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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Arroz, o novo vilão nas dietas sem glúten?



 Professora de nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) alerta para os cuidados com o consumo em excesso do alimento e dá dicas 


Fonte de carboidratos e de nutrientes, o arroz sempe foi um dos protagonistas na cozinha do brasileiro. Nos últimos anos, houve a popularização de dietas com restrição de glúten por pessoas que não são possuem a doença celíaca (intolerância ao glúten). Por ser livre da substância, esse grão ganhou ainda mais espaço, tanto em sua forma tradicional como através de farinha de arroz, macarrão de arroz e tantos outros derivados. Entretanto, para se obter os benefícios desse tipo de dieta, é preciso atentar para boas escolhas, não focando no consumo de um único alimento. 

“Uma dieta glúten free bem sucedida e nutricionalmente balanceada estimula a substituição de bolos, pães e biscoitos ricos em glúten e fonte de carboidratos simples, aqueles que desregulam a secreção de insulina, por frutas e verduras”, esclareceu a coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), *Joyce Moraes. “Não adianta substituir o biscoito de trigo por biscoito de arroz, por exemplo, pois ambos são pobres em nutrientes”, completa. 

Outro ponto a se ter cautela é o fato de que o arroz acumula metais tóxicos. Uma pesquisa da Universidade de Ilinois concluiu que os níveis de arsênio eram quase duas vezes mais altos em pessoas que não consomem glúten; de mercúrio, até 70% maiores. “O que fazer? Não comer só arroz! Variar as fontes de carboidratos como inhame, macaxeira, cará. A variação da dieta garante uma melhor qualidade nutricional”, explica a professora de nutrição. 

Entre as dicas, para se ter o máximo aproveito do consumo do arroz, o melhor é preferir a forma integral, pois é mais rica em fibras e nutrientes. Se o modo de preparo for refogado, é preciso evitar o excesso de gordura. Além disso, uma forma de potencializar suas propriedades é preferir o consumo do arroz “dormido”. “Quando você deixa o arroz na geladeira, já cozido, e esquentar no dia seguinte no fogão, aumenta a quantidade de uma substância denominada amido resistente, a qual otimiza a nossa microbiota intestinal ‘do bem’. Essa microbiota atua na melhoria da imunidade, no controle hormonal e na maior absorção de vitaminas e minerais, por exemplo”, conta Joyce.

Outra questão que a especialista explica é sobre os antinutrientres. Assim como os demais grãos, o arroz possui os chamados antinutrientes, ou seja, toxinas produzidas pelas plantas para protege-las contra o consumo de mamíferos e que reduzem a absorção de nutrientes. Apesar disso, Joyce afirma que isso não deve ser motivo para deixar de consumir os grãos.  “Nada na vida é cem por cento, e a quantidade de antinutrientes é ínfima em comparação às vitaminas, minerais e compostos benéficos que os vegetais tem”, esclarece a coordenadora de nutrição do IDE. 


DIETA GLUTEN FREE – Existe uma polêmica hoje em dia sobre se uma pessoa não portadora da doença celíca possa tirar vantagens de uma dieta livre de glúten. De acordo com Joyce, estudos comprovam que o excesso dessa substância pode causar malefícios, como uma modificação das bactérias boas que vivem no intestino, além de estimular a inflamação endógena. “Acho muito válido alternar os carboidratos fonte de glúten com outros que não contenham essa fração. Isso porque uma dieta variada promove uma melhor adequação nutricional”, avalia. “Contudo, muito me preocupa pelo que esse produto fonte de glúten será substituído, pois existem alimentos sem ele que acabam elevando - e por demais - a insulina. Isso, por sua vez, aumenta as chances de ganho de peso, distúrbios hormonais e diabetes. Assim, a questão chave é qual produto irá substituir esses alimentos”, finaliza.






Joyce Moraes - coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE). É graduada em nutrição pela UERJ, pós-graduada em nutrição clínica funcional pelo CVPE-SP e mestre em saúde da criança e do adolescente pela UFPE.  



Saiba o que fazer em caso de bagagem extraviada



Especialista em seguro viagem da Zurich explica como evitar e como agir após perder suas malas em uma viagem

Em 2016, segundo informações da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), o número de bagagens extraviadas ou entregues com atraso superou os 21 milhões. Este dado reflete uma das inúmeras situações que acontecem em viagens, seja de lazer ou a trabalho, e que podem gerar grande desconforto aos passageiros. 

“Evitar completamente que estes incidentes ocorram nem sempre é possível, mas há certas atitudes que podem diminuir os riscos, como tirar as etiquetas de voos antigos e contratar um seguro viagem de acordo com as suas necessidades”, comenta Simone Libonati, Superintendente de Seguro Viagem da Zurich, companhia global de seguros. 

Para amenizar os danos que o extravio de bagagem pode trazer ao passageiro durante uma viagem, a Zurich dá dicas valiosas: 

  • Antes de despachar a bagagem, declare o valor estimado da mesma, pagando uma taxa da companhia aérea. Caso opte por essa opção, saiba que objetos de valor, como jóias, aparelhos eletrônicos ou medicamentos de uso continuo (acompanhado de receituário médico em inglês), devem ser levados na bagagem de mão, pois não são incluídos nesta declaração; 
  • Confira o ticket de sua bagagem e verifique se os dados correspondem ao seu voo;
  • Contrate um seguro viagem para cobrir os imprevistos, inclusive os problemas com bagagens;
  • Evite despachar malas de grifes, elas costumam chamar muita atenção. Sendo inevitável utilize os serviços disponíveis em aeroportos, embalando sua bagagem;
  • Coloque identificação na mala, com nome e telefone e um cadeado;
  • Não atrase para fazer o check-in, quanto mais cedo for realizado, menos chances da mala ser extraviada;
  • Sempre guarde os recibos das mercadorias compradas durante a viagem, e tire uma foto com as compras dentro da mala. Em caso de extravio, guarde os recibos até a bagagem ser devolvida;
  • Leve uma troca de roupas na mala de mão e os principais acessórios para que seja possível aproveitar o destino imediatamente ao chegar.

