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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

VAI COMEÇAR O PROJETO VERÃO? SAIBA DIFERENCIAR A DOR “NORMAL PÓS TREINO DE UMA LESÃO

Fisioterapeuta explica que nem toda dor pós-treino pode significar que o exercício foi eficaz e alerta para sinais que merecem atenção

 

Com a chegada do ano novo, muitas pessoas começam a se preparar para o projeto verão, quando tendem a levar as atividades físicas mais a sério e a intensificar os treinos. Com isso, as temidas dores musculares pós-treino ficam mais comuns e, embora algumas delas sejam completamente normais, pois indicam que o corpo está se adaptando aos novos desafios, é importante saber reconhecer os sinais de alerta que podem indicar algo mais sério, como lesões. 

Segundo o fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral - Guarulhos, Bernardo Sampaio, aquela dor muscular que aparece no dia seguinte a um treino com esforço é conhecida como dor muscular de início tardio (DMIT). “Essas dores atingem seu pico entre 24 e 48 horas após a realização da atividade física, especialmente se você iniciou uma nova rotina de exercícios ou aumentou a intensidade dos treinos. Essa dor é geralmente localizada nos músculos trabalhados e é uma resposta normal do corpo ao esforço”, explica. 

Diferentemente da dor causada por lesões, que se intensifica com o movimento, a dor muscular pós-treino tende a diminuir com atividades leves. Isso sugere que os músculos estão se recuperando e respondendo positivamente ao esforço anteriormente aplicado. Em outras palavras, um pouco de dor é um bom sinal de que você está no caminho certo. 

Porém, é preciso estar atento à duração e intensidade da dor, pois muitas vezes podem ser confundidas com lesões mais sérias, principalmente por pessoas que não estão acostumadas a fazer atividades físicas. Dores agudas e súbitas durante o exercício, inchaço visível, inflamação e limitações nas atividades diárias também podem indicar que algo está errado. 

“Ignorar esses sinais pode levar a complicações crônicas, que não apenas impactam negativamente sua qualidade de vida, mas também podem interromper sua prática esportiva por longos períodos. Por isso, ouvir seu corpo e respeitar seus limites é crucial”, alerta Sampaio.

Vale lembrar que, se você está em dúvida sobre a natureza da sua dor, a autoconsciência e a escuta atenta ao corpo são essenciais. Se a dor persistir ou parecer fora do comum, o melhor a se fazer é buscar orientação médica e consultar um fisioterapeuta, médico ou profissional de saúde para uma avaliação.
 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestre em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.


JANEIRO SECO: ENTENDA OS BENEFÍCIOS DE FICAR SEM ÁLCOOL POR UM MÊS

A campanha Janeiro Seco traz benefícios que vão muito além da balança, confira o que acontece com seu corpo ao ficar 30 dias sem álcool

 

Se uma das metas para 2025 inclui reduzir o consumo de álcool, o Janeiro Seco pode ser o empurrãozinho necessário para começar o ano com o pé direito. A proposta é simples: passar o mês de janeiro sem consumir bebidas alcoólicas, uma prática que já é tradição nos Estados Unidos e na Europa e que tem conquistado cada vez mais adeptos no Brasil. E não é à toa: os benefícios para a saúde são muitos. 

De acordo com o Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), passar um mês sem álcool é uma oportunidade para o corpo se recuperar. "Além de ser um momento ideal para repensar hábitos, a pausa permite que o organismo se regenere. Ela ajuda a reduzir inflamações no sistema digestivo, o que pode melhorar a digestão e aliviar desconfortos como azia e inchaço”, afirma o especialista. 

Além disso, um estudo da Fiocruz mostra que o impacto do consumo excessivo de álcool no Brasil é significativo, com custos de cerca de R$ 18 bilhões por ano e a responsabilidade por aproximadamente 12 mortes a cada hora. 

Para entender a importância do Janeiro Seco, e como essa campanha pode trazer benefícios, confira alguns dos principais efeitos positivos dessa pausa, segundo o especialista
 

Recuperação do fígado e eliminação de toxinas:

De acordo com o médico, bebidas alcoólicas sobrecarregam o fígado, já que ele é responsável por processá-lo e eliminar suas toxinas. “Com o consumo contínuo, o órgão pode acumular gordura e até sofrer com inflamações, o que prejudica seu funcionamento. Ao parar de beber por um mês, como no Janeiro Seco, o fígado tem tempo para se regenerar e reduzir o acúmulo de toxinas. Isso ajuda o corpo a se desintoxicar mais rapidamente e melhora o funcionamento do fígado”, orienta Nacif.
 

