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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Novas pesquisas da Gilead mostram avanços em prevenção e tratamento do HIV

Novos dados destacam o perfil de segurança do lenacapavir semestral para profilaxia pré-exposição (PrEP), em combinação com outros medicamentos e estratégias de recrutamento para o estudo PURPOSE 5 

Resultados de cinco anos do estudo BICSTaR oferecem insights sobre o tratamento de longo prazo com bictegravir/entricitabina/tenofovir alafenamida (BIC/F/TAF), ajudando a orientar o futuro do cuidado coordenado e centrado na pessoa com HIV
 

Foster City, Califórnia – A Gilead Sciences, Inc. (Nasdaq: GILD) foi uma das empresas presentes na 20ª Conferência Europeia sobre AIDS (EACS), realizada em Paris, na França. Como líder em inovação no campo do HIV, a Gilead apresentou atualizações sobre suas iniciativas estratégicas, colaborações-chave e novos dados científicos de seus programas de pesquisa e desenvolvimento em HIV. 

As pesquisas apresentadas na EACS 2025, juntamente com os simpósios liderados pela Gilead e apoio a fóruns comunitários, refletem a abordagem centrada nas pessoas adotada pela companhia para impulsionar a descoberta científica e reforçam seu compromisso de parceria com a comunidade para contribuir com o fim da epidemia de HIV. 

Jared Baeten, MD, PhD, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento Clínico em Virologia da Gilead Sciences, considera simbólico que milhares de cientistas e representantes da comunidade se reúnam em Paris para a EACS 2025. “A primeira Declaração das Fast-Track Cities (iniciativa global de luta contra o HIV) para acabar com a epidemia de HIV foi assinada na capital francesa no Dia Mundial da AIDS, em 2014. Impulsionados pelo compromisso de longa data da Gilead em desenvolver e oferecer opções de prevenção e tratamento do HIV adaptadas às necessidades individuais, meus colegas e eu continuamos a trabalhar por um futuro sem HIV, na Europa e em todo o mundo”, explica Baeten.
 

Pesquisas de prevenção do HIV  

Para ampliar o alcance para populações na Europa que atualmente não utilizam PrEP, pesquisadores apresentam as estratégias que apoiaram o recrutamento de pessoas pertencentes a populações prioritárias na França e no Reino Unido para o estudo de Fase 2 PURPOSE 5 (N06513CT312), que avalia a adesão ao lenacapavir semestral entre pessoas que precisam ou desejam utilizar PrEP, mas que ainda não haviam se engajado com as opções existentes de prevenção ao HIV. 

Por meio da colaboração com grupos consultivos comunitários, seleção criteriosa de centros de pesquisa e metas de recrutamento direcionadas a populações pouco estudadas, a equipe de BR-BVY-0052 pesquisa alcançou suas metas de inclusão e estabeleceu um modelo para futuros estudos de prevenção ao HIV. 

A Gilead ainda apresenta dados de segurança que ampliam o entendimento sobre o uso concomitante do lenacapavir. Novos dados do estudo PURPOSE 2 analisaram o uso simultâneo do lenacapavir por pessoas que também utilizam estatinas (para redução do colesterol) e inibidores da PDE-5 (para tratamento da disfunção erétil). O lenacapavir é um inibidor moderado da enzima CYP3A4 e pode potencialmente aumentar os níveis dessas classes de medicamentos. Os dados acumulados sugerem que o lenacapavir, assim como outros inibidores moderados da CYP3A4, pode ser coadministrado com estatinas e inibidores da PDE-5 com monitoramento adequado e ajustes de dose, quando necessário.
 

Pesquisas para o tratamento do HIV  

Como parte do estudo BICSTaR (NCT03580668), conduzido ao longo de cinco anos, foram analisados dados de longo prazo e do mundo real de pessoas vivendo com HIV no Canadá, França e Alemanha. Os resultados são consistentes com os observados em diversos estudos clínicos de Fase 3 que avaliaram as respostas ao tratamento com comprimidos de bictegravir 50 mg/entricitabina 200 mg/tenofovir alafenamida 25 mg – B/F/TAF. 

Entre os participantes do estudo BICSTaR que tiveram cinco anos de acompanhamento, bictegravir/entricitabina/tenofovir alafenamida (BIC/F/TAF) continuou demonstrando supressão viral sustentada, perfil de segurança e tolerabilidade favorável, além de uma alta barreira à resistência. Esses benefícios foram observados tanto em pessoas que nunca haviam sido tratadas quanto naquelas com experiência prévia ao tratamento, mesmo com alta carga de comorbidades. 

Os resultados reforçam a importância dos desfechos relatados pelos pacientes e podem nos ajudar a compreender melhor o impacto na qualidade de vida relacionada à saúde e, em especial, no estado de saúde mental das pessoas que vivem com HIV. Esses achados podem contribuir para orientar estratégias de tratamento voltadas a esses grupos. 

Outra pesquisa apresentada – focada no perfil demográfico dos participantes do estudo ARTISTRY-1 – demonstra as características iniciais da Fase 3 de um estudo em andamento (NCT05502341), que investiga a eficácia e segurança da troca de um regime estável e complexo para um regime oral experimental de dose única diária com bictegravir e lenacapavir. 

Os resultados contextualizam a necessidade não atendida de pessoas vivendo com HIV em regimes complexos que poderiam se beneficiar de um regime de comprimido único. Em setembro, o último paciente completou a semana 48 da Fase 3 do ARTISTRY-1. A divulgação dos dados principais do desfecho primário está prevista para antes do final do ano. 

Já um estudo de 96 semanas sobre a combinação oral de islatravir e lenacapavir – dados de um estudo de Fase 2, randomizado e aberto (NCT05052996) – demonstram que a troca para um regime experimental de combinação oral semanal de islatravir e lenacapavir permitiu que pessoas vivendo com HIV mantivessem a supressão viral por até dois anos. 

Na semana 96, com base nas análises Missing = Failure e Missing = Excluded, respectivamente, 88,5% e 100% dos adultos tratados com a nova combinação investigacional mantiveram carga viral indetectável (HIV-1 RNA < 50 cópias/mL), demonstrando o potencial da combinação, que pode se tornar o primeiro tratamento oral semanal para o HIV. Dois estudos de Fase 3 – ISLEND1 e ISLEND-2 – estão em andamento. 

