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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Preocupação excessiva com a aparência, distorção de imagem, medo (ou mania) de espelho... Precisamos falar sobre a Dismorfia Corporal!

 A cirurgiã plástica Thamy Motoki explica o transtorno que atinge cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil e conta como proceder quando recebe pacientes com esse quadro

 

Vivemos um tempo em que a preocupação excessiva com a aparência atinge, a cada dia, níveis alarmantes. Com a ditadura das redes sociais, o maior uso de telas e câmeras, e os padrões de beleza impostos, as pessoas desejam, desesperadamente, se enquadrar nesses modelos. Primeiro através dos milagrosos filtros, que proporcionam um rosto quase perto do sonhado ideal, depois querem que esses filtros se tornem realidade e, então, procuram os procedimentos estéticos.

“Creio que com as redes sociais, a busca por um corpo perfeito, aquela beleza de “filtro”, é cada vez maior. E isso pode influenciar, negativamente, na percepção da imagem corporal. As pessoas se comparam mais com as outras, e querem parecer impecáveis tanto nas redes, quanto na vida real”, diz a cirurgiã plástica Dra. Thamy Motoki, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O problema é que essa busca infinita pela aparência perfeita pode se transformar em um sério transtorno psicológico, paralisando de modo grave a vida do indivíduo. É quando a pessoa passa a se incomodar, de forma desproporcional, com algo em seu corpo. Seja uma manchinha aqui, uma marca de expressão ali, o nariz, a orelha, a perna mais ou menos grossa, entre diversos outros pontos.

Só que muitas vezes esses “defeitos” visualizados nem sempre estão, de fato, ali, ou são supervalorizados. A pessoa então passa a se olhar obsessivamente no espelho, ou então foge dele. E tenta escapar da vida social, do convívio com as pessoas, acreditando que está feia e desencaixada do padrão.

Quando isso acontece é bem provável que esteja ocorrendo um quadro de Dismorfia Corporal, ou Transtorno Dismórfico Corporal, quando a pessoa tem uma preocupação excessiva com o corpo e passa a ver sua imagem de forma distorcida. Acredita-se que hoje em dia o problema atinja cerca de 4 milhões de pessoas só aqui no Brasil, e até 2% da população mundial.

“A dismorfia corporal é um transtorno psicológico que resulta em um impacto muito negativo para autoestima, além de afetar a vida no trabalho, nos estudos e no convívio em geral com outras pessoas”, pontua a Dra. Thamy.

A médica conta que já recebeu em seu consultório muitos pacientes com essa dismorfia. E o que eles querem é corrigir, através de cirurgias, um problema que nem existe e está apenas em sua mente. “A abordagem, nesses casos, não é simples. O próprio paciente não tem noção do seu problema e necessita um olhar cuidadoso, alguém que o ouça e acolha adequadamente. Eu, como cirurgiã plástica, tento mostrar de forma técnica que não há problema, de fato, com o corpo. Ou então que pode estar havendo uma supervalorização de um pequeno problema”, explica a Dra. Thamy.

Ela, inclusive, já se negou a realizar cirurgias em pessoas com esse quadro de distorção de imagem. “Já neguei, sim! É preciso ter bom senso para indicar um procedimento cirúrgico e também para declinar um pedido. E já aconteceu de paciente ficar chateado, afinal, ele procura uma cirurgiã para operar e não esperam, nunca, receber um não. Mas, como disse, é preciso ter bom senso”, diz a profissional.

A dismorfia corporal tende a surgir na época da adolescência e afeta mais, em sua grande maioria, as mulheres. Afinal, a cobrança estética em cima do público feminino, não é segredo, sempre foi grande e cruel.

De acordo com a cirurgiã, pessoas com dismorfia corporal estão insatisfeitas com o próprio corpo de maneira exagerada. Podem supervalorizar pequenos defeitos transformando isso na causa de todas as suas insatisfações. “As reclamações mais comuns que noto aqui na clínica são relacionadas à face, em especial ao nariz, e às mamas”, detalha.

O diagnóstico de uma pessoa com transtorno dismórfico corporal nem sempre é imediato. Mas ao longo das consultas com o médico ele pode se revelar em queixas repetidas direcionadas à determinada área do corpo, insatisfação permanente com aquela região, ainda que não haja um problema anatômico/ estrutural/funcional importante. “O paciente nitidamente ansioso e relacionando seus problemas, e demais insatisfações, àquela tal “imperfeição”, ou que tenta atingir determinado padrão de beleza estipulado como ideal, pode estar sofrendo de dismorfia. Além disso, quem apresenta esse quadro, também relata evitar convívio social (como ir à praia ou piscina, por exemplo), tem dificuldade de concentração e olha-se no espelho com frequência, ou chega a evitar por completo ver sua imagem refletida ali”, explica a médica, sobre os indícios que indicam o problema.

Apesar de ser ainda pouco abordada, a dismorfia corporal, principalmente entre os adolescentes, mas em todas as idades, é um problema sério, que precisa ser diagnosticado e tratado antes que gere consequências e traumas ainda piores, inclusive cirurgias arriscadas e sem necessidade alguma. Por isso é preciso sempre estar atento aos familiares e amigos à nossa volta e procurar tratamento adequado assim que os primeiros sintomas forem notados.

“Meu conselho é: cuide do seu corpo, sem esquecer da sua mente! Corpo saudável e mente saudável devem caminhar juntos. Evite comparações com outras pessoas e procure ajuda especializada com psicólogo e psiquiatra”, orienta a cirurgiã, Dra. Thamy Motoki.