Redução de inflamações no sistema digestivo:

O consumo frequente pode irritar a mucosa do estômago e aumentar a produção de ácido gástrico, o que pode causar azia, refluxo e até gastrite. Quando se dá uma pausa no álcool, essas inflamações diminuem, aliviando esses sintomas desconfortáveis. Conforme destaca o especialista, com o tempo, o sistema digestivo se acalma, facilitando a digestão e prevenindo problemas mais sérios como úlceras.
 

Perda de peso e melhora no metabolismo:

Uma das vantagens imediatas é a perda de peso. Isso ocorre porque o álcool contém muitas calorias vazias, que não oferecem nutrientes ao corpo. Além disso, o consumo de álcool pode atrapalhar o metabolismo e a queima de gordura. Durante o Janeiro Seco, o corpo tem mais facilidade para queimar gordura e reduzir medidas, principalmente na região abdominal, onde o álcool tende a acumular calorias.
 

Melhora na saúde intestinal:

O equilíbrio das bactérias intestinais pode ser prejudicado por fatores como a alimentação inadequada e o consumo frequente de certos hábitos. Isso afeta a digestão e a absorção de nutrientes. Com a interrupção desses hábitos, o intestino tem a chance de se restaurar, melhorando a digestão e reduzindo sintomas como inchaço, constipação e diarreia. A longo prazo, isso também contribui para a saúde intestinal.
 

Por fim, aumento de energia e bem-estar mental

Ao eliminar o álcool da rotina, muitas pessoas notam um aumento significativo na disposição diária. Sem a sobrecarga do álcool, que pode afetar o sono e os níveis de energia, o descanso se torna mais reparador, resultando em um sono de melhor qualidade e, consequentemente, mais energia ao acordar. O corpo se recupera mais facilmente durante a noite, e a sensação de cansaço diminui ao longo do dia. Além disso, o bem-estar emocional tende a melhorar, já que bebidas alcoólicas podem interferir no humor e na saúde mental. “A pausa no consumo de bebidas alcoólicas oferece ao organismo um equilíbrio maior, contribuindo para um estado emocional mais estável e positivo”, conclui Lucas Nacif.

 

Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com e https://www.instagram.com/dr.lucasnacif_gastrocirurgia/


Ano novo, Check Up novo: A importância da boa relação com o médico e a frequência de exame

Empatia e confiança são pilares básicos para que profissionais de saúde ajudem no diagnóstico precoce de doenças como a endometriose


A chegada de um novo ano muitas vezes traz consigo a promessa de renovação, metas a serem alcançadas e uma oportunidade de cuidar melhor da nossa saúde. Apesar de todos os avanços da tecnologia na área da medicina, o apoio do médico continua sendo fundamental na hora de lidar com diagnósticos e tratamentos. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que, entre outras vantagens, uma relação empática entre médico e paciente pode promover um melhor funcionamento do sistema imunológico, altas mais rápidas após cirurgias e redução do período em que os sintomas se manifestam em certas doenças.

 

Quando se trata de ginecologistas, uma relação com empatia e confiança é ainda mais importante, especialmente para ajudar em diagnósticos sensíveis como o da endometriose. “Nem sempre as mulheres se sentem à vontade para relatar seus desconfortos e dores. Uma boa relação com o profissional se torna portanto um ponto chave para o correto diagnóstico, facilitando esse processo. É importante estabelecer uma relação profissional clara, mas sobretudo humana”, comenta o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

 

Segundo Bellelis, um dos grandes desafios de todo médico é evitar um diálogo com o paciente em que prevaleça uma relação de obediência e submissão. “A endometriose é um exemplo do quanto essa relação de confiança é necessária, porque é uma doença que envolve muitos aspectos delicados da vida da mulher. A partir de uma atitude humilde e de contenção, o médico deve gerar um clima de empatia positiva que lhe permita ajudar a pessoa que vem à consulta a ficar aliviada e confiante com relação ao diagnóstico da endometriose e ao seu tratamento, seja ele cirúrgico ou não”, finaliza Bellelis.