E resultados da semana 52 do regime semestral de lenacapavir com anticorpos neutralizantes (bNAbs) também foi apresentado. O estudo de Fase 2 (NCT05729568), aberto, da linha de pesquisa de tratamentos de longa ação da Gilead, demonstrou que o lenacapavir semestral em combinação com bNAbs (teropavimabe [GS-5423, TAB] e zinlirvimabe [GS-2872, ZAB]) manteve a supressão viral em pessoas com HIV com vírus suscetíveis por até 52 semanas e foi geralmente bem tolerado. A combinação investigacional tem o potencial de se tornar o primeiro regime completo semestral. O tratamento inovador está agora avançando para o desenvolvimento clínico de Fase 3.
 

Visão Geral das Apresentações Científicas 

PESQUISA EM PREVENÇÃO DO HIV  

  • Recrutamento de Populações Desproporcionalmente Afetadas no Estudo PURPOSE 5, que avalia o lenacapavir para PrEP na França e no Reino Unido
  • Análise das Barreiras ao Teste para Prevenção do HIV e Vinculação ao Cuidado entre Migrantes na Europa
  • Medicamentos Concomitantes Comumente Prescritos e Resultados de Segurança Clínica com Lenacapavir para PrEP no Estudo PURPOSE 2
  • Persistência Anual ao Lenacapavir Semestral vs F/TDF Oral Diário para PrEP no Estudo PURPOSE 2


PESQUISA EM TRATAMENTO DO HIV

Eficácia e Segurança de um Regime Semestral com Lenacapavir, Teropavimabe e Zinlirvimabe: Resultados da Semana 52 da Fase 2

Regime Oral Semanal com ISL/LEN em Pessoas com HIV com Supressão Viral: Resultados da Semana 96 de um Estudo de Fase 2

Acompanhamento Estendido de Cinco Anos da Coorte Observacional BICSTaR: Análise Final em Pessoas com HIV em Tratamento com B/F/TAF na Prática Clínica de Rotina


Perfil Demográfico e Características Clínicas dos Participantes da Fase 3 do Estudo ARTISTRY-1, um estudo aberto comparando um regime de comprimido único com BIC/LEN a regimes antirretrovirais complexos

Para mais informações sobre a participação da Gilead na EACS 2025, incluindo a lista completa de resumos e suas respectivas sessões orais e de pôsteres, acesse: Link 


Aviso 

O lenacapavir para PrEP ainda não foi aprovado por nenhuma autoridade regulatória fora dos EUA e da União Europeia.

A combinação de bictegravir e lenacapavir é investigacional e não foi aprovada em nenhum país. Sua segurança e eficácia ainda não foram estabelecidas em combinação.

A combinação de islatravir e lenacapavir é investigacional. O uso combinado para o tratamento do HIV não foi aprovado por nenhuma autoridade regulatória.

Teropavimabe e zinlirvimabe são compostos investigacionais. O uso desses compostos em combinação com lenacapavir é investigacional, não foi aprovado por nenhuma autoridade regulatória e sua segurança e eficácia ainda não foram estabelecidas. O uso de lenacapavir em pessoas com HIV com supressão virológica também é investigacional, e sua segurança e eficácia ainda não foram estabelecidas.

Atualmente, não existe cura para o HIV ou a AIDS.


Sobre o Lenacapavir 

O lenacapavir está aprovado em diversos países como profilaxia pré-exposição (PrEP) para reduzir o risco de infecção sexualmente adquirida pelo HIV em adultos e adolescentes com risco de exposição. Também está aprovado em vários países para o tratamento do HIV multirresistente em adultos, em combinação com outros antirretrovirais.

O mecanismo de ação em múltiplas etapas do lenacapavir o diferencia das classes atualmente aprovadas de agentes antivirais. Enquanto a maioria dos antivirais atua em apenas uma fase da replicação viral, o lenacapavir foi desenvolvido para inibir o HIV em várias etapas do seu ciclo de vida e não apresenta resistência cruzada conhecida in vitro com outras classes de medicamentos existentes.

O lenacapavir está sendo avaliado como uma opção de ação prolongada em diversos estudos clínicos em andamento e planejados, tanto em fases iniciais quanto avançadas, dentro do programa de pesquisa da Gilead em prevenção e tratamento do HIV. Está sendo desenvolvido como base para futuras terapias contra o HIV, com o objetivo de oferecer opções orais e injetáveis de longa duração, com diferentes frequências de dosagem, em combinação ou como agente único, para atender às necessidades e preferências individuais de pessoas e comunidades afetadas pelo HIV. A revista Science nomeou o lenacapavir como a “Descoberta do Ano” de 2024.


Sobre o Biktarvy 

O Biktarvy é um tratamento completo para o HIV que combina três medicamentos, formando o menor regime de comprimido único (STR) baseado em inibidor da transferência de fita da BR-BVY-0052 integrase (INSTI) com três drogas disponível. Oferece uma posologia simples de uma vez ao dia, com ou sem alimentos, com potencial limitado de interações medicamentosas e alta barreira à resistência. O Biktarvy combina o INSTI inovador e não potencializado bictegravir com a base F/TAF. É um STR completo e não deve ser usado com outros medicamentos para o HIV.


Sobre o HIV na Gilead 

Há mais de 35 anos, a Gilead é uma das principais inovadoras no campo do HIV, impulsionando avanços em tratamento, prevenção e pesquisa por uma cura. Os pesquisadores da Gilead desenvolveram 13 medicamentos para o HIV, incluindo o primeiro regime de comprimido único para tratamento, o primeiro antirretroviral para PrEP e o primeiro tratamento injetável de longa duração administrado semestralmente. Esses avanços ajudaram a transformar o HIV em uma condição crônica tratável e prevenível para milhões de pessoas.

A Gilead mantém seu compromisso com a inovação científica contínua para oferecer soluções às necessidades em constante evolução das pessoas afetadas pelo HIV em todo o mundo. Por meio de parcerias, colaborações e doações filantrópicas, a empresa também busca melhorar a educação, ampliar o acesso e eliminar barreiras ao cuidado, com o objetivo de acabar com a epidemia de HIV globalmente. A Gilead tem sido repetidamente reconhecida como uma das duas maiores financiadoras filantrópicas de programas relacionados ao HIV, segundo relatório da Funders Concerned About AIDS.

