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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Transformação do controle de bagagens: SITA e IDEMIA definem o futuro das operações aeroportuáreas com inovação computacional

A colaboração expandida, desenvolvida com base no acordo inicial para melhorar o gerenciamento de fronteiras, agora tem como foco gerenciamento de bagagens e eficiência operacional nos aeroportos 

 

GENEVA – Após a recente colaboração para aprimorar as credenciais digitais de viagem e as soluções biométricas para fronteiras, a SITA, líder global em tecnologia de transporte aéreo, e a IDEMIA Public Security, líder mundial em visão computacional e tecnologias digitais, biometria e segurança, estão expandindo sua parceria para enfrentar os principais desafios no manuseio de bagagens e nas operações aeroportuárias.

Ao aproveitar a experiência da IDEMIA em sistemas de visão computacional, combinada com a experiência da SITA em processamento de bagagens, o acordo irá melhorar a eficiência operacional e proporcionará uma experiência mais tranquila para viajantes e companhias aéreas. Com a forte expansão das viagens aéreas globais - o número de passageiros aumentou para 5,2 bilhões em 2023, ultrapassando os níveis de 2019, de acordo com o relatório Baggage IT Insights 2024 da SITA - a necessidade de um manuseio eficiente de bagagens é mais urgente do que nunca.

Apesar desse aumento, o setor fez um progresso notável: a taxa de manuseio incorreto de bagagens diminuiu de 7,6 para 6,9 por 1.000 passageiros em 2023, mostrando uma melhoria de 9,2% em relação ao ano anterior, graças aos investimentos em tecnologia, conforme destacado no relatório. Essa colaboração entre a SITA e a IDEMIA promoverá mais avanços ao integrar a abordagem operacional aos processos de bagagem, permitindo um melhor rastreamento dos itens despachados, desde o check-in até o destino final. Esse rastreamento aprimorado reduzirá o risco de perda ou atraso, proporcionando aos passageiros melhor visibilidade e controle sobre a viagem de seus itens, uma demanda crescente dos usuários.

Adicionalmente, a colaboração aumentará a eficiência operacional nos aeroportos. De acordo com a pesquisa, 85% dos aeroportos introduziram tecnologias de auto-despacho de bagagens, e 32% dos passageiros agora usam telefones celulares para atualizações de coleta de seus pertences, evidenciando uma clara tendência à automação. Ao aplicar a visão computacional no manuseio de itens despachados , os aeroportos e as companhias aéreas podem reduzir ainda mais o erro humano, além de aumentar a velocidade e a precisão da entrega dos bens.

Nicole Hogg, Diretora de Portfólio de Bagagem da SITA, destaca: “O setor de transporte aéreo está enfrentando desafios sem precedentes à medida que o número de passageiros continua a aumentar, com a expectativa de que o tráfego global dobre até 2040. Os aeroportos e as companhias aéreas estão lutando para acompanhar esse crescimento, especialmente no que diz respeito ao manuseio de bagagens. Atrasos, manuseio incorreto e ineficiências ainda representam dificuldades operacionais significativas, afetando tanto a experiência do passageiro quanto os recursos dos aeroportos. É por isso que nossa parceria com a IDEMIA é tão importante.

A parceria também aborda um desafio crítico do setor: como garantir a interoperabilidade e a segurança entre aeroportos, companhias aéreas e governos sem exigir burocracias complexas. “Ao integrar a visão computacional ao processamento de bagagens, estamos enfrentando esses desafios de frente. Juntos, estamos estabelecendo um novo padrão para a forma como o setor lida com a bagagem, reduzindo o manuseio incorreto e proporcionando uma viagem mais tranquila e segura para todos os envolvidos”, ressalta a executiva. 

Gaurav Gupta, vice-presidente sênior e diretor global de vendas, viagens e transporte da IDEMIA, acrescenta: “Com nossa missão compartilhada de aprimorar a experiência geral de manuseio de bagagens para o setor e para o passageiro, a IDEMIA tem orgulho da parceria com a SITA. Como resultado de nosso legado com tecnologia biométrica e muitas décadas de experiência em visão computacional, desenvolvemos o Augmented Luggage Identification Experience (ALIX TM), uma solução de correspondência de imagens de bagagem orientada por IA. Em parceria com a SITA e integrada ao portfólio de bagagens da SITA, a IDEMIA contribuirá para redefinir o processamento de bagagens nos aeroportos, melhorando as operações das companhias aéreas, reduzindo o manuseio incorreto de bagagens e melhorando a experiência do cliente.”

Baseado no sucesso das soluções de gerenciamento de bagagens da SITA, como o SITA WorldTracer®, que reduziu o extravio de bagagens em 77%, a integração da tecnologia ALIXTM da IDEMIA aprimorará ainda mais essas capacidades. Juntas, a SITA e a IDEMIA estão criando uma solução de última geração que redefine o rastreamento de bagagens e a eficiência operacional dos aeroportos.

  

SITA
http://www.sita.aero


IDEMIA Public Security
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Os impactos da dolarização no mercado financeiro global e local

 A dolarização é adequada para todos os perfis de investidores ou depende de objetivos e tolerância ao risco?

 

A dolarização não é necessariamente adequada para todos os perfis de investidores, pois depende em grande parte dos objetivos individuais e da tolerância ao risco. Embora investir na maior bolsa de valores do mundo atrelada à economia mais estável possa ser uma grande estratégia de diversificação, a decisão de alocar ativos em dólares deve considerar a capacidade e os objetivos financeiros do investidor.

Para investidores focados em títulos e que procuram exposição a mercados robustos, uma alocação em dólares faz sentido, mas a proporção alocada deve ser calibrada ao perfil de risco do investidor. Os investidores conservadores podem optar por uma exposição limitada para salvaguardar o seu capital, enquanto aqueles com maior apetite pelo risco podem alocar uma parcela maior para explorar retornos potenciais. Em suma, a dolarização é uma ferramenta poderosa, mas a sua adequação varia de acordo com o contexto e as necessidades de cada investidor. 


