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terça-feira, 3 de setembro de 2024

Pesquisa inédita aponta que 68% dos brasileiros não sabem do que se trata a infecção por VSR1

 

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode trazer riscos para pessoas a partir dos 60 anos, principalmente para aqueles que possuem comorbidades, podendo causar complicações graves e até levar a óbito2,3

Somente no primeiro semestre deste ano, no Brasil, o VSR foi responsável por mais de 45% dos casos reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).4 Em 2023, dados mostram que a letalidade do vírus em adultos 60+ chegou a 21%9

Com objetivo de gerar conscientização sobre a doença e seus impactos na população idosa, GSK promove a VSR Week a partir do dia 2 de setembro

 

Uma pesquisa inédita realizada pela biofarmacêutica GSK aponta que 68% dos brasileiros nunca ouviram falar do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).1 No entanto, este vírus causador de infecções respiratórias chegou a ser responsável por até 45% dos casos reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de janeiro a junho deste ano no país4 e pode prejudicar a qualidade de vida da população acima dos 60 anos ao ocasionar diversas complicações graves, como piora de quadros de doença pulmonar, pneumonia e, até mesmo, óbito.2,3 Para ajudar a reverter esse quadro, a biofarmacêutica promove a partir do dia 2 de setembro a VSR Week, uma campanha global de conscientização, que tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre a doença.2 

A pesquisa foi conduzida na Austrália, no Brasil, no Canadá e na França, e contou com 3.516 entrevistados. O resultado apontou que 2 em cada 3 pessoas com 50 anos ou mais (65%) respondentes não conhecem o VSR, e apenas uma pequena minoria (13%) afirma ter conhecimento moderado ou alto sobre a doença.1 

Doenças respiratórias são frequentes, duradouras e impactam negativamente a vida, de acordo com a pesquisa. A maioria dos entrevistados nos quatro países (70%) relatou ter tido uma doença respiratória no ano anterior e 1 em cada 3 (35%) levou mais de 2 semanas para se recuperar completamente.1 Porém, enquanto 82% dessas pessoas afirmou ter tido resfriado ou gripe, apenas 5% confirmou que teve VSR.1 “O VSR é um vírus muito conhecido entre os pediatras, pois é responsável por causar bronquiolite em bebês e crianças. Apesar de também ser preocupante em adultos e idosos, há pouca testagem para o VSR em pessoas dessa faixa etária, resultando em pouco conhecimento sobre a circulação da doença. Como os sintomas são facilmente confundidos com uma gripe, como coriza, tosse, febre e mal estar, o VSR acaba sendo subdiagnosticado e subnotificado. Então, é possível que uma parte desses 70% que afirmaram ter tido uma doença respiratória, essa tenha sido por VSR, mas não foi confirmada por não ter feito teste específico para esse vírus. É preciso reforçar para o público que nem toda infecção respiratória é gripe”, explica a dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e líder médica de vacinas da GSK. 

Entre as pessoas que responderam a pesquisa, os brasileiros (74%) foram os mais preocupados em perder eventos familiares por causa de infecções respiratórias, como as causadas pelo VSR, além de terem relatado uma interrupção em momentos cotidianos significativamente maior em comparação aos outros mercados: 36% dos brasileiros perderam uma ocasião familiar contra 24% dos respondentes internacionais, 24% deixaram de ir a uma comemoração de aniversário versus 14%, 16% não conseguiram aproveitar um feriado em comparação a 11% dos estrangeiros, 20% dos entrevistados no país faltaram a um evento importante de trabalho contrário aos 10% de outras nacionalidades, e 3% tanto no Brasil quanto em outros países afirmaram ter perdido um casamento.1 

Apesar do pouco conhecimento sobre o VSR, 69% das pessoas com mais de 50 anos no estudo afirmaram que estão preocupadas em contrair VSR no futuro, aumentando para 73% entre aquelas com comorbidades.1 “Essa pesquisa da GSK mostra que existe uma lacuna significativa de conhecimento e compreensão sobre o VSR, mesmo que as taxas de infecção pelo vírus sejam altas e que a população esteja preocupada em se contaminar. Então, é muito importante que estejamos engajados em dar ao público informações de qualidade sobre a doença e encorajá-lo a conversar com seu médico sobre formas de prevenção”, afirma dra. Lessandra.

 

Sobre o VSR 

O Vírus Sincicial Respiratório é um vírus comum e altamente contagioso que afeta o sistema respiratório, como nariz, garganta, brônquios e pulmões. Apesar de ser muito frequente em crianças, ele ainda é pouco conhecido e subdiagnosticado em idosos, por ser facilmente confundido com outras infecções respiratórias, como a gripe e a COVID-19.2,5,6 O VSR pode ser facilmente transmitido através de gotículas expelidas ao tossir e espirrar, por contatos próximos, como beijo, ou por superfícies contaminadas, além de ter maior circulação no período de outono-inverno.2,5,6

 

Porém, é preciso ter atenção com o VSR em adultos e idosos. Pessoas em contato com crianças com VSR tem 22,6 vezes mais chances de apresentar infecção por VSR.12 Adultos com comorbidades, como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma e insuficiência cardíaca congestiva (ICC), podem apresentar complicações graves e, até mesmo, óbito.2,7 Nos Estados Unidos, anualmente, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o VSR leva a aproximadamente de 60 mil a 160 mil hospitalizações e de 6 mil a 10 mil óbitos, em adultos com 65 anos ou mais.2 No Brasil, entre 2020 e 2022 foram notificados mais de 30 mil casos da doença, com uma taxa de letalidade de 20,77% em 2022 em adultos de 60 anos ou mais.8 Em 2023, dados do INFOGripe mostram que a letalidade do VSR em adultos acima de 60 anos foi de 21%.9

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a vacinação é uma das principais formas de prevenção contra o VSR.10 Além disso, algumas outras medidas podem ajudar a prevenir o contágio e a transmissão, como lavar as mãos frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência; e evitar sair de casa quando estiver doente.11

 



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.