Ginecologista alerta sobre as principais doenças que afetaram as mulheres durante o período de folia

Especialista evidencia que o verão é dos fatores que potencializa o desenvolvimento de doenças ginecológicas 

 

O período de folia está chegando ao fim, a programação intensa de viagens, festas e bloquinhos carnavalescos costuma cobrar um preço alto do nosso corpo. No entanto, ainda que a festa seja um momento repleto de alegria e curtição, é essencial empenhar uma atenção maior em relação à saúde, principalmente para as mulheres.

Durante essa festividade estamos vivenciando a estação mais quente do ano, que é um dos períodos em que mais mulheres costumam procurar os consultórios pelas doenças ginecológicas decorrentes da proliferação de fungos nas partes íntimas “No verão com o aumento da umidade e temperatura a propagação de fungos e bactérias é maior. Além disso, o carnaval também potencializa o aumento do número de disseminações e contágios das Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” adverte a médica Loreta Canivilo, ginecologista.

A região vaginal possui uma proteção natural, contudo, ainda é uma área muito delicada que necessita de cuidados para prevenir que resíduos se acumulem e atinjam a região interna que acarretara no desenvolvimento de doenças tais como a candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, infecção urinária ou cistetite.

Por outro lado, também existe as ISTs que são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo o Ministério da Saúde as ISTs mais comuns são a herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e a AIDS.

A medida mais indicada após o carnaval é procurar um ginecologista para a realização de um check up para tratar de forma precoce qualquer alteração que a folia possa ter trazido. “É essencial que as mulheres procurem um especialista para a realização de um diagnóstico e tratamento corretos, mesmo em casos de doenças recorrentes, pois o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal” ressalta Dra. Loreta. 

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.

 

Residência Médica e o plantão

  A Residência Médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação, oferecida por instituições regulamentadas pelo Ministério da Educação (MEC) e regimento determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). É considerada o “padrão-ouro” na formação de médicos no Brasil.

Nela, o residente realiza treinamento, em serviço, sob a supervisão do preceptor, médico de elevada qualificação ética e profissional, mediador do processo de ensino-aprendizagem, das inter-relações entre estudantes, docentes, usuários, gestores e equipe multiprofissional, nos diferentes estágios previstos pela CNRM.

Os estágios em urgência e emergência, pronto-socorro e atendimento a pacientes internados constituem em estágios obrigatórios com base na Resolução CNRM nº 2/2006, devendo constituir 10% da carga horária anual.  São determinadas, no máximo,  24 “horas de plantão”, dentro da carga horária de 60 horas semanais.

A Matriz de Competências em Cirurgia Vascular, aprovada pela CNRM, descreve em seus objetivos gerais: Formar e habilitar médicos, na área de Cirurgia Vascular, a adquirir as competências necessárias para realizar procedimentos diagnósticos, terapêuticos clínicos, cirúrgicos e endovasculares, no ensino, na pesquisa e assistência aos pacientes portadores de afecções circulatórias congênitas, adquiridas, degenerativas, “urgências traumáticas e não traumáticas”. E em seus objetivos específicos: Adquirir competências para abordar os acessos vasculares invasivos ou não, “atendimento ao trauma vascular e às emergências cirúrgicas e clínicas”.

É durante os processos de estágios e plantões, no atendimento de urgências e emergências, que atitudes, habilidades e competências necessárias à especialidade devem ser desenvolvidas para a adequada capacitação do médico residente, nos serviços de urgência e emergência, tais como: capacidade de manter-se alerta e estável, tomar decisões rápidas e adequadas, dentro de normativas das melhores práticas, atuar com segurança diante das mais diferentes intercorrências e adversidades, saber lidar com as limitações de recursos, ter boa comunicação com pacientes e familiares e trabalhar bem em equipe.

É no plantão, em pronto-socorro, que o médico-residente tem maior contato com pacientes que necessitam de atendimento de urgência/emergência. Deste modo, é importante ressaltar que, os eventos cardiovasculares são considerados a principal causa de morte na população brasileira, enquanto as causas externas, incluindo causas intencionais e não intencionais, sendo, portanto a principal causa de morte, nas primeiras quatro décadas de vida (p.ex. trauma).

Esses eventos críticos, comuns no atendimento às urgências e emergências, apresentam-se cada vez mais desafiadores, sendo o pronto-socorro considerado área crítica para o desenvolvimento dos médicos, tendo em vista a evolução da própria medicina e a expectativa da sociedade atual, que estabelece novos padrões de exigência, desfechos e tempos de resposta às demandas individuais.

Nesse contexto, os plantões médicos são idealizados para garantir pronto atendimento aos pacientes, internados ou que chegam à instituição, seja no pronto-socorro, unidades de emergência, UTI, enfermarias, garantindo atendimentos emergenciais e assistência contínua aos doentes. Desta forma, o enfrentamento das situações de urgência e emergência e de suas causas requer não apenas a assistência imediata, mas incluem ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e seus agravos, o tratamento contínuo das doenças crônicas, a reabilitação e os cuidados paliativos.

A responsabilidade estratégica do atendimento é de extrema importância e os setores de Urgência e Emergência, dentro dos sistemas de saúde, são locais de alta demanda e existe sobrecarga dos serviços disponibilizados para o atendimento da população. Por outro lado, há necessidade constante de atualização e educação continuada dos médicos plantonistas.

O médico residente, dentro de um programa de residência devidamente credenciado pela CNRM, não deve ser o responsável pela Assistência Médica em substituição ao preceptor (assistente), pois a atividade-fim do residente se relaciona ao processo de ensino e aprendizagem.

