Pesquisar no Blog

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Liderança eficiente: segundo pesquisa, mulheres são mais eficientes à frente dos negócios


Em recente pesquisa que avalia os critérios de liderança, as mulheres estavam na liderança em 84% das competências avaliadas


Dados de uma pesquisa desenvolvida pela consultoria de desenvolvimento de liderança Zenger/Folkman, que avalia os critérios de liderança,  aponta que as mulheres estão na liderança em diversas competências avaliadas, entre elas a capacidade de tomar iniciativas, agir com resiliência, investir no autodesenvolvimento e focar nos resultados, além de demonstrar integridade e honestidade.

A análise solicitava aos indivíduos que avaliassem a eficiência de seus líderes em diversos quesitos e concluiu que as mulheres foram avaliadas como mais eficientes em 84% dos critérios.

A coach especialista em desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe, explica que infelizmente, os resultados não condizem com as contratações em grandes empresas no país. “Ainda há muito o que ser feito para que este percentual alcance as empresas contratantes”, diz.

Em pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em parceria com os jornais Valor Econômico, O Globo, as revistas Época, Marie Claire e a ONG Will (Women in Leadership in LatinAmerica), sobre “Mulheres na Liderança”, 52% dos CEOs afirmam que o tema é prioritário, mas somente 26% das empresas que responderam a pesquisa possuem uma área dedicada a igualdade de gênero.
“Há um grande interesse das empresas em exercer a igualdade dentro de suas organizações, porém, é preciso aplicar políticas eficientes e efetivas, para que o interesse saia do papel”, comenta Carolina.

Entre 1997 e 2018, a presença feminina em cargos de liderança nas 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, evoluiu de 11% para 42%.
A especialista em desenvolvimento de lideranças ressalta que, mesmo com um crescimento expressivo, as mulheres ainda são minoria. “Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Não se trata de simplesmente implantar uma política de inclusão. As empresas que, estrategicamente investem na liderança feminina, desenvolvem um ambiente corporativo diferenciado, com diversidade de hábitos e visões, incrementam discussões para construção de resultados sustentáveis em todos os aspectos.”, ressalta Carolina. 





Carolina Valle Schrubbe - coach executiva da Marshall Goldsmith Group e sócia da SINN Coaching. Seu trabalho é apoiar líderes para que aumentem a eficácia do comportamento de liderança, com impacto direto no resultado dos negócios. Soma mais de 15 anos de experiência corporativa, sendo, dez em liderança com cargos de gestão na Caixa Econômica Federal e nove anos de experiência como instrutora estratégica para líderes e seus times.   Carolina é certificada em Global Leadership Assessment pela MGSCC, practitioner SOAR pela Florida Christian University e em Alpha Assessment pela SBC. Trabalha com o desenvolvimento de profissionais em todo o Brasil.   


Pedidos urgentes à Justiça passarão por análise de médicos



Um grupo de médicos vai começar a avaliar pedidos de familiares que recorrerem ao Poder Judiciário para salvar algum ente querido em risco de morte. O respaldo médico habilitará juízes a tomar decisões sobre emergências médicas que dependem do fornecimento de um medicamento ou da realização de uma cirurgia, por exemplo, com mais celeridade e segurança. A partir desta segunda-feira, magistrados de todo o país poderão contar com o serviço durante 24 horas por dia, sete dias por semana, graças a uma iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Ministério da Saúde. O Provimento n. 84/2019, da Corregedoria Nacional de Justiça, publicado nesta segunda-feira (19/8), regulamenta o funcionamento do serviço.

Sempre que solicitados pelos magistrados, os profissionais de saúde avaliarão os pedidos, com base nas melhores evidências científicas disponíveis, e fornecerão o respaldo técnico necessário para atestar se a demanda é de fato urgente. Quando a urgência do quadro médico for confirmada, os especialistas verificarão, à luz do estado das ciências médicas, se é pertinente a Justiça conceder a medida solicitada pelo paciente (ou sua família). A chamada medicina baseada em evidências é uma avaliação crítica que verifica a pertinência da adoção de um tratamento de acordo com os princípios da efetividade, eficácia, eficiência e segurança do medicamento ou do procedimento prescrito.

Com a consultoria técnica de profissionais de várias especialidades, indicados pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o juiz terá lastro técnico-científico para tomar sua decisão, determinar ao Estado ou a um plano de saúde o atendimento imediato da demanda de saúde inadiável, por exemplo. O serviço de apoio técnico estará à disposição dos magistrados dos tribunais de Justiça (TJs) e dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) que se cadastrarem na plataforma do CNJ.


Serviços regulamentados

Todo parecer técnico sobre determinado pedido será armazenado na plataforma digital, batizada NAT-JUS Nacional, e ficará disponível para que outros magistrados possam consultar o documento na análise de casos semelhantes, no futuro. Um serviço semelhante – o  e-NatJus – que já existe desde novembro de 2017, ainda não respondia a casos urgentes nem estava funcionando de forma a interligar todos os núcleos estaduais de apoio técnico aos magistrados em demandas médicas (NAT-JUS).