Além de seguir estas dicas, é imprescindível agir rapidamente ao perceber que a bagagem não chegou na sala de desembarque. “O ideal é dirigir-se imediatamente ao balcão de reclamações da companhia aérea antes de deixar o desembarque e preencher o RIB - Registro de Irregularidade de Bagagem para viagens nacionais ou PIR - Property Irregularity Report para viagens internacionais, recomenda Simone Libonati. 

O prazo para a empresa de transporte devolver os pertences perdidos durante os voos é de até 21 dias, em caso de viagens internacionais, e de 30 dias nos voos domésticos. “Caso este prazo seja ultrapassado, é possível pedir o ressarcimento do valor correspondente ao prejuízo. É dever da companhia aérea manter o passageiro prejudicado informado sobre o status do caso, o que acontece normalmente por meio do site da empresa”, garante a Superintendente de Seguro Viagem da Zurich. 

No entanto, caso tenha contratado um Seguro Viagem, acione a Central de Assistência da sua Seguradora, eles poderão auxiliar monitorando a localização da bagagem pela companhia aérea.

No caso de não recuperação da bagagem, acione o ressarcimento do valor correspondente ao prejuízo na companhia aérea e posteriormente faça o pedido de análise de indenização para a Seguradora, encaminhando os documentos exigidos para a cobertura de bagagem para que a mesma possa analisar o seu pedido.





Zurich



Combate à obesidade vai além das dietas restritivas




 




 Banco de imagens
Obesidade é epidemia mundial

Especialistas mostram que fatores educacionais e disciplinares são essenciais uma reeducação alimentar eficaz

O número de obesos no mundo dobrou entre os anos de 1980 e 2015, de acordo com estudo recente publicado pela revista norte americana The New England Journal Of Medicine. A ampla análise considera ainda o forte aumento de doenças vinculadas ao sobrepeso, tais como câncer, diabetes e hipertensão.
Como aponta a pesquisa, no ano de 2015, cerca de 107,7 milhões de crianças e 603,7 milhões de adultos sofriam de obesidade em todo mundo. Apesar da incidência da obesidade nas crianças ser menor do que nos adultos, o aumento foi mais rápido neste período de 35 anos, como apresentaram os autores do estudo durante uma conferência realizada em Estocolmo.
No ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Década de Ação sobre Nutrição e o Brasil foi o primeiro país a se comprometer com o combate a obesidade.



Educação no comportamento alimentar

O rápido avanço do sobrepeso está diretamente vinculado aos maus hábitos alimentares. O consumo excessivo de alimentos industrializados ricos em sódio, conservantes e calóricos, são grandes responsáveis pelo desenvolvimento de doenças ocasionadas pelo sobrepeso.
O bom comportamento alimentar vai além dos grupos de alimentos a serem evitados ou adicionados à dieta, como afirma a nutróloga Dra. Nádia Haubert, da Aliança Instituto de Oncologia. "É preciso abordar a comida de forma consciente e intuitiva, educar a população a comer comida in natura desde a infância", explica.
A obesidade infantil pode ser desencadeada por diversos fatores, inclusive o comportamento alimentar que a criança é submetida ou tem contato diariamente. "Hoje já temos estudos que conseguem mostrar os impactos das refeições que não são realizadas em família, principalmente em crianças, e boa parte disso resulta em obesidade infantil", esclarece.
A médica observa ainda que mais impactante do que os números revelados neste estudo é constatar que em 35 anos foram desenvolvidas dezenas de dietas, remédios sintéticos para emagrecimento que só geraram resultados temporários.

Foco e disciplina
Existe um "casamento" perfeito para o início de uma vida saudável: aliar a alimentação equilibrada à prática regular de exercícios físicos. O preparador físico Talles Sucesso alerta para os perigos do sedentarismo. "A falta de uma rotina de exercícios pode resultar em diversas doenças que diminuem a expectativa de vida, como: hipertensão, problemas articulares, diabetes e doenças cardiovasculares", adverte.
A prática regular de atividades proporciona melhorias de saúde e diminui abruptamente o aumento da obesidade, "os exercícios indicados para esse caso é o treinamento resistido como a musculação e treinamento intervalado, com atividades de corrida, bike, corda, escada, remo; mas com intensidade baixa para que haja a adaptação adequada", afirma Talles.
Vale ressaltar a importância do planejamento adequado desenvolvido por um profissional de educação física. A rotina deve ser iniciada de maneira gradativa, para que o exercício físico passe a integrar o cotidiano espontaneamente.
"Em caso de obesidade, assim como os adultos as crianças também devem ser treinadas, mas com as adaptações de intensidade e ludicidade para que se mantenham motivadas à dar continuidade ao planejamento de exercício. O grande segredo é dar continuidade", esclarece o personal quando o assunto é obesidade infantil e atividade física.




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