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quinta-feira, 3 de abril de 2025

Transtorno do Espectro Autista: “aceitação é um processo e deve ser respeitado”

A convite da Inspirali, Dra Marlana Kusama esclarece dúvidas sobre o tema 

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um assunto que ainda gera muitas dúvidas entre a população. Como detectar? Quem procurar? Como lidar? Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem no mundo cerca de 70 milhões de pessoas com o transtorno, sendo 2 milhões apenas no Brasil. 

Pegando como gancho o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado neste dia 2 de abril, a Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, convidou a Dra. Marlana Kusama, pediatra com ênfase nos transtornos do neurodesenvolvimento e professora da UniSul, para responder algumas dúvidas sobre o tema.

 Confira:

 

O que significa Transtorno do Espectro Autista?

R: É um dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, caracterizado pelas dificuldades de comunicação e interação social e também de comportamentos restritos e repetitivos.

 

Quando ele pode ser detectado?

R: Embora seja detectado, mais frequentemente, por volta dos 2 anos de idade, hoje em dia conseguimos detectar em algumas crianças de forma mais precoce entre 12 e 18 meses de vida, sendo que os sinais de alerta já podem aparecer desde os primeiros meses de vida.

 

Quais os principais sintomas?

R: Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-TR), precisamos estabelecer os seguintes critérios diagnósticos:

A)  Déficits persistentes na comunicação e interação social; 

B)  Padrões repetitivos e restritos de comportamento, atividades ou interesses;

C)  Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento;

D)  Esses sintomas causam prejuízos clínicos significativos no funcionamento social, profissional e pessoal ou em outras áreas importantes da pessoa;

E)   Esses distúrbios não são bem explicados por deficiência cognitiva e intelectual ou pelo atraso global do desenvolvimento.

 

O que os pais devem fazer quando detectarem estas manifestações?

R: Durante as consultas de puericultura, já deve ser comunicado ao pediatra as alterações de comportamento, para que ocorra a investigação mais precoce possível.

 

De que forma é feito este diagnóstico?

R: O diagnóstico de Autismo deve seguir os critérios do DSM-5 TR e existem ferramentas que podem auxiliar no diagnóstico.

 

Como os pais devem lidar com um diagnóstico positivo?

R: Acolhimento é a palavra e sempre devemos dialogar muito com as famílias, para poder esclarecer os mitos que hoje em dia temos com relação ao Autismo. A aceitação é um processo e como todo processo deve ser respeitado.

 

Quais os níveis da condição e o que difere um nível de outro?

R: São os níveis de necessidade de Suporte.

 

Existe tratamento? Se sim, como é feito?

R: O acompanhamento do Autismo é realizado de forma multidisciplinar com terapias, intervenções educacionais, adaptações ambientais e em alguns casos terapia medicamentosa para que possamos melhorar a qualidade de vida e ajudar nos desempenhos diários dos pacientes

 

Existe cura para o espectro?

R: Atualmente não existe cura para o Transtorno do Espectro do Autismo.

 

Qual o médico responsável?

R: Médicos que são capacitados, entre eles Pediatras, Psiquiatras e Neurologistas. Mas sendo médicos que estudam e estejam capacitados podem e devem diagnosticar o Transtorno do Espectro do Autismo.

 

Como é feito o acompanhamento?

R: As terapias são focadas com base na necessidade de suporte de cada indivíduo, ou seja, são individualizadas, o médico deve acompanhar a evolução dos pacientes com frequência e atualizando o laudo conforme a necessidade de suporte.

 

O tratamento precoce garante qualidade de vida para o futuro?

R: Este é o fundamento. Mas a garantia só virá de acordo com a adequação de cada família e suas realidades, adesão aos tratamentos, acompanhando o desempenho escolar, até atingir a maturidade.

 

Por que o diagnóstico de autismo vem crescendo tanto?

R: Sempre tivemos pessoas autistas o que não tínhamos eram os diagnósticos e estudos, ou seja, quanto mais estudamos, mais temos a capacidade de diagnosticar e melhorar a qualidade de vida das pessoas

 

É possível que o diagnóstico seja detectado em adultos? Ou se manifesta desde criança?

R: Hoje em dia temos muitos adultos diagnosticados tardiamente, mas o diagnóstico deve ser sempre relacionado à primeira infância.


Papel de parede e umidade: um perigo invisível para a saúde

Especialista alerta sobre os riscos para a proliferação de fungos, ácaros e bactérias, que podem desencadear problemas respiratórios

 

O papel de parede é uma ótima opção para quem deseja renovar a decoração de forma rápida, sem sujeira e quebra-quebra. Além de prático e sofisticado, é uma opção versátil que pode ser aplicada em diversos ambientes, como salas, quartos, lavabos, corredores, escritórios e até banheiros. No entanto, em locais úmidos, é preciso ter atenção redobrada, pois a umidade acumulada entre o papel e a parede cria um ambiente ideal para a proliferação de fungos, ácaros e bactérias, que podem afetar a saúde.