O sistema tem o objetivo de dar ao magistrado fundamentos para decidir com segurança, baseado em evidência científica, sobre a concessão ou não, em sede de liminar, de fármaco, órtese, prótese ou qualquer outra tecnologia em saúde. 
Juízes consultam o e-NatJus em busca de pareceres e notas técnicas que tivessem examinado as questões de saúde demandadas pelos cidadãos que judicializam suas emergências médicas. O sistema funciona, também, com a participação do Hospital Sírio-Libanês, na capacitação dos integrantes dos núcleos de cada estado quando da elaboração de notas técnicas, e no encaminhamento de pedidos de pareceres técnicos científicos formulados pelos Comitês Estaduais da Saúde do Poder Judiciário. 


e-NatJus


O serviço também foi disciplinado no mesmo provimento publicado nesta segunda-feira (19/8) pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, que destacou que os magistrados federais e estaduais poderão solicitar apoio técnico ao Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NAT-JUS) do seu Estado ou ao NAT-JUS Nacional quando levados a decidirem sobre a concessão de determinado medicamento, procedimento ou produtos.

Esse apoio técnico, quando solicitado, deverá ser materializado por meio do e-NatJus, hospedado no site do Conselho Nacional de Justiça. Nas hipóteses em que o tribunal local já dispuser de um sistema próprio, o magistrado poderá solicitar, por meio do sistema do seu tribunal, sendo que emitido o parecer no caso concreto, o núcleo estadual (NAT-JUS) deverá alimentar a base de dados do e-NatJus, com suas respectivas notas técnicas.

O NAT-JUS Nacional foi desenvolvido – e será mantido – pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por iniciativa do Fórum Nacional do Judiciário para monitoramento e resolução das demandas de assistência à saúde (Fórum da Saúde). O financiamento da iniciativa foi viabilizado pela assinatura de dois convênios entre o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça, o que possibilitou a participação dos dois Hospitais de excelência na construção e aperfeiçoamento do projeto e-NatJus.


Operação

O CNJ publicou um manual para tornar magistrados e servidores dos tribunais de Justiça aptos a avaliar a urgência de determinada demanda, conforme diretrizes preconizadas pelo Conselho Federal de Medicina. Outro manual será distribuído aos servidores e magistrados para permitir o cadastramento de quem for acessar a plataforma, conforme os procedimentos necessários para operar a plataforma normatizados no provimento da Corregedoria Nacional de Justiça.






Manuel Carlos Montenegro
Cristine Genu
Agência CNJ de Notícias


A idade importa: como a colaboração nos ambientes de trabalho varia entre as diferentes gerações



Com o primeiro grupo da Geração Z entrando no mercado de trabalho e os Baby Boomers continuando a trabalhar até mais tarde, as empresas agora têm até quatro gerações diferentes trabalhando juntas e colaborando mais de perto do que nunca. Cada geração, no entanto, foi moldada por culturas, tecnologias e estilos de comunicação diferentes, o que acarreta discrepâncias significativas no modo como as diferentes gerações trabalham e se comunicam no local de trabalho. Por conta disso, as organizações precisam garantir que estejam criando um ambiente que acomode todos os funcionários.

Para ajudar a entender melhor esses conflitos de geração, a GoTo by LogMeIn conduziu uma pesquisa que examina os comportamentos diários no local de trabalho, os estilos de comunicação e as ferramentas utilizadas por 2 mil funcionários de escritório nos EUA e em todo o mundo. Confira o que os resultados revelam sobre como as tendências e preferências de colaboração no local de trabalho variam entre as diferentes gerações:


1 - Funcionários mais jovens colaboram mais ativamente e usam mais ferramentas

Os colaboradores mais jovens são muito mais propensos a utilizar ferramentas de videoconferência e bate-papo e também usam uma variedade maior dessas ferramentas. Isso não é uma grande surpresa, pois as gerações mais recentes cresceram usando o Facetime e as mensagens instantâneas. No entanto, a diferença ainda é bastante surpreendente. De fato, para as ferramentas de bate-papo e vídeo, respectivamente, a diferença entre as duas faixas etárias abrangendo essas soluções mostra uma disparidade real entre gerações:
  • Uso de ferramentas de videoconferência:
    • 86% dos funcionários entre 25 e 34 anos, contra apenas 46% dos funcionários com mais de 55 anos;
  • Uso de ferramentas de chat:
    • 92% dos funcionários entre 18 e 24 e 25 e 34 anos, contra apenas 51% dos funcionários com mais de 55 anos;
As tecnologias de colaboração já abrangem diversas tarefas e funções, desde mensagens instantâneas a video chamadas, chat e telefone. Para atender as necessidades, as empresas, muitas vezes, implementam soluções individuais para cada uma dessas tecnologias. De acordo com o estudo, cerca de 60% dos funcionários entre as faixas etárias mais jovens (18 a 44 anos) adotaram pelo menos três ferramentas de colaboração diferentes para uso diário, em comparação a apenas 42% dos funcionários entre 45 e 55 anos e 28% dos com mais de 55 anos.