A maneira apropriada do treinamento e capacitação do médico residente, em regime de plantão, objetiva fornecer formação adequada com ganho de autonomia e independência para ofertar tratamento adequado à população. Certamente, essas atividades de alta complexidade exigem supervisão adequada de preceptor habilitado.

Além de capacitar o médico residente para o atendimento, nos diferentes níveis de gravidade do doente, presentes nos serviços de urgência e emergência (pronto-socorro), os programas de residência médica, também, devem primar pela capacitação técnica, humanização e alinhar conhecimentos legais, portarias e diretrizes de saúde vigentes, que são pilares essenciais para a formação profissional do médico. 

 

Dra. Regina de Faria Bittencourt da Costa - Cirurgiã vascular. Membro do Departamento de Educação Médica Continuada da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo. Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM) e Chefe da Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis.

 

Alimentação é aliada no tratamento da endometriose

Apesar de ser uma doença crônica o tratamento adequado permite à mulher uma melhora significativa, com maior qualidade de vida e controle dos sinais da endometriose

 

Manter hábitos alimentares saudáveis está entre as indicações de práticas para amenizar os desconfortos e dores provocadas pela endometriose. A correlação, de acordo com a ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, está na capacidade de alguns alimentos interferirem de forma positiva na inflamação na região pélvica.

“A endometriose é uma doença benigna. Ela se caracteriza pela presença de células do endométrio fora da cavidade endometrial- tecido que descamaria na menstruarão. As mulheres com esse problema podem ter focos de endometriose no ovário, na bexiga ou no intestino, o que pode desenvolver inflamação e, consequentemente, dor”, explica a especialista.

Com o intuito de atenuar esse desconforto, a médica reforça que é preciso dar preferência ao consumo de alguns alimentos e excluir outros, a fim de não intensificar o quadro inflamatório. “É recomendado que as mulheres com esse quadro incluam na sua rotina fibras e frutas, além de muita água. Na contramão, o ideal é evitar o consumo de carne vermelha, de leite e de alimentos gordurosos”, exemplifica.

Apesar da grande importância que tem, a boa alimentação não exclui o acompanhamento médico e a adoção de recursos terapêuticos convencionais para lidar com o quadro ocasionada pela doença. De acordo com a ginecologista, de maneira geral, o primeiro passo é o tratamento clínico com o uso de medicamentos e interrupção da menstruação, e nos casos mais graves, a alternativa cirúrgica.

“Apesar de ser uma doença crônica o tratamento adequado permite à mulher uma melhora significativa, com maior qualidade de vida e controle dos sinais da endometriose”, conclui.

   


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Entenda o papel do Agente Comunitário de Saúde na promoção e prevenção de doenças

Cuidado com a qualidade de vida da população começa na atenção básica, destaca CEJAM

 

Você sabe o que faz um Agente Comunitário de Saúde (ACS)? Ele é um dos profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica, desenvolvendo ações de prevenção e promoção àsaúde.

Conforme definição do Ministério da Saúde, é o ACS quem realiza a integração dos serviços de saúde da atenção básica com a comunidade, sustentando o entendimento de que saúde não é “estar doente”, estando ligada também a fatores físicos, emocionais, psicológicos e ambientais.

Em 1991, a pasta criou o Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS), para orientar as ações de desenvolvimento no primeiro nível de atenção à saúde, sendo um braço importante da Estratégia Saúde da Família (ESF).

“A proximidade facilita o monitoramento da qualidade de vida do cidadão. Os profissionais são treinados em 360 graus e têm como principal função avaliar todas as necessidades básicas que dignificam o ser humano, bem como a comunidade em si. Cada território conta com uma equipe fixa, que dispõe de escuta e olhar atentos às questões de moradia, condições de trabalho, educação, lazer, meio ambiente, cultura e alimentação”, explica Ademir Medina, CEO do CEJAM.

Adriana Macedo, ACS no território atendido pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Ipava, gerenciada pelo CEJAM -- Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que as visitas são realizadas de acordo com a necessidade do cidadão.

“Um exemplo é a gestante que deixa de fazer o acompanhamento pré-natal, deixa de vacinar os filhos ou falta em uma consulta, então, nós, ACS, fazemos esse acompanhamento de saúde e, com base nele, identificamos essas questões e vamos até o domicílio verificar como atender a demanda necessária naquele momento”, exemplifica.

Paula Aparecida, também ACS no território Cidade Ipava, destaca que algumas famílias recebem visitas mensais e, quando necessário, há revisitas, nas quais o agente segue acompanhado de um profissional médico, enfermeira ou equipe multidisciplinar, que é composta por nutricionista, educador físico, assistente social e fisioterapeuta, entre outras especialidades, de acordo com a patologia.

Agente há 13 anos, Paula conta que, diariamente, lida com anseios, angústias e conquistas dos moradores locais. “Quando conseguimos orientar e o paciente absorve o que foi dito, é muito gratificante.”

Adriana, por sua vez, compartilha um caso, em que uma paciente idosa apresentava um quadro de depressão, porém, se recusava a fazer o tratamento e não recebia a equipe.

“Aos poucos, com muita insistência, enfim, consegui a atenção dela, que passou a permitir que eu a visitasse mensalmente. Conquistando sua confiança a cada visita, pude orientá-la sobre a importância de ter o acompanhamento adequado para sua saúde mental, até que ela aceitou realizar uma consulta e fazer exames para, então, iniciar seu tratamento. Por fim, consegui até mesmo convencê-la a participar do grupo de caminhada”, comemora a profissional.

Segundo a agente, hoje, a paciente agradece por nunca ter desistido dela.