  • Quais setores da economia brasileira podem ser mais impactados por uma eventual desvalorização ou valorização do dólar? 

Os sectores positivamente impactados por um dólar mais forte incluem a agricultura, a mineração, o papel e a celulosa, uma vez que essas indústrias geram receitas em dólares através das exportações. Um dólar mais forte aumenta a sua competitividade e rentabilidade no mercado internacional.

Por outro lado, setores como o automóvel, o farmacêutico, o petróleo e seus derivados e o retalho são afetados negativamente por um dólar mais forte. Isso ocorre porque muitos dos produtos vendidos localmente no Brasil estão atrelados a custos denominados em dólares, o que os torna mais caros. As empresas que dependem de matérias-primas importadas também enfrentam uma pressão financeira crescente, o que pode levar a preços mais elevados ao consumidor e a margens de lucro reduzidas. 

 

  • Quais são as melhores opções para quem deseja investir em ativos dolarizados, como ETFs, ações estrangeiras ou fundos cambiais? 

A escolha depende da capacidade financeira e dos objetivos do investidor. Para quem tem patrimônio líquido acima de R$ 1 milhão, o envio de recursos para o exterior pode ser vantajoso, pois o custo da remessa é compensado pelos retornos potenciais e pelas oportunidades estratégicas disponíveis nos mercados globais.

Para aqueles com um património líquido mais baixo, as alocações locais através de ETFs são mais econômicas e práticas. ETFs como WRLD11 (diversificação global), IVVB11 (índice S&P 500), BNDX11 (renda fixa global) e USDB11 (renda fixa dos EUA) oferecem aos investidores brasileiros acesso a ativos internacionais com custos reduzidos. No entanto, os ETFs locais ainda acarretam riscos regulatórios e geográficos brasileiros, portanto a abordagem ideal depende do equilíbrio entre conveniência, custo e necessidades de diversificação. 

 

  • Investir diretamente em empresas americanas é uma boa alternativa ou há outros meios mais acessíveis para investidores brasileiros? 

Investir diretamente em empresas americanas é uma excelente forma de acessar oportunidades na maior bolsa de valores do mundo, mas não é a única opção. Para os investidores brasileiros, existem formas mais acessíveis de alcançar a diversificação global, como os ETFs negociados na B3, a bolsa de valores do Brasil. Estes instrumentos permitem a exposição aos mercados globais sem a necessidade de enviar fundos para o estrangeiro, reduzindo assim as barreiras à entrada.

No entanto, investir através de ETFs locais ainda acarreta riscos geográficos brasileiros, uma vez que esses ativos estão vinculados ao ambiente econômico e regulatório local. Em última análise, a escolha entre investimentos diretos no exterior e ETFs locais depende dos objetivos do investidor, da capacidade financeira e da tolerância ao risco. 

 

  • Quais erros os investidores devem evitar ao dolarizar parte do patrimônio? 

O maior erro na dolarização de ativos é não adotar uma perspectiva de longo prazo e agir movido pela emoção. Isto pode gerar arrependimento, principalmente se o investidor decidir repatriar os recursos em condições desfavoráveis, incorrendo em perdas desnecessárias.

Ao dolarizar ativos, é essencial reconhecer que estes fundos devem permanecer no estrangeiro durante anos e só serem recuperados em casos de absoluta necessidade. Os investidores devem mudar a sua mentalidade, evitando a conversão constante dos seus ativos de volta para reais, e em vez disso pensar em termos de “dois bolsos” – um em reais para necessidades locais e outro numa moeda forte como o dólar para diversificação e estabilidade. Esta abordagem estratégica garante que os benefícios da dolarização sejam concretizados sem serem prejudicados por flutuações de curto prazo ou decisões emocionais. 

 

  • Você acredita que outras moedas, como o euro ou o yuan, podem ser alternativas viáveis para diversificação cambial no portfólio? 

Não, investir diretamente em empresas americanas não é a única opção, pois para obter uma boa diversificação é necessário ter acesso fácil tanto ao envio quanto à aplicação do patrimônio. A dolarização não deve ser feita apenas para manter os recursos parados, mas para permitir investimentos estratégicos que aproveitem as vantagens de uma moeda forte.

Atualmente, para brasileiros, tornou-se muito mais simples dolarizar e investir em ativos no exterior graças a plataformas como a XP Internacional, que oferecem acesso a mercados globais e uma ampla gama de produtos financeiros. Além disso, a dolarização pode trazer benefícios práticos, como a possibilidade de utilizar o dinheiro ou seus rendimentos diretamente em viagens internacionais, sem preocupações com conversões cambiais, dado que o dólar é amplamente aceito no mundo todo. Essa abordagem une diversificação, segurança e conveniência. 

 

  • Quais fatores econômicos e políticos influenciarão o movimento de dolarização em 2025? 

A maior preocupação hoje é o cenário político, que está diretamente ligado aos desafios fiscais do Brasil. O país enfrenta uma situação crítica onde a maior parte dos gastos públicos são obrigatórios, impedindo cortes imediatos e exigindo processos legislativos complexos no Congresso e no Senado para eventuais ajustes. Isto sublinha a responsabilidade premente da classe política em abordar eficazmente as questões fiscais.

Apesar das medidas de arrecadação de receitas, como o restabelecimento das alíquotas do PIS e da Cofins, a nova tributação dos combustíveis, a tributação da renda estrangeira e os impostos sobre bens importados, mesmo com consecutivas arrecadações recordes de receitas, os gastos públicos continuam a superar os níveis observados mesmo durante a pandemia de COVID-19. É crucial que o governo “faça o seu trabalho de casa”, dando prioridade aos cortes nas despesas e à eficiência fiscal antes de considerar novos benefícios ou isenções. Sem fechar a “torneira da despesa”, a situação fiscal tornar-se-á insustentável, agravando ainda mais os desafios económicos do país.  