 

Segundo o Dr. Fabrizio Ricci Romano, otorrinolaringologista e consultor da Glenmark, esse excesso de umidade favorece a multiplicação de micro-organismos prejudiciais. “Esses agentes podem desencadear ou agravar doenças respiratórias, como rinite alérgica, sinusite e até crises asmáticas. O mofo, por exemplo, libera esporos no ar, que, quando inalados, irritam as vias aéreas e podem causar sintomas como espirros, tosse e falta de ar”, alerta o especialista.

 

Além das complicações respiratórias, a presença de fungos e ácaros pode causar desconforto e reações alérgicas, como coceira, irritação ocular e dermatites. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias preexistentes são ainda mais vulneráveis aos efeitos desses micro-organismos. “O controle da umidade e a escolha de revestimentos adequados são fundamentais para manter a qualidade do ar e evitar problemas de saúde”, destaca o Dr. Romano.

 

Para minimizar os riscos, é essencial optar por papéis de parede específicos para áreas úmidas, que possuem maior resistência à umidade e propriedades antifúngicas. Além disso, manter os ambientes bem ventilados e investir em desumidificadores pode ajudar a evitar a proliferação de agentes nocivos. “A prevenção é sempre o melhor caminho. Ambientes secos e bem ventilados ajudam a evitar a proliferação de micro-organismos e garantem mais saúde para toda a família”, conclui o especialista.

 

Quem sofre com alergias respiratórias deve estar sempre atento aos sintomas. Em casos de crises alérgicas, um médico deve ser consultado para indicar o tratamento adequado, incluindo o uso de medicamentos que possam minimizar os sintomas e garantir mais qualidade de vida.

 

 

Glenmark Pharmaceuticals


BOLETIM DAS RODOVIAS

Tarde com lentidão na Castello Branco

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta quinta-feira (3).

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal nos dois sentidos da Raposo Tavares (SP-270). Na Castello Branco (SP-280), o tráfego é lento do km 15 ao km 13+290 do sentido capital e do km 23 ao km 24 do sentido interior.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.



SAMU ou SIATE: entenda qual serviço chamar em cada tipo de emergência

Imagem: César Bruneli

A diferença entre os dois atendimentos pode ser decisiva para salvar vidas. Veja quando acionar cada número e o que esperar de cada equipe 

 

Quando uma emergência acontece, saber qual serviço chamar pode significar a diferença entre a vida e a morte. No Brasil, duas centrais prestam atendimento pré-hospitalar: o SAMU (192) e o SIATE (193). Embora complementares, suas funções são distintas e acioná-las corretamente pode agilizar o socorro e evitar sobrecarga nos sistemas de saúde.

Thiago Cordeiro, que é coordenador da Central de Regulação de Urgências da SMB Gestão em Saúde, operadora do CIMSamu (Consórcio Intermunicipal SAMU Campos Gerais), explica as principais diferenças entre os serviços e a importância de acionar o atendimento correto para cada situação.


SAMU: atendimento às urgências clínicas e de alta complexidade

O SAMU, acionado pelo telefone 192, integra a rede de urgência e emergência do Ministério da Saúde. Seu foco principal está no atendimento de casos clínicos graves, como infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), crises convulsivas e parada cardiorrespiratória.

“As viaturas do SAMU podem ser de suporte básico, com técnico de enfermagem e condutor socorrista, ou de suporte avançado, funcionando como UTIs móveis, com médico, enfermeiro e equipamentos especializados”, explica Thiago Cordeiro.

Além do atendimento inicial, o serviço direciona os pacientes para as unidades de saúde mais adequadas, organizando o fluxo entre Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais de maior complexidade.


SIATE: especialista em trauma e resgate

Já o SIATE, acionado pelo telefone 193, é operado pelo Corpo de Bombeiros e tem como principal função o atendimento a vítimas de traumas e resgates em situações de risco.

“Sua especialidade está no atendimento de acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo ou branca, quedas graves, afogamentos e incêndios”, destaca Thiago. Os socorristas do SIATE são bombeiros militares treinados para atuar em cenários complexos, como soterramentos, desmoronamentos e espaços confinados.

Além das ambulâncias, o SIATE pode contar com viaturas multifuncionais equipadas para salvamento e combate a incêndios, garantindo suporte eficaz em ocorrências que demandam maior estrutura de resgate.


Quando acionar cada serviço?

Embora cada serviço tenha sua especialidade, há casos em que podem atuar conjuntamente. O SIATE pode prestar suporte em emergências clínicas quando necessário, assim como o SAMU pode intervir em eventos traumáticos.

“A decisão sobre qual serviço acionar deve levar em conta a natureza da emergência”, orienta Thiago. “Se for um problema de saúde súbito e grave, como um infarto, o SAMU deve ser chamado. Já em casos de trauma significativo, como um acidente de trânsito com vítimas presas às ferragens, o SIATE é a melhor opção.”

Ter essa informação pode garantir um atendimento mais ágil e adequado, impactando diretamente no desfecho da emergência.


