Servidores da União, estados e municípios são uma rede de pessoas trabalhando pela saúde e bem-estar da sociedade
“As enchentes e surtos de viroses que se observam neste verão evidenciam alguns problemas da infraestrutura urbana e mostram que muitas cidades ainda não estão devidamente preparadas para atender às demandas da agenda do clima”, salienta Artur Marques, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP). Nesse cenário, afirma, os servidores da União, estados e municípios, embora nem sempre contem com as condições ideais de trabalho, “destacam-se como protagonistas no auxílio à população, atuando de maneira integrada e articulada para minimizar os impactos das crises”.
Artur Marques cita o atual problema do combate às enchentes, em que uma série de categorias de servidores públicos é mobilizada. A Defesa Civil assume a coordenação das ações emergenciais, realizando o monitoramento de áreas de risco, além de providenciar a evacuação e o auxílio às vítimas. Profissionais como engenheiros civis e técnicos de infraestrutura, juntamente com sanitaristas, também desempenham papel essencial, planejando e implementando obras de drenagem e avaliando o impacto das enchentes na saúde pública, especialmente em relação ao saneamento básico.
O
trabalho dos servidores de limpeza urbana é igualmente fundamental para
garantir a desobstrução de bueiros e canais, prevenindo novos alagamentos.
Agentes de fiscalização ambiental e planejadores urbanos também atuam na
identificação de áreas de risco e na formulação de políticas públicas para
mitigar os efeitos das chuvas. “Essas operações de emergência são fundamentais
para salvar vidas e evitar que os danos agravem-se”, afirma Artur Marques.
Combate às viroses
O recente surto de Norovírus, que afetou turistas e moradores do litoral paulista com infecções gastrointestinais, não foi o único desafio enfrentado pelo funcionalismo. O mês de janeiro de 2025 também registrou aumento de casos de infecções respiratórias na região litorânea, principalmente causadas pelo vírus da Influenza A (H3N2). O aumento das infecções respiratórias, combinado com as altas temperaturas, agravou ainda mais a situação e exigiu esforços contínuos para garantir o atendimento adequado à população. As equipes de saúde, com a colaboração de profissionais de diversas áreas, intensificaram os atendimentos.
A atuação dos servidores públicos na saúde tem sido fundamental. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS, em colaboração com hospitais estaduais e municipais, mantiveram suas portas abertas para fornecer atendimento imediato. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e farmacêuticos têm trabalhado sem descanso no diagnóstico e tratamento dos infectados. Epidemiologistas monitoram a disseminação dos vírus e orientam sobre os melhores protocolos de atendimento e prevenção.
Além disso, a Defesa Civil também tem papel relevante ao orientar e coordenar ações preventivas, como o reforço de campanhas de conscientização sobre a importância do uso de máscaras, da higienização das mãos e dos cuidados com a alimentação, além da distribuição de medicamentos e material informativo.
Artur
Marques destaca a dedicação de todos os profissionais de saúde envolvidos nesse
momento crítico: “É importante ressaltar o esforço conjunto de médicos,
enfermeiros, agentes comunitários de saúde e de endemias, que estão na linha de
frente não apenas tratando, mas também educando a população sobre a prevenção e
os cuidados necessários”, afirma.
Reconhecimento da sociedade
“Nos momentos de emergência, como as enchentes e os surtos de doenças, a dedicação e o comprometimento dos servidores públicos são imprescindíveis para garantir a segurança e o bem-estar da sociedade. A presença e a ação desses profissionais nas ruas, hospitais, áreas de risco e nos pontos de atendimento revelam o verdadeiro espírito de serviço público, que vai além da burocracia e se traduz em ações concretas de solidariedade e socorro à população”, afirma Artur Marques.
O presidente da AFPESP ressalta a importância de a sociedade reconhecer o empenho dos servidores e o significado de seu trabalho: “O funcionalismo público não é uma estrutura administrativa ou a personificação de um governo, mas sim uma rede de pessoas que trabalham incansavelmente para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de toda a população”.
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