Descubra mais sobre as colaborações únicas da Gilead ao redor do mundo e seu trabalho para ajudar a acabar com a epidemia de HIV.


 

Gilead Sciences, Inc.

 

Fim de ano tem alta nos acidentes de trânsito e sobrecarga nos pronto-socorros

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Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico alerta para os principais riscos nas estradas e reforça medidas de prevenção 

 

O fim do ano é uma época típica de maior movimentação nas ruas e estradas, e, também, período em que se registra um aumento nos acidentes de trânsito. Muitos deles poderiam ser evitados com atitudes simples, como respeitar os limites de velocidade, usar a seta e manter distância segura do veículo à frente.
Segundo dados do Detran-SP, só nos meses de novembro e dezembro de 2024, período em que muitas pessoas pegam a estrada para aproveitar as férias ou as festas de fim de ano, foram registradas 981 mortes em acidentes de trânsito no estado de São Paulo. Desse total, 467 ocorreram em novembro e 514 em dezembro, envolvendo as cidades do interior de São Paulo e da região metropolitana.
 

Os acidentes de trânsito são a principal causa de politraumatismo, condição caracterizada por múltiplas lesões graves em diferentes partes do corpo, e representam uma das principais causas de sobrecarga nos prontos-socorros e hospitais do país, lembra o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO), Dr. Robinson Esteves. “Cada acidente grave que chega ao hospital representa muito mais do que números: são famílias que sofrem, vidas que podem mudar para sempre, em razão de sequelas, e uma sobrecarga enorme para os profissionais de saúde”, fala. “É uma situação que não afeta apenas os pacientes, mas toda a sociedade. Politraumatismos podem gerar sequelas permanentes, afastamento do trabalho e impactos emocionais profundos”, completa. 

Para reduzir o risco de acidentes de trânsito, é fundamental adotar atitudes simples no dia a dia. Evitar o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, respeitar os limites de velocidade e manter distância segura dos outros veículos são medidas que fazem toda a diferença. “Pequenas atitudes podem salvar vidas. Dirigir com atenção e responsabilidade é cuidar de si e de quem está ao seu redor”, reforça o médico. 

Mesmo com atenção, acidentes podem acontecer, e o uso correto do cinto de segurança e do capacete, nos casos dos motociclistas, é essencial para reduzir a gravidade das lesões. Esses cuidados podem evitar fraturas mais graves, que muitas vezes exigem cirurgias e longos períodos de recuperação. “Grande parte das fraturas poderia ser evitada se as pessoas usassem os itens de proteção corretamente e tivessem mais cuidado com atitudes de risco. A imprudência, infelizmente, ainda é uma das principais causas de mortes por acidentes de trânsito”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico - SBTO



Conitec abre Consulta Pública para ouvir a opinião da sociedade sobre a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença de Crohn

As contribuições podem ser enviadas até 11 de novembro de 2025.  

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Sistema Único de Saúde (SUS) está promovendo a Consulta Pública nº 84/2025, para avaliação da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença de Crohn (DC). As sociedades civil e médica têm um prazo de 20 dias, que vai até 11 de novembro de 2025, para manifestarem opiniões sobre a proposta. As sugestões podem ser enviadas de acordo com as instruções da plataforma “Participa+Brasil”, onde as consultas ficam disponíveis1. 

A atualização do documento trará recomendações de novos tratamentos e posologias que podem ajudar a controlar melhor a doença ao longo do tempo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Nessa atualização, serão contempladas as novas tecnologias incorporadas ao SUS nos últimos dois anos. A proposta de atualização do PCDT da doença de Crohn pode ser consultada no site da Conitec2. 

A Consulta Pública da Conitec é um mecanismo de divulgação e transparência destinado a coletar informações a respeito de determinadas propostas para que um número maior de pacientes tenha acesso aos tratamentos3. A Doença de Crohn tem um impacto significativo nos índices de morbidade e mortalidade e afeta a qualidade de vida dos pacientes e das suas famílias4

Para mais informações sobre a doença de Crohn, acesse o site: mudandoadc.com.br 

 

Sobre as Consultas Públicas 

A Consulta Pública visa promover o diálogo entre a administração pública e o cidadão, em cumprimento aos princípios da legalidade, moralidade, eficiência, publicidade, transparência e motivação. É um mecanismo de participação social, de caráter consultivo, realizado com prazo definido e aberto a qualquer interessado, com o objetivo de receber contribuições sobre determinado assunto. Incentiva a participação da sociedade na tomada de decisões relativas à formulação e definição de políticas públicas5.



Takeda
Para mais informações, visite Link.



Referências:

1. Participa+Brasil. Consulta Pública nº 84/2025 – Atualização do PCDT da Doença de Crohn. Disponível em: Link. Acesso em: 30 out. 2025.

2. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). PCDT – Doença de Crohn. Disponível em: Link. Acesso em: 30 out. 2025.

3. Conitec. Participação Social – Consultas Públicas. Disponível em: Link . Acesso em: 30 out. 2025.

4. Magro F, Portela F, Lago P, Deus J, Cotter J, Cremers I, et al. Inflammatory bowel disease: A patient’s and caregiver’s perspective. Dig Dis Sci. 2009;54(12):2671–9.

5. Ministério da Saúde. Consultas Públicas. Disponível em: Link . Acesso em: 30 out. 2025.


Do caixa ao estoque, veja quais são as 10 principais fraudes corporativas

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Para mitigar riscos, algumas ações são fundamentais como monitoramento de processos, pessoas e tecnologias, criação de um código de ética moldado para cada tipo de negócio ou empresa, além de implementação de canal de denúncias

 

Falar sobre fraudes dentro das empresas é sempre um tema muito complexo: por mais que todos saibam que ocorram com frequência, na maioria das vezes essas não são documentadas, nem mesmo punidas dentro das empresas.

