O Brasil reafirma sua posição de destaque na medicina cardiovascular com o crescente uso da cardioneuroablação, procedimento inovador que vem transformando o tratamento de arritmias e síncopes vasovagais. Criada no final dos anos 1990 pelo Prof. José Carlos Pachón Mateos e colaboradores, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, a técnica ganha ainda mais relevância com o trabalho do Dr. Ricardo Ferreira, especialista em Estimulação Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica e Invasiva, que, hoje, é o médico brasileiro que mais realiza o procedimento, atrás somente da equipe que fundou a técnica.
A
cardioneuroablação utiliza radiofrequência para modular o sistema nervoso
autônomo que regula a frequência cardíaca, reduzindo os efeitos excessivos do
nervo vago no coração. Essa intervenção minimamente invasiva tem sido cada vez
mais utilizada no Brasil como uma alternativa eficiente para pacientes que
sofrem com bradiarritmias, síncopes refratárias e outras condições que poderiam
levar à necessidade de implante de marcapassos.
“O
procedimento oferece uma solução moderna e menos invasiva para condições que
antes demandavam intervenções mais complexas”, explica Dr. Ricardo Ferreira. O
médico destaca que muitos pacientes apresentam melhora clínica significativa,
com redução dos sintomas e recuperação da qualidade de vida.
Além
disso, diferente do marcapasso que necessita de manutenções com intervenção
cirúrgica em um intervalo de, no mínimo, 10 anos, a cardioneuroablação torna-se
uma opção muito mais prática ao paciente, que não precisará se submeter a
tantos procedimentos ao longo da vida. Outra vantagem está na eliminação do
desconforto em casos de queda abrupta da frequência cardíaca.
De
acordo com o Dr. Ricardo, a técnica realizada por meio da veia femoral, sem
cortes e com ondas de rádio de alta frequência, consiste em isolar
eletricamente os gânglios parassimpáticos, o que resulta na regulação da
resposta cardíaca ao estímulo vagal, eliminando, assim, os excessos que causam
a síncopes.
Desde sua introdução no HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, sob a liderança do Prof. José Carlos Pachón Mateos, a cardioneuroablação tem registrado resultados impressionantes. Estudos apontam taxas de sucesso superiores a 80%, refletindo o impacto positivo da técnica. O Dr. Ricardo Ferreira, agora à frente dessa inovação, reforça o papel do Brasil na adoção de soluções tecnológicas de ponta na área da cardiologia.
“Estamos
vivendo um momento de transformação no cuidado cardiovascular. A
cardioneuroablação não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, como
reduz a dependência de tratamentos mais invasivos, como os marcapassos”,
destaca o cardiologista.
A
popularização do procedimento reflete um movimento global em busca de soluções
menos invasivas e mais eficazes. A expectativa é de que a cardioneuroablação se
torne uma opção ainda mais acessível, beneficiando um número crescente de
pacientes em todo o país.
Dr. Ricardo Ferreira Silva - graduado em medicina
pela Universidade de Uberaba (MG), fez residência em Cardiologia pelo Hospital
Beneficência Portuguesa de São Paulo, em 2011, e se especializou em Estimulação
Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica no Instituto de Cardiologia Dante
Pazzanese de São Paulo, em 2014 - título reconhecido pelo Departamento de
Estimulação Cardíaca Artificial. Além de ter especialização em eletrofisiologia
clínica e invasiva no Hospital do Coração de São Paulo e concluído seu
Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2018.
Já em 2017, Dr.
Ricardo fundou o Centro Cardiológico em sua cidade natal, Uberaba, para levar o
que havia de mais moderno em tratamento de arritmia cardíaca para o interior do
estado. Em pouco tempo, com a evolução do serviço e a necessidade de facilitar
o acesso aos pacientes de outras localidades do país, expandiu para São Paulo.
Hoje, está presente também dentro de hospitais como Beneficência Portuguesa,
Samaritano e São Camilo – em São Paulo.
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