 

  • O que podemos esperar do dólar frente ao real no próximo ano, considerando os cenários globais e locais? 

Na WIT, prevemos um dólar mais forte nos próximos anos, especialmente em uma administração Trump adotar políticas protecionistas, como o aumento de impostos sobre bens importados e a redução de impostos para empresas e cidadãos americanos. Isto provavelmente fortaleceria o dólar em relação a outras moedas em todo o mundo.

No entanto, o protecionismo poderá introduzir desafios para a economia dos EUA. Por exemplo, evitar importações mais baratas (por exemplo, um produto que custa 5 dólares da China) em favor de alternativas nacionais mais caras (por exemplo, 10 dólares pelo mesmo produto) poderia levar à inflação nos EUA. Além disso, este aumento de custos teria repercussões a nível mundial, uma vez que os produtos fabricados nos EUA que dependem de componentes importados (agora sujeitos a tarifas) se tornariam mais caros para exportar, amplificando a inflação nas cadeias de abastecimento globais. 

 

  • Que impactos positivos e negativos a dolarização podem ter nos portfólios dos investidores brasileiros em 2025? 

O principal benefício da dolarização da riqueza é proteger o poder de compra e preservar o capital a longo prazo. Por exemplo, nos últimos 30 anos desde o Plano Real, o dólar se valorizou significativamente, passando de R$ 1,00 para cerca de R$ 6,00 (em 02/12). Isto destaca como a detenção de ativos numa moeda mais forte como o dólar pode proteger contra a desvalorização do real.

O principal risco está na volatilidade da moeda brasileira, que pode criar uma falsa percepção de perdas no curto prazo. Por exemplo, se um investidor comprar R$ 10.000 a R$ 6,00 (gastando R$ 60.000) e a taxa de câmbio depois cair para R$ 5,40, o valor em reais cairia para R$ 54.000, aparentemente uma perda de R$ 6.000 (10%). Porém, o investidor ainda detém US$ 10 mil, mantendo o valor em dólares. Em vez de se concentrar nas flutuações de curto prazo, esta situação poderia ser vista como uma oportunidade para fazer remessas adicionais a um custo mais baixo em dólares, reforçando uma estratégia de longo prazo. 

 

  • Como a evolução das novas tecnologias, como as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), pode influenciar a visão sobre o dólar como ativo seguro? 

As Moedas Digitais do Banco Central (CBDCs) oferecem maior controle e transparência nas transações, proporcionando segurança e estabilidade ao sistema financeiro. No entanto, é crucial lembrar que estas moedas digitais permanecem ligadas às economias ou aos países que as emitem, o que significa que a sua força depende da estabilidade dessas nações. Embora as CBDC possam representar uma ameaça potencial ao domínio do dólar, a sua implementação também cria oportunidades para os Estados Unidos consolidarem a sua liderança global, dada a sua influência económica e capacidade de inovação tecnológica.

Sendo a maior economia do mundo, os Estados Unidos já lideram muitos avanços tecnológicos importantes, dando ao dólar uma vantagem competitiva mesmo num cenário de crescente adoção de CBDC. A integração destas tecnologias no sistema financeiro global irá provavelmente reforçar a posição do dólar como referência, solidificando-o ainda mais como moeda principal para transações internacionais. Assim, os CBDCs podem não só desafiar o dólar, mas também servir como uma ferramenta para expandir o seu domínio no futuro sistema financeiro digital. 

 

  • Em um cenário de maior instabilidade, a dolarização pode ser uma estratégia defensiva ou ofensiva para os investidores em 2025? 

A instabilidade nos mercados financeiros aumenta significativamente a volatilidade, tornando mais difícil avaliar os ativos e planear economicamente. Sem clareza quanto às perspectivas, as decisões empresariais e de investimento tornam-se mais arriscadas, exacerbando a incerteza. Neste contexto, o dólar destaca-se como uma ferramenta de proteção, impulsionada pela estabilidade política e econômica dos Estados Unidos. Enquanto países como o Brasil enfrentam mudanças abruptas e incertezas que afetam as suas moedas, os EUA proporcionam maior previsibilidade e confiança, reforçando o papel global do dólar.

Com isso, o dólar é amplamente utilizado como porto seguro durante crises, tanto por investidores quanto por empresas que buscam salvaguardar seus ativos contra a desvalorização do real. O dólar mitiga os efeitos da volatilidade local, oferecendo maior segurança nos contratos internacionais e nas reservas financeiras. A solidez institucional e econômica dos EUA sustenta diretamente a confiança global no dólar, solidificando o seu papel como âncora em meio à incerteza, enquanto o Brasil permanece mais vulnerável a flutuações e desafios internos. 

 

João Gentina - especialista em investimentos no exterior da WIT Invest 


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Intercâmbio: conheça as vantagens para a carreira ao optar por programas de internacionalização do ensino superior

Especialista do Centro Universitário Facens ressalta habilidades que são fortalecidas, com a experiência; estudantes relatam suas jornadas de conhecimento

 

A internacionalização no ensino superior pode ser uma ferramenta essencial para a melhoria da qualidade educacional e para o desenvolvimento de cidadãos globais. Iniciativas que promovem a mobilidade acadêmica, a cooperação entre instituições e a troca cultural ampliam horizontes na vida profissional e pessoal e impactam diretamente a maneira como educadores, estudantes e pesquisadores enxergam o mundo. 

Rosi Vieira, Head do Departamento de Relações Internacionais do Centro Universitário Facens, afirma que “a internacionalização é mais do que uma tendência, é uma necessidade para garantir a excelência acadêmica e desenvolver profissionais preparados para o mercado global. Promove uma perspectiva humanista, essencial para enfrentar desafios contemporâneos, como a sustentabilidade e os conflitos armados. Ela possibilita trocas multiculturais e promove a interdisciplinaridade em contextos diversos, fortalecendo a cidadania responsável”. 