Mas, primeiramente é preciso entender o que são fraudes. Segundo o advogado trabalhista Mourival Boaventura Ribeiro, sócio da Boaventura Ribeiro Advogados, "fraude pode ser definida como a prática de qualquer ato ardiloso, enganoso, de má-fé, com o intuito de lesar ou ludibriar outrem, ou de não cumprir determinado dever”.

José Augusto Barbosa, sócio da Audcorp, empresa especializada em auditoria, explica que a fraude, em via de regra, é praticada por funcionários ou terceiros envolvidos, consistindo entre outros, "em desvios financeiros, relatórios com omissões de receitas e aumento de despesas, desvios de itens de estoque ou falsificação de registros de compras”.


Como ter certeza

Segundo Barbosa, a empresa pode descobrir que estão ocorrendo fraudes, a partir do surgimento de alguns indícios:

* diferenças apontadas entre os registros financeiros e contábeis, tais como contas a receber, contas a pagar, custos de produção, etc;

* cruzamento de informações apuradas pela contabilidade da empresa com seus fornecedores, clientes e terceiros; 

* diferenças de inventários físicos com os registrados em sistema informatizado;

* falta de documentação apropriada nas transações financeiras e operacionais da empresa.

As fraudes, depois de detectadas, podem desencadear ações em duas frentes distintas: a primeira, trabalhista, e a segunda no âmbito criminal, objetivando a apuração da prática de crime.

Segundo André Damiani, sócio da Damiani Advogados Associados, a ação da empresa deve ser imediata ao perceber a fraude.


Quais são os principais tipos de fraudes

Áreas em que circulam as movimentações financeiras da empresa, em especial no caixa, estoques e contas a receber de clientes são os principais pontos sensíveis a fraudes, segundo Barbosa, da Audcorp. Veja as 10 principais: 

Furto – são muito comuns nas empresas, e caracterizadas pela apropriação de pequenos materiais de escritório, por exemplo. Porém, a prática pode atingir grandes proporções;

Apropriação indébita – o colaborador de posse de algo da empresa passa a considerar o item como se fosse dele - caso de computadores e outros maquinários. A diferença do furto é que, naquele caso, o item é subtraído, não estando na posse do agente da ação. Na apropriação indébita, o agente ativo já possui a posse ou detenção do item.

Desvio financeiro – muito comum nas áreas financeiras e comerciais das empresas. Pode ocorrer com as pessoas direcionando recebíveis para suas contas pessoais por exemplo. Ação pode ser facilitada por falta de sistemas.

Desperdício voluntário – em muitos casos, colaboradores não motivados ou sem comprometimento permitem que a empresa perca valores ou peças por vontade própria, como em casos de mau uso ou até mesmo desmazelo.

Corrupção – esta pode ser configurada de diferentes formas, como suborno, em que é dado dinheiro a uma pessoa para que ela aceite agir de forma desonesta; propina, em que é pago um montante ao indivíduo para que ele libere alguma atividade sobre a qual tem determinado poder e, superfaturamento, que consiste em cobrar um valor maior do que o que foi gasto realmente em uma nota. Um exemplo é a pessoa pedir vantagem para fechar um negócio.

Fraudes em gastos pessoais - quando algum colaborador usa determinado instrumento da empresa em benefício próprio. Por exemplo. usar o carro da companhia para realização de um compromisso não relacionado com o trabalho; usar o cartão corporativo para gastos pessoais; abastecer o veículo para uso próprio com o vale combustível empresarial.

Extravio ou falsificação de recibos e comprovantes - Situação em que um colaborador perde ou até mesmo falsifica os comprovantes de despesas corporativas, a fim de receber reembolso de um valor maior do que o que foi gasto. Quando não há auxílio da tecnologia para controle desses documentos, a chance de fraudes pode aumentar ainda mais.

Despesas não-autorizadas - acontece quando algum colaborador gasta mais do que deveria em viagens corporativas, adquirindo serviços desnecessários. Isso pode ocorrer principalmente se a sua empresa não tem uma política de reembolso, e uma de gastos com viagens corporativas bem definidas.

Despesas duplicadas - ocasião em que algum colaborador usa a mesma nota para pedir reembolso duas vezes. Essa fraude se dá, sobretudo, em empresas que conferem os recibos de forma manual. Dessa forma, essa pessoa consegue ser ressarcida duplamente, ficando com um valor reembolsado maior.

Despesas escondidas - ocorre quando o colaborador, em serviço externo, pede para que os donos de estabelecimentos em que consumiram insiram um produto diferente na nota fiscal. Isso acontece, por exemplo, para esconder gastos com bebidas e cigarros. Assim, o colaborador consegue o reembolso mentindo sobre o que consumiu.


Prevenção de fraudes nas empresas

O combate de fraudes nas empresas tem como o melhor caminho a prevenção. “A adoção de procedimentos internos claros envolvendo elaboração de relatórios e prestação de contas sempre acompanhadas de notas fiscais e checagem periódica destas”, explica Mourival Ribeiro. 

Ele complementa que há necessidade de regulamento empresarial, e normas de compliance objetivando que todos na empresa tenham consciência dos procedimentos éticos a serem observados. A empresa também não deve ser condescendente com desvios de conduta e, uma vez identificados, deve agir imediatamente.

André Damiani complementa que “infelizmente algumas empresas só se lembram de fazer uma gestão de riscos quando a própria organização está em meio a uma crise”.

Em sua avaliação, algumas ações são fundamentais na empresa como monitoramento de processos, pessoas e tecnologias, criação de um código de ética moldado para cada tipo de negócio/empresa, além da implementação de canal de denúncias, dentre outras coisas, certamente mitigará os riscos.

Outro caminho para combater as fraudes são realizações constantes de auditorias. “Com o objetivo de impedir a ocorrência de fraudes, as empresas devem evitar que a realização e autorização de pagamento sejam feitas pela mesma pessoa. Caso isso não ocorra, o auditor contábil indicará que há indícios de possibilidade de fraude na organização”, finaliza o sócio da Audcorp.