 

 



Clínica Bellelis – Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.



Câncer de pele atinge 16% mais mulheres

 Pessoas acima de 60 anos têm mais risco de desenvolver a doença

 

O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: o não melanoma e o melanoma. O primeiro é mais frequente e menos agressivo do que o outro, e manifesta-se como uma lesão parecida com uma ferida, uma espinha, ou uma verruga, principalmente nas áreas expostas ao sol em pessoas idosas. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pele não melanoma afeta mais mulheres, com cerca de 118.570 casos por ano, em comparação com os homens, que correspondem a 101.920 casos anuais. 

Uma explicação para a maior incidência de câncer de pele não melanoma em mulheres é que mulheres costumam ir mais ao médico do que homens, possibilitando o diagnóstico mais frequente e mais precoce. Os cânceres de pele são causados, principalmente, pela exposição crônica à radiação ultravioleta emitida pelo sol, que tem efeito cumulativo na pele e vai provocando danos no DNA das células. Portanto, pessoas acima de 60 anos, que tomaram muito sol ao longo dos anos, têm um risco aumentado de desenvolver a doença. 

Segundo o Dr. Denis Ricardo Miyashiro, dermatologista associado ao centro de Oncologia do Hcor, mulheres tendem a se expor mais à radiação ultravioleta em câmaras de bronzeamento artificial. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de equipamentos de bronzeamento artificial devido ao aumento no risco de queimaduras, envelhecimento precoce e desenvolvimento de câncer de pele”, explica o especialista. 

Ao considerar que o maior número de pacientes com câncer de pele faz parte da população acima dos 60 anos, é necessário se preparar para dar atenção a um número crescente de indivíduos por causa do envelhecimento populacional, incluindo orientações quanto a cuidados preventivos, diagnóstico precoce e tratamento especializado. “O risco de câncer de pele vai aumentando com a idade, mas existem alguns outros fatores relacionados ao surgimento da doença, além da radiação ultravioleta, como exposição a algumas substâncias químicas e imunossupressão causada por algumas doenças ou medicamentos.” 

Ainda de acordo com o Dr. Denis, quando detectados precocemente, tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma são curáveis. Por isso, as medidas de prevenção e o acompanhamento dermatológico são fundamentais para a detecção precoce, quando há maiores chances de cura. O uso regular de protetores solares e proteção física (roupas, bonés, chapéus, viseiras) são as principais medidas para prevenir o câncer de pele. 

“Também é importante se atentar para os horários de exposição ao sol, evitando entre 9 e 15 horas. Reaplicar o protetor solar periodicamente a cada 2-3 horas, especialmente se entrar no mar ou piscina, e se houver muita sudorese, principalmente após a prática de atividades físicas ao ar livre. Estas medidas devem ser adotadas mesmo em dias nublados”, finaliza o médico.

 

Hcor


Câncer de pele pode atingir couro cabeludo: saiba como identificar e evitar que a doença passe despercebida

Região que muitas vezes é ignorada também precisa de cuidados específicos. Especialista reforça importância do autoexame e sinais para ficar de olho

 

Câncer de pele é assunto sério e manchas, pintas ou feridas não devem ser ignoradas, principalmente se surgirem no couro cabeludo, local que muitas vezes pode acabar passando despercebido. No verão, esse cuidado deve ser redobrado, por isso, é importante olhar mais a fundo para o tema.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que haja 229 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando cerca de 31,3% de todos os tumores malignos registrados. Uma das principais causas da doença é a exposição prolongada sem proteção aos raios solares, o que além de provocar o envelhecimento precoce da pele, aumenta em até 10x o risco de câncer.

Dentre os casos, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum. A boa notícia é que quando descoberto precocemente, as chances de tratamento e cura da doença aumentam significativamente. Segundo Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante investigar as manchas que aparecem no couro cabeludo.

"Uma das maneiras de identificar o câncer de pele no couro cabeludo é a partir do autoexame e da avaliação do dermatologista na dúvida se uma lesão pode ser câncer. Apesar de muitas vezes ser uma região deixada de lado, é fundamental estar atento aos sinais do próprio corpo. As manchas, pintas ou feridas podem aparecer de tamanhos e formas diferentes e, por isso, devem ser investigadas por um especialista", explica.