As profissionais avaliam que, no dia a dia, o trabalho pode não ser fácil, pois alguns moradores não querem recebê-las por acharem que os ACS passam para incomodar, enquanto outros julgam que são profissionais do governo que ficam andando o dia todo. “Mas, claro, muitas dão o devido reconhecimento e importância ao nosso trabalho”, pontua.

Para a gerente da UBS Cidade Ipava, Simone Menezes, o papel do ACS vai muito além de cadastrar e acompanhar famílias. “É criar laços, é ser empático, é ser o elo entre a comunidade e a unidade básica de saúde. São profissionais de extrema importância na implementação do sistema único de saúde.”

Em 2022, os agentes realizaram 2,7 milhões de visitas domiciliares em São Paulo e 878 mil em Mogi das Cruzes.


Diretrizes para qualificação dos ACS

O PACS visa promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos agentes, por meio de competências profissionais específicas da categoria, ajustadas às atividades de promoção e vigilância à saúde de famílias e comunidades:

  • Trabalho em equipe;
  • Visita domiciliar;
  • Planejamento das ações de saúde;
  • Promoção da saúde;
  • Prevenção e monitoramento de situações de risco e do meio ambiente;
  • Prevenção e monitoramento de grupos específicos;
  • Prevenção e monitoramento de doenças crônicas degenerativas e transmissíveis;
  • Acompanhamento e avaliação das ações de saúde.

Conforme prevê a lei, o candidato tem que morar em um dos bairros da área de abrangência do distrito para o qual se inscreveu. O processo seletivo tem, além da prova objetiva, o Curso Introdutório de Formação, que é obrigatório. A capacitação dispõe de 40 horas e o candidato deve registrar 100% de presença.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

Obesidade: segundo estatísticas, até 2030, o Brasil poderá ter 30% da população obesa

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Especialista comenta as principais causas da doença, além da importância da prevenção e do controle para evitar o surgimento de outros problemas relacionados e até risco de morte 

 

No Brasil, a obesidade vem em uma crescente que tem preocupado especialistas. Um levantamento feito pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel, revela que o país já tem 20,3% de sua população adulta composta por obesos. Até 2030 esse percentual pode aumentar para 30% da população. 

Informações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Panamericana da Saúde (OPA) indicam que 12,9% das crianças com idade entre 5 e 9 anos estão obesas, ao passo que entre os adolescentes na faixa dos 12 aos 17 anos, esse índice é de 7%. A obesidade pode causar problemas respiratórios, nas articulações e uma série de outros problemas de saúde que podem prejudicar a qualidade de vida e, em casos graves, levar à morte.  

“Obesidade é uma doença crônica, que é gatilho para várias doenças quando não tratada. Os maus hábitos, uma vida irregular, sedentária, sono irregular, intestino, tudo isso é um gatilho quando colocado e somado ao longo dos anos” explica Mariana Arraes, médica experiente em emagrecimento e longevidade saudável. 

De acordo com a médica, quando o indivíduo não se dá conta que está obeso, “o gordinho saudável” é um dos estágios que mais traz riscos para a saúde. Segundo ela, exames normais e alto grau de obesidade, cursando com apneia do sono e intestino irregular são sinônimo de que algo não está bem com o corpo do paciente e deve ser investigado.  

“Mudança de estilo de vida é a base para a prevenção da obesidade, juntamente com acompanhamento médico, nutricional e de um educador físico. Além disso, a rotina regular, alimentação e exames de rotina também são pontos que podem ser observados e melhorados para saúde”, explica a médica. 

 

Como calcular o IMC 

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado.

 

Classificação do IMC:

Menor que 18,5 – Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal

Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 – Obesidade

 

Cálculo do IMC:

IMC=peso (kg)/altura (m) x altura (m)

Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m

Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625

IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso). 

“É importante lembrar que é possível prevenir e tratar a obesidade por meio de uma alimentação saudável e de atividade física regular”, conclui Mariana. 


Os Raros são muitos, são Fortes, são Orgulhosos!

Mais de 13 milhões de pessoas possuem uma patologia rara no Brasil

28/02 – Dia Internacional da Doença Rara

 

O Ministério da Saúde considera uma patologia rara quando afeta até 65 pessoas em um grupo de 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. “Importante ressaltar que - muito embora sejam individualmente raras - como um grupo elas acometem um percentual significativo da população, o que resulta em um problema de saúde relevante”, alerta a Dra. Ana Carla Moura Falcão, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 


Abaixo, a médica traz informações e ressalta a importância do diagnóstico precoce. 


- Existem estatísticas de quantas pessoas tenham alguma doença rara no Brasil?

Dra. Ana Carla - O número exato de doenças raras não é conhecido. Estima-se que, mundialmente, existam em torno de seis a oito mil patologias raras, acometendo mais de 300 milhões de pessoas. Esse número representa cerca de 3,5 a 5,9% da população mundial com uma doença rara. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 13 milhões de pessoas possuem uma patologia rara. 


- É demorado chegar ao diagnóstico de uma doença rara?

Dra. Ana Carla - Sim. As patologias consideradas raras podem apresentar uma grande diversidade de sinais e sintomas, com manifestações relativamente frequentes, que podem simular doenças comuns, e estes variam de doença para doença e de indivíduo para indivíduo com o mesmo diagnóstico, corroborando para o atraso do diagnóstico. A maioria das patologias raras ainda não tem cura, são crônicas, progressivas e estima-se que 70 a 80% delas são ocasionadas por fatores genéticos. As demais são oriundas de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. Ressaltando a complexidade e a dificuldade diagnóstica dos casos raros.

 

- Se esse diagnóstico fosse mais rápido, precoce, poderia mudar a qualidade de vida do paciente?