GSK
Para mais informações, visite GSK.
 

 

Referências:

  1. RSV Public Awareness Survey (Australia, Brazil, Canada, France). Pesquisa realizada em nome da GSK em 2024;
  2. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). RSV in older adults and adults with chronic medical conditions. Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  4. FIOCRUZ. INFOGripe. Monitoramento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) notificados no SIVEP-Gripe - SE-26. Disponível em: <Link>. Acesso em: 22 de Julho de 2024;
  5. NATIONAL FOUNDATION FOR INFECTIOUS DISEASES. Respiratory syncytial virus in older adults: a hidden annual epidemic. Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  6. MAYO CLINIC. Respiratory syncytial virus (RSV). Symptoms and causes. Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  7. Colosia AD, Yang J, Hillson E, et al. The epidemiology of medically attended respiratory syncytial virus in older adults in the United States: a systematic review. PLoS One. 2017;12(8):e0182321.doi:10.1371/journal.pone.0182321;
  8. DE VERAS, Bruna Medeiros Gonçalves et al. Casos graves de Vírus Sincicial Respiratório em anos de pandemia: Uma análise retrospectiva da base de dados do SIVEP-GRIPE no Brasil (2020-2022). The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 27, p. 103129, 2023;
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Vigilância das Síndromes Gripais. Semana Epidemiológica 52 (05/01/2024). Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Pneumologia. Guia de Imunização SBIm/SBPT (2024/2025). Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  11. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). How RSV Spreads. Disponível em: <Link>. Acesso em: 31 de julho de 2024;
  12. Moreira LP, Watanabe ASA, Camargo CN, Melchior TB, Granato C, Bellei N. Respiratory syncytial virus evaluation among asymptomatic and symptomatic subjects in a university hospital in Sao Paulo, Brazil, in the period of 2009-2013. Influenza Other Respir Viruses. 2018 May;12(3):326-330.

Gastos com saúde mental fazem parte das finanças de pelo menos 35% das famílias brasileiras, revela pesquisa da Serasa

  • Estudo “O Impacto das Finanças na Saúde Mental do Brasileiro” investiga a conexão entre dinheiro e emoções.
  • 55% já passaram por problemas de saúde mental e dificuldades financeiras.
  • 86% dos entrevistados confiam que cuidados com a saúde mental afetam positivamente a saúde financeira.
  • Complicações com o dinheiro afetam a qualidade de vida, aumentam a ansiedade, diminuem a autoestima e reduzem a qualidade do sono.
  • 43% dos entrevistados têm despesas com saúde mental.
  • 69% evitam conversar sobre dinheiro com amigos e familiares.
  • 76% admitem que as contas têm reflexo direto no desempenho profissional.
  • 53% destinam até R$ 300,00 do orçamento mensal à saúde mental.

Para entender as conexões entre dificuldades financeiras e problemas de saúde mental, investigando a relação entre emoções e dinheiro, a Serasa ouviu 1.766 consumidores de todo o país. Segundo o estudo, produzido pelo Instituto Opinion Box, despesas com assistência psicológica já ocupam a sexta posição nas prioridades de gastos das famílias brasileiras, à frente de custos com automóveis e educação.


PRIORIDADE DE GASTOS




Impactos além das dívidas

Em um país com mais de 72 milhões de inadimplentes, as consequências das dívidas extrapolam o âmbito econômico. A pesquisa aponta que 5 em cada 10 brasileiros que já passaram por problemas de saúde mental também enfrentaram dificuldades financeiras.

Os problemas com dinheiro se refletem, especialmente, na qualidade de vida (64%), causando picos de estresse, cansaço e insônia. Os entrevistados ainda relatam impactos relacionados a ansiedade (60%), autoestima (57%) e na qualidade do sono (55%).



Nas relações interpessoais, os efeitos se mostram igualmente presentes: 72% sentem-se mal por pedir dinheiro emprestado para familiares e amigos. Além disso, sete em cada 10 pessoas afirmam evitar conversas sobre dinheiro e 61% preferem isolar-se, afastando-se de amigos. “Muitas vezes, as pessoas têm vergonha de pedir ajuda, pois sentem que, ao contar para alguém, estariam atestando alguma espécie de incompetência na gestão de recursos”, analisa Valéria Meirelles, Psicóloga do Dinheiro.

Esse imaginário acaba comprometendo as relações interpessoais, como se houvesse alguma interligação entre dificuldade financeira e fracasso pessoal. Entre os entrevistados pela pesquisa, 73% afirmam não recorrer a nenhum tipo de ajuda porque acreditam que conseguem resolver tudo sozinhos. “Não deixamos de ser bons pais, bons filhos ou bons amigos por atravessarmos dificuldades financeiras. Falar sobre dinheiro com naturalidade com amigos, conhecidos e familiares é o primeiro passo para transpor a dificuldade”, diz Valéria.


Prejuízo no trabalho


As dívidas e pendências também podem afetar o ambiente de trabalho. Ao enfrentar complicações financeiras, 76% dos entrevistados afirmam passar boa parte do trabalho pensando nas contas a pagar. Buscar ajuda é fundamental para evitar consequências maiores também no âmbito profissional: “Estar endividado ou com dificuldades financeiras não tornam o colaborador desqualificado, e cuidar da saúde mental pode ajudar a melhorar, inclusive, o seu desempenho na empresa”, comenta a psicóloga.



Saúde mental = saúde financeira

Ainda de acordo com a pesquisa, 86% dos brasileiros entendem que cuidar da saúde mental pode melhorar a situação financeira a longo prazo, e 67% afirmam que gostariam de investir ainda mais neste segmento. “Depois da pandemia, mais do que nunca, as pessoas passaram a se preocupar com essa área, buscando mais qualidade de vida, praticando mais exercícios e outras iniciativas que ajudem a lidar com as emoções”, afirma a psicóloga. “Essa tendência positiva mostra que a saúde mental saiu de uma posição de segundo plano, para se tornar um objetivo a ser construído como base para uma vida melhor”.