Cuidados que valem ouro

Apesar dos cabelos oferecerem uma certa proteção ao couro cabeludo contra os raios ultravioletas, a oncologista recomenda o uso de bonés ou chapéus durante a exposição solar. "É muito importante ainda não esquecer de proteger as orelhas. Para isso, deve-se usar protetor solar na região e reaplicar a cada duas horas ou após o mergulho e atividades ao ar livre".

No couro cabeludo, a recomendação é que em pessoas com cabelos ralos ou calvície o protetor também seja passado na região. Uma alternativa são os produtos mais fluidos, justamente por espalharem melhor. "O filtro solar deve ser aplicado, pelo menos, 30 minutos antes da exposição ao sol. Além disso, é importante que o FPS seja de 30 para cima. Usar o produto em pouca quantidade ou vencido prejudica a eficácia da proteção", alerta.


Pintas, manchas e feridas não devem ser ignoradas

Segundo Sheila Ferreira, a doença pode começar com uma pequena mancha ou ferida no couro cabeludo que, conforme o tempo, vai aumentando de tamanho e sofrendo alterações em sua cor, por exemplo. Essas mudanças podem ser identificadas a partir da regra "ABCDE" - Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução.

  • Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte
  • Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular
  • Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto
  • Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm
  • Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)


Como fazer o autoexame

Nem sempre a detecção do câncer de pele no couro cabeludo é fácil, afinal, é uma região de difícil acesso. Apesar de poder ser feita individualmente, a dica é pedir ajuda para outra pessoa. A oncologista recomenda a inspeção uma vez ao mês, em ambiente bem iluminado. É fundamental passar os dedos por todo o couro cabeludo e abrir os cabelos para observar o local.

"De preferência, essa análise deve ser feita de dia, com luz natural, para uma melhor visibilidade da região. Porém, se algo diferente for encontrado ou houver dúvidas, é importante que o paciente procure um especialista para a investigação adequada".


Sintomas para ficar de olho

  • Lesões com crescimento rápido
  • Feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramentos, coceira e dor
  • Lesões que mudam de cor, tamanho e formato
  • Manchas avermelhadas ou acastanhadas


Câncer de pele também pode atingir outros órgãos

Quando a doença não é tratada em estágio inicial, as células cancerígenas podem se espalhar pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, acometendo outras regiões do corpo e levando ao surgimento de metástases. Por isso, assim que a lesão é identificada em sua forma primária, é muito importante que seja retirada, evitando o crescimento, sangramento e piora do quadro.

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui.

 

Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


Exagerou nas festas? Saiba como se recuperar da comilança


Professor do curso de Nutrição do UniCuritiba dá dicas de “alimentação consciente” para começar 2025 com a saúde em dia

 

O final do ano é um período especialmente extravagante e sem rotina. As ceias de Natal e Réveillon são marcadas por fartura e as festas de encerramento das empresas, encontros com amigos, confraternizações e viagens de férias seguem a mesma tendência. 

“Como em tudo na vida, o equilíbrio é essencial. Embora as refeições em família e com amigos sejam momentos especiais, prazerosos e importantes para a socialização e a construção de memórias, é fundamental evitar excessos”, afirma o nutricionista Jhonathan Andrade, professor do curso de Nutrição do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação. 

Segundo ele, a recomendação é “comer com atenção, questionar se há fome ou se estamos sendo influenciados pela abundância de opções e escolher qual alimento realmente agrada mais.” 

Para quem exagera na comilança, o especialista faz um alerta: não é recomendável adotar práticas extremas, como dietas detox ou compensações por meio de atividades físicas intensas. 

“A alimentação é um ato social e deve ser vista como um meio de prevenção e saúde, não como uma cura ou compensação. Coma e aproveite, sem culpa, pois é apenas uma vez no ano. No entanto, é importante ter cuidado com os exageros”, orienta Jhonathan. 

Ele também desmistifica a ideia de que dietas detox eliminam as toxinas acumuladas durante as festas de fim de ano. “Isso é um mito. O fígado já realiza esse trabalho naturalmente. Não devemos encarar a alimentação como algo milagroso. Ela é uma ferramenta preventiva para o bom funcionamento do organismo”, explica o nutricionista. 