Mês Mundial do Autismo - É tempo de transformar conscientização em ação

Especialista aponta os maiores desafios para pacientes e responsáveis sobre TEA

 

Abril é considerado o mês Mundial do Autismo, em que organizações, famílias e defensores se organizam para chamar a atenção da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) — uma condição do neurodesenvolvimento que impacta milhões de pessoas em todo o mundo. 

O último levantamento do CDC nos Estados Unidos aponta que uma em cada 36 crianças é diagnosticada com autismo. No entanto, apesar da maior visibilidade, indivíduos com autismo e suas famílias seguem enfrentando desafios no acesso a diagnóstico precoce, intervenções de qualidade e suporte ao longo da vida, além de enfrentarem ao longo da vida, discriminação, exclusão e falta de acesso a direitos básicos como assistência em saúde, educação inclusiva e emprego. 

Uma revisão sistemática dos estudos publicados entre 2012 e 2019 identificou que a idade média global de diagnóstico do TEA era de 60,48 meses (5 anos). No Brasil, um estudo de 2017 encontrou que as mães de crianças posteriormente diagnosticadas com TEA já apresentavam preocupações quanto ao desenvolvimento das crianças desde os 23 meses, em média. Essas preocupações envolviam atraso no desenvolvimento da linguagem, falha em responder ao nome, pouco contato visual e agitação motora. Apesar dessa postura familiar vigilante, o diagnóstico formal só ocorreu cerca de 36 meses mais tarde, próximo dos 6 anos. 

Segundo a Coordenadora do Núcleo de Autismo do Instituto de Pesquisa PENSI Sandra Mutarrelli, Noemi Takiuchi, tanto os pacientes quanto os familiares necessitam de um acompanhamento profissional, que além da parte clínica, envolva todo o processo de acolhimento. "Sabemos ainda que o cuidado integral às crianças com autismo exige um olhar ampliado para suas famílias, devido à sobrecarga financeira, emocional e logística. É essencial haver suporte abrangente para os cuidadores, garantindo inclusão social e rede de apoio no enfrentamento aos desafios envolvidos nesse cuidar. Quando as famílias buscam por intervenções após o diagnóstico de autismo, novamente a demanda por serviços especializados supera a oferta disponível, resultando em filas de espera e atrasos no início das terapias, especialmente nos equipamentos da rede pública, da qual a maioria da população brasileira é dependente. A implementação de políticas públicas focadas na capacitação de profissionais é fundamental para melhorar esse cenário e garantir o atendimento especializado com práticas baseadas em evidências para todas as crianças com TEA”, explica Noemi.  

Para haver a elaboração de projetos terapêuticos que consideram as necessidades específicas de cada criança com TEA é fundamental existir a parceria com profissionais de saúde que auxiliem nas adaptações que garantam o melhor aprendizado e inclusão na escola, orientações para promover a participação social em diferentes contextos e com diversos interlocutores, seja no lazer ou no trabalho.

Inclusão não é um favor. É lei e é retrato de uma sociedade que compreende seu compromisso com a dignidade humana, que entende que diversidade é potência e que acessibilidade é condição mínima para participação plena e justiça social”, finaliza Noemi. 



Instituto PENSI - Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2012, com o objetivo de produzir e disseminar conhecimento em Saúde Infantil, incorporada à missão da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES) e respeitando seus valores. Todo o trabalho é realizado por meio dos diferentes Núcleos: Pesquisa, Ensino, Projetos Sociais, Autismo e Voluntariado, que têm estrutura própria, mas atuam em colaboração contínua com o Sabará Hospital Infantil.


Fatos sobre Esclerose Múltipla que você precisa saber

Incidência da doença varia de acordo com as regiões do Brasil

  • Avaliações clínicas e exames de imagem são utilizados para o diagnóstico 
  • Tratamentos visam controlar os surtos da doença e ampliar a qualidade de vida 

 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença que compromete o sistema nervoso central e atinge principalmente adultos jovens [1]. Caracterizada por surtos e remissões, ela apresenta uma ampla gama de sintomas que impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes [2]. Abaixo, foram destacadas as 10 principais informações que todos devem saber sobre a EM, desde sua incidência até opções de tratamento e desafios enfrentados pelos pacientes. 


  1. No Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com Esclerose Múltipla [3]

Estima-se que aproximadamente 40 mil pessoas vivam com EM no Brasil, com uma prevalência média de 8,69 casos por 100.000 habitantes – podendo chegar a 27,2/100 mil na região sul. A maioria dos diagnósticos ocorre entre os 20 e 50 anos, embora a doença possa afetar pessoas de qualquer idade. Pessoas brancas e do sexo feminino apresentam maior probabilidade de serem diagnosticadas com EM. A maior incidência é observada nas regiões sul do país [2]. 


  1. Sintomas comuns incluem fadiga, alterações na fala, transtornos visuais e fraqueza muscular [3]

A Esclerose Múltipla pode manifestar-se de várias formas no sistema nervoso central, resultando em sintomas neurológicos diversos. Entre os sintomas mais frequentes estão neurite óptica, diplopia, paresia ou alterações sensitivas e motoras de membros. Os pacientes podem experienciar ainda disfunções de coordenação e equilíbrio, dor neuropática, espasticidade, fadiga, disfunções esfincterianas e cognitivo-comportamentais [2]. 