 

Redação DC
https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/do-caixa-ao-estoque-veja-quais-sao-as-10-principais-fraudes-corporativas


Essays: entenda como são as redações obrigatórias para ser aceito em faculdades nos EUA

 

Textos avaliam não só o domínio do inglês, mas também a maturidade, o pensamento crítico e o perfil pessoal do candidato
 

Para quem sonha em estudar em uma universidade norte-americana, o processo até a aprovação envolve muita preparação, análise de currículo do candidato, testes como o Scholastic Assessment Test (SAT) – uma espécie de Enem dos Estados Unidos – e as essays, redações obrigatórias em que o aspirante à vaga tenta convencer que ele está preparado e merece estudar na instituição de ensino pretendida. 

A essay é um dos elementos mais importantes do processo seletivo. Segundo a conselheira de carreiras do Brazilian International School – BIS, de São Paulo/SP, Ana Cláudia Gomes, a redação permite ao estudante mostrar quem ele é, suas experiências, valores e o que o torna único. “O currículo acadêmico e os testes mostram em que nível de conhecimento o aluno está. Já a redação é a oportunidade para o candidato sair dos números e das estatísticas. No texto, os avaliadores buscam compreender a dimensão humana do aspirante a universitário, o que aquele estudante pode agregar à comunidade acadêmica, seja em termos de ideias, diversidade ou engajamento”, explica.
 

O que é e para que serve a essay?
 

A essay é uma redação dissertativa em inglês, que pode assumir diferentes formatos conforme a instituição. Sua função é apresentar o candidato de forma subjetiva, permitindo que os avaliadores compreendam sua trajetória, personalidade e capacidade de reflexão. Enquanto o histórico escolar evidencia o desempenho acadêmico, a essay demonstra autoconhecimento, coerência e propósito — aspectos muito valorizados pelas universidades americanas.
 

O peso pode variar conforme a faculdade, mas no geral, a essay pode corresponder a até 30% da pontuação do candidato, enquanto os testes e o currículo (notas e atividades realizadas durante o ensino básico) têm peso de 20 a 50%, respectivamente. De acordo com a especialista, muitas vezes é o texto pessoal e autêntico que diferencia dois estudantes com currículos semelhantes.
 

Tipos de essay
 

Há mais de um tipo de essay exigido nos processos seletivos. O mais comum é o Personal Statement, obrigatório e utilizado por centenas de universidades. No texto, o estudante escolhe e responde a uma pergunta aberta, que costuma girar em torno de temas pessoais, como desafios superados e momentos de aprendizado, ou experiências marcantes.
 

Exemplos comuns de perguntas incluem: “Conte sobre um desafio que transformou sua forma de ver o mundo”, “Descreva uma experiência que despertou sua curiosidade intelectual” ou “Relate um momento em que você questionou uma crença ou ideia”. Também são frequentes temas como o impacto de uma conquista pessoal, o aprendizado a partir de um erro ou a influência de alguém importante na trajetória do candidato.
 

Há universidades que pedem ainda as chamadas Supplemental Essays, textos complementares que variam em número e tema conforme cada instituição. Elas podem abordar perguntas como “Por que você quer estudar na nossa universidade?” ou “Como pretende contribuir para nossa comunidade acadêmica?”. Algumas instituições de ensino podem solicitar respostas curtas e criativas, em formato de parágrafo ou até mesmo listas, para avaliar originalidade e autenticidade.
 

Por isso, mais do que dominar a estrutura do texto, o segredo é encontrar uma narrativa autêntica e consistente, que dialogue com a trajetória e a candidatura apresentada nos testes e no currículo. “A essay ideal é aquela que só poderia ter sido escrita por aquela pessoa específica”, resume Ana Cláudia.
 

Estrutura e estilo do texto
 

Embora o formato seja livre, a essay geralmente segue uma estrutura que em alguns pontos se parece com a redação do Enem brasileiro, com introdução, desenvolvimento e conclusão. A diferença é que o aluno que busca uma vaga nos EUA tem bastante tempo para preparar sua essay, além de poder pesquisar, revisar e contar com orientações de professores e mentores antes de enviar a versão final – ao contrário da redação do Enem e de vestibulares brasileiros, que delimitam o tempo para realização e não permitem consultas a fontes externas.
 

O texto pode ter até 650 palavras, dependendo da faculdade pretendida, e é fundamental que tenha clareza, coesão e aspectos pessoais do candidato. Além do conteúdo, o domínio da língua inglesa também é avaliado. É fundamental demonstrar precisão gramatical e variedade de vocabulário, mas sem exageros. Textos excessivamente rebuscados podem parecer forçados e comprometer a naturalidade da narrativa.
 

Ana Cláudia explica que o estilo deve refletir a identidade do aluno, e não um modelo pronto. “Os avaliadores leem milhares de redações. Eles reconhecem imediatamente quando um texto soa artificial. O maior diferencial, ao meu ver, é ser sincero. Mesmo que a história pareça simples, se for verdadeira e bem escrita, ela se destaca.”
 

Dicas para uma essay perfeita
 

Para começar, o candidato deve refletir sobre experiências significativas e identificar o que aprendeu com elas. Boas essays costumam partir de histórias pessoais que revelam valores, escolhas e perspectivas.
 

Outras recomendações incluem:

  • Atente-se ao propósito central: as redações (ou essays) são a única parte da candidatura onde o aluno pode se apresentar como uma pessoa, e não apenas como um conjunto de notas e pontuações. Elas avaliam caráter, maturidade, autenticidade e a capacidade de reflexão, e não apenas o conhecimento acadêmico.
     
  • Entenda as diferenças entre as redações: a redação principal (Personal Statement), é mais abrangente e revela a voz e os valores do candidato; e as redações suplementares (Supplementals), são mais curtas e específicas, geralmente perguntando o porquê de o aluno querer estudar naquela universidade e a razão pela qual ele escolheu aquele curso.
     
  • Foco na reflexão: o erro mais comum é usar a essay como um segundo currículo. As universidades querem saber o "porquê" de suas experiências e não apenas o "o quê" (o evento, a nota ou a atividade). A reflexão sobre o impacto, a lição aprendida e o crescimento pessoal é o que realmente conta.
     
  • Originalidade: o comitê de admissão lê milhares de redações. O segredo é a autenticidade. O candidato deve contar uma história envolvente (storytelling) que só ele poderia contar, demonstrando como pensa e como reagiria a desafios, utilizando sua voz genuína.
     
