Com reajuste de até 9% em produtos no país,
consumidores parcelam compras e buscam alternativas para economizarFreepik
O
início do ano letivo de 2025 trouxe desafios financeiros para muitas famílias
brasileiras. O material escolar ficou entre 5% e 9% mais caro, segundo a
Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares
(Abfiae). O aumento levou um terço dos consumidores a optar pelo parcelamento
das compras para conseguir arcar com as despesas escolares. Além disso, muitos
pais e responsáveis entraram no ano letivo com a lista incompleta e esperam
promoções para finalizar as compras.
Conforme
uma pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada no último mês, alguns itens
chegaram a subir até 32%, como o caderno espiral capa dura - 96 folhas, que em
2024 custava R$ 11,91 e passou para R$ 15,78 em 2025. O levantamento avaliou 78
produtos em 11 estabelecimentos.
A
alta nos preços é atribuída a fatores econômicos como a alta tributação, o
aumento nos custos de produção e a valorização do dólar. "Os impostos são
um componente importante no preço final do material escolar. Diversos produtos
têm até 40% de impostos, o que pesa diretamente no bolso dos consumidores",
afirma Fernando Sette Jr, economista e professor do Centro Universitário UniBH,
que sugere algumas estratégias para economizar nas compras:
- Reutilizar materiais do ano anterior – Antes de ir às compras, vale
verificar o que ainda pode ser aproveitado do ano passado. "Muitas
vezes, cadernos parcialmente usados, estojos e mochilas estão em boas
condições e podem ser reutilizados", aponta o economista.
- Pesquisar preços e evitar compras por impulso – Comparar valores
entre diferentes lojas físicas e online pode gerar boas economias.
"Fazer uma lista do que realmente é necessário evita gastos
desnecessários e ajuda a manter o orçamento sob controle", orienta
Sette Jr.
- Optar por marcas alternativas – Produtos de marcas menos conhecidas
podem ter qualidade semelhante aos das grandes marcas, com preços mais
acessíveis.
- Aproveitar promoções e liquidações – Lojas costumam realizar
queimas de estoque após o início das aulas, oferecendo descontos
significativos.
- Comprar em conjunto – Reunir grupos de pais para compras coletivas
pode garantir valores mais baixos em papelarias e atacados.
- Negociar descontos para pagamentos à vista – Sempre que possível,
pagar à vista pode render descontos e evitar os juros do parcelamento.
De acordo com o especialista,
com planejamento e pesquisa, os consumidores podem minimizar os impactos da
alta de preços e garantir um ano letivo com o material necessário sem
comprometer excessivamente o orçamento. “É importante
também não fazer compras por impulsos quando chegar na papelaria ou livraria,
se restringindo aquilo que está na lista. Aproveitar cashbacks e cupons de
desconto, e até mesmo comprar livros em sebos e brechós são outras soluções
para pechinchar um pouco mais, mas sempre garantindo a qualidade durabilidade
dos produtos”, conclui.
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