A especialista ressalta ainda que estudos no exterior podem “garantir a ampliação de conhecimentos teóricos e técnicos (hard skills) em ambientes distintos da sua região. Já as vantagens profissionais destacam a aquisição de soft skills valorizados pelo mercado de trabalho, como comprometimento, responsabilidade, adaptabilidade, resolução de problemas, tomada de decisão, entre outras competências, além da proficiência em língua estrangeira e do aclamado networking”.
 

Colaboração e expansão do conhecimento 

Uma rede internacional de colaboração entre instituições é fundamental para promover avanços acadêmicos e pesquisas conjuntas. Além disso, possibilita a visibilidade internacional das universidades, como é o caso do Centro Universitário Facens, que tem “parcerias com instituições renomadas em três continentes, como o Shibaura Institute of Technology (Japão), a Universitat de Lleida (Espanha) e o Lawrence Technological University (EUA), fortalecendo o ecossistema acadêmico e cultural da instituição. Além disso, temos o Global Study (graduação sanduíche), Dupla Titulação e Professional Experience, que oferecem estágios remunerados no exterior”, explica Rosi. 

Mais de 374 estudantes do Centro Universitário Facens já participaram de programas internacionais, enquanto a Instituição acolheu estagiários e pesquisadores estrangeiros, promovendo um ambiente acadêmico verdadeiramente global, com foco na internacionalização do campus e o acesso de um número maior de estudantes. Gislaine Alves, que cursa Arquitetura e Urbanismo, relata a transformação que vivenciou durante seu período de mobilidade no Shibaura Institute of Technology, no Japão. “Profissionalmente, expandiu meus horizontes ao poder conhecer diferentes aspectos na minha área de interesse, vendo todo um mundo que estava voltado ao estudo da tecnologia na arquitetura, como BIM e estudos aprimorados de sustentabilidade. Além disso, foi importante no desenvolvimento comunicativo, principalmente em outros idiomas, e do trabalho em equipe a nível internacional, aprendendo a trabalhar em conjunto em grandes projetos”, relata. 

Já Giovani Gomes, aluno do mesmo curso, estudou durante um semestre na Universidade de Lleida (UdL), na Espanha. “A oportunidade de cursar disciplinas do Bacharelado em História da Arte e Gestão do Patrimônio Artístico — um curso pioneiro no sistema universitário catalão — e de aprender diretamente com os principais especialistas da área foi um grande diferencial para minha carreira”, diz. Ele completa dizendo que “essa experiência nos torna mais resilientes, empáticos e nos ensina a valorizar ainda mais o que temos de bom no Brasil. Além disso, nos fornece exemplos práticos e a motivação necessária para transformar aquilo que pode ser melhorado”. 

O mesmo acontece para aqueles que vêm ao Brasil para estudar. É o caso de Anna Aroca, da Espanha, que realizou dupla titulação no Centro Universitário Facens e se graduou em Engenharia de Produção também no Brasil. “O intercâmbio permitiu-me abrir a mente a outros tipos de indústria menos presentes na minha região. Pessoalmente, conheci muitos lugares espetaculares do país, ao mesmo tempo que compreendi a sua cultura. Ambas as universidades me ajudaram a promover minha carreira”, pontua a estudante. 

Para os estudantes, as vantagens da internacionalização vão desde o aprimoramento acadêmico até a ampliação de suas perspectivas profissionais. “Um expressivo contingente de estudantes se mudará para empregos onde trabalhará ou fará negócios com empresas internacionais, bem como atuará com colegas de diversas nacionalidades, sendo as habilidades adquiridas por meio de estudos no exterior ou em um campus internacionalizado, ferramentas poderosas para o sucesso na carreira”, conclui Rosi. 


As 6 principais tendências para o turismo em 2025

Hyatt Inclusive Collection
Viagens para conhecer um novo amor, oásis silencioso e estética retrô: as tendências de turismo que vão movimentar o mercado de viagens no próximo ano 

 

O mercado global de viagens e turismo está projetado para atingir US$11,1 trilhões e gerar 348 milhões de empregos até o final de 2024, com o setor mantendo um ritmo acelerado de expansão para o próximo ano. Os viajantes, em constante busca por experiências únicas, impulsionam transformações significativas no mercado, que se adapta para atender às crescentes demandas globais, mesmo diante das instabilidades econômicas e sociais.

Aqui estão as 6 principais tendências que prometem fazer de 2025 um ano bastante impactante para o turismo, com destaques que vão desde o resgate nostálgico dos Heydays até a crescente popularidade de destinos mais extremos.


Nostalgia Pura: Revivendo os dias felizes 

O ano de 2024 foi desafiador, marcado por preocupações climáticas e mais de 80 eleições nacionais que dominaram o cenário global. Em resposta, 2025 promete uma onda nostálgica, com consumidores buscando refúgio em memórias felizes e despreocupadas – os chamados New Heydays.

Essa tendência deve aquecer a demanda por destinos e experiências que remetam a “tempos mais simples”. Lugares com temáticas dos anos 80, 90 e 2000, atrações lúdicas que resgatem o “a criança interior” e atividades inspiradas em programas e filmes clássicos estão no radar dos viajantes. Destinos que evoquem momentos marcantes da vida também devem ganhar popularidade.

“Estamos observando um aumento no número de hóspedes que retornam aos nossos resorts para reviver experiências marcantes, como lua de mel ou viagens em grupo com amigos”, comenta Antonio Fungairino, Head de Desenvolvimento das Américas da Hyatt Inclusive Collection, a linha de resorts da rede Hyatt. “Esse movimento de revisitar memórias está crescendo no turismo, e garantir que o hóspede encontre uma experiência tão boa quanto – ou melhor – do que a vivida anteriormente será essencial para as grandes operadoras de turismo.”


