no colo do dono.

 

Uma das obrigatoriedades, assim como em todos os outros transportes, é mantê-lo na caixa por questões de segurança. Além disso, aproveite as paradas do ônibus para que ele faça suas necessidades.

 

Quanto à alimentação, ao viajar de ônibus com o pet, evite dar ração e petiscos ao longo do trajeto, pois alguns deles podem sentir enjoo e acabar vomitando.

 

Quando chegar ao destino, não esqueça de alimentar seu pet e dar um tempo de descanso a ele.

 

ClickBus  

https://clickb.us/imprensa

 

Fogos e estalinhos: veterinário do CEUB explica como proteger os animais nas festas juninas


Especialista explica as possíveis reações dos pets e o que pode ser feito para amenizar o pânico e transtornos causados pelas explosões


Junho chegou e em época de São João a comemoração é garantida! Os “Arraiás” são celebrados com a queima de fogos de artifício e os famosos estalinhos entre as crianças. A explosão, que significa alegria para os humanos, se transforma em pavor para cães e gatos. Essa é uma preocupação para os tutores de pets, visto que a prática é prejudicial para a saúde dos animais, com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico.

Com os sentidos aguçados, o barulho dos artefatos explosivos é recebido de modo inesperado e muito mais alto para os pets, principalmente para os cães. Para amenizar o pânico dos pets nesse período festivo, o professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Bruno Alvarenga recomenda algumas condutas preventivas.

São diversos os transtornos e malefícios causados para os animais de companhia gerados pelos foguetes e estalinhos. Além de cães e gatos, as aves são alvo de estresse profundo causado pelos itens pirotécnicos, podendo levar ao óbito. “Animais ansiosos, medrosos e cardiopatas podem ficar muito assustados, correndo contra portas de vidro, quebrando itens em casa, até fugindo, com risco de sofrer atropelamento. Já os animais epiléticos, podem sofrer crises com o barulho das explosões”, explica.

De acordo com Bruno, os donos de pets podem colocar algodão no ouvido dos animais e ligar a televisão de casa em um volume mais alto para tentar disfarçar o volume dos fogos. “Proporcionar conforto também é importante. Os tutores podem preparar um local acolchoado, onde eles fiquem protegidos e se sintam mais acolhidos nesses momentos”, indica.

No caso de animais que já foram diagnosticados com transtornos, o especialista recomenda que o tutor solicite ao veterinário a prescrição de medicamentos para aliviar o estresse, como ansiolíticos e antidepressivos, sejam eles fitoterápicos ou medicações industrializadas. “Alguns animais respondem positivamente ficando no colo de seus tutores. Proteção e carinho geram confiança para eles”, pontua.

Os tutores também devem avaliar o histórico de doença dos indivíduos. Doenças como cardiopatias ou transtornos comportamentais podem se agravar numa situação de estresse. “Um paciente cardiopata pode ter uma sobrecarga cardíaca por conta do barulho e acabar morrendo, ou um animal mais sensível, como um gato, pode parar de se alimentar ou tomar água, levando inclusive a uma insuficiência renal”, alerta o especialista.

Para além dos cuidados preventivos para proteger os animais do barulho das explosões, o médico veterinário destaca a importância de conscientizar a população sobre o uso dos fogos de artificio para comemorações. “Os tutores precisam conversar com os amigos e a comunidade para evitar a compra e queima de fogos, justificando os males que causam aos animais. A comemoração pode ser feita sem estressar os bichos de estimação”, arremata.


O que o aquecimento global, a seca intensa e as tempestades têm a ver com as alergias?

Exposição a altas concentrações de ozônio induzem à inflamação das vias aéreas e aumentam o risco do agravamento da asma

Infecções respiratórias agudas associadas à poluição do ar doméstico causam 455 mil mortes

         De 18 a 24 de junho acontece a Semana Mundial da Alergia

 

“Mudanças Climáticas Agravam Alergias: Preparem-se!” é o tema da Semana Mundial da Alergia, que acontece de 18 a 24 de junho. Uma das consequências dessas mudanças no clima é o aumento da ocorrência e da intensidade de eventos meteorológicos extremos e que já estão acontecendo em diversas partes do planeta, tais como longos períodos de seca, ondas de calor mais intensas e aumento da ocorrência de tempestades com grandes volumes de chuva. 

