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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A importância da saliva para a saúde bucal




No Dia Nacional da Saúde Bucal a Associação Brasileira de Halitose ressalta a importância da saliva para a manutenção da boca
No dia Nacional da Saúde Bucal, datado em 25 de outubro juntamente com o Dia do Dentista, a Associação Brasileira de Halitose (ABHA) ressalta a importância da salivação para o combate ao mau hálito. A saliva é uma ferramenta de extrema importância, pois  empenha diversas funções, como: defesa contra bactérias, auxilio na mastigação, digestão de alimentos, entre outras.
A baixa produção de saliva pode ocasionar diversas doenças bucais, entre elas a halitose ou o mau hálito que muitas vezes, não é sinônimo da higiene bucal precária, mas que pode indicar, dentre várias alterações, a presença de algumas doenças. Muitos hábitos e alimentos auxiliam para que essa condição se agrave.
Sabe-se que existem aproximadamente 60 causas diferentes e, por este motivo, o mau hálito tem característica multifatorial, em mais de 90% dos casos a origem se dá na cavidade bucal. Para a ABHA, apesar de não ser uma doença, e deve ser identificada por meio de um correto diagnóstico e tratado adequadamente por especialistas.
Atualmente a halitose representa 30% da população do país, que é equivalente a 60 milhões de pessoas e segundo a associação esse número alarmante representa um problema de saúde pública no Brasil e pode estar relacionado a algum problema de saúde.

Segundo pesquisa, brasileiros subestimam o acidente vascular cerebral



Segundo pesquisa, brasileiros subestimam o acidente vascular cerebral
Pesquisa da World Stroke Organization e da Covidien mostra que população possui pouco conhecimento sobre a
prevenção contra o acidente vascular cerebra – mulheres são as mais impactadas

Apesar de ser a segunda principal causa de morte no mundo, muitos brasileiros ainda não reconhecem a ameaça que o acidente vascular cerebral (AVC) representa. De acordo com um novo estudo de opinião pública patrocinado pela Covidien e a World Stroke Organization (WSO), é preciso reforçar os sinais de alerta associados a doença com toda a população brasileira.
A pesquisa mediu o conhecimento sobre os acidentes vasculares cerebrais e a prevenção contra os mesmos em adultos com idades entre 18 anos ou mais no Brasil e constatou que, apesar de a maioria dos entrevistados ter dito que estão bem informados sobre o AVC, apenas 18% percebem que cerca de uma em cada seis pessoas sofrerão um acidente vascular cerebral e, apenas 13% entendem que as mulheres são mais propensas que os homens a sofrer um acidente vascular cerebral.

“O acidente vascular cerebral afeta uma em cada seis pessoas em todo o mundo, portanto é fundamental que enfatizemos o risco e as medidas que as pessoas podem tomar para evitar um AVC”, disse o Dr. Rodrigo Meirelles Massaud, neurologista do Hospital Albert Einstein. “O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte no mundo e no Brasil. Todos podem ser úteis para salvar uma vida, se souberem o que fazer. Os resultados dessa pesquisa identificam uma lacuna significativa – mas tratável – no conhecimento quando se trata de consciência sobre o acidente vascular cerebral”.

Os resultados adicionais da pesquisa no Brasil incluem:
·         Apesar do conhecimento sobre a alta incidência da doença (uma em cada três pessoas conhecem três ou mais pessoas que sofreram um AVC), o conhecimento sobre os fatores de risco é geralmente baixo: cerca de um em cada cinco pessoas sabem que o tabagismo, a má alimentação e a hipertensão arterial são fatores de risco para o acidente vascular cerebral.
·         O conhecimento dos sinais de alerta e sintomas de um acidente vascular cerebral também são baixos: cerca de um em cada quatro adultos reconhece dores de cabeça e tontura como sinais de alerta e sintomas, mas um em cada dez está ciente de que a fala arrastada e a prostração/dormência facial podem sinalizar um acidente vascular cerebral.
·         O lado positivo disto é que nove em cada dez entrevistados sabem que devem chamar o serviço de emergência e levar a vítima com suspeita de acidente vascular cerebral imediatamente para o hospital.

A Covidien colabora com a WSO como Patrocinador Platinum da Campanha Mundial do Acidente Vascular Cerebral deste ano. Além da pesquisa, a empresa destaca seu compromisso com os pacientes com acidente vascular celebral e aumenta a conscientização da população por meio do lançamento de uma nova campanha global no Dia Mundial do AVC, 29 de outubro. A campanha da empresa “2 Minutos Contra o AVC” concentra-se no que pode ser realizado em apenas 2 minutos – fazendo cada pessoa reservar 2 minutos para aumentar a conscientização sobre o AVC e depois contar a duas pessoas sobre esses sinais.