Silent travel 

Em um mundo cada vez mais conectado, onde os estímulos sonoros e visuais são constantes, o silêncio tornou-se um verdadeiro artigo luxo. Encontrar um local para se desconectar e vivenciar momentos livres de interferências pode parecer um desafio, mas essa experiência está se tornando cada vez mais acessível, especialmente durante as férias.

A tendência do "silent travel" está ganhando força, oferecendo destinos e acomodações que priorizam a redução máxima de ruídos, criando um ambiente ideal para relaxamento profundo. Essa proposta se torna ainda mais valiosa quando combinada com tratamentos do sono, que visam potencializar o descanso e o bem-estar dos viajantes.

Além disso, a procura por programas de sono em hotéis e resorts de luxo está em constante crescimento. Muitos desses estabelecimentos já oferecem programas completos dedicados à qualidade do sono, com tecnologias que monitoram padrões de sono, identificam barreiras e realizam testes de profundidade, além de propor soluções personalizadas para melhorar o descanso. As experiências incluem atividades como yoga, caminhadas ao ar livre, meditação, reflexologia, massagens relaxantes e até camas projetadas especialmente para promover o sono reparador com ajuda de inteligência artificial.  Combinando tranquilidade, inovação e conforto, esses destinos representam uma nova era no turismo de bem-estar, onde o silêncio e o sono de qualidade são os protagonistas.


Turismo de Fronteira

O turismo de fronteira refere-se às viagens realizadas entre países vizinhos, aproveitando os diversos atrativos turísticos que cada nação oferece, como paisagens naturais, patrimônios históricos, aventuras, opções de lazer, eventos culturais e gastronomia.

Essa modalidade de turismo tem ganhado destaque, especialmente devido ao aumento nos preços das passagens aéreas e ao crescente interesse em explorar destinos menos convencionais. A tendência vem despertando atenção no mercado e impulsionando iniciativas estratégicas. Um exemplo disso são os ministérios do Turismo de Espanha e Portugal, que já estudam formas de fortalecer o turismo nas áreas de fronteira. O objetivo é posicionar a Península Ibérica como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo.

Além disso, essa modalidade de turismo proporciona uma ruptura com os destinos mais populares, como grandes capitais, incentivando a descoberta de áreas mais remotas, de difícil acesso e menos frequentadas pelo turismo tradicional.

Essa abordagem pode englobar tanto atividades desenvolvidas nas regiões fronteiriças pelos cidadãos locais, quanto viagens que cruzam fronteiras mais distantes e incomuns, como a Antártica.


Turismo para solteiros 

Ao redor do mundo, as pessoas estão cada vez mais saturadas de encontros online e buscando formas espontâneas de se conectar no mundo real. De acordo com uma pesquisa feita pela Forbes Health , 79% dos solteiros da geração Z já vivenciaram o fenômeno do date burnout — o esgotamento de se envolver em encontros por aplicativos e a sensação de superficialidade nas interações.

Uma pesquisa da Globaltrender revelou que o número de viajantes solo de lazer cresceu 15,6% em 2023 em comparação ao ano anterior, e essa tendência deve continuar em 2024, com um aumento adicional de 9,2% registrado até o momento. Esse movimento se reflete, por exemplo, no perfil dos hóspedes: a rede Hyatt Inclusive Collection relatou que viajantes solteiros já representam a maioria em algumas de suas linhas de resorts all-inclusive, como os resorts da linha Breathless  e que esses hóspedes procuram estão busca de uma combinação de relaxamento e oportunidades para interação social real.

Com base nos dados disponíveis, espera-se que 2025 registre uma alta demanda por destinos e experiências voltadas para viajantes solo, que priorizam personalização, liberdade e a oportunidade de criar novas conexões.

Destinos conhecidos por promover encontros no mundo real, como aqueles com vida noturna vibrante, cruzeiros e resorts exclusivamente para adultos, tendem a ter uma alta procura no próximo ano. Locais famosos pelo romance como Paris e Costa Amalfitana  também vão estar no topo das listas de desejos. Além disso, hotéis que oferecem atividades interativas, como oficinas de hobbies ou práticas esportivas, devem ganhar destaque. Essas experiências não apenas tendem a enriquecer a viagem, mas também fomentam a formação de laços por meio de interesses compartilhados.


Diferentes gerações em um só destino 

Após anos marcados por viagens voltadas para ostentação nas redes sociais, a tendência agora é que as pessoas priorizem momentos significativos com aqueles que amam. Um estudo realizado pela Skift aponta que as viagens em família estão se consolidando como uma das principais tendências. Cerca de 42% dos entrevistados indicaram que seu principal motivo para viajar é fortalecer laços e criar memórias compartilhadas com a família. O estudo também revelou o crescimento das viagens multigeracionais: 46% das famílias afirmaram incluir diferentes gerações em seus planos de viagem, e 45% planejam aumentar o orçamento destinado a viagens familiares em 2025.

Essa nova dinâmica exige que as empresas do setor de turismo adaptem suas ofertas para proporcionar experiências que atendam pais, avós,  jovens e crianças de forma integrada. Investimentos em infraestrutura e serviços especializados, capazes de atender às necessidades de todas as famílias, devem ser feitos pelas empresas que desejam atrair essa gama diversificada de turistas. 

"Alcançar esse nível de personalização de espaços e experiências, embora demande um investimento inicial significativo para a criação ou remodelação das infraestruturas e do capital humano do resort, é uma estratégia cada vez mais valorizada pelos viajantes. Em linhas como  Sunscape e Dreams Resorts, nossa prioridade é oferecer um serviço que atenda às necessidades de todas as idades, combinando infraestrutura adequada, como berçários, brinquedos e espaços para festas, com acessibilidade que garanta deslocamentos seguros e confortáveis e também programas mais adultos como jantares românticos, imersão na cultura local e um serviço de spa de alto padrão” explica Antonio.