Metodologia


O estudo faz parte da 10ª edição do Serasa Comportamento, série de levantamentos realizados pela Serasa sobre a forma como os brasileiros lidam com suas finanças. A pesquisa ouviu consumidores de todas as regiões do país, de 18 até 60 anos ou mais, sendo 52% mulheres e 48% homens. Para conferir o relatório completo, acesse: Link.
 


Serasa   
www.serasa.com.br
@serasa


Treino funcional ajuda a ganhar coordenação, mobilidade e estabilidade


O treino funcional, combinado com a ortopedia e fisioterapia, tem o potencial de transformar a saúde física e melhorar seu bem-estar diário. Ajudando inclusive a evitar lesões
 


O treinamento funcional consiste em exercícios que imitam movimentos comuns do cotidiano, aprimorando a força, o equilíbrio, a coordenação e a flexibilidade. É uma abordagem completa que enfatiza a funcionalidade corporal. “Combinado à ortopedia e à fisioterapia, o treinamento funcional pode melhorar sua saúde física e promover o bem-estar em sua rotina diária”, disse Cleber Furlan, ortopedista especialista em Cirurgia do Quadril e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Como benefício, segundo Furlan, o treinamento funcional melhora a estabilidade ao fortalecer o core, composto pelos músculos abdominais e lombares, que são essenciais para a estabilização do corpo. Além disso, os movimentos amplos e dinâmicos praticados durante o treino aumentam a mobilidade, promovendo maior flexibilidade e amplitude de movimento nas articulações. 

O especialista recomenda a prática para muitos dos seus pacientes, como forma inclusive de evitar lesões. “Também há um aprimoramento na coordenação, pois o treinamento intensifica a comunicação entre o cérebro e os músculos, resultando em movimentos mais precisos”, complementa.

Quatro exercícios são particularmente recomendados devido aos seus amplos benefícios para a musculatura e articulações. O agachamento é fundamental para o fortalecimento dos quadríceps e glúteos, além de contribuir para a estabilização dos joelhos. O levantamento terra é um exercício chave para o fortalecimento da lombar, glúteos e isquiotibiais, proporcionando suporte à coluna vertebral. As flexões são eficazes no desenvolvimento da força dos ombros, braços e do core, promovendo estabilidade central. Por fim, as passadas aprimoram o equilíbrio e fortalecem as pernas e joelhos. Esses exercícios, quando realizados de forma adequada, são essenciais na prevenção de lesões comuns em articulações, garantindo a funcionalidade e a integridade do sistema musculoesquelético.

O ortopedista Cleber Furlan lembra ainda que a fisioterapia se integra ao treinamento funcional por meio de uma avaliação personalizada, onde fisioterapeutas analisam a postura, força e flexibilidade do indivíduo para elaborar programas específicos e adaptados às suas necessidades. “Além disso, utilizam técnicas que corrigem padrões de movimento inadequados, promovendo uma execução mais segura e eficaz dos exercícios”, destaca. 

A fisioterapia também oferece programas especializados para a reabilitação, focando na recuperação de lesões e no fortalecimento pós-lesão, garantindo um retorno gradual e seguro à atividade física.

Segundo Furlan, a principal contribuição do ortopedista está em um diagnóstico preciso, identificando problemas ortopédicos que podem ser corrigidos com exercícios direcionados. Além disso, oferecemos protocolos específicos para o tratamento e a prevenção de lesões relacionadas ao movimento. “Com a orientação profissional contínua, é garantido que os exercícios sejam realizados de forma segura e eficaz.”

A fisioterapia amplifica os benefícios do treinamento funcional, enquanto a ortopedia oferece a base necessária para que o treino seja realizado de maneira adequada e eficiente. Por isso, o especialista defende a combinação dessas disciplinas, o que resulta em um corpo mais forte, estável e saudável. É essencial consultar profissionais para garantir um programa personalizado e seguro. 



Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


55% das mulheres preferem não menstruar1

Escolha por não menstruar pode estar associada à melhoria da qualidade de vida, gestão de condições médicas e redução do impacto ambiental2


Uma pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)1 apontou que cerca de 55% das mulheres que menstruam todos os meses preferem não passar por esse processo. Isso acontece por conta dos distúrbios, incômodos, desconfortos e cólicas que podem acompanhar o período menstrual.1 Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.004 mulheres de oito capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), entre 18 e 35 anos. 1
 

De acordo com o ginecologista Vitor Maga, consultor médico da Libbs Farmacêutica, a interrupção da menstruação pode ser buscada por razões pessoais ou médicas.2 "No consultório, percebe-se que muitas mulheres vêm com o desejo de deixar de menstruar, e as razões para isso são inúmeras, incluindo tratar sintomas menstruais como cólicas ou sangramento intenso, ou mesmo para comodidade e melhora da qualidade de vida. Atualmente, algumas até buscam a redução do impacto ambiental com absorventes2. Existem casos específicos em que não menstruar é bastante benéfico, como para pessoas com deficiência; pessoas transgênero e não-binárias como parte importante da atenção à saúde afirmativa de gênero; militares; atletas ou pacientes com alguns tipos de câncer ativos para gerenciar sangramentos intensos associados ao tratamento”.
 