A doença é caracterizada por surtos agudos de novos sintomas ou intensificação dos existentes, seguidos por períodos de remissão parcial ou total. Esses surtos podem variar em intensidade e frequência entre os indivíduos, com a progressão da doença sendo altamente variável [2]. 


  1. Diagnóstico da EM envolve exames clínicos detalhados e de imagem [2]

O diagnóstico da EM é complexo e baseia-se em exames clínicos detalhados - documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, que devem durar mais de 24 horas e ocorrer de forma distinta, separados por período de no mínimo um mês – além de exames de imagem como ressonância magnética e análise do líquido cefalorraquidiano [2]. 


  1. Medicamentos e suporte multidisciplinar controlam frequência e intensidade dos surtos e ampliam qualidade de vida

Embora ainda não haja cura, os tratamentos aprovados para a doença visam a melhora clínica e aumento da capacidade funcional ao reduzir a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, em face da diminuição da atividade inflamatória [3}. O tratamento pode envolver o trabalho conjunto de neurologista, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, conforme as necessidades de reabilitação de cada paciente [2]. 


  1. Pacientes de esclerose múltipla precisam atentar à qualidade da saúde mental 

Transtornos do humor, como depressão e ansiedade, são frequentes em pacientes com esclerose múltipla (EM) e muitas vezes são desencadeados ou exacerbados pela dificuldade em enfrentar a doença. A depressão, por exemplo, afeta entre 36% e 54% dos pacientes e está correlacionada com piora na qualidade de vida, perda de dias de trabalho, redução na adesão ao tratamento e aumento do risco cumulativo de suicídio. Além disso, o funcionamento cognitivo, que envolve memória, concentração, raciocínio e julgamento, também pode ser comprometido [3}. 


  1. Suporte e informação podem contribuir para os desafios de viver com EM

Organizações como a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla - ABEM desempenham papeis de destaque ao oferecerem suporte emocional, informação e advocacy para pacientes e familiares. Elas ajudam a ampliar a conscientização sobre a esclerose múltipla, promovendo melhores condições de vida para os afetados pela doença [4]. 


  1. Ferramentas tecnológicas têm o potencial de amparar a rotina de pacientes e familiares que convivem com esclerose múltipla

Soluções digitais, como o aplicativo Cleo podem contribuir na orientação e organização da rotina. A plataforma gratuita apresenta conteúdo para ajudar pacientes que convivem com EM, fornecendo informações gerais sobre a doença, aconselhamento sobre dietas, bem-estar, exercícios e possíveis sintomas. Desenvolvida pela Biogen, a plataforma contou com uma equipe de elaboração formada por mais de 30 neurologistas e enfermeiros e mais de 100 pacientes [5]. 

A Esclerose Múltipla é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para seu manejo eficaz. Com o apoio adequado, incluindo diagnóstico precoce, tratamento específico e suporte contínuo, os pacientes podem enfrentar os desafios impostos pela doença e manter uma boa qualidade de vida [3].   



Biogen
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Referências

[1] BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde publica atualização do PCDT para Esclerose Múltipla. Brasília, DF. 2022. Disponível em <https://www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/noticias/2021/fevereiro/ministerio-da-saude-publica-atualizacao-do-pcdt-para-esclerose-multipla>. Acesso em 19 jul de 2024.

[2] BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esclerose Múltipla, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal_portaria-conjunta-no-1-pcdt_esclerose-multipla.pdf. Acesso em 19 jul de 2024.

[3] BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: htttps://bvsms.saude.gov.br/eu-me-conecto-nos-nos-conectamos-30-5-dia-mundial-da-esclerose-multipla/#:~:text=A%20esclerose%20m%C3%BAltipla%20(EM)%20%C3%A9,pessoas%20vivem%20com%20a%20doen%C3%A7a. Acesso em 19 de jul 2024.

[4] ABEM. Quem somos. São Paulo, SP: 2024. Disponível em <https://www.abem.org.br/abem/quem-somos/>. Acesso em 23 jul de 2024.

[5] CLEO app. Versão: 1.15.7. Cambridge: Biogen, 2022. Aplicativo móvel. Acesso em 23 jul de 2024.



Calor requer cuidado redobrado com as marmitas

Freepick
Brasileiros que levam comida caseira para o trabalho precisam de atenção com a qualidade dos alimentos e a limpeza das quentinhas; biomédica explica como melhorar a segurança alimentar

 

Levar marmita para o trabalho virou hábito entre os brasileiros. Desde a pandemia, o número de trabalhadores que prefere consumir refeição caseira vem crescendo. A pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho, realizada pelo Instituto QualiBest, mostra que 42% de quem trabalha fora já aderiu a essa prática.

 

O levantamento da Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar, traz números ainda mais expressivos: 71% dos trabalhadores brasileiros optam pela marmita. Destes, 78% são mulheres.

 

O hábito de levar comida para o trabalho tem diferentes motivações. As principais são a escolha de alimentos mais saudáveis e a economia de tempo ou dinheiro. Seja qual for o caso, é essencial ter atenção ao tipo de alimento transportado e fazer a limpeza correta da marmita para evitar riscos à saúde.