“Mais de 17 milhões de pessoas sofrem um AVC a cada ano, e é por isso que estamos chamando atenção para uma ação imediata em todo o mundo para tratar a epidemia do acidente vascular cerebral”, disse o Dr. Stephen Davis, presidente da World Stroke Organization. “O cuidado preventivo e o conhecimento são as ferramentas essenciais para combater o impacto do acidente vascular cerebral, e estamos orgulhosos de ter a Covidien como um parceiro para defender esta causa.”

Os participantes de todo o mundo são incentivados a visitar o site take2forstroke.com.br para saber mais sobre o AVC e inspirar outros a fazerem o mesmo. Ao usar a hashtag #2MinutosContraoAVC, as pessoas poderão compartilhar suas histórias relacionadas ao AVC por meio de vídeo e fotografias em seus sites preferidos de mídia social.

A campanha “2 Minutos Contra o AVC” deverá ancorar eventos patrocinados pela Covidien realizados no Dia Mundial do AVC em quatro mercados globais: São Paulo no Brasil; Nova Iorque nos EUA; Seul na Coreia do Sul e Dublin na Irlanda. Esses eventos incluem exames gratuitos de pressão arterial, brindes e materiais educativos sobre os riscos e prevenção do acidente vascular cerebral, e cabines de fotos interativas com as mensagens da campanha para os participantes compartilharem nas redes sociais. O evento de São Paulo será realizado na Avenida Paulista, das 9h às 15h.

“A maioria das pessoas não percebe que o AVC toma uma vida a cada seis segundos. Apesar de sua prevalência, ele ainda não é bem compreendido, por isso precisamos falar mais sobre essa condição”, disse Dra. Carla Peron, diretora do departamento médico e científico da Covidien América Latina. “Nossa iniciativa ‘2 Minutos Contra o AVC’ está concentrada em ajudar as pessoas a entender como muitos de seus familiares e amigos podem ser afetados pelo acidente vascular cerebral em sua vida. Com a educação, eles podem ajudar a prevenir futuros acidentes vasculares cerebrais e, possivelmente, salvar vidas.”

Como a principal patrocinadora da Campanha Mundial do AVC, a Covidien está apoiando uma série de iniciativas globais da WSO para compartilhar materiais educativos e outras informações com foco na conscientização sobre a prevenção e tratamento do AVC.  A campanha inclui sites e uma variedade de materiais de apoio destinados a gerar maior consciência sobre o AVC, fatores de risco, prevenção e opções de tratamento.


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Método de Pesquisa
Este Estudo para o Dia Mundial do AVC foi realizado dentro da área metropolitana de São Paulo em 7 e 8 de outubro de 2014 com 363 adultos (a partir de 18 anos). Além disso, para fins de comparação, foram concluídas 511 entrevistas com adultos residentes no Brasil entre 7 e 11 de outubro de 2014. Esta pesquisa on-line foi patrocinada pela Covidien e conduzida pela APCO Insight, uma empresa internacional de consultoria de pesquisa de opinião. Os entrevistados para a pesquisa foram selecionados entre aqueles que concordaram previamente em participar de um painel de pesquisa. Os dados foram ponderados para refletir a composição demográfica dos adultos na região metropolitana de São Paulo ou no Brasil, conforme apropriado.

Sobre a Covidien
A Covidien é uma empresa líder global de cuidados de saúde que compreende os desafios enfrentados pelos fornecedores e seus pacientes e trabalha para vencê-los com soluções de tecnologia médica e produtos inovadores de assistência ao paciente. Inspirada por pacientes e cuidadores, a equipe de profissionais dedicados da Covidien tem o privilégio de ajudar a salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Com mais de 38 mil funcionários, a Covidien opera em mais de 150 países e teve em 2013 uma receita de US$ 10,2 bilhões. Para saber mais sobre a nossos negócios visite www.covidien.com ou siga-nos no Twitter.

Sobre a World Stroke Organization
A World Stroke Organization (WSO) foi fundada em outubro de 2006. A missão da WSO é reduzir a carga global do acidente vascular cerebral por meio da prevenção, tratamento e cuidados de longo prazo. Com membros individuais e organizacionais no mundo todo, incluindo grupos de apoio do AVC, a WSO é a voz global para o acidente vascular cerebral. A WSO é a única ONG internacional para o AVC com relacionamento oficial com a Organização Mundial da Saúde (OMS).  Para mais informações, acesse www.world-stroke.org.