2 - As gerações mais jovens estão preocupadas com a falta de consolidação entre os aplicativos de colaboração

Embora os recursos de várias soluções, sem dúvidas, facilitam a vida de todos no trabalho, o aumento do uso de ferramentas de colaboração dispersas entre as gerações mais jovens também fez com que eles se sentissem desperdiçando mais tempo alternando entre esses aplicativos.
  • Muitos sentem que perdem muito tempo alternando entre ferramentas de colaboração:
    • 60% dos funcionários entre 18 e 24 anos e 63% dos trabalhadores entre 25 e 34;
    • Enquanto as gerações mais experientes tendem a usar menos ferramentas de colaboração, 40% dos funcionários com mais de 55 anos ainda sentem que perdem tempo alternando entre tecnologias;

3 - As gerações mais experientes valorizam trabalho individual versus colaboração em equipe

Dada a crescente utilização de ferramentas de colaboração por parte das gerações mais jovens, não é surpresa que a pesquisa tenha revelado que elas esperam mais comunicação do que as gerações anteriores e também são mais propensos a gostar de trabalho em equipe. Os funcionários com mais de 55 anos preferem trabalhar por conta própria (41% vs. 33%), enquanto os funcionários mais novos têm maior probabilidade de notar a falta de comunicação entre os colegas de trabalho (56% deles estão entre 18 e 44 anos e apenas 35%, acima de 45 anos) - o que significa que as organizações devem facilitar e incentivar maior contato entre esses membros da equipe.

Todos sabem que as empresas estão ocupadas. E, embora os avanços nas tecnologias de colaboração tenham desempenhado um papel fundamental em ajudar os funcionários a acompanhar demandas crescentes e melhorar a eficiência das operações, tanto as gerações mais experientes quanto as mais jovens têm a mesma mensagem para os líderes de TI: o conjunto de soluções nos trouxe até aqui, mas é hora de uma nova evolução no local de trabalho. Aqueles que estão no mercado há muito tempo não estão adotando várias das soluções, enquanto os trabalhadores mais jovens relatam que o constante malabarismo de soluções está prejudicando a produtividade.

A chave para uma colaboração bem-sucedida é encontrar políticas e tecnologias que funcionem para todas as gerações. Não precisa ser uma solução única para todos os casos, mas sim encontrar um fornecedor que ofereça um ponto único para as soluções de comunicação unificada e colaboração (UCC), de modo que aqueles que desejam se conectar por telefone em vez de bate-papo ou videoconferência em vez de texto, possam ter a mesma experiência agradável.
Oferecer aos funcionários as tecnologias de colaboração unificadas certas, que são uma solução completa ou conjunto de ferramentas que se integram facilmente ao fluxo de trabalho do usuário, permitirá menos tempo gasto com a tecnologia real e mais tempo disponível para aproveitar todos os benefícios que ela oferece. Um único provedor que oferece um conjunto completo de produtos para atender a várias necessidades de colaboração de uma empresa garante que todas as gerações de funcionários possam se sentir mais engajadas e empoderadas, independentemente de onde e como eles preferem trabalhar.




LogMeIn, Inc.

Brasileiro valoriza aprendizagem na vida adulta, aponta pesquisa


Estudo realizado pela Pearson mostra que porcentagem de adultos que se enquadram como “aprendizes ativos” no Brasil é maior que em países como Estados Unidos e Reino Unido


A maioria dos brasileiros dá importância à aprendizagem na vida adulta e acredita que continuar os estudos pode ajudá-los a progredir na carreira. É o que aponta a pesquisa inédita Global Lifelong Learner Survey, realizada pela Pearson, que ouviu 21,5 mil pessoas com idades entre 14 e 70 anos em nove países.

Segundo o levantamento, 84% dos brasileiros empregados com mais de 18 anos enxergam a educação continuada como um fator que pode ajudá-los a obter avanços no trabalho atual, como aumentos e promoções. Do total, 51% responderam que continuar estudando é necessário para progredir e 33% disseram que, apesar de não ser necessária, a educação continuada pode contribuir para alcançar essas melhorias.

A pesquisa ainda mostra que 81% dos adultos brasileiros se enquadram na categoria de “aprendizes ativos”, ou seja, pessoas atualmente matriculadas em algum curso ou programa educacional - como cursos de curta duração e de idiomas, faculdade, pós-graduação e outros -, ou se matricularam nos últimos três anos, ou pretendem se matricular nos próximos três. A porcentagem de aprendizes ativos no Brasil é superior às de países como África do Sul, Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.

Entre as principais razões dadas pelos brasileiros para continuarem estudando na vida adulta, estão desenvolvimento de carreira, aprimoramento de habilidades na atual área de domínio, aprendizagem de novas habilidades para realizar trabalhos diferentes e a possibilidade de aumentar a renda. 

“O estudo mostra que, em um contexto de mercado de trabalho em acelerada transformação, ganha força o conceito de lifelong learning, ou aprendizagem para toda a vida”, explica Juliano Costa, vice-presidente de Educação da Pearson no Brasil. “Não sabemos ao certo quais ocupações continuarão existindo daqui a alguns anos como são hoje, ou quais novas profissões irão surgir. Isso leva à necessidade de que a pessoa continue aprendendo novas competências e habilidades o tempo todo para estar em dia com essas mudanças, e afasta cada vez mais a ideia de que a educação se encerra no ensino regular”.