Dra. Ana Carla - Sim. A dificuldade e retardo do diagnóstico de uma doença rara estão atrelados a um elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados, bem como para suas famílias. Um diagnóstico precoce pode mudar este cenário. Como se tratam, em geral, de doenças crônicas, progressivas, degenerativas e com risco de vida, o reconhecimento precoce favorece ao tratamento adequado com impacto na evolução da doença e sua gravidade. Ressalta-se que muitas delas não possuem cura, de modo que o tratamento consiste em acompanhamento clínico, fisioterápico, fonoaudiólogo, psicoterápico, entre outros, com o objetivo de aliviar os sintomas ou retardar seu aparecimento. Além da necessidade de terapêutica medicamentosa específica, de acordo com a doença rara. Considerando que cerca de 80% das doenças raras são de origem genética, o aconselhamento genético é fundamental na atenção às famílias e pessoas com essas doenças. Demonstrando, a importância do diagnóstico acurado e precoce das doenças raras.

 

- O que falta para identificar uma doença rara mais cedo possível?


Dra. Ana Carla - O atraso no diagnóstico de pacientes com doenças raras é comum e, muitas vezes, ocasionada pela baixa conscientização e reconhecimento das doenças raras entre os profissionais de saúde. O Brasil adota a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, desde 2014. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimentos para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pessoas com doenças raras, além de tratamento dos sintomas. É necessário melhorar o acesso aos serviços de saúde e à informação, habilitar cada vez mais centros e profissionais de saúde para atuação, ampliar o conhecimento sobre as doenças raras, pesquisas e potenciais terapias, reduzir a incapacidade causada por essas doenças e contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas e familiares que convivem com as doenças raras. Além da organização de política e rede nacional de doenças raras, é muito importante a participação de grupos e organizações de pacientes e familiares, mobilizando de forma coletiva e globalmente a comunidade.

 

- Qual a mensagem que a Sra. gostaria de deixar para o Dia Internacional das Doenças Raras?


Dra. Ana Carla – No dia 28 de fevereiro é comemorado o Dia das Doenças Raras. O objetivo é aumentar a conscientização e gerar mudanças para 300 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com uma doença rara, suas famílias e cuidadores. É significativo destacar que tanto no dia 28 quanto todos dias, podemos dar voz a causa das doenças raras, com solidariedade e respeito. Doenças raras são individualmente raras, mas, coletivamente, essas condições são comuns. Os Raros são muitos, são Fortes, são Orgulhosos!

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Verão - mastopexia em L com cicatriz reduzida permite maior conforto às mulheres na escolha das roupas

Divulgação
O verão valoriza a cirurgia mamária com cicatriz reduzida em L.

 

As mulheres brasileiras, em especial, têm como característica o uso de biquínis menores e roupas mais decotadas. No verão, uma das grandes preocupações das mulheres é poder escolher seu decote e seu biquíni sem se preocupar com cicatrizes entre as mamas. 

Pensando nisso, uma técnica de mastopexia -- cirurgia que visa levantar e remodelar as mamas - com cicatriz reduzida em L já é considerada a preferência entre as mulheres. 

A cicatriz em L é feita com uma incisão em volta da aréola, um pequeno corte na vertical, e uma incisão na horizontal na parte de baixo das mamas, de aproximadamente 4cm. A ausência de cicatriz entre as mamas não aumenta a cicatriz horizontal lateral, melhora o formato da parte interna das mamas e possibilita à mulher a escolha das suas roupas sem se preocupar com a marca. 

A empresária que atua no mercado financeiro, Eliane Miranda da Costa, 43 anos, demorou 15 anos para realizar a tão sonhada cirurgia nos seios, justamente devido ao medo da cicatriz. 

"Todos os médicos diziam que devido ao caimento das minhas mamas, deveria ser cicatriz em T, o que deixaria marcas dos dois lados da mama. Foi aí que conheci a mastopexia em L e soube que poderia reduzir os cortes e as marcas", conta. 

Segundo ela, a cirurgia mudou a sua vida. "Antes não conseguia colocar um vestido com decote nas costas porque tinha que usar sutiã, Não podia usar um 'tomara que caia', porque literalmente as mamas caiam. Hoje a minha autoestima melhorou muito e sempre que posso uso decotes", conta. 

O Brasil é o segundo país do mundo em cirurgias plásticas, com 1,3 milhões de procedimentos realizados ao ano. As cirurgias de mastopexia, aparecem também em segundo lugar, de acordo com o último levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (2020).

 

Sistematização inédita da técnica

A técnica de mastopexia multiplanos com cicatriz em L - foi sistematizada pela primeira vez no Brasil pelo cirurgião paranaense Adel Bark Junior, com um grande diferencial: ela atua individualmente nos três componentes anatômicos das mamas: por isso é denominada multiplanos. 

A mastopexia em L multiplanos o cirurgião consegue tratar a pele, o músculo e a glândula de forma separada "Com a técnica Multiplanos tratamos de forma completa e simétrica a mama internamente, melhorando a anatomia interna e externa de cada esfera. Desta forma é possível oferecer um resultado mais previsível e uma maior estabilidade para a mama a longo prazo", explica o cirurgião. Além disso, segundo ele, com multiplanos é possível subir o sulco inframamário (posição da mama no tórax), promovendo maior estabilidade, maior colo mamário com implantes menores, e alongando a região abdominal. 

O cirurgião traz em seu currículo mais de três mil cirurgias de mastopexia utilizando a cicatriz em L, sendo atualmente o método utilizado por ele em 100% das pacientes. Os altos índices de satisfação nas pacientes operadas, devido a uma incisão menor -- fez com que o cirurgião se dedicasse a reproduzir a técnica que é uma evolução da tradicionalmente realizada incisão em formato de T invertido. Com isso foi lançado em Curitiba o primeiro Curso de Mastopexia Multiplanos em L do mundo. 