Sobre a “2 Minutos Contra o AVC”
2 Minutos Contra o AVC é uma campanha global para conscientização sobre o AVC que foca na diferença que 2 minutos podem fazer quando se trata de acidente vascular cerebral. Seja reservar tempo para aprender sobre a prevenção ou sobre o diagnóstico, os sinais de alerta ou tratamento, ou compartilhar sua história sobre o AVC, cada um tem 2 minutos para educar a si próprio ou aos demais sobre o AVC. Para compartilhar sua história sobre o AVC e saber mais sobre como você pode participar do Reserve 2 ... Conte a 2, visite www.take2forstroke.com.

Segundo pesquisa, brasileiros subestimam o acidente vascular cerebral



Segundo pesquisa, brasileiros subestimam o acidente vascular cerebral
Pesquisa da World Stroke Organization e da Covidien mostra que população possui pouco conhecimento sobre a
prevenção contra o acidente vascular cerebra – mulheres são as mais impactadas

Apesar de ser a segunda principal causa de morte no mundo, muitos brasileiros ainda não reconhecem a ameaça que o acidente vascular cerebral (AVC) representa. De acordo com um novo estudo de opinião pública patrocinado pela Covidien e a World Stroke Organization (WSO), é preciso reforçar os sinais de alerta associados a doença com toda a população brasileira.
A pesquisa mediu o conhecimento sobre os acidentes vasculares cerebrais e a prevenção contra os mesmos em adultos com idades entre 18 anos ou mais no Brasil e constatou que, apesar de a maioria dos entrevistados ter dito que estão bem informados sobre o AVC, apenas 18% percebem que cerca de uma em cada seis pessoas sofrerão um acidente vascular cerebral e, apenas 13% entendem que as mulheres são mais propensas que os homens a sofrer um acidente vascular cerebral.

“O acidente vascular cerebral afeta uma em cada seis pessoas em todo o mundo, portanto é fundamental que enfatizemos o risco e as medidas que as pessoas podem tomar para evitar um AVC”, disse o Dr. Rodrigo Meirelles Massaud, neurologista do Hospital Albert Einstein. “O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte no mundo e no Brasil. Todos podem ser úteis para salvar uma vida, se souberem o que fazer. Os resultados dessa pesquisa identificam uma lacuna significativa – mas tratável – no conhecimento quando se trata de consciência sobre o acidente vascular cerebral”.

Os resultados adicionais da pesquisa no Brasil incluem:
·         Apesar do conhecimento sobre a alta incidência da doença (uma em cada três pessoas conhecem três ou mais pessoas que sofreram um AVC), o conhecimento sobre os fatores de risco é geralmente baixo: cerca de um em cada cinco pessoas sabem que o tabagismo, a má alimentação e a hipertensão arterial são fatores de risco para o acidente vascular cerebral.
·         O conhecimento dos sinais de alerta e sintomas de um acidente vascular cerebral também são baixos: cerca de um em cada quatro adultos reconhece dores de cabeça e tontura como sinais de alerta e sintomas, mas um em cada dez está ciente de que a fala arrastada e a prostração/dormência facial podem sinalizar um acidente vascular cerebral.
·         O lado positivo disto é que nove em cada dez entrevistados sabem que devem chamar o serviço de emergência e levar a vítima com suspeita de acidente vascular cerebral imediatamente para o hospital.

A Covidien colabora com a WSO como Patrocinador Platinum da Campanha Mundial do Acidente Vascular Cerebral deste ano. Além da pesquisa, a empresa destaca seu compromisso com os pacientes com acidente vascular celebral e aumenta a conscientização da população por meio do lançamento de uma nova campanha global no Dia Mundial do AVC, 29 de outubro. A campanha da empresa “2 Minutos Contra o AVC” concentra-se no que pode ser realizado em apenas 2 minutos – fazendo cada pessoa reservar 2 minutos para aumentar a conscientização sobre o AVC e depois contar a duas pessoas sobre esses sinais.