 

De acordo com a biomédica Yasmin Carla Ribeiro, as altas temperaturas registradas neste verão favorecem a multiplicação de microrganismos como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus – bactérias responsáveis por intoxicações alimentares que podem causar diarreia, vômitos e dor abdominal.


Freepick

“Além do cuidado com a qualidade, a preparação e a refrigeração dos alimentos, os recipientes usados para levar a comida ao trabalho precisam ser higienizados corretamente”, alerta a professora do curso de Biomedicina do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação.

 

Pesquisadora nas áreas de Nanotecnologia, Cultivo Celular, Microscopia e Biologia Molecular, Yasmin explica que a combinação de calor, restos de alimentos, umidade ou contato da marmita com superfícies contaminadas pode colocar a saúde dos usuários em risco.

 

Entre as boas práticas de higiene estão: lavar a marmita com água quente e detergente neutro; usar uma escovinha se o recipiente tiver muitas frestas ou cantos que podem armazenar restos de comida e higienizar a marmita com álcool 70% ou uma solução de água sanitária (uma colher de sopa em um litro de água).

 

A professora de Biomedicina do UniCuritiba lembra que separar ou desmontar todas as partes da marmita facilita a higienização. “Depois de lavar cada peça é importante secar tudo com um pano limpo, já que a umidade residual pode favorecer o crescimento de microrganismos. Para guardar a marmita vazia, escolha um local protegido de poeira e insetos”, ensina a mestre e doutoranda em Biologia Celular e Molecular.

 

Segundo a biomédica, a segurança alimentar das marmitas feitas em casa depende de um conjunto de cuidados básicos par reduzir o risco de contaminação, como: higiene da cozinha, dos utensílios, das mãos e dos próprios alimentos; escolha dos ingredientes; prazo de validade dos produtos; processos de cozimento e preparo correto dos alimentos; resfriamento das refeições antes de colocá-las na marmita; armazenamento em temperatura adequada e transporte das refeições em bolsas térmicas, dependendo da distância entre a residência e o local de trabalho.

  

UniCuritiba


Nova tecnologia reduz chances de cirurgias, trombose e infeções em pacientes com doenças renais

Stent de carbono é usado para evitar estreitamento dos vasos sanguíneos 

 

Uma tecnologia desenvolvida pela BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica no mundo, e que previne o estreitamento dos vasos sanguíneos em pacientes que estão em tratamento por hemodiálise está disponível no Brasil. Trata-se do stent revestido de carbono CoveraTM, que pode reduzir a incidência de cirurgias, riscos de desenvolvimento de trombose e infecções. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, estima-se que existam, aproximadamente, 140 mil pacientes em diálise no Brasil e cerca de 90% deles realizam terapia por hemodiálise¹ devido à doença renal crônica. Esses pacientes enfrentam diferentes desafios na jornada de tratamento, dentre elas, os acessos vasculares necessários para a realização desta terapia, daí a importância da nova tecnologia. 

“Médicos estão em busca de novas tecnologias com o objetivo de minimizar o número de novas intervenções cirúrgicas e oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes com doença crônica renal. Uma dessas tecnologias é o stent revestido². Vários estudos científicos comprovaram que a utilização deste dispositivo oferece uma capacidade de manutenção do vaso sanguíneo e uma patência significativa superior em comparação com a angioplastia isolada²,³,4”, explica Fernanda Carneiro, Medical Affairs da BD. 

Estudos clínicos5,6 demonstraram que os pacientes tratados com este recurso receberam menos intervenções e tiveram tempo prolongado entre estas intervenções, além de mostrar que é seguro e contribui para a diminuição das taxas de novas cirurgias. Ainda possibilita que pacientes não sofram complicações, como infecções ou falhas no acesso vascular, e não precisem passar por procedimentos corretivos de fístulas. 

“O AVeNEW é um dos principais estudos prospectivos, multicêntricos e randomizados sobre o tema que evidencia os benefícios do stent revestido. Esta pesquisa científica compara a eficácia do CoveraTM associado à angioplastia e em relação à angioplastia isolada no tratamento de estreitamentos de vasos sanguíneos de acessos para hemodiálise que estejam apresentando sintomas”, complementa Fernanda Carneiro. 

Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, outra vantagem é em relação ao alívio da sobrecarga hospitalar por permitir mais giro de leitos e redução dos procedimentos desnecessários e respectivos custos associados. 



BD
Para mais informações acesse o site da BD
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Referências
¹ Ana Beatriz Lesqueves Barra, Ana Paula Roque da Silva, Maria Eugenia F. Canziani, Jocemir Ronaldo Lugon, Jorge Paulo Strogoff de Matos. Sobrevida na hemodiálise no Brasil de acordo com a fonte pagadora do tratamento: Sistema Único de Saúde versus convênio privado.

²Hu H, Wu Z, Zhao J, Wang J, Huang B, Yang Y, Xiong F. Stent graft placement versus angioplasty for hemodialysis access failure: a meta-analysis. J Surg Res. 2018 Jun;226:82-88. doi: 10.1016/j.jss.2018.01.030. Epub 2018 Feb 22. PMID: 29661293.