O médico ainda explica que a interrupção do fluxo menstrual não traz riscos à saúde e é feita com o uso de anticoncepcionais, que contêm estrogênio e progestagênios, ou apenas progestagênio e, a partir de sua ação, é possível reduzir ou, em alguns casos, chegar a cessar completamente o sangramento menstrual.2 “Vale pontuar que a grande maioria das mulheres toma a pílula anticoncepcional para ter benefícios à saúde além da contracepção, mas algumas contraindicações podem estar associadas ao uso. Por isso, a melhor maneira de descobrir qual das estratégias é válida para cada caso é fazer a escolha juntamente com a orientação de um ginecologista, que avaliará o estado de saúde da paciente e investigará as causas subjacentes dos sintomas, especialmente se o motivo pelo desejo de não menstruar for a perda de sangue excessiva3”, explica Maga.



Parágrafos não referenciados correspondem à opinião e/ou prática clínica do autor.

**As opiniões emitidas pelo(a) especialista são independentes e, necessariamente, não refletem a opinião da Libbs



Libbs, farmacêutica
Sou única, Sou Muitas



Referências:

1. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Pesquisa mostra que mais de 50% das mulheres não gostam de menstruar [internet]. São Paulo: FEBRASGO; 2017. [Acesso em 25Jun2024]. Disponível em Link

2. BBuck E, McNally L, Vadakekut ES, Jenkins SM. Menstrual Suppression. [Updated 2024 Jun 7]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing. [Acesso em 25Jun2024]. Disponível em: Link

3. Institute for Quality and Efficiency in Health Care (IQWiG); 2006-. What are the treatment options for heavy periods? [Updated 2017 May 4]. [Acesso em 25Jun2024]. Disponível em: Link


Molécula sintetizada na USP age como escudo molecular e impede o vírus da COVID-19 de infectar a célula

A figura mostra a interação entre o peptídeo sintético da ACE2
(em amarelo) com a proteína do SARS-CoV-2. Em azul a 
spike da
cepa original de Wuhan e, em vermelho, da variante ômicron
 (
crédito: Jadson C. Santos)

 Peptídeo foi inspirado na proteína ACE2, à qual o vírus SARS-CoV-2 se conecta para viabilizar a infecção; resultados indicam caminho para o desenvolvimento de novos antivirais

 

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sintetizaram um peptídeo inspirado no receptor natural do vírus SARS-CoV-2 nas células humanas, a proteína ACE2. A molécula se mostrou capaz de proteger células pulmonares humanas da infecção nos testes in vitro. Além disso, tratou a inflamação causada pelo vírus em camundongos suscetíveis à COVID-19.

Esses resultados foram publicados na revista Antiviral Research, indicando um possível caminho para a criação de medicamentos do tipo bloqueadores antivirais mais eficazes contra a doença, que já matou mais de 700 mil brasileiros.

Como lembram os autores no artigo, o vírus SARS-CoV-2 conecta sua proteína spike (S) à proteína ACE2 localizada na superfície das células humanas para invadi-las.

“O momento da infecção acontece como se fosse o encaixe entre uma chave e uma fechadura”, compara Geraldo Aleixo Passos, professor do Departamento de Biologia Básica e Oral da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp-USP) e um dos coordenadores da pesquisa. “A ‘chave’ representa a proteína spike do vírus, e a fechadura, o receptor ACE2 das células humanas. Os ‘dentes’ da chave, ou seja, os resíduos de aminoácidos da spike, são complementares ao ‘segredo fechadura’, os aminoácidos ACE2.” Os resíduos de aminoácidos da spike e da ACE2 interagem entre si e isso “abre a porta” para o vírus infectar as células humanas.

Quanto melhor for essa interação, maior será o potencial de infecção do vírus – este é, inclusive, o fator que tornou a variante B.1.1.7 do SARS-CoV-2 tão mais contagiosa, como mostrou artigo do mesmo grupo de pesquisadores divulgado em 2021 na plataforma bioRxiv (leia mais em: agencia.fapesp.br/34932).

Neste novo estudo financiado pela FAPESP (projetos 17/10780-4 19/02418-9), os cientistas investigaram maneiras de bloquear a ligação da spike com a ACE2 e, consequentemente, proteger as células humanas da infecção. Para isso, desenharam um peptídeo mimético (semelhante) ao receptor ACE2 por meio de programas de bioinformática de proteínas e testaram modificações em seus resíduos de aminoácidos – na analogia feita por Passos, os cientistas mexeram no “segredo da fechadura”.

Durante esse processo, descobriram que algumas partes específicas do receptor ACE2 – mais especificamente os resíduos de aminoácidos F28, K31, F32, F40 e Y41 presentes na alfa hélice α1, uma das estruturas secundárias dessa proteína – são cruciais nessa interação.

Experimentos in vitro utilizando células pulmonares humanas em cultura e in vivo com camundongos suscetíveis ao vírus confirmaram que o peptídeo sintético foi capaz não só de controlar a infecção, mas também de tratar os animais que haviam sido previamente infectados, fazendo com que a inflamação pulmonar causada pela COVID-19 diminuísse drasticamente.

“Nós conseguimos ‘enganar’ o vírus, dando a ele uma parte do receptor ACE2 livre [o peptídeo sintético], que, interagindo com a spike antes que essa proteína se ligasse à superfície das células, obstruiu sua entrada. Estudando as bases estruturais do reconhecimento do receptor ACE2 pelo SARS-CoV-2, nós elaboramos uma barreira molecular contra o vírus”, explica Passos.


Tratamento para imunossuprimidos

“A COVID-19 foi controlada com a vacinação em massa, que reduziu drasticamente o número de casos e mortes, sendo, portanto, a melhor opção para evitar que a doença se espalhe nas populações. Mas o vírus SARS-CoV-2 ainda está em circulação, infectando milhares de pessoas no mundo. Além, disso, o vírus circulante pode sofrer novas mutações. Estudos sobre sua evolução indicam que a perspectiva de novas epidemias ou até mesmo uma pandemia como a causada pela cepa original de Wuhan e linhagens subsequentes é plausível e, justamente por isso, nós, cientistas, precisamos continuar investigando o assunto”, considera Passos.