Quando os excessos acontecem podem surgir consequências como retenção de líquidos, baixa resistência, cansaço, pele opaca e problemas no trânsito intestinal. Manter uma alimentação equilibrada e consciente é essencial para evitar esses desconfortos e ajudar o organismo a se recuperar. 

“O organismo elimina toxinas naturalmente por meio da respiração, urina e fezes. Se perceber que exagerou, não se culpe. Ajude o corpo de forma gradual, sem recorrer a práticas extremas. Atividades físicas regulares e uma alimentação baseada em alimentos naturais são grandes aliados nesse processo”, acrescenta o professor.

 

Hidratação e alimentação equilibrada


A hidratação é uma medida importante. A recomendação é consumir 35 ml de água por quilo corporal. Uma pessoa de 70 quilos, por exemplo, deve ingerir pelo menos 2,5 litros de água por dia. Chás e água de coco também podem ser incluídos na rotina. 

“Se optar por uma alimentação mais leve, elimine temporariamente carnes gordurosas e priorize frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos. Durante sete dias, evite bebidas alcoólicas, ultraprocessados, refrigerantes, açúcar e frituras”, orienta Jhonathan, que reforça o cuidado com dietas radicais ou da moda, que podem estar relacionadas a transtornos alimentares. 

Jhonathan Andrade destaca que o mais importante é aproveitar os momentos com amigos e familiares, comer com prazer e sem culpa. “Se exagerar, volte à sua rotina alimentar e de atividades físicas normalmente. Não é um único alimento ou receita que fará a desintoxicação do corpo, mas sim um conjunto de hábitos saudáveis ao longo do tempo.” 

Para finalizar, o professor do UniCuritiba ensina quatro receitas leves, frescas e nutritivas. 

 

SUCO VERDE

Ingredientes

·         1 laranja lima (suco)

·         1 punhado de salsinha

·         1 punhado de folhas de hortelã

·         2 folhas de couve com o talo

·         200ml de água de coco 

·         Gotas de suco de limão

·         1 colher sopa aveia em flocos finos

 

Modo de preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidificador com aproximadamente 2 litros de água. Consuma pela manhã, antes do desjejum, e no lanche da tarde.

 

 

 GASPACHO (sopa fria)

 



Ingredientes

·         6 tomates maduros

·         2 fatias de pão integral

·         1 pepino japonês descascado

·         1/2 cebola roxa

·         ¼ de pimentão vermelho

·         1 ou 2 dentes de alho

·         2 colheres (sopa) de azeite

·         1 xícara de água gelada (opcional)

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de preparo:

Corte os tomates, a cebola, o pepino, o pimentão e os dentes de alho. Em seguida, junte as fatias de pão picadas, o azeite, o sal e a pimenta. Para formar um creme, bata tudo no liquidificador. Para chegar à textura da sua preferência, coloque água gelada aos poucos. Por fim, leve à geladeira antes de servir.

 

 

 SALADA FRESCA

 


Ingredientes

·         2 cenouras

·         1 beterraba

·         1 maçã verde

·         ¼ de repolho roxo

·         Salsinha a gosto

·         2 colheres de sopa de mostarda

·         3 colheres de sopa de azeite

·         1 colher de sopa de mel

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de Preparo

Descasque as cenouras e a beterraba, remova as sementes da maçã e corte o repolho em pedaços. Rale os ingredientes (pode usar o processador) e transfira para uma tigela. Junte a mostarda, o azeite e o mel. Misture bem e tempere com sal e pimenta a gosto. Salpique a salsinha e sirva.

   

 

 

ALMÔNDEGA DE QUINOA COM BRÓCOLIS

 



Ingredientes

·         400 ml de água

·         1 colher de sopa de azeite

·         ½ xícara de quinoa

·         ½ xícara de chá de brócolis

·         1 cebola em cubos

·         1 abobrinha ralada

·         ½ cenoura ralada

·         2 xícaras de molho de tomate

·         Sal e pimenta a gosto

 

Modo de preparo:

Coloque a quinoa na água e cozinhe por 15 minutos. Coe e reserve. Em uma panela, refogue a cebola no azeite e acrescente a cenoura e a abobrinha raladas. Em seguida, coloque os brócolis picados e deixe tudo refogando até ficar al dente.

