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sexta-feira, 24 de julho de 2015

São Paulo inicia as ações da Semana Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas





A mobilização faz referência ao Dia Mundial de Enfrentamento
estabelecido pela ONU. Cerca de 35,8 milhões de pessoas se encontram em situação de Tráfico no mundo.

No mês de Julho, organizações que atuam no enfrentamento ao tráfico de pessoas em todo o mundo mobilizam-se para a Semana Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Em São Paulo, no dia 27 de Julho, às 17h, em frente ao Theatro Municipal na Praça Ramos de Azevedo, República, a ONG 27 Million, com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Prefeitura, dará início à Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas na cidade.
A semana faz menção a 30 de Julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico Humano. A data, estabelecida pelas Nações Unidas, é significativa na luta contra esse fenômeno e para a prevenção da sociedade.
Na ocasião, será aberta a GIFTBox, uma grande caixa de presente que mostra como os traficantes enganam as suas vítimas com falsas promessas, simulando então o processo de aliciamento. A parte externa da caixa mostra uma embalagem de presente que traz frases com diversas oportunidades, como: “viaje pelo mundo e ganhe bom dinheiro”, “dê à sua família um futuro melhor” – isso ajuda a instigar a curiosidade do público.
Dentro da caixa, as pessoas descobrem que na realidade não se trata de uma proposta de trabalho e se deparam com uma série de relatos de vítimas que foram traficadas e escravizadas. A caixa estará aberta para visita a partir do dia 27 que, excepcionalmente, funcionará das 17h às 19h. Nos dias 28 a 31 de julho, o horário é das 9h às 17h.
Durante a semana, alguns monumentos da cidade receberão iluminação azul, inclusive o Theatro Municipal, em referência à campanha Coração Azul da ONU que lida com o tema mundialmente.
O “Movimento GIFTBox” foi criado no Reino Unido pela Organização Stop The Traffik, em cooperação com a Iniciativa Global das Nações Unidas contra o Tráfico Humano (United Nations Global Iniciative to Fight Trafficking – UN.GIFT), através de uma campanha realizada durante as Olimpíadas de Londres em 2012, para fortalecer o movimento mundial de enfrentamento.
A 27 Million coordena o projeto no Brasil, uma vez que é representante da Stop The Traffik no país. A GIFTBox foi instalada no Rio de Janeiro durante a Copa, em parceria com o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico da cidade. Hoje, há uma caixa em São Paulo e outra em fase de construção em Goiânia, em parceria com o MPT do Estado de Goiás e o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico do Estado.
Atualmente, segundo o relatório Global Slavery Index 2014, produzido pela Walk Free Foundantion, estima-se que cerca de 35,8 milhões de pessoas se encontram em situação de Tráfico no mundo. Para a UNICEF, cerca de 1,2 milhões de crianças são traficadas anualmente. Em 2009, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) contatou que aproximadamente 79% das vítimas são exploradas sexualmente, e que 80% das vítimas são mulheres e crianças. As Nações Unidas estimam o valor total do mercado ilícito do tráfico de pessoas em US$ 32 bilhões.

Abertura da GIFTBox. Início da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em SP.
27 de julho de 2015
17h
Praça Ramos de Azevedo, s/n - República | Theatro Municipal de São Paulo.

Frequência de doenças respiratórias continua alta, mesmo depois de parar de fumar




Especialista do Hospital CEMA explica os males causados pelo cigarro no aparelho respiratório e mostra que a nocividade do fumo é ainda maior do que as pessoas pensam
Ele mata mais de 5 milhões de pessoas todo ano. Está relacionado a mais de 50 doenças e é uma das principais causas de morte evitável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O cigarro já figura como vilão há algum tempo, no entanto, ainda é utilizado por um terço da população mundial adulta. Além dos conhecidos problemas no pulmão, as substâncias tóxicas presentes no cigarro - são mais de 4,7 mil - podem afetar gravemente todo aparelho respiratório. E por muito tempo. "Mesmo após 10 anos da parada do ato de fumar a frequência de doenças inflamatórias pulmonares, nasais e faríngeas permanece alta, se compararmos com a população mundial não fumante", destaca o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama.
O hábito de fumar queima toda a via aérea do fumante, desde a boca até o pulmão. Todas as substâncias nocivas, aliadas as altas temperaturas da fumaça vão entrar diretamente nas vias respiratórias e provocar inúmeras doenças na região. "As substâncias presentes no cigarro causam lesões no aparelho respiratório de forma aguda, como a faringite, rinite e bronquite, e de forma crônica, como a sinusite, bronquite crônica e câncer", explica o médico.
No caso dos fumantes passivos, os males provocados pelo cigarro são em menor proporção e intensidade, mas atingem principalmente o pulmão, segundo Matsuyama. Ele conta ainda que em sua experiência clínica pode observar inúmeros casos de jovens tabagistas vítimas de doenças respiratórias ocasionadas pelo fumo. Ao contrário do que muitos pensam, os problemas decorrentes do tabagismo não aparecem somente com o passar dos anos. A primeira tragada já é suficiente para alterar toda saúde do aparelho respiratório.