Apesar de a necessidade de aprendizagem contínua estar ligada às transformações no mercado de trabalho, um terço dos adultos empregados consultados no Brasil disse que seus atuais empregadores não oferecem nenhum apoio para que eles aprendam. Já outros 25% disseram que a empresa flexibiliza os horários de trabalho para adaptá-los aos estudos do funcionário, 20% recebem apoio financeiro para os estudos e 11% disseram que os próprios empregadores oferecem cursos e programas educacionais.

A pesquisa
Com o objetivo de traçar um perfil de estudantes em diferentes estágios da vida, a Global Lifelong Learner Survey ouviu adolescentes e adultos em nove países: África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Índia e Reino Unido. O estudo abordou questões como a importância que os participantes atribuem à educação, as formas como preferem aprender, os motivos por que aprendem e suas perspectivas de educação e carreira. Além dos dados relacionados à aprendizagem na vida adulta, outras descobertas do estudo incluem:

·         Os brasileiros dão importância à educação formal, e 78% enxergam valor na obtenção de um diploma de ensino superior. A proporção é bem maior que em países desenvolvidos como Estados Unidos (38%) e Reino Unido (39%).

·         Com 86% de menções, o inglês é visto pelos adultos brasileiros como a língua mais importante para o sucesso na carreira, superando até mesmo o português, apontado como importante por 50% dos respondentes. Os outros idiomas mais mencionados são o espanhol (41%) e o mandarim (10%).

·         A maioria dos adultos brasileiros acreditam que têm mais oportunidades para serem bem-sucedidos fora do país do que aqui, e 47% querem trabalhar no exterior um dia.

·         Para a maioria dos brasileiros da Geração Z (14 a 22 anos), os dois fatores que mais contribuíram para sua formação nos últimos doze meses são o professor (mencionado por 57% dos respondentes) e o YouTube (51%).

·         Os pais brasileiros aprovam a presença de tecnologia na educação dos filhos: quase três quartos responderam que a tecnologia torna o aprendizado mais engajador e divertido, e 68% acreditam que a tecnologia ajuda os estudantes a obterem notas melhores.

ENEM chegando: hora de focar nos estudos para ter bons resultados nos testes

Faltando apenas 3 meses para as provas, especialista em educação aconselha a atualização constante sobre os principais acontecimentos do ano


Quem está se preparando para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) sabe que os estudos devem começar o quanto antes e a dedicação deve ser total. Se preparar com antecedência é fundamental para os bons resultados nos testes, que exigem muito conhecimento dos candidatos.

Divulgação

Além de analisar as competências com questões sobre química, física, biologia, história, geografia, filosofia, sociologia, língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física, tecnologias da informação e comunicação, matemática e da elaboração de uma redação, os dois dias intensos de provas exigem do candidato boa administração do tempo (para resolver cada questão), do cansaço e controle da ansiedade.

De acordo com Mariana Bruno Chaves, formada em Letras pela Universidade de São Paulo e responsável pelo desenvolvimento do material didático de Língua Pátria do Kumon, nesta reta final de preparação, além de focar nas matérias já listadas, é importante que o candidato se mantenha atualizado. “Ficar por dentro dos principais acontecimentos do ano é primordial para ter embasamento para aplicar na redação, por exemplo. A leitura de revistas e jornais é de suma importância”, diz.

Outro ponto a ser levado em consideração é a administração do tempo para realização da prova, que deve ser trabalhada durante todo o processo de preparo para o vestibular. Determinar hábitos, horários e sequências de atividades contribui muito para a capacidade de concentração. Em uma rotina pesada de estudos como o preparo para o vestibular, a leitura de livros (e os filmes) pode, inclusive, ser uma ‘válvula de escape’, um respiro em meio a exercícios da área de exatas, por exemplo. Organizar o tempo e a sequência de atividades é a chave para a concentração.

Participação da família
Os pais devem tomar cuidado para não transformar aquilo que pode ser prazeroso e, ao mesmo tempo, educativo, em algo enfadonho e apenas obrigatório. “É necessário notar as aptidões e predisposições do adolescente para poder guiá-lo em suas escolhas, incentivá-lo em seu interesse por determinado assunto e elogiá-lo quando perceberem seu esforço na busca pelo conhecimento”, completa Mariana.

No Kumon, o material didático é exclusivo e, gradativamente, desenvolve as habilidades linguísticas, partindo da alfabetização até a leitura e interpretação de textos críticos. É um método de aprendizagem que colabora para o desenvolvimento da habilidade de leitura, levando os alunos a lerem e compreenderem textos pertencentes a diversas áreas do saber.

Além disso, os conteúdos fornecidos abordam temas que vão desde a pré-escola até a universidade. O material didático independe da idade e série escolar do aluno, ou seja, está de acordo com o desenvolvimento de cada um. A cada encontro, o aluno recebe o feedback de seu orientador, por meio do qual fica ciente de seu desempenho, recebendo, também, a programação das aulas seguintes.


Golpistas usam o Instagram para aplicar vendas falsas


Seria o app solidariamente responsável pelo ressarcimento do prejuízo ao consumidor?


              As novas práticas das relações de consumo pelo Instagram têm trazido à baila uma questão que tem se tornado comum nos dias de hoje, em que a facilitação demasiada da venda de produtos, sem um controle preventivo e efetivo pelo consumidor, tem permitido toda a sorte de desonestidades por parte de terceiros.