A mastopexia em L foi descrita pela primeira vez pelo cirurgião Hollander, em 1924, e posteriormente replicada por cirurgiões brasileiros na década de 80, com Antonio Roberto Bozola, e na década de 90, por Chiari Junior, mas por muitas décadas permanenceu pouco realizada, segundo Adel Bark Júnior “pela dificuldade de marcação pré-operatória e limitação do tratamento da parte interna das mamas, uma vez que não individualiza a pele e o tecido mamário”. Com a sistematização da Mastopexia Multiplanos em L, mais de 150 cirurgiões brasileiros e de outros 9 países, já foram treinados em Curitiba e estão aplicando os conceitos para suas pacientes. “Mesmo em mamas volumosas e com grande ptose (queda) é possível, com a técnica multiplanos ”entregar a estabilidade e a cicatriz reduzida em L” afirma o cirurgião curitibano.
 

Diferencial

Adel conta que aos poucos foi eliminando a necessidade da marcação prévia, que gerava grande complexidade cirúrgica e aplicando a técnica em casos cada vez mais desafiadores. “Eliminando a marcação prévia conseguimos sistematizar uma maneira reprodutível de executar a técnica da cicatriz em L, tanto que a grande maioria dos cirurgiões que vieram para aprender a replicá-la estão realizando a cicatriz em L em suas pacientes; vários colegas relatam que mesmo quando não conseguem entregar a cicatriz em L, o conceito Multiplanos permitiu reduzir suas cicatrizes e promover maior estabilidade da cirurgia” enfatiza. 

“Hoje, estamos cumprindo nosso papel de beneficiar o maior número possível de mulheres pelas mãos dos nossos colegas, permitindo que eles realizem o procedimento com segurança. Com a nossa plataforma de ensino online, complementamos e sedimentamos os conceitos compartilhados no curso prático”, afirma Adel..

dradelbarkjr.com.br


Pesquisa aponta que 20 minutos de atividade física pode reduzir risco de hospitalização por AVC

 

Estudo foi publicado recentemente pelo JAMA Network



 

Sabe-se que incluir hábitos saudáveis na rotina pode reduzir o risco de várias doenças. Segundo dados de uma nova pesquisa publicada no JAMA Network, apenas 20 minutos diários de exercícios físicos ajudam na prevenção de inúmeros problemas de saúde. Entre eles, câncer, diabetes e acidente vascular cerebral isquêmico (AVC). 

De acordo com o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, o estudo aumenta as evidências de que a prática de atividade física está associada a melhores resultados de saúde.

“A atividade física regular é um dos principais agentes para prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, diminuir doenças inflamatórias, doenças pulmonares e também pode melhorar o sono. E isso tudo ajuda no bem-estar e consequentemente diminui a incidência de fatores de risco. Atualmente, o AVC e infarto estão entre as principais causas de mortalidade do mundo. Por isso, praticar exercício físico regularmente é essencial para manter uma boa saúde e diminuir os riscos de hospitalizações por doenças cardiovasculares”, afirma o especialista. 

Para a pesquisa, mais de 81.000 pacientes com idades entre 42 e 78 anos foram avaliados. Os participantes receberam um rastreador de atividades físicas, que foi utilizado por uma semana. 

Entre as doenças que podem ser evitadas, segundo o estudo, estão diabetes, pneumonia, acidente vascular cerebral isquêmico, doença da vesícula biliar, anemia por deficiência de ferro, infecções do trato urinário (UTIs), pólipos do cólon, tromboembolismo venoso e doença diverticular.

De acordo com os pesquisadores, a conclusão foi de que se exercitar por pelo menos 20 minutos por dia pode ser uma intervenção eficaz e não farmacêutica para evitar hospitalização.   

 


No Dia da Conscientização sobre a Anosmia, médicos otorrinos oferecem atendimento gratuito em São Paulo, Salvador e Ribeirão Preto

Em 27 de fevereiro, Dia da Conscientização sobre a Anosmia, nas cidades de São Paulo, Salvador e Ribeirão Preto, médicos otorrinos oferecerão atendimento gratuito à população em locais de grande circulação. A iniciativa “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta”, tem o intuito de alertar a sociedade que a anosmia, ou seja, a perda da função olfativa, pode ser sinal de outros problemas de saúde e precisa ser investigada. 

Poderão participar pessoas que, nos últimos 12 meses, tenham tido diagnóstico de rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN) ou apresentado sintomas constantes, mesmo sem ter sido diagnosticadas, de nariz entupido, secreção nasal, dor ou sensação de pressão no rosto e dificuldade em sentir cheiros.

A ação é promovida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e Academia Brasileira de Rinologia (ABR) e conta com o apoio da Sanofi.

 

Sobre a iniciativa

Nos locais definidos, a partir das 8h, haverá distribuição de senhas e os participantes passarão por uma triagem, na qual responderão a um questionário, com a finalidade de auxiliar na coleta de informações para a etapa de avaliação médica. Também estarão disponíveis testes para analisar a qualidade do olfato. O atendimento será limitado a 200 pessoas e terminará às 17h. 

Pacientes avaliados na ação e que forem identificados com sinais relacionados à rinossinusite crônica com pólipo nasal terão apoio da Sanofi para encaminhamento a consultas gratuitas com especialista em otorrinolaringologia. A assistência será limitada a 20 consultas.