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais alerta para o aumento de casos da doença no Brasil




Gastroenterologista do Hospital Quinta D’Or recomenda cuidados diários e vacinação como prevenção
Pouco comentada nos dias de hoje, as hepatites virais ganham destaque no dia 28 de julho, data em que se comemora o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais no Brasil. Trata-se de um importante alerta para quem ainda desconhece as doenças, que podem ser classificadas como hepatites A, B, C, D (ou Delta) e o E. Mesmo tendo diferença quanto ao tipo viral e estrutura molecular, todas elas têm o mesmo alvo primário: o fígado.
A gastroenterologista do Hospital Quinta D’Or, Ana Pittella, explica que o impacto causado pelas hepatites merece atenção, já que só no Brasil cerca de dois milhões de casos de hepatite C foram registrados nos últimos anos. Mas, como identificá-las?
Segundo a especialista, as doenças possuem características distintas entre elas. As hepatites A e E, por exemplo, são transmitidas pela via orofecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal. “Podem causar infeções agudas benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico”, explica a especialista. Abaixo, a especialista descreve com detalhes a diferença entre elas:
Hepatite A - transmissão orofecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal com pessoas infectadas. Maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população.
Hepatite B - via primária de transmissão é a parenteral, ou seja, que se faz por outra via que não a digestiva, por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal).
Hepatite C - a forma mais comum de transmissão é a parenteral, por exposição percutânea direta ao sangue, hemoderivados ou instrumental cirúrgico contaminado. Receptores de sangue e derivados, usuários de drogas injetáveis, pacientes de hemodiálise e profissionais de saúde (vítimas de acidentes perfurocortantes) apresentam alto risco de infecção pelo HCV.
Hepatite D - o agente Delta é um vírus deficiente que precisa, para sua replicação e expressão, da função auxiliar do vírus da hepatite B. A forma de transmissão é similar à da hepatite B. Nos países apresentando baixa prevalência para a hepatite B, a infecção pelo vírus Delta ocorre principalmente entre os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.
Hepatite E - a forma mais frequente de transmissão é por ingestão de água contaminada; menor probabilidade de transmissão por contato pessoal. O vírus da hepatite E (HEV) assim como o da hepatite A, causa uma infecção benigna que não evolui para a forma crônica. Os casos mais graves são observados entre as gestantes: 20% das que contraem o HEV evoluem para a forma fulminante, fatal em 80% dos casos.
Sintomas e tratamento
Ana Pittella afirma que o meio mais eficaz e conveniente de se prevenir as hepatites A e B ainda é a vacinação. “Não existe vacina contra a hepatite C, portanto sua prevenção está baseada em alerta e orientação”, reforça. Outras formas de prevenção são: saneamento básico, boas práticas de higiene pessoal, uso de preservativos, agulhas e seringas descartáveis, entre outras.
As hepatites virais, incialmente silenciosas, demoram alguns anos para desenvolver complicações. Entretanto, a gastroenterologista destaca alguns dos principais sintomas que surgem durante a fase inicial da doença: náuseas, vômitos, mal-estar, dor de cabeça e perda do apetite.
Os tratamentos mais indicados variam de acordo com a doença. Para as hepatites A e B, é recomendável repouso relativo, aumento de ingestão de líquidos e alimentos saudáveis. Não há medicamentos específicos. Já para a hepatite crônica B, há várias opções de tratamentos, incluindo drogas orais.
Enquanto que para a hepatite C, é preciso levantar uma série de fatores para dar início ao tratamento mais adequado, por exemplo: qual é a quantidade de vírus no organismo do paciente, se há a existência ou não de cirrose, se há alguma outra doença associada, entre outros. “A boa notícia é que já estão disponíveis recentes avanços no número e no tipo de medicamentos para combater a hepatite C”, finaliza Ana Pittella.

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