              Interessados em fraudar e obter lucros fáceis, os golpistas muitas vezes utilizam-se de nomes e dados de lojas idôneas no ambiente online para criar os perfis falsos para passar certa confiabilidade, não raramente ostentando números elevados de seguidores e curtidas.

              É crescente a prática de golpes em transações online no Instagram, aplicativo cada vez mais popular no Brasil. São perfis que anunciam de tudo: de perfumes a celulares com preços geralmente muito atrativos. Depois que o comprador faz o depósito para pagamento do produto, o golpista não faz a entrega e bloqueia o comprador pelo aplicativo.

              Não obstante os cuidados que o consumidor deve tomar no ambiente virtual, vem à tona uma questão: seria o Instagram solidariamente responsável pelo ressarcimento do prejuízo ao consumidor pelo insucesso das compras online ?

              A resposta não é tão simples, mas tratando-se de relação jurídica de consumo, impõe-se a aplicação das normas previstas no Código de Defesa do Consumidor, inclusive as que estabelecem a responsabilidade objetiva pela falha da segurança do serviço de intermediação de negócios.

              Ademais, julgados nacionais sinalizam a responsabilização da referida rede social à devolução dos valores, pois seria remunerada pela atividade daqueles que fazem seu uso para atuar incisivamente perante o mercado consumidor, divulgando produtos e atraindo clientela para os comerciantes que se utilizam de tal serviço para negócios virtuais.





Priscila Esperança Pelandré -  advogada da Sociedade de Advogados Alceu Machado, Sperb e Bonat Cordeiro

Fake clique: fraudes em anúncios digitais consomem 20% do orçamento publicitário


Malware e bots geram cliques falsos e transformam investimento de anunciantes em desperdício


A indústria de cliques fraudulentos em publicidade digital deve causar um prejuízo de US$ 42 bilhões em 2019, de acordo com a consultoria Juniper Research. O número é 21% maior do que os US$ 35 bilhões registrados no ano passado, o que deixa claro como esse filão tem se tornado sofisticado. Por meio de uma série de técnicas que envolvem desde bots até fazendas de cliques em países pobres, os criminosos faturam em cima de empresas que veem seu orçamento de marketing ser desperdiçado.

“O Brasil é um dos principais mercados mundiais na publicidade digital, então é natural que seja um alvo valioso para esse tipo de golpe”, diz Michel Primo da Clickcease (www.clickcease.com.br), martech israelense especializada na defesa contra ações desse tipo. Não há dados sobre o prejuízo com problemas do tipo no Brasil, mas a estimativa é de que as perdas correspondam a 20% do orçamento total dos anunciantes.


Como os fake cliques acontecem

De modo geral, as fraudes se dividem em duas categorias. As chamadas Click Frauds envolvem ações que forçam o anunciante a gastar com cliques que não foram feitos por consumidores reais. Nesse caso, robôs, por exemplo, clicam de maneira consecutiva em anúncios e fazem o responsável por ele pagar por visualizações que não atingiram potenciais clientes verdadeiros – ou seja, não há ganho direto para o responsável pelo golpe. “É comum que isso seja feito por concorrentes, por exemplo”, afirma Primo.

Ad Frauds, por outro lado, são estratégias que fazem com que as empresas paguem por visualizações e interações com anúncios em sites maliciosos sem obter qualquer retorno publicitário com isso. Um exemplo são páginas com conteúdo fake que recebem um volume alto de tráfego por redirecionamento de links automáticos, mas que não entregam qualquer retorno para o anunciante – aqui sim os fraudadores lucram.

Segundo a Clickcease, as Click Frauds têm crescido a uma taxa de 50% ao ano. No que tange às Ad Frauds, para se ter uma ideia do quanto eles movimentam, o FBI desmontou em 2017 a quadrilha especializada 3ve, cujo faturamento foi estimado em US$ 250 bilhões. “É um panorama preocupante, que exige de empresas que investem em marketing digital que tenham cuidado e tomem medidas de proteção”, explica Primo.

Entre as melhores estratégias para evitar golpes na publicidade digital, estão softwares que monitoram o tráfego e identificam comportamentos anormais, assim como a escolha adequado dos parceiros que fazem parte do ecossistema de marketing da empresa. Por conta própria, o problema não irá embora. Ainda de acordo com a Juniper Research, o prejuízo causado por cliques fraudulentos deve bater a marca dos US$ 100 bilhões anuais em 2023.





Clickcease

Estudantes ainda desconhecem seus direitos como estagiários


Bolsa-Auxílio, Auxílio-transporte e recesso remunerado são alguns dos benefícios assegurados pela Lei do Estágio


O estágio se estabeleceu como a principal porta de entrada para jovens profissionais. Se por um lado o estudante tem deveres, também conquistou direitos através da Lei do Estágio 11.788, que completou 11 anos em 2019. Entre seus benefícios estão 30 dias de Recesso Remunerado - caso o contrato ultrapasse um ano de duração, auxílio-transporte e seguro de vida, sendo que não há previsão de desconto em folha.