³Dolmatch, Bart, et al. "Prospective, multicenter clinical study of the Covera vascular covered stent in the treatment of stenosis at the graft-vein anastomosis of dysfunctional hemodialysis access grafts." Journal of Vascular and Interventional Radiology 33.5 (2022): 479-488.

4 D'cruz, Reuban Toby, et al. "Endovascular treatment of cephalic arch stenosis in brachiocephalic arteriovenous fistulas: a systematic review and meta-analysis." The Journal of Vascular Access 20.4 (2019): 345-355.

5Clinical study of the BARD® COVERA™ arteriovenous (AV) stent graft (AVeNEW). Clinicaltrials.gov website. Accessed August 29, 2024.

6Dolmatch B, Waheed U, Balamuthusamy S, Hoggard J, Settlage R; AVeVA Trial Investigators. Prospective, Multicenter Clinical Study of the Covera Vascular Covered Stent in the Treatment of Stenosis at the Graft-Vein Anastomosis of Dysfunctional Hemodialysis Access Grafts. J Vasc Interv Radiol. 2022 May;33(5):479-488.e3. doi: 10.1016/j.jvir.2022.02.008. Epub 2022 Feb 15. PMID: 35181497.


Pacientes renais na Páscoa: como curtir os sabores da data sem riscos à saúde

Nutricionista dá dicas para substituições inteligentes e controle de minerais durante a festividade

 

A alimentação na Páscoa, tradicionalmente marcada pelo consumo de peixes e doces, pode ser um desafio para pacientes renais. É preciso equilibrar a celebração com cuidados específicos para evitar sobrecarga nos rins.
 

Alimentos como bacalhau, chocolate e embutidos podem trazer riscos devido ao excesso de sódio, potássio e fósforo – minerais que, quando consumidos sem orientação nutricional, podem causar retenção de líquidos e desequilíbrios cardiovasculares.
 

Os perigos escondidos no prato:

  • Sódio: presente no bacalhau e sardinha, o excesso de sal eleva a pressão arterial e causa retenção de líquidos, sobrecarregando os rins e aumentando o risco de inchaço e problemas cardiovasculares.
  • Potássio: chocolates ao leite, castanhas e frutas secas contêm potássio. Quando os rins estão comprometidos, a dificuldade em eliminar esse mineral aumenta o risco de arritmias.
  • Fósforo: peixes, frutos do mar, embutidos, ingredientes industrializados utilizados em sobremesas, refrigerantes e temperos industrializados são fontes de fósforo, mineral que, quando consumido em quantidade elevada, enfraquece os ossos e endurece os vasos sanguíneos.

    Como ter uma refeição segura?

Thays Mortaia, coordenadora de nutrição da DaVita Tratamento Renal, destaca cuidados e alternativas para uma dieta saudável e saborosa, sem abrir mão da celebração.
 

"Opte por peixes frescos grelhados, como tilápia, linguado ou pescada, temperados com ervas frescas e limão. Para quem não abre mão do bacalhau, é possível reduzir o teor de sódio com o processo de dessalga, que consiste em deixar o peixe de molho em água por 48 horas, trocando a água a cada 8 horas", explica a especialista.
 

Para acompanhamento, prefira arroz branco, cuscuz e vegetais com baixo teor de potássio. "Molhos e temperos caseiros, feitos com ervas frescas, alho, cebola, alecrim, tomilho, cebolinha e azeite, são sempre as melhores opções", recomenda Thays.
 

Para a sobremesa, a coordenadora alerta sobre o chocolate ao leite. "Uma boa alternativa é trocar o chocolate por mousse de frutas ou gelatina decorada com morangos", sugere. "Uma pequena porção de chocolate amargo 70% pode ser incluída."
 

Mortaia também ressalta a importância de controlar as porções e a hidratação. "Pacientes em restrição hídrica devem evitar sopas e bebidas em excesso. Prefira pratos balanceados e converse com seu nutricionista para ajustes personalizados, de acordo com o estágio da doença e exames recentes", finaliza.
 

A Páscoa não precisa ser sinônimo de privação. Com criatividade e orientação profissional, pacientes renais podem celebrar a data com segurança e prazer à mesa.

 

 

DaVita

 

Autismo: diagnóstico precoce é fundamental para qualidade de vida

Freepik
A fonoaudióloga Juliana Gomes explica os sinais do autismo e destaca a importância do tratamento multidisciplinar para o desenvolvimento dos pacientes com a condição.

 

O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de conscientizar a população sobre o autismo, envolver a comunidade, trazer visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo. 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por desafios na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. A prevalência global é de um caso para cada 44 nascimentos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. No Brasil, enquanto os dados do Censo 2022 ainda não são divulgados pelo IBGE, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas tenham TEA. 