Temporadas intermediárias 

O crescimento dessa tendência foi impulsionado pelo impacto das redes sociais, que popularizaram destinos. À medida que os hotspots turísticos se tornam saturados, muitos viajantes começaram a procurar destinos fora da alta temporada para tentar aproveitar as férias com mais exclusividade. Uma pesquisa revelou que 68% dos entrevistados se orgulham de descobrir destinos menos conhecidos antes de eles se tornarem populares . Essa tendência é impulsionada pelo desejo de experiências de viagem mais significativas e pela preferência por evitar pontos turísticos lotados.

As vantagens são muitas: o custo é mais acessível. Estima-se que as passagens aéreas sejam, em média, 23% mais baratas durante a baixa temporada. Além disso, para atrair hóspedes, os hotéis frequentemente oferecem pacotes promocionais. Outro ponto positivo é a tranquilidade: as viagens costumam ser menos movimentadas, permitindo que os turistas escapem das longas filas em restaurantes badalados e em pontos turísticos populares.

Por outro lado, as desvantagens podem incluir a indisponibilidade de algumas atividades em determinados destinos fora de temporada, um clima mais instável e menos opções de vida noturna para quem procura agito. No entanto, essas questões podem ser compensadas com a escolha de passeios fora dos roteiros convencionais, proporcionando uma imersão mais profunda na cultura local. Com menos turistas, é possível interagir mais com os moradores da região e viver uma experiência mais autêntica.

 

Inclusive Collection, da World of Hyatt



Como evitar golpes em locações por temporada

Especialista alerta para os cuidados e direitos dos locatários ao alugar um imóvel para as festas de final de ano 

 

Com a proximidade das festas de fim de ano e do período de férias, cresce a busca por imóveis para temporada e consequentemente os golpes e ofertas em péssimas condições. Especialista alerta para os cuidados, direitos e o que deve ser considerado antes de fechar qualquer negócio para não cair no conto do vigário.

Um estudo de mercado realizado pela OLX, revela que de janeiro a maio de 2024 foram identificados 1,2 mil golpes dessa natureza, o que representa uma redução de 67% com relação ao mesmo período de 2023. Ainda de acordo com a pesquisa, os estados com mais casos foram São Paulo (23%), Rio de Janeiro (16%), Bahia (11%), Paraíba (9%) e Pernambuco (8%).

Kevin de Sousa, especialista em Direito Imobiliário e sócio do escritório Sousa & Rosa Advogados, alerta que essa procura expõe consumidores a riscos, como golpes e problemas contratuais e traz algumas orientações para uma locação segura e sem surpresas. 

A explosão de plataformas digitais e redes sociais trouxe conveniência, mas também elevou os casos de golpes. "Antes de fechar qualquer negócio, é fundamental verificar a reputação do locador e da propriedade. Avaliações de outros usuários em plataformas confiáveis são essenciais", alerta.

Entre as medidas de proteção, o advogado recomenda:

  • Realizar pagamentos seguros: utilize apenas plataformas que oferecem garantias de reembolso em caso de problemas. Evite transferências diretas;
  • Verificar a existência do imóvel: ferramentas como o Google Maps ajudam a confirmar localização e autenticidade;
  • Consultar o Creci: quando o contrato é intermediado por corretores, é imprescindível checar o registro profissional no Conselho Regional de Corretores de Imóveis;
  • Desconfiar de preços baixos: ofertas muito abaixo do mercado geralmente são um sinal de golpe.

Caso o consumidor suspeite de fraude, é importante registrar um boletim de ocorrência. "Esses golpes podem configurar crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal", aconselha.

Para evitar problemas durante a estadia, Kevin destaca a importância de um contrato bem elaborado. "O contrato deve incluir informações detalhadas, como o período da locação, o valor, a forma de pagamento e um checklist dos itens disponíveis no imóvel". Ele também sugere anexar fotos recentes da propriedade ao contrato, garantindo que o local será entregue conforme prometido. A identificação da identidade do locador e a titularidade do imóvel também relevantes. "O contrato deve respeitar a Lei do Inquilinato, que regula locações temporárias de até 90 dias", acrescenta o especialista.

Quanto aos direitos do locatário em caso de problemas, falhas, condições inadequadas para o uso ou até mesmo não corresponder ao anunciado, “o consumidor pode solicitar a rescisão contratual e o reembolso integral ou parcial do valor pago. Caso necessário, também é possível exigir reparação de danos", orienta o advogado.




Fonte: Kevin de Sousa - advogado, mestre em Direitos da Personalidade, especialista em Direito Imobiliário e membro do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (IBRADIM), sócio do escritório Sousa & Rosa Advogados.

 

VAI VIAJAR? COMO SE PROTEGER DE GOLPES DE HOSPEDAGENS NO FINAL DE AN

Perito em crimes digitais destaca dicas importantes para não cair em armadilhas, confira

 

Com as férias de final de ano se aproximando, muitas famílias já começam a organizar suas viagens. Porém, junto com a facilidade proporcionada pelos avanços tecnológicos, como a possibilidade de reservar passagens e hospedagens online, surgem também maiores riscos de fraudes, tornando os viajantes mais suscetíveis a golpes. 

Essas fraudes podem ocorrer de diversas maneiras, desde anúncios enganosos de hospedagens até esquemas mais elaborados, como o uso de redes Wi-Fi públicas inseguras ou e-mails de phishing. Por isso, é essencial tomar precauções de segurança digital para evitar essas armadilhas e garantir uma viagem tranquila e protegida. 

Para o perito em crime digital e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho, qualquer um pode se tornar alvo, mesmo os de perfis viajantes mais experientes: “É necessário entender que esses cibercriminosos investem tempo, tecnologias, e aprimoram suas técnicas, tornando o golpe cada vez mais convincente. Eles podem parecer extremamente profissionais, usando logotipos, sites e documentos falsos para enganar potenciais vítimas”, resume. 