  • Habilidade essencial: além do conteúdo, as redações testam a capacidade de escrita clara, concisão e pensamento crítico do aluno, sendo um indicador de seu potencial sucesso em um ambiente universitário rigoroso.
     
  • Alinhamento institucional: as supplementals são a chave para demonstrar interesse genuíno (o demonstrated interest). O aluno deve articular como suas paixões e objetivos se alinham especificamente com os programas, o campus e a missão da universidade em questão.
     
  • Não deixe a Inteligência Artificial escrever: a redação precisa estar coerente com o nível de inglês do aluno, refletido na sua nota do teste de proficiência. O que pode ser o ponto forte e determinante para sua aceitação, pode se transformar no vilão que descaracteriza o aluno como plagiador ou desonesto. A redação que apresenta o candidato precisa ser coerente com toda a informação da aplicação, refletindo realmente a verdade e ser 'a sua cara'.

Ana Cláudia destaca que muitos alunos se surpreendem ao descobrir o quanto aprendem sobre si mesmos durante o processo. “Escrever uma essay é, antes de tudo, um exercício de autoconhecimento. O estudante revisita suas conquistas, fracassos e motivações. É um texto que fala sobre o passado, mas também projeta o futuro”, conclui Ana Cláudia.


 

Ana Cláudia Gomes - mestre em Comportamento Organizacional pela University of Nevada (EUA), Pós-graduada em Bilinguismo pela Faculdade Singularidades, bacharel em Língua Inglesa e Literatura e em Pedagogia, além de possuir certificações em tradução simultânea e aconselhamento educacional. É especialista em orientação acadêmica e aplicação para universidades internacionais, com sólida experiência como coordenadora pedagógica e docente em escolas bilíngues, tendo liderado projetos de formação docente, análise de dados educacionais e desenvolvimento curricular.

5 curiosidades sobre o presídio de Tremembé

De clube de leitura à fuga improvável, confira seis histórias reais que revelam os bastidores da "prisão das estrelas"


Do outro lado dos muros do Complexo Penitenciário de Tremembé, o presídio mais midiático do Brasil, a rotina dos encarcerados misturas rivalidades, crenças espirituais, fugas inusitadas e até concursos de beleza. 

O local, que já recebeu nomes como Anna Carolina Jatobá, Lindemberg Alves e Luiz Estevão, guarda momentos dignos de episódios de séries prisionais. 

A seguir, listamos algumas das curiosidades que marcaram a história da “prisão das estrelas”. Essas histórias integram o livro Tremembé – o presídio dos famosos (Matrix Editora), do jornalista e escritor best-seller de true crime Ullisses Campbell. Confira!


1. Cela dos Espíritos

Tendo como “médium-chefe” Luiza Motta, sentenciada por atropelar e matar um homem enquanto dirigia embriagada, o espaço que ficou conhecido como “Cela dos Espíritos” ajudava mulheres condenadas por assassinato a pedirem perdão para suas vítimas. Suzane von Richthofen, por exemplo, supostamente recebeu uma carta psicografada da mãe, expressando perdão e amor incondicional.


2. Fuga pela escada de maracujá

Uma das fugas mais inusitadas de Tremembé foi protagonizada pela estelionatária Dominique Cristina Scharf, conhecida como a "Dama do Cárcere", em 2007. Ela escapou de uma das unidades do complexo, escalando a muralha de seis metros de altura utilizando uma plantação de maracujazeiros que crescia e se agarrava aos caibros. Após alcançar o topo e saltar para o outro lado, Dominique quebrou uma perna e um braço, mas ainda assim conseguiu sua liberdade temporária.


3. Concurso de beleza

Anualmente, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo promove o concurso "Miss Primavera" para eleger a "criminosa mais bonita do sistema penal", apelidado jocosamente de "Miss Xilindró". O concurso premiava ainda as categorias: Simpatia, Plus Size, Garota Revelação e Mister Tremembé (título destinado a homens transsexuais custodiados em penitenciárias femininas e às mulheres que se identificavam como lésbicas e apresentavam expressão de gênero masculino). Sandra Ruiz, conhecida como Sandrão, a sequestradora que namorou Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen na unidade, venceu o Mister em 2014. 


4. Tráfico de crack

Durante o regime semiaberto, alguns detentos “empreendedores” criaram uma passagem secreta no forro de um galpão para traficar crack. Eles compravam as pedras fora da prisão por R$ 10 e as revendiam por R$ 50 lá dentro. A droga era fumada à noite, e os usuários, em delírio, vagavam como zumbis. O tráfico foi descoberto após a denúncia de um dependente que não conseguiu comprar fiado.


5. Café literário

Criado por Gil Rugai, condenado por homicídio duplamente qualificado e estelionato, o "Café Literário" foi criado para reunir presos de dois pavilhões e estimular a leitura, a escrita e o debate. No projeto, que foi elogiado pelo poder de ressocialização, os detentos já discutiram obras como A Divina Comédia, de Dante Alighieri, Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, Saber viver, de Cora Caroline, entre outros clássicos. 

 

Tremembé – o presídio dos famosos está disponível na Amazon e no site da Matrix Editora

 

Panamá através de seu povo: mercados locais, gastronomia e tradições

Divulgação
Visit Panamá


Um mergulho nas cores, sabores e expressões culturais que revelam a verdadeira alma panamenha


No Panamá, a essência do destino está em seu povo. Cada sorriso, cada história e cada costume revelam a riqueza cultural que faz deste país um lugar inesquecível para quem busca viver experiências autênticas.

Os mercados locais são o ponto de partida para descobrir essa autenticidade. No Mercado de Mariscos, na Cidade do Panamá, visitantes saboreiam ceviches preparados na hora, diante do mar; enquanto, nos mercados do interior, os aromas de café, frutas tropicais e pratos caseiros convidam a conhecer o dia a dia dos panamenhos.

A gastronomia panamenha reflete sua diversidade cultural, combinando influências indígenas, afro-antilhanoas e espanholas. Do café da manhã com hojaldres e tortilla com queijo branco ao almoço com sancocho – a sopa tradicional nacional  –  ou um peixe frito com patacones à beira-mar, cada prato conta uma história de tradição e sabor. Nas fondas, pequenos restaurantes locais, os viajantes encontram a expressão mais genuína da culinária panamenha.