O diagnóstico precoce e o acesso a terapias adequadas são essenciais para garantir melhor qualidade de vida de pacientes autistas. "A neuroplasticidade cerebral é mais intensa nos primeiros anos de vida. Isso significa que intervenções terapêuticas aplicadas precocemente têm um impacto muito maior no desenvolvimento da criança, ajudando-a a desenvolver habilidades sociais e comunicativas", explica Juliana Gomes, fonoaudióloga especialista em comunicação alternativa e linguagem infantil e CEO da Clínica Life.

 

O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)? 

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta de diferentes formas e apresenta variados níveis de suporte necessário. Algumas crianças conseguem levar uma vida independente, enquanto outras necessitam de acompanhamento constante para atividades do dia a dia. O autismo não tem cura, mas o tratamento pode reduzir significativamente os desafios enfrentados pelos indivíduos dentro do espectro.

 

Diagnóstico precoce: quais são os primeiros sinais? 

De acordo com Juliana Gomes, os primeiros sinais do autismo podem ser observados ainda nos primeiros anos de vida. Entre os principais indicativos estão: 

  • Dificuldades na comunicação: atraso na fala, repetição de frases sem contexto e dificuldade em iniciar ou manter conversas; 
  • Baixa interação social: pouco interesse em brincadeiras com outras crianças, falta de reciprocidade emocional e dificuldade em interpretar expressões faciais; 
  • Comportamentos repetitivos: balançar o corpo, bater as mãos, alinhar objetos obsessivamente ou insistência em rotinas rígidas; 
  • Hipersensibilidade sensorial: reações exageradas a sons, luzes, cheiros e/ou texturas de roupas e alimentos. 

O caminho entre a suspeita e o diagnóstico pode ser longo e desafiador para as famílias. Além da aceitação da condição, muitos pais enfrentam dificuldades para encontrar profissionais especializados e acessar terapias multidisciplinares, como fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional.

"O processo de adaptação exige muito da família. É um período de aprendizado, em que os pais precisam entender as necessidades específicas da criança e buscar suporte adequado", ressalta Juliana Gomes. O acompanhamento contínuo é essencial, pois o TEA pode se manifestar de maneiras diferentes ao longo da vida, exigindo ajustes nas estratégias terapêuticas.

 

Tratamento e suporte multidisciplinar 

Embora o autismo não tenha cura, o tratamento adequado pode proporcionar avanços significativos. Entre as abordagens mais comuns estão: 

  • Terapia fonoaudiológica: auxilia no desenvolvimento da fala e comunicação; 
  • Psicoterapia: trabalha habilidades sociais e emocionais; 
  • Terapia ocupacional: ajuda na autonomia e adaptação sensorial; 
  • Acompanhamento neuropediátrico: avalia a necessidade de medicações e orientações específicas. 

Para ampliar o debate sobre o TEA e garantir que crianças e adultos dentro do espectro tenham acesso ao diagnóstico e tratamento adequados, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado desde 2007. "Quanto mais cedo as crianças forem estimuladas, maiores serão as chances de desenvolverem autonomia e habilidades essenciais para sua vida cotidiana", conclui Juliana.


Juliana Gomes - fonoaudióloga, especialista em comunicação alternativa e linguagem infantil, capacitada em transtornos de leitura e escrita. Atua há mais de 10 anos nos transtornos de linguagem oral, escrita e autismo. É fundadora e CEO da Clínica Life. Localizada no município de Serra, no Espírito Santo, a Clínica Life realiza cerca de 1.900 atendimentos todos os meses. As principais terapias oferecidas no espaço incluem fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e acompanhamento psicológico, sempre adaptadas às necessidades individuais de cada paciente.

 

Abril Azul reforça a importância da iluminação saudável para os 2 milhões de autistas no Brasil

Especialista explica como ajustes na iluminação podem reduzir desconforto sensorial e melhorar a qualidade de vida

 

Abril é reconhecido mundialmente como o mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma iniciativa que visa promover a inclusão e compreensão das pessoas autistas. A campanha nacional de 2025, com o tema "Informação gera empatia, empatia gera respeito" e a hashtag #RESPECTRO, destaca a importância do conhecimento na construção de uma sociedade mais acolhedora. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que no Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de pessoas com autismo. 

Dentro desse contexto, a atenção ao ambiente físico, especialmente à iluminação, desempenha um papel crucial no bem-estar das pessoas com TEA. "Muitos indivíduos autistas apresentam hipersensibilidade sensorial, tornando-os mais suscetíveis a estímulos como luzes intensas ou cintilantes. Uma iluminação inadequada pode gerar desconforto, ansiedade e dificuldades na interação social", explica Adriana Tedesco, naturopata e especialista em iluminação saudável. 

Para criar espaços mais confortáveis e inclusivos, Adriana sugere algumas práticas de iluminação adequadas para pessoas com TEA: 

·         Iluminação homogênea e suave: "Evitar contrastes acentuados e utilizar luzes difusas ou indiretas contribui para um ambiente mais tranquilo e previsível para a pessoa autista". 

·         Temperatura de cor adequada: “A luz deve ser adaptativa e projetada de forma personalizada, de acordo com o uso do ambiente, atividades realizadas e particularidades dos usuários. Uma boa indicação é a luz dinâmica, aquela que vai alternando em cor e intensidade ao longo do dia, simulando as nuances da luz natural”.