Para o estágio não-obrigatório é exigido pagamento de Bolsa-Auxílio que deve ser acordado antes da contratação. Vale destacar que não existe valor máximo ou mínimo e que não há incidência de encargos, como INSS e FGTS. Entretanto, se o montante atingir o teto para tributação do Imposto de Renda o imposto será descontado e repassado à Receita Federal do Brasil.

Para que o ambiente do estágio seja de aprendizado e um complemento a grade curricular, foi estabelecida carga horária de seis horas por dia/ 30 horas semanais. Outro ponto importante é que o estágio regular tem duração máxima de dois anos na mesma empresa.

Para Luiz Gustavo Coppola, superintendente de Atendimento do Centro de
Integração Empresa-Escola – CIEE, desde a criação da lei a relação entre empresa e estagiário sofreu uma verdadeira transformação. “Atualmente o estagiário não está mais ligado somente às atividades de baixa complexidade. Ele é encarado como um futuro funcionário que está sendo moldado e treinado para assumir oportunidades dentro da companhia”, conta.

Responsabilidade

Assim como qualquer outro funcionário, o estudante deve evitar faltas e ausências não justificadas, o que pode acarretar em descontos na sua bolsa-auxílio no final do mês, e cumprir a risca seus horários de entrada e saída.

Além disso, precisa apresentar semestralmente um relatório das atividades executadas à instituição de ensino. Caso decida trancar a matrícula, a companhia deve ser avisada imediatamente.




CIEE


As sete maiores dúvidas dos professores em relação à BNCC



Homologada no final de 2017 para o para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental e, no final de 2018, para o Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em fase de implementação nas escolas de todo o país, ainda gera muitas dúvidas nos educadores. Criado para nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas, o documento estabelece conhecimentos, competências e habilidades que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da escolaridade básica.

Desde a homologação de tal documento, a supervisora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil (empresa do Grupo Positivo), Sirley Terezinha Golemba Costa, vem viajando pelo país para ajudar professores e escolas na implementação da BNCC. Este ano, ela já tirou dúvidas de mais de 1.700 professores nos cursos que ministra com o Aprende Brasil. A previsão é de atingir mais 1.400 educadores nos próximos meses em diferentes regiões do país. À medida que se aproxima a data de obrigatoriedade da sua implantação em sala de aula, cresce a preocupação tanto com aspectos legais quanto práticos que a nova proposta curricular acarreta. 

Para ampliar o alcance de suas instruções a escolas e professores, a pedagoga elencou as sete principais questões que tem enfrentado em suas viagens e como vem orientando os profissionais da educação nestes casos. Confira.


1 - É possível, sem ampliação da carga horária, atender a todas as dimensões e princípios básicos estabelecidos pela BNCC?

O primeiro ponto a ser destacado é que a BNCC converte, em termos de orientações curriculares, princípios mais amplos fixados pela Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Nesse sentido, a BNCC não traz grandes novidades em seus princípios e fundamentos, pois o entendimento de que todos os alunos, independentemente de sua condição, têm um conjunto de direitos de aprendizagem que devem adquirir ao longo de sua vida escolar já deve estar bem consolidado entre os educadores.

É importante ressaltar que a BNCC não formula uma proposta curricular única para todo o país; ela a fornece e normatiza a base comum que deverá estar assegurada nas propostas de cada sistema de ensino, estadual, municipal ou privado. A grande novidade é que esses direitos não se restringem apenas ao âmbito cognitivo e, mais ainda, ao domínio de um conjunto de conteúdos classicamente apresentados na escola. O foco central é o desenvolvimento integral do aluno, e, no lugar de um vasto repertório de informações, o que deve conduzir o trabalho em sala de aula é o desenvolvimento de habilidades de pensamento (habilidades operatórias) em cada um dos componentes curriculares. Por exemplo, os alunos não deixarão de aprender substantivo, multiplicação e insetos, mas deverão aprender tais conteúdos por meio de situações reais, indo além da informação: Qual o efeito de sentido que se tem quando se emprega determinado substantivo em um texto? Por que a multiplicação é a operação que me permite solucionar um problema prático que enfrento? Por que o desaparecimento de uma só espécie de insetos pode colocar em risco todo um ecossistema?

Ao deslocar o foco do conteúdo para as habilidades e competências, abre-se espaço para o trabalho com novas metodologias, em que o tempo, antes destinado à transmissão de informação, passa a ser usado para propor atividades por meio das quais os alunos vão aprender e se desenvolver.

A mudança indicada pela BNCC vai impactar, portanto, a organização do tempo didático e dos espaços escolares, pois os temas estão apresentados de forma mais integrada. Isso ocasionou deslocamentos de temas entre as séries e a necessidade de ampliação das estratégias nos espaços escolares. Os professores e mesmo os gestores podem precisar de ajuda para fazer essa transição.

Quanto à carga horária, não há necessidade de ampliação no Ensino Fundamental. A ampliação prevista é para o Ensino Médio, que passa de 2.400 horas a 3.000 horas até o ano de 2022. 


2 -  Como integrar o tempo e os espaços na educação infantil para que haja integração – e não fragmentação – no processo de ensino e aprendizagem na sala de aula?