“Mais de 17 milhões de pessoas sofrem um AVC a cada ano, e é por isso que estamos chamando atenção para uma ação imediata em todo o mundo para tratar a epidemia do acidente vascular cerebral”, disse o Dr. Stephen Davis, presidente da World Stroke Organization. “O cuidado preventivo e o conhecimento são as ferramentas essenciais para combater o impacto do acidente vascular cerebral, e estamos orgulhosos de ter a Covidien como um parceiro para defender esta causa.”

Os participantes de todo o mundo são incentivados a visitar o site take2forstroke.com.br para saber mais sobre o AVC e inspirar outros a fazerem o mesmo. Ao usar a hashtag #2MinutosContraoAVC, as pessoas poderão compartilhar suas histórias relacionadas ao AVC por meio de vídeo e fotografias em seus sites preferidos de mídia social.

A campanha “2 Minutos Contra o AVC” deverá ancorar eventos patrocinados pela Covidien realizados no Dia Mundial do AVC em quatro mercados globais: São Paulo no Brasil; Nova Iorque nos EUA; Seul na Coreia do Sul e Dublin na Irlanda. Esses eventos incluem exames gratuitos de pressão arterial, brindes e materiais educativos sobre os riscos e prevenção do acidente vascular cerebral, e cabines de fotos interativas com as mensagens da campanha para os participantes compartilharem nas redes sociais. O evento de São Paulo será realizado na Avenida Paulista, das 9h às 15h.

“A maioria das pessoas não percebe que o AVC toma uma vida a cada seis segundos. Apesar de sua prevalência, ele ainda não é bem compreendido, por isso precisamos falar mais sobre essa condição”, disse Dra. Carla Peron, diretora do departamento médico e científico da Covidien América Latina. “Nossa iniciativa ‘2 Minutos Contra o AVC’ está concentrada em ajudar as pessoas a entender como muitos de seus familiares e amigos podem ser afetados pelo acidente vascular cerebral em sua vida. Com a educação, eles podem ajudar a prevenir futuros acidentes vasculares cerebrais e, possivelmente, salvar vidas.”

Como a principal patrocinadora da Campanha Mundial do AVC, a Covidien está apoiando uma série de iniciativas globais da WSO para compartilhar materiais educativos e outras informações com foco na conscientização sobre a prevenção e tratamento do AVC.  A campanha inclui sites e uma variedade de materiais de apoio destinados a gerar maior consciência sobre o AVC, fatores de risco, prevenção e opções de tratamento.


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Método de Pesquisa
Este Estudo para o Dia Mundial do AVC foi realizado dentro da área metropolitana de São Paulo em 7 e 8 de outubro de 2014 com 363 adultos (a partir de 18 anos). Além disso, para fins de comparação, foram concluídas 511 entrevistas com adultos residentes no Brasil entre 7 e 11 de outubro de 2014. Esta pesquisa on-line foi patrocinada pela Covidien e conduzida pela APCO Insight, uma empresa internacional de consultoria de pesquisa de opinião. Os entrevistados para a pesquisa foram selecionados entre aqueles que concordaram previamente em participar de um painel de pesquisa. Os dados foram ponderados para refletir a composição demográfica dos adultos na região metropolitana de São Paulo ou no Brasil, conforme apropriado.

Sobre a Covidien
A Covidien é uma empresa líder global de cuidados de saúde que compreende os desafios enfrentados pelos fornecedores e seus pacientes e trabalha para vencê-los com soluções de tecnologia médica e produtos inovadores de assistência ao paciente. Inspirada por pacientes e cuidadores, a equipe de profissionais dedicados da Covidien tem o privilégio de ajudar a salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Com mais de 38 mil funcionários, a Covidien opera em mais de 150 países e teve em 2013 uma receita de US$ 10,2 bilhões. Para saber mais sobre a nossos negócios visite www.covidien.com ou siga-nos no Twitter.

Sobre a World Stroke Organization
A World Stroke Organization (WSO) foi fundada em outubro de 2006. A missão da WSO é reduzir a carga global do acidente vascular cerebral por meio da prevenção, tratamento e cuidados de longo prazo. Com membros individuais e organizacionais no mundo todo, incluindo grupos de apoio do AVC, a WSO é a voz global para o acidente vascular cerebral. A WSO é a única ONG internacional para o AVC com relacionamento oficial com a Organização Mundial da Saúde (OMS).  Para mais informações, acesse www.world-stroke.org.