·         Equipamentos com alto índice de reprodução de cor (IRC): "A luz de qualidade melhora a percepção do ambiente e pode ajudar na orientação espacial, reduzindo a sensação de confusão". 

·         Evitar lâmpadas fluorescentes: "Essas lâmpadas podem emitir ruídos e cintilações que, embora imperceptíveis para a maioria das pessoas, podem ser extremamente incômodos para indivíduos com TEA. A escolha de lâmpadas de LED de boa qualidade é mais segura". 

Além das adaptações ambientais, Adriana destaca que a iluminação também pode ser utilizada como uma ferramenta terapêutica. "A iluminação regulada pode auxiliar na produção de neurotransmissores como serotonina e melatonina, ajudando na regulação do sono e na redução de estresse e ansiedade".

 

A conscientização sobre o impacto da iluminação no dia a dia das pessoas com TEA é fundamental. "Ao promover ambientes com iluminação adequada, estamos contribuindo para o bem-estar e a inclusão, respeitando as necessidades sensoriais de cada indivíduo", conclui Adriana Tedesco. Neste Abril Azul, a informação se torna uma ferramenta poderosa para construir um mundo mais empático e acessível para todos.

 

 

 

Adriana Tedesco - tem como missão projetar ambientes luminosos saudáveis, trazendo experiências da natureza para dentro de nossos espaços, permitindo que o corpo humano reconheça e se sincronize com os ciclos naturais. Seu trabalho visa proporcionar bem-estar e qualidade de vida, transformando a iluminação em uma ferramenta de cura e reconexão com a própria essência. Ela é titular do Studio Guido Projetos de Iluminação Integrativa, referência no setor, onde lidera o desenvolvimento de projetos que aliam luz e saúde. Seu escritório é um dos poucos especializados nessa abordagem inovadora, que considera os impactos da iluminação no ser humano. Como especialista em design biofílico, Adriana une diferentes áreas do conhecimento para criar uma metodologia própria na projeção da iluminação nos ambientes construídos. Sua abordagem humanizada coloca as pessoas no centro dos projetos, minimizando os impactos negativos da luz artificial e promovendo um ambiente mais harmônico e equilibrado. O Studio Guido Projetos de Iluminação Integrativa está localizado na Rua Guaiaó, 66 - sala 809 - Praiamar Corporate - Santos - SP. Telefone: (13) 3234-3445.



Tipos de corrimento feminino e o que significam. Ginecologista explica

Os diferentes tipos de corrimento feminino e alerta para sinais que podem indicar infecções ou desequilíbrios na saúde íntima da mulher
 

É comum que mulheres em idade fértil percebam secreções vaginais no dia a dia. Mas afinal, como saber se o corrimento é normal ou se é sinal de que algo está errado? De acordo com a ginecologista e obstetra Dra. Renata Moedim, entender os tipos de corrimento pode evitar atrasos no diagnóstico de infecções e até ajudar na prevenção de complicações ginecológicas. 

“O corrimento vaginal é uma resposta natural do corpo. Ele pode variar ao longo do ciclo menstrual por influência hormonal. No entanto, quando há mudança no odor, cor, consistência ou surgem sintomas associados como coceira, ardência ou dor, é preciso ficar atenta”, explica a médica.
 

Os tipos mais comuns de corrimento e o que significam:
 

1. Corrimento branco transparente e sem cheiro: Normal e saudável. Geralmente ocorre durante a ovulação ou como resposta à excitação sexual.
 

2. Corrimento branco pastoso, com coceira intensa: Pode indicar candidíase, uma infecção fúngica comum, especialmente em períodos de estresse, baixa imunidade ou após uso de antibióticos.
 

3. Corrimento amarelado ou esverdeado, com odor forte: É um sinal de alerta. Pode indicar infecções como tricomoníase, gonorreia ou vaginose bacteriana.
 

4. Corrimento acinzentado com odor desagradável (semelhante a peixe): Característico da vaginose bacteriana, causada por um desequilíbrio da flora vaginal.
 

5. Corrimento com sangue fora do período menstrual: Pode estar relacionado a lesões no colo do útero, infecções, pólipos ou outras condições mais graves. Deve ser investigado.
 

Segundo a Dra. Renata, é hora de buscar atendimento médico quando o corrimento tem cheiro forte ou desagradável, quando há alteração na cor ou textura (muito espesso, espumoso, esverdeado ou com sangue) ou quando surgem sintomas associados, como coceira, dor ao urinar, ardência ou desconforto durante a relação sexual e se há frequência recorrente de episódios, mesmo com tratamento prévio. 

“Nem todo corrimento é infecção, mas toda mulher deve conhecer seu corpo e entender o que é diferente do habitual. O autoconhecimento é a chave para a prevenção”, reforça a médica.

Além disso, manter a higiene íntima adequada (sem exageros), usar roupas leves e de algodão e evitar duchas vaginais são cuidados essenciais para manter o equilíbrio da flora vaginal. 



Dra. Renata Moedim – ginecologista. Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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