A arte e a criatividade também se manifestam nas artesanias do país. Em comunidades como Guna Yala, as mulheres confeccionam as coloridas molas, tecidos feitos à mão que representam sua cosmovisão e orgulho cultural. Os povos Emberá-Wounaan produzem finos cestos com fibras de palmeiras locais, como a “chunga”, usando tintes naturais, além de entalhes em madeira preciosa e sementes duras como a “tagua”. No interior do país, artesãos criam o sombreiro pintado, declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO – símbolo da identidade nacional. Essas e outras obras compõem o mapa artesanal panamenho.

Nenhuma expressão cultural está completa sem mencionar o traje típico nacional: a pollera. Considerada uma das vestimentas tradicionais mais belas do mundo, é uma joia da cultura panamenha, feita à mão durante meses, adornada com rendas e acompanhada dos tembleques — enfeites de pérolas e flores usados nos cabelos. Todos os anos, durante as festas patrias e eventos como o Desfile das Mil Polleras, realizado em Las Tablas em janeiro, o traje ganha as ruas em desfiles repletos de música, dança e orgulho nacional.

No Panamá, as tradições não são lembranças do passado, mas celebrações vivas. Das danças congos na Costa do Caribe aos tambores de Los Santos e às festas patronais nas vilas do interior, o país vibra com a fé, a música e a alegria de seu povo.

A cada mês, festivais panamenhos convidam o visitante a mergulhar em suas tradições, na gastronomia e na hospitalidade local, vivenciando de perto a riqueza cultural do país.

Se você deseja conhecer a essência panamenha, estas são algumas das celebrações mais representativas ao longo do ano:

Janeiro: Feira das Flores e do Café (Boquete) – Um evento repleto de cores, jardins floridos e o melhor café de altitude.

Fevereiro: Carnaval do Panamá – Uma das maiores festas do país, com desfiles, comparsas e muita música.

Março/Abril: Semana Santa – Celebrações religiosas com procissões tradicionais em diversas regiões.

Abril: Festival del Manito Ocueño (Ocú) – Uma homenagem ao folclore e aos costumes rurais do interior.

Julho: Feira Nacional da Pollera (Las Tablas) – Dedicada ao traje típico nacional, com a eleição da Rainha da Pollera.

Agosto: Festival del Toro Suelto (Los Santos) – Celebração popular cheia de música e tradições camponesas.

Setembro: Festival del Cristo Negro (Portobelo) – Peregrinação e demonstração de fé na província de Colón.

Novembro: Fiestas Patrias – Mês das comemorações históricas, desfiles e manifestações de orgulho nacional.

Dezembro: Festival de la Mejorana (Guararé) – Exaltação do folclore, da música típica e das danças tradicionais.

Essas festividades, somadas à culinária local – do sancocho e dos tamales ao arroz com coco e aos frutos do mar frescos do Pacífico e do Caribe —, revelam um país autêntico, acolhedor e vibrante.

O Panamá não é apenas o centro geográfico das Américas – é também o coração de uma vida cosmopolita ativa e o ponto de encontro entre culturas ancestrais. Uma fusão entre modernidade e tradição que recebe de braços abertos quem o visita, seja a lazer ou a negócios. E está à espera dos viajantes brasileiros com fácil acesso e sem a necessidade de visto. Para saber mais acesse: https://pt.tourismpanama.com/

 



PROMTUR Panamá
www.promturpanama.com
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TM Américas

 

Liderança com propósito: como transformar estratégias em resultados de alta performance

Um dos grandes desafios de uma organização é transformar o planejamento em resultados concretos. Para tanto, mais do que apenas seguir metas ou cumprir cronogramas, o líder precisa dominar técnicas, processos e habilidades humanas para engajar a equipe e alcançar sucesso. Executar cada etapa com atenção, intenção e excelência pode transformar o processo em um diferencial competitivo no mercado. 

A clareza de metas é o ponto de partida, sem objetivos bem definidos está fadado ao fracasso. O gestor deve garantir que todos do time compreendam o que se espera, quais são os critérios de sucesso e os prazos envolvidos. Alinhar essas expectativas com os stakeholders, logo no início, evita mal entendidos e permite maior agilidade na tomada de decisões ao longo do caminho.

Outro fator é o uso eficaz dos recursos disponíveis, incluindo pessoas, tempo, tecnologia e orçamento. Além disso, a capacidade de adaptação diante de imprevistos é fundamental para manter a continuidade e a eficiência, mesmo diante de mudanças de escopo ou limitações inesperadas.

A comunicação também é um pilar essencial. Projetos bem-sucedidos contam com líderes que estabelecem uma comunicação clara, aberta e constante com a equipe. Reconhecem que delegar não é abdicar de responsabilidades, mas sim distribuir funções com inteligência. Ao confiar nas pessoas e gerar autonomia, o gestor promove um ambiente de responsabilidade compartilhada. Isso não apenas aumenta a produtividade, mas também fortalece o engajamento e o senso de pertencimento dos colaboradores. 

Além da entrega em si, uma gestão eficiente agrega valor à organização como um todo, fortalecendo a cultura de planejamento, organização e foco em resultados, tornando os processos mais previsíveis e eficientes. Com o tempo, essa maturidade se traduz em maior competitividade e satisfação dos clientes.

Vale ressaltar, que o verdadeiro sucesso vai além de cumprir prazos ou entregar algo funcional, se mede pela capacidade de gerar impacto real, atender e até superar as expectativas e promover o crescimento do time envolvido. Um bom dirigente compreende que, por trás de cada tarefa, há pessoas, desafios e oportunidades, e é por isso que gerenciar projetos é, antes de tudo, liderar com propósito.

 

Renata Barbalho - fundadora e CEO da consultoria Espanha Fácil


62% dos brasileiros afirmam que não têm informação suficiente para ajudar uma mulher em situação de violência, aponta Índice

Lançado neste mês de novembro pelo Instituto Natura e a Avon, Índice de Conscientização sobre Violência contra as Mulheres mostra ainda que quatro em cada dez brasileiras não reconhecem espontaneamente como violência contra mulher as agressões vividas

 

Apesar dos esforços de governos, veículos de comunicação e instituições para conscientizar a população sobre a gravidade da violência contra a mulher, apenas 38% dos brasileiros acreditam que têm “alguma” informação sobre leis, tipos de violência doméstica (física, sexual, patrimonial, moral e psicológica) e canais de denúncia e apoio para ajudar uma mulher em situação de violência. O dado faz parte do Índice de Conscientização sobre Violência contra Mulheres, ferramenta inédita lançada pelo Instituto Natura e a Avon neste mês de novembro para apontar o nível de conscientização da população sobre o tema no Brasil, entre outros países da América Latina. 