Serviço


São Paulo
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Avenida Paulista 1.313, Cerqueira César, São Paulo. A equipe estará localizada em frente à entrada da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Evento Gratuito
 

Salvador
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Shopping Tricenter - Av. Antônio Carlos Magalhães, 1034, Itaigara, Salvador. A equipe estará localizada na entrada principal do prédio Tropical Center
Evento Gratuito
 

Ribeirão Preto
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Praça XV de Novembro, s/n, Centro, Ribeirão Preto. A equipe estará localizada em frente à loja Americanas
Evento Gratuito



Sobre a anosmia

A anosmia e a hiposmia caracterizam-se pela ausência total ou parcial do olfato, respectivamente, e podem ser causadas por diversos fatores, como a infecção pelo coronavírus e a rinossinusite crônica com pólipos nasais1. 

A rinossinusite crônica, popularmente chamada de sinusite, está entre as causas da anosmia e o distúrbio do olfato é um dos sintomas para o diagnóstico, especialmente a com pólipos nasais. A doença é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face e apresenta sintomas como congestão e secreção nasal, perda do olfato, dor na face, tosse, entre outros. Somente em São Paulo, aproximadamente 5,5% da população convive com o problema, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo2. A rinossinusite crônica com pólipo nasal é considerada um subtipo dessa doença.
  
Como o olfato está diretamente ligado ao paladar, quem tem anosmia pode até sentir gostos -- como doce, ácido, salgado ou amargo -- mas o sabor, que nos ajuda a identificar qual alimento estamos comendo, fica comprometido, afetando o apetite e o prazer com a alimentação1. E tem mais: experiências importantes como apreciar novas comidas ou sentir um perfume também são prejudicadas. A segurança é outra questão: o olfato ajuda a detectar perigos ambientais, como alimentos estragados, fumaça, cheiro de gás e de vapores químicos1, por exemplo.

  

Sanofi 



Referências 

1 - Palheta Neto, Francisco Xavier et al. Anormalidades sensoriais: olfato e paladar. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia, v. 15, p. 350-358, 2011. Disponível em: <Link>.
2 - Pilan RR, Pinna FR, Bezerra TF, etal. Prevalence of chronic rhinossinusitis in Sao Paulo. Rhinology. 2012;50(2):129-138.

 

Problemas de aprendizagem podem estar ligados ao Transtorno do Processamento Auditivo Central

Quando uma criança, adolescente ou mesmo um adulto apresenta dificuldades com o processo de aprendizagem, de aquisição de linguagem e de escrita, o primeiro diagnóstico que vem à mente é o de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA). Mas na verdade, como alerta o médico otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, do hospital Santa Casa de Mauá, pode se tratar do Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), que envolve a capacidade do sistema auditivo nervoso central em utilizar os sons. 

A dificuldade surge quando o cérebro recebe as informações que chegam aos ouvidos, mas ocorre um problema com a interpretação dos sons e causam sintomas como: ouvir bem, mas não entender o que é dito; falha na interpretação de sons; problemas com a localização e o espaço; dificuldades de memorização; falta de atenção, distração e agitação. Respostas demoradas e a dificuldade em distinguir sons parecidos também são comuns.  

“Essa falha na identificação ocorre porque o problema afeta as vias centrais da audição no cérebro, responsáveis pelas habilidades auditivas. No entanto, se o paciente fizer um exame de audiometria, possivelmente ele estará normal. O diagnóstico é mais assertivo quando realizado na infância. Por isso, assim que as crianças começam a frequentar a escola é importante fazer um check-up”, explica Brunelli. 

Entre as causas do TPAC estão a otite de repetição, doenças degenerativas, lesões cerebrais, traumas, prematuridade, acidente vascular cerebral (AVC) e hereditariedade. O diagnóstico precisa ser muito bem feito e assertivo, podendo envolver testes que simulam situações de audição complexas exigindo a total habilidade auditiva do paciente.  

O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar com otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e neurologistas, sessões de treinamento e aparelhos auditivos que ampliem a capacidade de ouvir além de apoio e envolvimento da família. Dessa forma, o paciente terá maior qualidade de vida, permitindo que ele se adapte ao convívio social e tenha sucesso na aprendizagem.

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


Mal mundial: cardiologista ensina uma forma eficiente de acabar com a ansiedade

Se há um problema que tem sido motivo de discussões cada vez mais crescentes na sociedade, é a ansiedade. O médico Roberto Yano explicou que a ansiedade é um estado constante de alerta, uma sensação de que a qualquer momento algo ruim vai acontecer, uma angústia misturada com tensão e insegurança, e que muitas vezes a pessoa nem sabe por que está assim.

O cardiologista especialista em marca-passo declarou que ela é diferente da depressão. “Diferente da ansiedade, a depressão é um estado de tristeza, desânimo, baixa autoestima, em que a pessoa fica sem vontade de fazer os seus afazeres do dia a dia, é pessimista e não tem interesse pela vida”.

Segundo Yano “É preciso explicar que aquela ansiedade sentida antes de uma reunião, ou antes de apresentar um trabalho na escola, por exemplo, é normal. É importante que nosso corpo reaja dessa maneira em algumas situações. Mas quando isso é constante, acontece com trabalhos corriqueiros e começa a atrapalhar sua qualidade de vida, o alerta deve ser ligado porque isso já é preocupante”, informou.

Em mais um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o médico revelou que tem recebido em seu consultório cada vez mais pessoas informando que estão ansiosas e que isso se manifesta das mais diversas formas, desde a irritação fácil com filhos, esposa ou no trabalho, casos de perda de sono, ganho de apetite e de peso. “Antes mesmo que eu pergunte, dificilmente o paciente entra no meu consultório e não diz que está sofrendo de ansiedade, hoje é a minoria dos pacientes”.