De acordo com o pesquisador, um produto como o peptídeo identificado nesse estudo, que não depende do sistema imunológico para atuar, poderá ser desenhado de forma específica para cada nova variante. Como ele tem ação rápida, pois funciona como um escudo molecular, pode ser eficaz para barrar o vírus num curto prazo, especialmente em pacientes imunossuprimidos ou crianças com imunodeficiências e baixa resposta imunológica às vacinas.

O estudo foi multidisciplinar e multicêntrico, reunindo pesquisadores do Centro de Pesquisa em Virologia, do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) e do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), além do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O artigo A mimetic peptide of ACE2 protects against SARS-CoV-2 infection and decreases pulmonary inflammation related to COVID-19 pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0166354224001773?via%3Dihub.


Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/molecula-sintetizada-na-usp-age-como-escudo-molecular-e-impede-o-virus-da-covid-19-de-infectar-a-celula/52652


Endometriose e dieta mediterrânea: como os alimentos frescos e abundância de vegetais aliviam os sintomas

 Altamente nutritiva e indicada por ginecologistas especializados, dieta vem se mostrando poderosa aliada para reduzir os impactos da doença

 

A dieta mediterrânea é conhecida por conter, em seu cardápio, diversos alimentos frescos e naturais. Ela indica a ingestão abundante de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, nozes e azeite de oliva — padrão alimentar que tem sido associado a uma série de benefícios à saúde, ajudando, inclusive, a aliviar sintomas da endometriose. 

A condição afeta milhões de mulheres em todo o mundo, causando desde desconfortos até dor intensa, infertilidade e outros sintomas debilitantes. Embora não haja cura definitiva, uma alimentação adequada pode desempenhar um papel crucial para o bem-estar e qualidade de vida de quem convive com a doença.

“Por se tratar de uma condição inflamatória, estas mulheres podem se beneficiar com a ingestão regular desses tipos de alimentos, como peixes ricos em ômega-3, nozes e azeite de oliva, que combatem inflamações”, explica Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. “Esses alimentos ainda auxiliam na saúde da flora intestinal, evitando a constipação e o consequente aumento dos níveis de estrogênio, potencialmente prejudicial para quem tem endometriose”, continua o médico.
 

Ao mesmo tempo, a dieta mediterrânea limita drasticamente a ingestão de alimentos processados e ricos em gorduras trans, muito comuns na dieta ocidental, que podem intensificar a inflamação da endometriose e desencadear um desequilíbrio hormonal. 

“A alimentação pode, sim, ter um impacto significativo na rotina e na gestão da endometriose. E nunca é demais relembrar que, para se obter os melhores resultados no tratamento quando se trata da alimentação, é fundamental contar com a orientação de um nutricionista qualificado. Ele indicará a dieta mais adequada para oferecer uma melhoria real na qualidade de vida”, finaliza Dr. Patrick.




Clínica Bellelis - Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia


Entenda as diferenças entre ferida e ferimento

 

Conheça mais sobre as diferenças pela Dra. Bianca Oliveira, criadora da Cicatriclin 

 

No dia a dia, é comum usar os termos “ferida” e “ferimento” como sinônimos. Mas, do ponto de vista médico, a distinção entre essas palavras é fundamental para a compreensão e o tratamento adequado das lesões corporais, pois elas dizem respeito a diferentes aspectos da lesão. Ferida refere-se a uma interrupção ou um dano na integridade da pele ou de outras superfícies mucosas, enquanto ferimento é um termo mais amplo, que descreve qualquer lesão corporal.

 

Vamos a mais detalhes sobre essas diferenças!

 

Uma ferida é uma lesão que compromete a integridade da pele ou mucosas, e pode ser classificada de variadas formas, como feridas cortantes, perfurantes ou contusas, dependendo da causa e do mecanismo do trauma. Feridas cortantes, por exemplo, são produzidas por objetos afiados; feridas perfurantes, por objetos pontiagudos; e feridas contusas são causadas por impactos diretos e frequentemente são associadas a hematomas e inchaço devido ao dano aos tecidos subjacentes.

 

Já o ferimento abrange uma gama mais ampla de lesões corporais, incluindo (mas não se limitando a) feridas. Ferimentos podem ser causados por uma variedade de mecanismos, como trauma físico, abrasões, queimaduras e lesões internas. A classificação de um ferimento pode ser baseada em sua gravidade - ferimentos superficiais ou profundos - e também em seu impacto funcional - por afetar a mobilidade ou a função de órgãos.

 

O tratamento de uma ferida pode exigir abordagens como sutura, limpeza e desinfecção, por exemplo, enquanto o tratamento de um ferimento pode envolver uma abordagem mais abrangente, que inclui até cuidados com complicações internas ou sistêmicas.

 

Como colocado anteriormente, entender essas diferenças é crucial para o manejo clínico. A avaliação detalhada da natureza e da extensão de uma ferida ou de um ferimento é essencial para garantir a intervenção médica adequada e a prevenção de infecções ou outras complicações. E o cuidado eficaz de feridas e ferimentos, adaptado às necessidades de cada paciente, é determinante para a qualidade de vida e a cura de cada indivíduo.


 

Dra. Bianca Oliveira - médica hiperbarista especialista no tratamento de feridas, diretora, médica e CEO da Cicatriclin Hipermed, está disponível para entrevistas e pode fornecer mais detalhes sobre o tratamento de feridas e lesões.


Setembro Amarelo: Jasmine mostra o caminho para uma mente leve e saudável

Marca referência em alimentação saudável traz dicas alimentares que podem contribuir para a melhora do humor, do sono e da sensação de bem-estar. Confira!


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Os dados são preocupantes, já que o as condições podem aumentar a propensão ao suicídio, além de diversos outros fatores. Com isso, nesse mês, a campanha Setembro Amarelo ganha destaque em todo o mundo, com a missão de alertar a população e conscientizá-la sobre o ato e suas possíveis causas. Com o lema “Se precisar, peça ajuda”, diversas ações são desenvolvidas a fim de orientar e estimular a prevenção e autocuidado da saúde mental.