 

Acrescente a quinoa cozida e mexa até dar liga. Se for necessário, acrescente uma colher de farinha sem glúten. Tempere com sal e pimenta a gosto. Quando a massa estiver fria, faça as almôndegas e grelhe na panela com um fio de azeite. Coloque em uma travessa e, para finalizar, despeje o molho de tomate.

 


UniCuritiba


Você sente dor durante as relações sexuais? Entenda as causas

Médico explica dois quadros comuns que acomete as mulheres

 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a dor durante a relação sexual acomete cerca de 39,5% das mulheres brasileiras entre 40 e 65 anos. O sexo deve ser uma experiência de prazer e intimidade, não dor ou desconforto. No entanto, muitas ainda enfrentam o tabu e a vergonha de discutir abertamente questões relacionadas à sexualidade, mesmo com seus parceiros. 

Existem dois quadros muito comuns que se apresentam e, infelizmente, muitas não possuem o diagnóstico. Pensando nisso, o Dr. Thiers Soares, médico ginecologista referência internacional em mioma, endometriose e adenomiose, explica os principais motivos para acontecer esse problema, além de como realizar o diagnóstico e o tratamento.



1. Dispareunia

O termo é utilizado para descrever a dor recorrente durante o ato sexual. Na verdade, esse problema pode surgir em qualquer tipo de penetração, seja durante o sexo, na introdução de um espéculo em um exame ginecológico, ou até mesmo ao usar um absorvente interno. Existe a dispareunia primária, quando ocorre desde a primeira relação sexual e persiste ao longo da vida; a secundária, quando a mulher começa a sentir desconforto após anos de relações sexuais satisfatórias; e a situacional, que ocorre apenas com determinados parceiros ou situações. Embora a dispareunia possa afetar pessoas de ambos os sexos, ela é mais comum entre as mulheres.

É necessário primeiramente identificar em que momento o incômodo ocorre — durante a penetração profunda ou logo no início da relação. Essa informação é essencial para um diagnóstico preciso. Dor na penetração profunda pode indicar condições como endometriose ou a presença de miomas, enquanto desconforto no início do ato pode estar ligado a questões musculares, como o vaginismo. 

Para um diagnóstico completo, são realizados exames médicos, como o ginecológico, além de testes laboratoriais e, em alguns casos, exames de imagem para detectar possíveis condições. Além disso, uma avaliação do estado emocional é essencial para identificar possíveis causas como ansiedade, estresse, traumas ou dificuldades no relacionamento. Em muitos casos, a dispareunia pode ser tratada com sucesso, mas o caminho para a recuperação exige paciência e um tratamento adequado.


2. Vaginismo


É uma contração involuntária dos músculos ao redor da entrada vaginal, dificultando a penetração e provocando dor durante a relação sexual. A real incidência desta condição na população ainda é desconhecida, já que muitas não se sentem à vontade para discutir problemas sexuais com seus médicos. No entanto, algumas pesquisas indicam que até 40% das mulheres podem vivenciar algum grau de vaginismo ao longo da vida.


Ainda não existe um exame específico para diagnosticar o quadro e o ideal é que a avaliação seja feita por um ginecologista ou um fisioterapeuta pélvico com experiência em disfunções sexuais. O profissional de saúde pode realizar um exame físico para identificar possíveis anormalidades ou infecções na região genital, que são algumas das causas físicas do vaginismo. Além disso, é essencial discutir a história sexual da paciente, os sintomas apresentados, fatores emocionais e quaisquer outros problemas de saúde que possam estar relacionados à condição.

O tratamento normalmente requer uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapia, aconselhamento para casais, exercícios de relaxamento e, em alguns casos, o uso de dilatadores vaginais. Se, ao conhecer mais sobre condições como dispareunia e vaginismo, você perceber que seus sintomas não correspondem ao que seria considerado normal, procure a orientação de um especialista. Esse profissional poderá realizar os exames necessários, fornecer um diagnóstico preciso e indicar as melhores opções de tratamento para cuidar da sua saúde e bem-estar.

 

 

Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). O especialista foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterino.



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