Ainda segundo o especialista, essa resistência por parte dos golpistas pode dificultar a discernir o verdadeiro do falso. “É um desafio diário manter-se atualizado sobre as novas táticas utilizadas pelos golpistas e estar sempre alerta para proteger-se de possíveis emboscadas, mas é preciso, já que nos dias de hoje 85% de nossas compras são feitas pela internet”, alerta. 

Para te ajudar, Wanderson Castilho destaca dicas importantes, veja:
 

Certifique -se se o site é verdadeiro: Segundo o especialista, é comum que golpistas criem sites falsos para parecer com os sites reais. “O usuário deve verificar sempre a URL do site para garantir que seja o oficial e tenha certeza de que ele seja seguro - começando com "https" e exibindo um cadeado na barra de endereço”, diz.
 

Evite ofertas muito boas para serem verdadeiras: Outra tática dos golpistas é utilizar preços abaixo do mercado para chamar atenção de suas vítimas. Contudo, Castilho ressalta que ofertas baratas demais tendem a quase nunca serem reais.
 

Pagamentos seguros: Ao fazer uma reserva, os viajantes devem dar preferência aos pagamentos seguros, como cartões de crédito ou serviços de modalidade de pagamento online. Evitar fornecer informações pessoais, como números de conta bancária, por e-mail ou em sites não seguros.
 

Utilize redes de Wi-Fi seguras: É bastante comum o uso de wifi público, no entanto, essa prática oferece alguns riscos. “Em alguns casos, em vez de falar diretamente com o ponto de acesso, o usuário pode estar enviando informações para o hacker, e facilitando o roubo delas. É indicado o uso da a rede móvel do celular ou uma rede privada virtual (VPN) para garantir uma conexão segura”, pontua. 
 

Senhas seguras: É importante que a criação das senhas seja pensada além do óbvio, elas devem ser fortes, seguras e únicas. Segundo Castilho, o uso de uma senha personalizada para cada conta pode ajudar a reduzir o impacto de um possível vazamento de dados. 
 

Busque reservar em sites oficiais: Ao buscar reservas em sites oficiais de viagens, o viajante garante autenticidade e segurança das informações, evita golpes e contratempos. Além de proteger seus dados pessoais, desfrutando de políticas de cancelamento claras, e às vezes até benefícios.

Por fim, o especialista explica que a dica mais valiosa é a informação: “É crucial que os usuários estejam informados sobre as últimas táticas de golpes online, atentos aos e-mails suspeitos, mensagens de texto não solicitadas e sites que solicitam informações pessoais ou financeiras demais. Desconfiando de qualquer solicitação, se torna mais fácil evitar uma possível fraude.", conclui.
  

Wanderson Castilho


A construção de marcas com recursos da neurociência


Compreender o efeito que os diferentes elementos que agregam valor à marca possuem no comportamento do consumidor é essencial para o desenvolvimento de estratégias efetivas de branding. 

Os atributos intangíveis associados à marca, tais como imagem da organização, notoriedade, lealdade, qualidade percebida e Responsabilidade Social Corporativa (RSC) - os quais em conjunto constituem o valor da empresa - estão todos relacionados ao processamento de emoções. 

Quando se fala de junção entre neurociência e branding, obtêm-se como resultado a mensuração do sistema nervoso central em relação às corporações. São as emoções que comandam o comportamento humano e, especificamente, dominam o consumo. Os cientistas descobriram que 90% do comportamento é impulsionado por processos sensoriais na mente inconsciente e emocional. Se uma marca quer resultado duradouro ou se um produto deseja ter mais vendas na gôndola, eles precisam se conectar emocionalmente às pessoas. A companhia precisa ser memorável. 

O consumidor procura uma relação emocional, via recompensa, experiência, reconhecimento, pelo simples fato de que, como seres vivos, todos são movidos por emoções e impulsos.

 

E para alcançar a lealdade à marca? 

Para alcançar essa lealdade, é necessário atingir áreas cerebrais envolvidas com a memória e emoção. Empresas renomadas contemplam em seus estudos dos consumidores áreas do conhecimento como musicologia, neurologia, filosofia, zoologia, antropologia, psicologia, sociologia e o estudo das neurociências. Porém, se o comportamento muda, como não atualizar a interpretação dos conceitos de gestão, economia, marketing, comunicação e branding?  

A atual conjuntura econômica não significa um desastre total financeiro para o varejo. Os consumidores se tornarão mais exigentes à medida que gastam recursos mais limitados. E o varejista experiente investirá em entender o comportamento do consumidor, suas necessidades e motivações para criar uma experiência de compra aprimorada e gerar uma conexão emocional entre consumidor e marca. 

Os sistemas sensoriais representam um elo fundamental no estudo da neurociência e, em concreto, no estudo do comportamento do consumidor. Isso porque os sistemas sensoriais são o canal de entrada da informação no nosso organismo sob a forma de impulsos nervosos, sendo distribuído por diversas áreas do cérebro e do corpo. 

A captação desses estímulos é processada por diferentes canais com receptores próprios e especializados. Um impulso externo fortemente emocional pensado para os sistemas sensoriais tem o poder de gerar emoções ou de criar e modificar crenças para a vida.

 

A Neurociência no Branding para a construção de marcas

O branding consiste não apenas em ações de marketing com o propósito de aumentar a exposição no mercado, mas também em ações internas na empresa para transmitir a imagem pretendida (Plumeyer et al., 2019). Além disso, a área tem também a finalidade de incrementar o brand equity, ou seja, aumentar o monetário da marca, considerada como um ativo da corporação - e assim amplificar o valor da própria organização. 

  • Esse valor agregado que a marca possui é analisado sob uma dupla perspectiva que reúne o que a marca gera à organização e a relevância que a empresa tem para o consumidor. 