A BNCC procura trazer para a realidade da Educação Infantil de todo o país algo que há muito tempo já está claro para muitos educadores: essa etapa tem enorme importância na formação da criança e não pode se restringir apenas ao acolhimento e ao cuidado. Como em qualquer outra fase escolar, ela também precisa ser embasada em intencionalidades, em objetivos pedagógicos. O que a BNCC prescreve é que esses objetivos estejam organizados e articulados em torno de campos de experiência: Eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; e Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações. É importante destacar que esses objetivos pedagógicos não devem ser entendidos como simples preparação (ou antecipação) dos processos de alfabetização e de realizações de operações matemáticas. Valorizam-se, e muito, as experiências e vivências diversas devidamente preparadas para as crianças, que levam em consideração o que os pequenos já sabem, e fazendo especialmente do brincar uma atividade de enorme importância, porque é por meio dele que as crianças interagem, lidam com seu corpo, fazem descobertas sobre si e os outros, apropriam-se de práticas culturais diversas, começam a construir sentido na percepção do mundo. Todo esse repertório as ajudará na aprendizagem – no momento adequado –, na leitura e na apropriação dos códigos de escrita. A BNCC não estabelece que os alunos devem concluir a Educação Infantil alfabetizados.


3 -  Qual é o papel da família na transição para essa nova concepção curricular?

Esse é um ponto realmente muito importante. Sabemos hoje quão decisivo é o envolvimento da família para o desempenho do aluno e mesmo para o fortalecimento dos vínculos familiares. Nesse momento inicial, é muito importante que a escola informe a família das mudanças que estão em curso, explicando os ganhos que as mudanças que estão sendo implementadas representam na formação dos seus filhos, mesmo que os pais não reconheçam os temas de estudo e as estratégias utilizadas, em comparação ao ensino “da sua época”. Explicar, especialmente, que os componentes curriculares continuam os mesmos, mas agora eles são articulados pelas áreas de conhecimento. Mostrar o que muda no estudo e no modo de estudar. Por exemplo: questionários e listas em que não há aplicação do conhecimento são dispensáveis; a tarefa é fundamental na dinâmica escolar e pode ser feita até mesmo antes das aulas, como é o caso da aula invertida. Enfim, mais do que nunca a escola terá o desafio de aumentar o compromisso da família com a aprendizagem de seus filhos.


4- Qual caminho deverá ser seguido pelos municípios para elaboração do Currículo Local ou Parte Diversificada?

Praticamente todos os estados concluíram ou estão concluindo a elaboração dos documentos que contêm as suas diretrizes curriculares – tanto as gerais como para cada segmento (EI, Anos Iniciais e Anos Finais) – e componente curricular. Dessa maneira, as diretrizes gerais da BNCC já estão sendo adaptadas às realidades locais ou regionais, o que é um ponto importante a ser destacado. Não é verdade que a BNCC “engessa” as propostas curriculares. Tomando o documento de seu estado como referência, cada município poderá estabelecer sua proposta local, fazendo novos ajustes de modo que a sua realidade seja espelhada na proposta. Particularmente nos Anos Iniciais, quando os alunos dedicam tempo de estudo ao conhecimento de sua comunidade, bairro e cidade, é muito importante que a proposta contemple os elementos culturais e sociais mais relevantes vividos pelas crianças. Tanto melhor se o que for estabelecido nascer de discussões e de consensos construídos entre os professores e gestores.


5 – Como organizar um plano de aula que efetivamente tenha como foco o desenvolvimento de habilidades e competências?

É muito importante que os professores e os gestores tenham clareza do que representa a mudança de currículos centrados nas disciplinas para currículos centrados nos alunos e, igualmente relevante, a mudança de currículos centrados em conteúdos para habilidades de pensamento. Para se fazer essa migração, será preciso estabelecer pressupostos partilhados por todos os educadores da escola ou sistema de ensino quanto ao que é aprender e como se aprende. Se considerarmos que apenas reproduzir um conteúdo transmitido pelo professor é aprendizagem, nossa concepção de aula e de bom desempenho não será a mesma de que se considerarmos que os alunos frequentam a escola para aprender a aprender, para adquirir cada vez mais independência para aprender continuamente, por toda a vida, ou seja, a aprendizagem aqui é concebida como um longo percurso em busca da autonomia intelectual. O que isso quer dizer? Que o aluno desenvolverá a capacidade de, diante de uma nova situação, saber como buscar a resposta, a solução, a informação de que necessita. Isso exige que os alunos desenvolvam diversas habilidades de pensamento. Elas começam por operações simples, como reconhecer um dado da realidade: o que são quarteirões, cadeias alimentares ou figuras congruentes, mas avançam com operações que envolvem compreensão, interpretação, análise, síntese, crítica, entre muitas outras. Falamos muito, atualmente, sobre a importância de ser criativo. Ninguém será criativo se passar os anos escolares apenas reproduzindo o que ouviu do professor em sala de aula. Por isso, esse espaço precisa ser entendido como espaço de compartilhamento de dúvidas, de formulação e testagem de hipóteses, ou seja, um espaço de produção. 


6 - Como organizar o currículo tendo como elemento fundamental a Base Nacional Comum Curricular, adequando as alterações, já que a referência desde 1997 era o uso dos Parâmetros Curriculares?