Para Yano, não podemos descartar os agravantes trazidos pela pandemia. “Foram dois anos difíceis. De perdas de entes queridos, emprego, muita gente tendo que fechar as portas de seus negócios. Tudo isso contribuiu para o aumento de pessoas ansiosas”, comentou.

“O que acontece também é que pessoas ansiosas têm sintomas semelhantes aos de problemas do coração, então o ansioso chega ao consultório referindo dor no peito, falta de ar, palpitação, sensação de tontura ou desmaio, pressão mal controlada”, completou.

O médico fez um alerta para as pessoas que têm ansiedade, porque segundo ele, esse problema, quando não tratado adequadamente pode levar a um aumento de casos de infarto, derrame cerebral e problemas de pressão alta.

Ainda no vídeo, Roberto Yano falou que um conselho às pessoas que sofrem com isso é buscar ajuda. “Da mesma maneira que você vai ao cardiologista para cuidar do seu coração, você também deve cuidar da sua cabeça, do seu psicológico. Então se você sofre de ansiedade procure ajuda. Procure um psicólogo, terapeuta, um bom psiquiatra. Tão importante quanto cuidar do nosso órgão mais nobre (coração) é cuidar do seu cérebro. Se a sua cabeça não tiver bem, o corpo vai responder ficando doente”, alertou.

Yano ressaltou que uma forma natural de tratar a ansiedade, e a mais eficaz, é fazer exercício físico. “É fato que o exercício físico alivia o estresse, faz o seu cérebro liberar mais endorfina, dopamina, serotonina e melhora o seu humor. Não há tratamento eficaz para a ansiedade sem associar o exercício físico. Então faça no mínimo 150 minutos de exercício físico por semana. Se puder fazer 300 minutos por semana, melhor ainda. Mas, claro, antes de intensificar seus exercícios, procure um bom cardiologista para conferir se seu coração está 100%”, revelou.

 
Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 1,5 milhão engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram. O principal objetivo do profissional é divulgar informações valiosas aos seguidores, sempre visando os preceitos do código de ética médica.


Confira cinco dicas para desinchar e desinflamar o organismo pós-carnaval

Nutróloga, Dra. Esthela Oliveira explica efeitos dos exageros cometidos durante a folia e traz um guia simples para voltar ao ritmo com saúde

 

Com um feriadão prolongado, como o de Carnaval, é bem comum “chutar o balde” e se preocupar apenas com a curtição. No entanto, passada a folia o corpo começa a sentir os sinais dos descuidos da última semana. Aquela sensação de ter engordado, corpo mais inchado, pesado e cansado, nada mais é do que fruto de uma alimentação irregular, aumento no consumo de álcool, noites de sono mais curtas e dias mais agitados que de costume. 

Mas, para quem exagerou um pouco no Carnaval e quer retomar a sensação de bem-estar físico e mental, a nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira indica algumas mudanças de hábitos básicas. “Para desinchar o corpo e desinflamar o organismo o primeiro passo é investir na alimentação e hidratação. Beber bastante água vai ajudar no processo de eliminação das toxinas do corpo, assim como uma dieta com comida de verdade, como carnes magras, legumes, verduras e frutas”, explica a especialista.

Para ajudar a corrigir o prejuízo dessa última semana de folia, a Dra. Esthela Oliveira preparou um guia simples, com algumas dicas para voltar ao ritmo da vida cotidiana de forma mais saudável. Confira:
 

  1. Não pule refeições -- Durante o carnaval é comum comer fora de hora, beber mais do que comer, não se preocupar com a qualidade das refeições. Portanto, passada a festa, é hora de investir em alimentos integrais, frutas, legumes, proteínas magras e sementes, assim como reduzir os industrializados. Lembre-se as fibras são suas aliadas;
  2. Cuidado com o doce - Evite alimentos com muito açúcar, mas também fique atento àqueles com álcoois de açúcar, um tipo de adoçante de baixa caloria, como Eritritol e Xiitol, que aumentam o inchaço e os gases;
  3. Potencialize a ingestão de líquidos -- Aqui é importante reforçar que o álcool não é uma opção, substitua qualquer bebida por água e chás naturais;
  4. Movimente-se - Voltar a praticar atividades físicas ou começar a aderir a pratica na rotina é importantíssimo nesse processo para desinflamar o organismo e acelerar o metabolismo, gastando assim as calorias dos excessos cometidos no feriado;
  5. Durma bem - Uma vez que mudamos a nossa rotina de sono nesse período de folia, o funcionamento do metabolismo também fica comprometido. Portanto, retomar a qualidade de sono nas semanas seguintes é indispensável. Durma um pouco mais cedo, evite comer e o uso de telas uma hora antes de dormir.
     

“Vale destacar que é muito comum que a imunidade caia um pouco após períodos de festa como esse. Recebemos muitos pacientes pós-carnaval com essa queixa, por isso, minha dica extra é investir em alimentos ricos em vitamina A, C e D, fontes de zinco e ômega 3, além de probióticos para regular o intestino. Mas, se ainda sentir que algo não vai bem com a saúde, procure seu médico e aproveite que o ano ainda está no começo para fazer aquele check-up de rotina”, conclui a nutróloga.


Esthela Oliveira - Médica do esporte (RQE 76855), membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e médica do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Instituto de ensino e pesquisa Albert Einstein. Em 2019 realizou o curso de Mind Body Medicine na Universidade de Harvard. Fundadora da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.
draesthelaoliveia l @sideclinic


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