O Índice, desenvolvido a partir de levantamento realizado pelo Instituto Natura com o apoio da agência especializada Quiddity entre junho e agosto de 2025, mostra que quatro em cada dez brasileiros não se recordam de ter visto alguma campanha de conscientização sobre o tema nos últimos 12 meses - o que confirma que os esforços do governo e da sociedade civil em divulgar informações essenciais para proteger meninas e mulheres não está sendo efetivo. Além disso, quatro em cada dez mulheres não declararam espontaneamente que já sofreram violência contra mulher, mas depois identificaram que sofreram situações descritas pelos entrevistadores como tal. 

“A conscientização é parte da solução do problema social que é a violência contra mulheres e meninas. É por isso que o Instituto Natura desenvolveu o Índice. Não se trata de uma pesquisa pontual, mas uma ferramenta perene, um instrumento de acompanhamento da conscientização sobre a violência contra as mulheres, que nos ajuda a compreender se estamos evoluindo enquanto sociedade na forma como percebemos, compreendemos e reagimos em relação à violência contra a mulher. E é ele que passará a nortear todas as nossas ações no tema e poderá ajudar a promover a transformação social no país pela qual trabalhamos”, afirma Maria Slemenson, superintendente do Instituto Natura Brasil. 

Do total de entrevistados no Brasil para a criação do Índice - 4.224 homens e mulheres acima de 18 anos em todo o País -, somente 29% demonstraram conscientização “alta” ou “muito alta” sobre violência contra mulheres, enquanto 28% demonstraram conscientização “baixa” ou “muito baixa”. Os níveis classificados como “alto” e “muito alto” correspondem a um conhecimento satisfatório e capacidade de ação sobre os diferentes tipos de violência doméstica, maneiras de ajudar uma mulher em situação de violência, leis a respeito e serviços de apoio e proteção. 

“Embora tenhamos a impressão de que este seja um assunto em evidência na sociedade, a maior parte de nossa população não conhece informações fundamentais a respeito das leis e políticas públicas de proteção e apoio. Esse cenário contribui para que a violência contra a mulher, em especial a doméstica, seja mantida na esfera privada, e não tratada como um problema social mais amplo”, diz Beatriz Accioly, antropóloga e líder de Políticas Públicas pelo Fim da Violência Contra Meninas e Mulheres no Instituto Natura. “Enfrentar a violência contra a mulher é uma responsabilidade do Estado, mas também de toda a sociedade”, afirma a especialista.
 

Discurso x Ação: 98% das mulheres dizem que tomariam uma atitude ao sofrer situação de violência, mas somente 73% das que já sofreram de fato o fizeram 

O Índice de Conscientização revela que há contradição entre o discurso, considerando cenários hipotéticos, e a tomada de atitude em casos reais de violência contra mulheres. Das brasileiras que participaram da pesquisa, 98% afirmaram que tomariam uma atitude, em especial o acionamento da polícia, se sofressem algum tipo de violência contra a mulher. No entanto, somente 73% das que apontaram que já sofreram violência doméstica de fato buscaram ajuda e a maioria o fez na esfera privada, sem acionamento da polícia ou formalização de denúncia ao agressor. 

Ao mesmo tempo, 96% dos homens e mulheres reconheceram que têm alguma responsabilidade, enquanto sociedade, diante do problema, mas 60% afirmaram que o que acontece entre um casal deve ser resolvido apenas pelo próprio casal e 15% disseram que não ajudariam a mulher porque “não acha que seja da sua conta”.
 

 

Cenário latino-americano 

O Índice de Conscientização sobre a Violência contra as Mulheres será lançado nos 6 países da América Latina em que o Instituto Natura atua - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México - e mostrou que a dificuldade em converter intenção e preocupação em ações práticas e conscientização não é um desafio local. Em todos os países considerados pela ferramenta, a maior parte dos entrevistados consideram importante intensificar as leis e ações de enfrentamento à violência contra a mulher, mas demonstram pouco conhecimento sobre o tema. 

Todos os países têm mais de um terço dos participantes da pesquisa que se consideram com pouca ou nenhuma informação para ajudar uma mulher em situação de violência. Como uma das iniciativas para reforçar essa conscientização, o Instituto Natura e a Avon lançaram a campanha “Chame Pelo Nome” em agosto deste ano e farão uma segunda tomada agora em novembro no movimento dos “16 dias de ativismo”, período que marca a realização de ações globais de articulação em prol do tema por pessoas, instituições e organizações para prevenir, enfrentar e eliminar a violência contra mulheres e meninas.
 

Sobre o Índice de Conscientização sobre a Violência contra as Mulheres 

O Índice de Conscientização sobre a Violência contra as Mulheres é uma ferramenta perene criada pelo Instituto Natura e a Avon para mensurar o nível de conscientização das populações do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México - países em que as instituições atuam - sobre a violência contra as mulheres. Assim, pretende apoiar políticas públicas e ações de transformação social. A intenção é que os dados do índice sejam atualizados anualmente. 

Para este lançamento, foram escutados somente no Brasil pelo Instituto Natura, com o apoio da agência especializada Quiddity, 4.224 homens e mulheres acima de 18 anos. As entrevistas aconteceram de forma presencial e online entre junho e agosto de 2025 e respeitaram os recortes de região e gênero recomendados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de recortes de classe social, de acordo com renda familiar e escolaridade do entrevistado. 

O questionário da pesquisa foi aplicado a partir de metodologias quantitativas de pesquisa social. Ele considera três dimensões complementares: conhecimento (cognição; o que se sabe sobre o problema), atitudes (ação; como reagimos diante dele) e valores (percepção; o que sentimos e acreditamos).
  

Instituto Natura

Avon
www.avon.com.br


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