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, como o nome já diz, eram parâmetros e, do ponto de vista legal, não tinham caráter impositivo. Com a BNCC ocorre algo bem diferente. O seu estatuto legal a torna obrigatória. Mas ela é apenas uma base, porque cada sistema vai elaborar sua proposta curricular. Nesse sentido, experiências bem-sucedidas decorrentes dos PCN podem perfeitamente estar contempladas na nova proposta. Os temas transversais, por exemplo, podem ser mantidos na nova proposta. Será preciso, no entanto, associar esses estudos aos descritores que a BNCC apresenta. É preciso ressaltar, porém, que não é possível preservar a antiga proposta elaborada com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a nova realidade legal. Diversos aspectos desses documentos são distintos. Todos os sistemas, assim, terão de elaborar novas propostas, que, por sua vez, devem decorrer da revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP). 


7 – A BNCC define o Ensino Religioso como “de oferta obrigatória e matrícula facultativa”. O que isso quer dizer?

Quando falamos em Ensino Religioso, a primeira ideia que vem à mente são os cursos de iniciação religiosa, com claro vínculo a uma opção religiosa, seja ela qual for. Não é essa a proposta da BNCC. Por Ensino Religioso, compreende-se um âmbito da formação integral, que trata de questões universais, como o respeito pelo outro, a solidariedade, a importância da liberdade de fé e de crença. Ainda assim, a família pode entender que não é na escola que seu filho deve ter essa formação. Por isso, as escolas devem oferecer o Ensino Religioso, mas não poderão obrigar os alunos a frequentar essas aulas. Esse é um bom exemplo de como a conversa e o envolvimento da comunidade escolar podem ser importantes para o êxito da nova proposta curricular. 




Sistema de Ensino Aprende Brasil


A água que você não vê



Feche a torneira ao escovar os dentes! Banho de 5 minutos! Lave o carro e o quintal com balde e não com mangueira!

Fomos acostumados a pensar que essas são as únicas ações possíveis para pouparmos água. Obviamente, ao adotarmos esse tipo de prática em nosso dia a dia, não só economizamos este importante benefício natural, mas também comprovamos que é totalmente possível (sobre)viver com menos. Segundo um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa consegue atender suas necessidades básicas com 110 litros de água por dia. Porém, no Brasil, o consumo médio é de cerca de 200 litros. Entretanto, além de gastarmos mais água do que realmente necessitamos, devemos estar atentos ao consumo de “água virtual”. Isso mesmo!

Esqueça um pouco da torneira aberta e pense sobre todos os outros produtos que você possui dentro de casa. Todos necessitam de água, seja na matéria-prima, na fabricação ou no transporte até o ponto de venda. Essa é a “água virtual”: uma água que nós não vemos, mas que foi usada em tudo que faz parte do nosso dia a dia.

Para cada litro de cerveja, consome-se 300 litros de água, que é usada não somente na matéria-prima, mas também na produção da cevada e do lúpulo, por exemplo. Os aparelhos eletrônicos, apesar de não levarem água na sua composição, chegam a gastar 15 mil litros para serem produzidos. Mas a campeã é a agropecuária: para produzir 1 quilo de carne, consome-se 15,5 mil litros de água, considerando toda a cadeia de produção e fabricação de ração para os animais, fora a grande quantidade que é usada para a irrigação das lavouras.

No Brasil, de toda a água utilizada, 70% são consumidos pela atividade agropecuária, 20% no setor industrial e 10% são voltados para o uso doméstico. Devemos pensar também no consumo necessário para a exportação. Considerando que o País é uma das principais nações em termos de agronegócios, isso faz com que o Brasil seja visto como um dos maiores exportadores de água do mundo.

Os cálculos relativos à água virtual são importantes para a verificação do impacto ambiental em termos hídricos de empresas, setores da economia e até mesmo de países. Esse impacto é também chamado de “pegada hídrica”, que leva em conta o volume de água usado nos processos econômicos, o total de habitantes, a água usada nos produtos importados e a que serviu para o exportados. Embora sejam importantes para a economia do País, essas atividades vêm gerando impactos significativos para o desenvolvimento regional. A quantidade cada vez maior de transposições de água de rios para cultivar grandes monoculturas causa, muitas vezes, déficit de água para comunidades que historicamente faziam uso daquela fonte.

O exemplo dado sobre as comodities brasileiras é uma questão complexa que envolve discussões econômicas e políticas, mas certamente entender esse cenário já é um grande passo. Já os dados de consumo de água em alimentos, como a carne, o arroz e a cerveja, nos faz refletir sobre o nosso cardápio diário, de maneira que ele seja mais “sustentável”, privilegiando produtos que exigem menos água para sua produção. E sobre outros produtos, realmente precisamos de todos eles? Computadores e smartphones, certamente. Mas as muitas outras coisas que consumimos? Pense nisso!

Calcular e discutir esses dados são formas de garantir o uso racional da água, possibilitando a redução do seu consumo. Se ficou curioso, uma calculadora disponível no site waterfootprint.org faz o cálculo da quantidade de água que você tem consumido indiretamente.




Renato Atanazio - coordenador de Soluções baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

Posts mais acessados