Além dos fatores hereditários, ambientais e psicológicos, o estilo de vida também impacta consideravelmente o estado mental. Uma pesquisa publicada em maio pela Nutritional Neuroscience associa o impacto da dieta na ação dos neurotransmissores responsáveis pela química do cérebro. “As pessoas se esquecem que as pequenas escolhas diárias podem afetar a saúde mental ao longo do tempo: o sedentarismo, o consumo de álcool em excesso, o uso da tecnologia de forma exagerada e o hábito de se alimentar com ultraprocessados podem vir a potencializar os transtornos mentais”, destaca a nutricionista da Jasmine, Karla Maciel.


Você já ouviu falar em “junk foods”?

O consumo mundial de “junk foods”, caracterizados pelos alimentos ultraprocessados como fast foods, lanches não saudáveis e bebidas adoçadas com açúcar, ainda é uma realidade que deve ser ajustada. As características de junk foods incluem altos níveis de energia, gordura, açúcar e sal, acompanhados por baixos níveis de micronutrientes, fibras e outros compostos bioativos. “Esse baixo valor nutricional pode alterar as vias inflamatórias, levando a um aumento nos biomarcadores de estresse oxidativo e inflamação, mecanismos relacionados a transtornos de saúde mental, afetando negativamente o cérebro e, claro, a própria saúde mental”, explica.

“O caminho inverso, que inclui vegetais, frutas, grãos integrais, semente de linhaça e peixes, é a melhor estratégia para uma dieta equilibrada que de fato agregue uma quantidade significativa de triptofano ao organismo, um aminoácido essencial precursor da serotonina, neurotransmissor relacionado ao bem-estar e prazer. O desafio, entretanto, é mudar a rotina de forma a substituir os alimentos com baixo valor nutricional por outras opções mais equilibradas”, complementa a nutri.

Karla diz ainda que alguns estudos relatam que pacientes com depressão consomem maior quantidade de alimentos ricos em carboidratos e gordura durante seus episódios depressivos. Por isso, transtornos relacionados à saúde mental, incluindo depressão e estresse psicológico, podem reduzir a motivação de um indivíduo para comer alimentos saudáveis e, em alguns casos, levar à alimentação excessiva, pular refeições principais e substituí-las por alimentos ricos em calorias. “O estresse afeta a função o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), aumentando assim a secreção de glicocorticoides. Esses compostos alteram o metabolismo da glicose, promovendo uma maior resistência à insulina e alteração na secreção de hormônios relacionados ao apetite. Portanto, esses comportamentos alimentares devem ser ajustados para ajudar na manutenção de uma saúde mental equilibrada”, pontua.


Os primeiros passos

A mudança não acontece de uma hora para outra. Apesar de desafiadores, os pequenos hábitos podem fazer a diferença a longo prazo, beneficiando a saúde mental. Uma das teorias mais conhecidas sobre a formação de hábitos e de como transformá-los foi formulada pelo psicólogo e cirurgião plástico norte-americano Maxwell Maltz (1899 – 1975): o cérebro humano precisa de pelo menos 21 dias até que os novos hábitos se tornem automáticos. “Assim, a dica para quem deseja dar os primeiros passos para aderir a uma rotina alimentar mais leve é buscar sempre o autoconhecimento de forma a respeitar seus limites e seu processo pessoal. Comece aos poucos, por exemplo, acrescentando novas categorias de alimentos nas refeições principais e se parabenize pelas pequenas vitórias. Se possível, busque a ajuda de profissionais que poderão oferecer todas as ferramentas necessárias para impulsionar a melhora da sua saúde física e mental”, orienta.

Mantenha ainda por perto as seguintes categorias de alimentos:

  • Ômega-3: reconhecido por seus benefícios na proteção neurológica, o ômega-3 vem sendo estudado como um nutriente com possível mecanismo antidepressivo. O estudo feito por Zhou et al., (2022) mostrou que o ômega-3 possui efeito anti-neuroinflamatório e antioxidante, colaborando também como modulador de neurotransmissores. Todos estes mecanismos podem estar associados à melhora dos sintomas de quadros psicológicos, principalmente quando aliados a práticas saudáveis de vida. Alimentos fontes: peixes, sementes de chia e de linhaça, semente de girassol.
  • Vitamina D: baixos níveis de vitamina D influenciam no desenvolvimento e piora de diferentes quadros de depressão. Por isso, vale tanto o consumo alimentar por meio de fontes como cogumelo, ovos, peixes e carnes magras, quanto pela suplementação via oral.
  • Fitoquímicos: o índice de fitoquímicos da alimentação é responsável por reduzir a prevalência de sintomas psicológicos, devido ao seu efeito na melhora das vias antioxidantes. Estão presentes em alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes.
  • β-Glucano: o beta-glucano é um componente importante da fibra da aveia, responsável por promover efeito positivo na modulação da microbiota intestinal e otimizar a produção de neurotransmissores intestinais que contribuem para o bem-estar mental. Além disso, a aveia contém também a maioria das vitaminas do completo B de todos os cereais e altos níveis de vitamina E. O teor de magnésio na aveia é três vezes maior que em outros cereais. Seu consumo está associado a melhora da cognição, modulação de melatonina e síntese de neurotransmissores como serotonina.
  • Triptofano: um aminoácido essencial para a produção de hormônios como serotonina e melatonina, compostos que atuam no sistema nervoso, regulando o humor, sono, memória e apetite. O triptofano pode ser encontrado em carnes, peixes, ovos, sementes oleaginosas, cereais, leguminosas, frutas, cacau e derivados, como o chocolate amargo.