De acordo com a Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) esses eventos climáticos extremos afetam a saúde de diferentes formas. Mortes causadas por deslizamentos e inundações, por exemplo, favorecerem a proliferação de doenças e o agravamento das doenças alérgicas, contribuindo para o aumento contínuo da prevalência e gravidade das alergias associadas à perda da biodiversidade. 

Outro aspecto importante da mudança do clima é o aumento da temperatura média da superfície do planeta, sendo esta uma das principais causas da carga global de doenças. Nos últimos 10 anos, ondas de calor mais frequentes e intensas têm colocado crianças menores de um ano em situação de alto risco. Períodos prolongados de ondas de calor em grandes cidades podem resultar em condições de baixa umidade relativa do ar e baixa ventilação, levando à deterioração da qualidade do ar. 

Um dos principais responsáveis pelas mudanças climáticas é o excesso de poluentes despejados na atmosfera, que são deletérios à saúde humana. Por exemplo: 

- Exposição a altas concentrações de ozônio induzem à inflamação das vias aéreas e aumentam o risco do agravamento da asma. 

- Mudanças nos padrões de temperatura e umidade do ar combinadas à poluição atmosférica podem provocar maior sensibilização da população a polens (alérgenos extradomiciliares) mesmo nas regiões de clima tropical, e não somente em regiões subtropicais. 

“Essa situação pode levar ao aumento da prevalência de rinoconjuntivite alérgica sazonal e, também, de exarcebações por asma com aumento de internações hospitalares e sobrecarga dos serviços de emergência. Esses poluentes atmosféricos também podem modificar estruturalmente alérgenos de polens, diminuindo seu diâmetro, facilitando a penetração em vias aéreas inferiores. Além disso, quando os níveis de gás carbônico (CO2) atmosféricos estão elevados, as plantas realizam fotossíntese aprimorada e aumentam fenômenos reprodutivos, com consequente aumento da duração da estação polínica”, explica a Dra. Marilyn Urrutia Pereira, Coordenadora da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da ASBAI. 

Esse aumento da poluição do ar representa um sério impacto socioeconômico. Infecções respiratórias agudas associadas à poluição do ar doméstico causam 455 mil mortes e perda de 39,1 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade anualmente.

O aumento da temperatura do ar e a maior incidência de secas, sobretudo na última década, têm propiciado o aumento da ocorrência de incêndios florestais, contribuindo para os efeitos prejudiciais à saúde associados à poluição do ar. 

A Coordenadora da ASBAI explica que a gestante exposta à fumaça de queimadas tem o potencial de alterar a saúde e provocar doenças no feto. “Por essa razão, o conhecimento desses efeitos pelos profissionais de saúde são cruciais para a mitigação dessas exposições. Indivíduos nascidos prematuramente, ou com baixo peso ao nascer, expostos à fumaça de incêndio florestal podem ter maior risco de efeitos adversos à saúde respiratória no início da idade adulta, possivelmente relacionados à situação de piores fluxos expiratórios”, comenta dra. Marilyn. 

Crianças menores de cinco anos, expostas a material particulado (PM2.5) de incêndio florestal, realizaram o dobro de visitas diárias às emergências por problemas respiratórios, em comparação a crianças maiores. O maior número de atendimentos de emergência e hospitalizações por causas respiratórias e cardiovasculares atingem grupos de maior vulnerabilidade, crianças e adultos com mais de 65 anos.  

A mudança profunda no clima de determinada região também pode ser uma das causas que obrigam pessoas a migrar o que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de doenças alérgicas. Populações migrantes podem experimentar uma exposição abrupta a diferentes fatores ambientais no país anfitrião, lidando com diferentes condições climáticas e novos alérgenos, bem como a súbita e prolongada exposição a altos níveis de novos poluentes atmosféricos. 

“Estratégias de adaptação e mitigação são urgentemente necessárias para prevenir o impacto nas doenças alérgicas e os danos à saúde humana em geral, especialmente nas populações vulneráveis, como os idosos, gestantes e crianças, assim como indivíduos com baixo nível socioeconômico ou com doenças pré-existentes”, alerta Dra. Marilyn Arrutia.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Prestes a completar 50 anos, Programa Nacional de Imunizações enfrenta baixa adesão

Por baixa cobertura vacinal, doenças erradicadas no Brasil podem voltar; especialista alerta para falsa sensação de segurança


O Dia Nacional da Imunização será celebrado depois de amanhã (sexta, 09/06). A data tem como objetivo chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo quanto para a saúde coletiva.