Sobre a “2 Minutos Contra o AVC”
2 Minutos Contra o AVC é uma campanha global para conscientização sobre o AVC que foca na diferença que 2 minutos podem fazer quando se trata de acidente vascular cerebral. Seja reservar tempo para aprender sobre a prevenção ou sobre o diagnóstico, os sinais de alerta ou tratamento, ou compartilhar sua história sobre o AVC, cada um tem 2 minutos para educar a si próprio ou aos demais sobre o AVC. Para compartilhar sua história sobre o AVC e saber mais sobre como você pode participar do Reserve 2 ... Conte a 2, visite www.take2forstroke.com.

A margem de erro e o futuro das pesquisas



A margem de erro e o futuro das pesquisas
Por Laura Kroeff, VP de planejamento e pesquisa do NCGroup; e Tiago Ritter, Chairman do NCGroup e CEO da W3haus


“O futebol é uma caixinha de surpresas”. O dito popular, tão verdadeiro quanto antigo, parece ter trocado o esporte pela urna eletrônica no primeiro turno das eleições, quando uma importante parte dos prognósticos se mostrou equivocada. Tanto quanto os resultados do pleito, a “margem de erro” tomou conta das conversas no país. Entre questionamentos, reclamações e interpretações bem-humoradas, uma pergunta parece ser cada vez mais relevante: quais são os caminhos para a modernização e melhoria dos métodos de pesquisas?


Errrrrou!

Tendo como referência as pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas na véspera das eleições, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) teria de 24% (Datafolha) a 26% (Ibope) das intenções de voto, quando na verdade obteve 33,55% dos votos. Candidato ao governo do RS, José Ivo Sartori (PMDB) aparecia em terceiro lugar nas pesquisas com 29% nos dois institutos, mas acabou o primeiro turno em primeiro lugar com 40% dos votos. Na Bahia, a situação foi semelhante com Rui Costa (PT), que era apontado com 46% dos votos e obteve 54,53%.. Já em SP, Alexandre Padilha (PT) obteve 18,22% dos votos, enquanto o Datafolha indicava 13% e o Ibope 14% no dia anterior à votação O candidato se sentiu prejudicado na campanha, pois a diferença entre pesquisas e urnas teria lhe custado valioso espaço nos jornais da Rede Globo, que utilizam este critério para definição do volume de exposição diário dos políticos.

Debates e questionamentos despontaram entre especialistas, na imprensa e também entre os eleitores nas redes sociais. Um meme do personagem Félix, vilão de Amor à Vida que caiu nas graças dos telespectadores, traduziu a perplexidade com humor e logo se espalhou: “Hoje é segunda-feira, 6 de outubro. Mas considerando a margem de erro do Ibope: Feliz Natal”, diz a imagem produzida pelo perfil @FelixAmargo.

Não parece ser coincidência que o apontamento das falhas nas previsões venha justamente das redes sociais, já que os métodos tradicionais de pesquisa não contemplam as intenções de votos manifestadas nesses meios.

Te dou um dado. Ou não

Muitos questionam a margem de erro de pesquisas que usariam amostras de poucos milhares de entrevistados para representar um país de mais de 200 milhões de habitantes. Mesmo que a população votante ultrapasse em 2014 os 140 milhões, o cálculo estatístico da amostra necessária não seria o problema, se a amostra fosse probabilística, método comprovado cientificamente. Esse método, porém, costuma ser substituído pelo sistema de cotas, uma alternativa mais rápida e econômica.Neste sistema, a quantidade de entrevistados que compõe uma amostra representativa é construída pelo instituto de pesquisa a partir de grupos com semelhanças culturais e sociais, cujos resultados dentro de cada grupo são replicados / projetados sobre uma amostra final.  A amostragem probabilística pressupõe que todos os eleitores têm chances iguais de serem entrevistados, enquanto na por cotas, se determina previamente o total de indivíduos de cada grupo que deve ser entrevistado. A justificativa dos institutos está na dificuldade de abordagem ampla da população através do método probabilístico, ainda que o mesmo já tenha sido adotado na Inglaterra desde 1992.

O fato é que o método vinha funcionando muito melhor do que ocorreu neste 1º turno de 2014. E, por isso, vem sendo utilizado além do cenário eleitoral. Como em pesquisas de mercado que ajudam a definir a estratégia de grandes empresas na hora de fatiar os investimentos pesados entre produto, comunicação, equipe, canais de vendas, etc.. O que poderia ter mudado no cenário para colocar em xeque um sistema utilizado há tantas décadas?