Mente zen, sono reparador

A alimentação está relacionada à qualidade do sono, que, por sua vez, influencia a saúde mental, isso porque um potencializa o outro, tanto de forma positiva quanto negativa. “Quando consideramos a dieta, existem manejos nutricionais que ajudam em diferentes fases do sono e fazem toda a diferença: alimentos ricos em fibras que modulam o intestino, uma vez que ele é o local de maior produção de melatonina no corpo; a inclusão de fontes de nutrientes precursores da síntese endógena de melatonina, como magnésio e triptofano; o consumo de alimentos que contenham a fitomelatonina, substância presente em alimentos vegetais que atua de forma semelhante no corpo”, diz.

Por outro lado, Karla sugere que os estudos mostram que uma dieta baixa em triptofano prejudica a síntese de serotonina e reduz a qualidade do sono. Além disso, as baixas quantidades de carboidratos também estão associadas com alterações negativas no sono. “É preciso trazer equilíbrio neste consumo e não reduzir drasticamente. Ainda, ressalta-se que a inclusão de alimentos com fitonutrientes, a fitomelatonina, como cereja, aveia e kiwi, indicam resultados positivos para a melhoria da qualidade e quantidade de horas do sono”, esclarece.

Para uma melhor higiene do sono siga as recomendações da nutricionista da Jasmine:

  • Inclua na ceia antes de dormir: cereja e/ou kiwi e aveia;
  • Evite o consumo de cafeína depois das 16h;
  • Inclua chás relaxantes a base de camomila, erva-cidreira e capim santo antes de dormir.

Gostou das dicas? Agora que você já sabe o que fazer, é hora de prestar atenção nas embalagens dos produtos ao realizar suas compras, lembrando que a lupa frontal indica o excesso de sódio, açúcares e gordura saturada, ingredientes considerados prejudiciais à saúde . Prefira opções mais naturais e minimamente processadas. A Jasmine oferece um portfólio completo sem lupa e saudável de verdade. Para conferir todas as opções acesse: www.jasminealimentos.com

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Jasmine Alimentos
www.jasminealimentos.com


M. Dias Branco
www.mdiasbranco.com.br


Saúde mental: adolescentes brasileiros enfrentam desafios crescentes

Durante a campanha Setembro Amarelo, especialistas do CEJAM destacam a importância de uma rede de apoio e cuidados especializados a esse grupo vulnerável


A saúde mental nunca esteve tão em pauta como agora, e os números mostram um cenário preocupante no Brasil. O país ocupa o quarto lugar entre os piores índices de saúde mental em um ranking global, divulgado em março de 2024, que analisou as emoções das pessoas em 71 países.

O relatório anual "Estado Mental do Mundo" coloca o Brasil atrás apenas da África do Sul, Reino Unido e Uzbequistão. Além disso, o país se destaca negativamente como o terceiro mais estressado.

O tema é especialmente grave entre os jovens: metade de todas as condições de saúde mental surge até os 14 anos, mas a maioria dos casos continua sem diagnóstico ou tratamento e se estende para a idade adulta. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), os transtornos mentais representam 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas de 10 a 19 anos.

"Os quadros mentais mais comuns, que podem assumir proporções alarmantes, se não forem devidamente diagnosticadas e tratados, incluem depressão, ansiedade, transtorno bipolar, abuso ou dependência de substâncias psicoativas, transtornos de personalidade e esquizofrenia", afirma o Dr. Rodrigo Lancelote Alberto, psiquiatra do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

No ano passado, pela primeira vez no Brasil, os registros de ansiedade entre crianças e jovens superaram os de adultos, conforme análise de dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, realizada pela Folha, entre o período de 2013 a 2023.

"Na adolescência, devido ao desenvolvimento em curso, a habilidade para lidar com um transtorno psiquiátrico pode ser comprometida. Isso resulta em dificuldades de adesão ao tratamento, seja ele medicamentoso ou não, impactando diversos aspectos da vida do jovem. Em casos mais intensos, pode levar a um nível de sofrimento psíquico insuportável", declara o médico.

A falta de suporte familiar, social e de saúde pode agravar ainda mais a situação, deixando, muitas vezes, o adolescente sem recursos para enfrentar possíveis crises, o que, em alguns casos, pode resultar em atitudes extremas. De acordo com a OPAS, o suicídio é a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.

"A impulsividade, característica dessa fase da vida, aliada a poucas experiências, reduz a capacidade de resiliência e aceitação. Contudo, é nesse período que se inicia uma maior exposição social, são feitas escolhas importantes, enfrentam-se conflitos e ocorrem mudanças corporais e fisiológicas. Todos esses fatores, somados à desesperança e ao surgimento de transtornos mentais, representam riscos significativos se não forem cuidadosamente observados", complementa a Dra. Ivete Gianfaldoni Gattas, psiquiatra do CEJAM, especialista em Psiquiatria da Infância e da Adolescência.

A médica enfatiza a importância do envolvimento ativo da família e de outras pessoas próximas aos adolescentes, como professores, amigos e parceiros, na identificação e manejo dos sinais de transtornos mentais.

“Entender o que se passa com o adolescente, saber que tipo de transtorno ele está enfrentando e ser afetuoso e presente nesse momento são formas essenciais de cuidado. Ajudá-lo com a administração dos medicamentos, mantendo-os seguros e longes, e estimular o acompanhamento psicoterapêutico são fundamentais para o sucesso do tratamento."