 

Manter a vacinação em dia, inclusive na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções. Isso acontece porque ao entrarem no organismo, as vacinas - que possuem moléculas mortas ou atenuadas - fazem com o que o sistema imunológico reaja e produza os anticorpos necessários à defesa contra os agentes, o que torna o corpo imune a eles e às enfermidades que causam.

 

Pioneirismo há 50 anos

O Brasil foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que oferecem de maneira universal um rol extenso e abrangente de imunobiológicos. 

Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza gratuitamente mais de 300 milhões de doses de vacinas anuais para os estados e municípios, visando a imunização de crianças, adolescentes, adultos e idosos em todo território nacional. Atualmente, o PNI oferece 19 vacinas para mais de 20 doenças. 

Crédito: Katja Fuhlert-Pixabay

Falsa sensação de segurança


Em 2023 o PNI vai completar 50 anos, mas atualmente ele é vítima do seu próprio sucesso. A baixa procura pelos imunizantes pode estar relacionada ao fato de existir toda uma geração que não precisou lidar com surtos das doenças que hoje são preveníveis graças ao PNI”, explica o especialista em patologia clínica e membro do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6), Alisson Luiz Silva.

 

Outros fatores que contribuem para a baixa adesão vacinal são falsas informações a respeito da eficácia e segurança das vacinas, as mentiras e Fake News que circulam pelas redes sociais. “Temos um paradoxo em plena era digital. O que teoricamente facilitaria a propagação da informação e do conhecimento às regiões mais longínquas, tem sido usado para o lado errado. É preciso combater e punir a desinformação e o desserviço à sociedade”, enfatiza Alisson.

 

Queda na cobertura vacinal

Em dezembro de 2022, o Instituto Nacional de Câncer – vinculado ao Ministério da Saúde – lançou o livro Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. A obra mostra que são esperados 704 mil novos casos de câncer anuais no país entre 2023 a 2025. As regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência.

 

“O que mais chama atenção é que o câncer de colo do útero em algumas regiões é o segundo mais incidente, ficando atrás somente do câncer de mama. Mas diferente dos outros tipos, o câncer do colo do útero na maioria das vezes é evitável com a imunização que já é ofertada no calendário do PNI desde 2014 e tem como público alvo meninos e meninas entre 9 e 14 anos”, enfatiza o biomédico Alisson Luiz Silva, que também é especialista em hematologia, banco de sangue e imunologia.

 

Curiosamente, dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos receberam a primeira dose da vacina em 2019. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55% em 2019 para 52,16%, em 2022.

Crédito: Pearson 0612-Pixabay


Conquistas ameaçadas

O grande salto das vacinações em massa no Brasil aconteceu a partir de 1980, com a implementação dos Dias Nacionais da Vacinação como parte da estratégia para erradicar a poliomielite no Brasil.

 

Marcado por um forte plano de comunicação - com a criação do personagem Zé Gotinha, em 1986 – a ação alavancou as coberturas vacinais e levou a doença a ser considerada oficialmente eliminada do país em 1994.

 

Em poucos anos, outras enfermidades também foram erradicadas no país como varíola, difteria, rubéola e sarampo. Contudo, o Brasil assiste atualmente a uma diminuição gradual nos índices das coberturas vacinais, de acordo com os dados da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza 2023.

 

“O sarampo foi eliminado do Brasil em 2016. Porém, a combinação de casos importados, aliados à baixa cobertura vacinal, resultou num surto da doença. Em 2019 tivemos mais de 20 mil casos notificados no país”, ressalta Silva. “A baixa adesão ao PNI acende um alerta e coloca em risco tudo o que já foi conquistado nesses 50 anos”, complementa.

 

Doenças preveníveis por vacina

Para esclarecer a sociedade, o integrante do CRBM6 menciona algumas doenças que são preveníveis quando se mantém a cobertura vacinal em dia. 

“Entre as diferentes enfermidades que podem ser prevenidas destaco a poliomielite, tétano, coqueluche, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, difteria e hepatite B. Vejam o quanto é fundamental se vacinar para cuidar da saúde individualmente e também da coletividade como um todo”, completa Alisson Luiz Silva.