No meio do caminho tinha um byte. Tinha um byte no meio do caminho


Podemos listar algumas possíveis causas para esta mudança. Todas ligadas à rápida inclusão digital que se espalhou pelo país e as decorrentes mudanças de comportamento. Com mais de 105 milhões de internautas e na liderança de uso das principais redes sociais do mundo, a população brasileira rapidamente se empoderou do uso de tecnologias digitais. Existem mais aparelhos de celular habilitados do que habitantes no Brasil, por exemplo.

As duas primeiras conseqüências que interferem diretamente no trabalho dos institutos são a heterogeneidade de clusters comportamentais e a velocidade de mudança dos mesmos. Como afirma o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos uma realidade cada vez mais líquida. A conexão digital ampliou drasticamente a quantidade e a velocidade com que somos impactados por novas referências. Brasileiros de todas as classes, idades e regiões têm a oportunidade de se inspirar em visões e atitudes de pessoas que habitam qualquer lugar do país, ou até do mundo. Entre identificar alguma nova “verdade” sobre um produto, marca, ou mesmo candidato, que não condiz com os seus valores, deixar de consumi-lo e até mesmo passar a criticá-lo publicamente podem se passar apenas alguns minutos.

Como conseqüência, muitas empresas de pesquisa e marcas mais inovadoras abandonaram já há alguns anos a segmentação demográfica ou mesmo a definição de perfis comportamentais. Os perfis, rígidos e estereotipados, não pertencem a uma realidade tão diversa e fluida e são substituídos por “Moods”. Entre elas, não se fala mais que alguém “é”, mas sim que alguém “está” de determinada maneira. Com isso, em vez de tentar enquadrá-la em perfis, as pesquisas passam a fotografar os diversos “humores”, ou estados de espírito possíveis de serem assumidos por diferentes ou até mesmo pela mesma pessoa.

A tecnologia tem sido o grande propulsor dessa aceleração de realidade e das consequentes transformações comportamentais da atualidade. Ao mesmo tempo que disponibiliza um universo de conhecimento ao público, ela absorve tera e mais tera bytes de rastros de informação deixados pelo mesmo. A inteligência de cruzar, interpretar e dar sentido a esse altíssimo volume de dados é o chamado BigData. E no processamento de BigData em Real Time pode estar a resposta para as pesquisas do futuro.

Sabe quem perguntou pra você? Ninguém

Não vemos aqui apenas a capacidade de dar conta de uma amostra muito maior e mais abrangente geograficamente. Tampouco apenas a possibilidade de ter um instrumento capaz de acompanhar em tempo real as mudanças de humor dessa população heterogênea. Talvez um dos pontos mais valiosos do desenvolvimento desses novos métodos esteja na coleta de opiniões da maneira mais espontânea possível.

Fatores como a comunicação assíncrona e a ausência física do interlocutor, especialmente de contato visual, são algumas das causas do ‘Efeito de desinibição online’ identificadas pelo pesquisador americano John Suler. O tal efeito se refere a tese de que somos mais propensos a revelar emoções e desejos no ambiente digital. Para os pesquisadores que buscam continuamente, muitas vezes em vão, não interferir ou alterar a realidade do público com a sua presença e as suas perguntas, essa capacidade de observar milhões de conversas de longe se apresenta como uma valiosa alternativa. Buscar a opinião das pessoas na hora em que elas querem dar e não quando se quer receber é uma forma de garantir respostas muito mais precisas.

Com isso, o monitoramento de menções espontâneas nas redes sociais se torna uma grande ferramenta de captura de opinião e sentimento da população. Ferramentas que conseguem capturar essas menções, interpretar, agrupar e devolver em forma de dados já estão no mercado e servem para infinitos propósitos, até para entender as intenções políticas da população. A exemplo do ‘Causa Brasil’ (vimeo.com/71093637<http://vimeo.com/71093637>), uma plataforma que identificou e tornou pública em tempo real as causas mais relevantes para o brasileiro por trás das passeatas de julho de 2013.

Essa inteligência de busca e análise que damos o nome de Real Time Research aponta para uma tendência de caminho sem volta e que está impactando em larga escala o universo de pesquisa. Essa realidade já provocou fortes mudanças na maneira como grandes marcas lidaram com as respostas de seus públicos durante o Mundial de 2014. Da mesma forma, o Governo também esteve próximo de iniciativas como essa durante as manifestações de 2013. A discrepância entre as pesquisas eleitorais e o resultado dos votos pode vir a ser o estopim para envolver os grandes institutos nesse movimento de digitalização, que não tem volta. E assim, quem sabe, deixar as surpresas cada vez mais reservadas para o futebol.

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