Logo, compreender o efeito que os diferentes elementos que agregam valor à marca e o efeito subsequente no comportamento do consumidor, parece essencial para o desenvolvimento de estratégias efetivas de branding. Com o uso de métodos e equipamentos neurocientíficos, é possível registrar e mensurar a atividade cerebral e outras variáveis psicofisiológicas associadas a diferentes estados emocionais que emergem quando um indivíduo é exposto a um estímulo.

 

Com isso, ganhamos:

  • Identificação da força da captura da atenção e a atenção do consumidor;
  • Potencialização da memorabilidade da comunicação, para aumentar a capacidade de lembrança da marca alinhada à estratégia construída;
  • Identificação da emoção do consumidor ao se relacionar ou recordar da marca;
  • E principalmente, VALIDAÇÃO. Se o que se diz coincide com o que se sente. Identificar os estados emocionais nos permite entender a probabilidade de um comportamento futuro; 

Conhecer os efeitos emocionais e os processos inconscientes que modulam a forma com a qual os indivíduos constroem interpretações da realidade é essencial para compreender como os estímulos de marketing modificam a estrutura de pensamento dos consumidores e como isso se traduz em decisões de compra.

 

Andre Cruz - Fundador e CEO da Neura e Expert em Neurociência e Comportamento


Novo Código de Ética do Detran-SP fortalece compromisso com toda a sociedade

Aperfeiçoado, documento reforça ações de prevenção e combate à corrupção, nepotismo e assédio, com objetivo de valorizar integridade dentro e fora da Administração Pública

 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) chega ao Dia Internacional contra a Corrupção, celebrado nesta segunda-feira, 9 de dezembro, com um novo Código de Ética. Resultado de um processo de revisão aberto para consulta pública por 45 dias, o documento se alinha aos valores que regem o planejamento estratégico definido pelo órgão de trânsito até 2030, ano que antecede o seu centenário: respeito, integridade, segurança e eficiência. 

 

Disponível no portal do Detran-SP, o novo Código de Ética substitui o anterior, de 2015, como uma cartilha de boas práticas não apenas para os funcionários em atividade, mas para todos os que representam o órgão de trânsito - como CFCs, desmontes, médicos e empresas de vistoria, por exemplo -, conjugando transparência com inovação, governança e segurança jurídica, e avançando em temas que antes não eram mencionados ou o eram de modo rápido, como conflito de interesses, abuso de autoridade, combate a todos os tipos de discriminação, também combate ao uso de bens públicos para fins particulares e ao nepotismo. 

“O novo Código de Ética marca um avanço significativo no fortalecimento da integridade no Detran-SP. Essa reformulação foi cuidadosamente planejada para reforçar ações de prevenção e combate à corrupção, fraudes e desvios éticos e alinhar nossas normas de conduta aos valores que norteiam a administração, com o objetivo de ter um ambiente de trabalho seguro e organizado, e garantir os mesmos padrões nos serviços prestados via postos de atendimentos e agentes regulados”, diz Waldirene Santana, auditora interna do Detran-SP, órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD). 

Logo no primeiro artigo, o novo documento, instituído em portaria publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial do Estado, deixa claro que o compromisso ético é de todos os que agem em nome da administração pública: “As disposições deste Código de Ética também se aplicam, no que couber, aos prestadores de serviços que exercem atividades no Detran-SP”.

Para Waldirene, trata-se de um dever de todos. “Esse compromisso coletivo envolve a responsabilidade compartilhada por garantir que os valores éticos sejam seguidos e que as boas práticas sejam observadas no dia a dia”, afirma.

Durante a consulta pública, o Detran-SP recebeu cerca de quarenta sugestões, parte delas do público interno da autarquia, o que, para Waldirene, demonstra confiança no processo que estava sendo conduzido. “Reunimos e avaliamos todas as propostas, foi confeccionado a minuta do código de ética que passou pelo crivo da Consultoria Jurídica e das lideranças do órgão”, diz. 

Entre as sugestões acatadas, estão a de indicar como necessário o cuidado de preservar dados e informações produzidos por agentes públicos durante o trabalho. Assim, caso alguém deixe o órgão, o que a pessoa produziu permanece na autarquia, contribuindo para a execução do serviço público. 

Questões como o cumprimento de prazos de execução de tarefas, limpeza e organização do ambiente de trabalho de acordo com o conceito do “Sistema 5 S” e a necessidade de se manter atualizado em relação à legislação de trânsito também passaram a compor o novo Código de Ética. 

O novo documento é parte de um movimento interno do Detran-SP, que acaba de ter sua reforma administrativa traçada em decreto pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas. A reestruturação cria três novas diretorias focadas em áreas estratégicas para a segurança e governança: a diretoria de Segurança Viária, a diretoria de Gestão Regulatória e a de Controle e Integridade, que será a guardiã das melhores práticas de compliance e ética, responsável pelas atividades de ouvidoria, corregedoria, controle interno, transparência, integridade e auditoria. 

 

Ética assertiva


A redação do novo Código de Ética torna claras e assertivas orientações que antes figuravam como princípios e permitiam leituras diversas. Ao trabalhar no documento, a equipe de Auditoria Interna do Detran-SP entendeu ainda que determinados assuntos, como a discriminação racial, merecem mais atenção, e medidas estão sendo estudadas para definir que abordagens terão.

“O Detran-SP reitera seu compromisso com o combate à corrupção e aos desvios em todas as suas operações. Garantir as melhores práticas de governança tem resultado direto sobre a qualidade dos serviços que prestamos, e da gestão do trânsito”, afirma Waldirene.

O novo Código de Ética terá adoção compulsória para agentes públicos e também para funcionários terceirizados, além dos agentes delegados e regulados que exercem atividades e prestadores de serviços em nome do órgão. 

  

Detran-SP


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