 

Raspar a língua: veja como técnica simples pode manter a saúde bucal, evitar mau hálito e proteger de doenças

Você sabia que a língua é uma das principais regiões da boca onde as bactérias que causam o mau hálito se acumulam? Além disso, a superfície da língua é irregular e possui sulcos e papilas gustativas, o que facilita o acúmulo de resíduos alimentares e bactérias. 

A presença de bactérias na língua pode levar à formação de uma camada de biofilme, que é uma placa bacteriana espessa e aderente que se forma sobre a superfície da língua. Essa placa se chama saburra lingual, pode ser esbranquiçada ou amarelada e pode causar mau hálito, além de aumentar o risco de doenças periodontais, cáries e outras doenças bucais. 

“Por isso, a limpeza da língua é tão importante para a saúde bucal. Além de prevenir o mau hálito e outras doenças bucais, a limpeza da língua pode melhorar a sensação de limpeza na boca e a percepção de sabor dos alimentos.” Destaca a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde. 

O raspador de língua é um instrumento utilizado para realizar a raspagem da língua. Ele é composto por uma parte plana e estreita, que é passada suavemente sobre a superfície da língua para remover a placa bacteriana e os resíduos alimentares. 

O uso do raspador de língua pode ser mais eficaz do que a escova de dentes na remoção da placa bacteriana e dos resíduos que se acumulam na língua. Isso porque a superfície do raspador é plana e lisa, o que permite remover os resíduos de forma mais eficiente do que as cerdas da escova de dentes.

 

Como escolher um raspador de língua?

Aqui estão algumas dicas:

 

    1. Material: O raspador de língua deve ser feito de um material seguro e não tóxico, como aço inoxidável ou plástico de grau médico. Evite raspadores de língua que contenham materiais como chumbo, alumínio ou níquel, que podem ser prejudiciais à saúde.

 

    2. Tamanho: O raspador de língua deve ter um tamanho adequado para a sua boca e língua. Raspadores de língua muito grandes ou muito pequenos podem não ser eficazes ou, confortáveis de usar.

 

    3. Forma: O raspador de língua deve ter uma forma adequada para alcançar todas as áreas da língua. Raspadores de língua com uma forma curva ou com sulcos podem ser mais eficazes na remoção da placa bacteriana e dos resíduos alimentares.

 

    4. Superfície: A superfície do raspador de língua deve ser plana e lisa para permitir a remoção eficaz da placa bacteriana e dos resíduos alimentares. Evite raspadores de língua com superfícies ásperas ou rugosas, que podem irritar a língua.

 

    5. Marca: Escolha um raspador de língua de uma marca confiável e que tenha boa reputação no mercado. Leia avaliações de outros usuários e verifique se o produto possui certificações de qualidade.

 

    6. Fácil limpeza: Certifique-se de que o raspador de língua seja fácil de limpar após o uso. Alguns modelos possuem uma superfície removível para facilitar a limpeza.

 

Como limpar a língua?

A raspagem da língua é a técnica mais comum utilizada para limpar a língua. Esse procedimento consiste em passar um raspador de língua sobre a superfície da língua para remover a placa bacteriana e os resíduos alimentares. Confira algumas dicas para realizar a raspagem da língua de forma eficaz:

 

    1. Escolha um raspador de língua de qualidade: O raspador de língua deve ser feito de um material seguro e também deve ter um tamanho adequado para a sua boca e língua e uma forma adequada para alcançar todas as áreas da língua.

 

 2. Higienize o raspador de língua: Lave o raspador de língua com água corrente e sabão neutro antes e após o uso.

 

    3. Passe o raspador de língua sobre a superfície da língua: Passe o raspador de língua suavemente sobre a superfície da língua. Repita o procedimento até que toda a superfície da língua tenha sido raspada.

 

    4. Enxágue a boca: Enxágue a boca com água após a raspagem da língua.

 

“Além da raspagem da língua, é importante manter uma boa higiene bucal, incluindo a escovação dos dentes regularmente, o uso do fio dental e uma dieta equilibrada com baixo consumo de açúcar e alimentos que possam manchar os dentes. É recomendável procurar um dentista especializado em caso de dúvidas sobre a escolha do raspador de língua adequado e sobre como higienizar a língua corretamente. O dentista capacitado em Halitose geralmente é o profissional mais indicado para orientar sobre a escolha do raspador de língua correto para cada pessoa, levando em consideração as características individuais da boca e da língua.” Finaliza a Dra. Bruna Conde.

 


Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


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