Mas, antes de tudo, é crucial buscar ajuda de profissionais qualificados para o diagnóstico e tratamento adequados. Psiquiatras da infância e adolescência e psicólogos especializados são aliados importantes na recuperação."A minha orientação para os pais e responsáveis por um adolescente em conflito é clara: não minimize ou compare o sofrimento dele. Lembre-se de que ele está em uma fase vulnerável do desenvolvimento e com recursos limitados para enfrentar questões complexas. Seja para ele o amigo que você gostaria de ter tido nessa etapa da vida", conclui a especialista.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


Saúde da pele durante a transição de gênero

 

A derme da pessoa trans sofre alterações fisiológicas que podem comprometer sua qualidade de vida, principalmente, quando falamos de barreira da pele


A transição de gênero envolve uma série de desafios, especialmente para aqueles que optam por terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos. As mudanças fisiológicas desencadeadas por esses processos impactam diretamente a pele, resultando em problemas dermatológicos que podem variar de agudos a crônicos. A farmacêutica e especialista em produtos para a pele, Cynthia Nara, CEO da Pele Rara, destaca a importância de cuidados específicos para a pele durante essa fase delicada.

"As pessoas que passam pela transição de gênero enfrentam um cenário complexo de alterações hormonais e emocionais, que afetam diretamente a saúde da pele", explica Cynthia Nara. "Por exemplo, homens trans que utilizam testosterona podem experimentar um aumento na produção de sebo, o que favorece a proliferação da bactéria Propionibacterium acnes e pode levar à acne crônica. Já em mulheres trans, o uso de estrogênio pode intensificar a atividade dos melanócitos, aumentando a propensão a manchas como o melasma".

Além das mudanças hormonais, Cynthia Nara também enfatiza o impacto do estresse durante o processo de transição. "O estresse crônico, tão comum em pessoas trans, especialmente no Brasil, onde a expectativa de vida para essa população é preocupantemente baixa, afeta a pele de maneiras que vão além do controle hormonal. Níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, podem perpetuar um ambiente inflamatório na pele, agravando condições como hipercromias pós-inflamatórias".

Cynthia ressalta que o cuidado com a pele é essencial, especialmente para pessoas com condições dermatológicas pré-existentes, como psoríase, dermatite atópica e vitiligo, que podem ter suas lesões agravadas durante a transição de gênero. "A atenção à saúde da pele durante esse período é crucial para evitar o agravamento de lesões e garantir uma melhor qualidade de vida". 

A especialista também destaca a importância do cuidado pós-cirúrgico para pessoas trans que passam por procedimentos como a mastectomia. "O processo de cicatrização é complexo e requer cuidados específicos em cada fase para minimizar cicatrizes e promover uma recuperação saudável. Produtos com ação cicatrizante comprovada podem ser grandes aliados nesse processo".

Para enfrentar os desafios dermatológicos durante a transição de gênero, a especialista recomenda o uso de sabonetes e hidratantes com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes. "Entender as necessidades específicas da pele durante a transição e escolher produtos adequados é essencial para preservar a integridade da barreira cutânea e garantir um cuidado efetivo".

 

Cynthia Nara - farmacêutica, fundadora e CEO da Pele Rara, uma startup que desenvolve produtos dermoconstrutores totalmente naturais, utilizando nanotecnologia e biomimética. A Pele Rara se destaca por suas formulações inovadoras que protegem e reconstituem a pele, especialmente para pessoas que passam por procedimentos de saúde delicados e para aquelas em momentos de transformação.



Inverno e verão são os meses com maior incidência de problemas pulmonares em crianças

 

Freepik

A saúde pulmonar dos pequenos é uma preocupação constante para os pais, especialmente entre junho e agosto, devido ao frio intenso e à alta incidência de vírus respiratórios. No entanto, o verão também apresenta seus desafios, com picos de problemas respiratórios em dezembro e janeiro, associados a alergias e poluição.

Um estudo recente do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Unifase, mostrou que as internações por problemas respiratórios em bebês bateram recorde no ano passado. Foram registradas 153 mil internações, uma média de 419 por dia, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano anterior. Esse aumento tem sido atribuído a fatores como mudanças climáticas, que resultam em condições meteorológicas extremas, e a baixa cobertura vacinal infantil.


Aliado na manutenção da saúde dos pimpolhos

O nebulização é uma prática importante no tratamento de doenças respiratórias, pois ajuda a hidratar as vias aéreas, facilita a eliminação de secreções e a administração de medicamentos de forma eficaz. 

Por isso, seja na prevenção ou no tratamento, o nebulizador é uma ferramenta essencial, especialmente em crises de asma e bronquiolite, pois permite que o medicamento atue diretamente nas vias respiratórias, proporcionando alívio rápido.

“Estudos clínicos indicam que a nebulização pode reduzir significativamente a necessidade de hospitalização em casos de asma e bronquiolite. Um exemplo disso é o artigo sobre bronquiolite viral publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences que mostra que o tratamento de nebulização reduz o tempo médio de internação hospitalar em bebês com bronquiolite aguda”, explica Pedro Henrique Abreu, Gerente de Marketing e Produtos da G-Tech, líder nacional no segmento de equipamentos para monitoramento domiciliar e hospitalar da saúde, que conta com uma linha de nebulizadores infantis, o que torna o tratamento mais confortável e divertido para as crianças.

“É mais que comprovado que usar o lúdico em tratamentos de saúde infantil traz mais conforto físico e emocional para os pequenos. E por isso a gente acabou de lançar um nebulizador em formato de cachorrinho, para que os pequenos possam transformar essa fragilidade em lazer e diversão”, explica Abreu. 


Cuidados gerais com a saúde pulmonar

Além do uso do nebulizador, existem outras práticas que podem ajudar a prevenir e tratar problemas respiratórios em crianças:

-Hidratação: manter a criança bem hidratada ajuda a fluidificar as secreções e facilita a expectoração;

-Umidificação do Ambiente: use um umidificador ou manter bacias de água nos cômodos ajuda a evitar o ressecamento do ar. Entretanto, evite em ambientes úmidos pois deixará a saúde pulmonar do seu pequeno ainda mais fragilizada, com a proliferação de fungos e mofo.

-Lavagem Nasal: Lavar o nariz com soro ajuda a manter as vias nasais limpas e livres de muco.

-Vacinação: manter as vacinas em dia, especialmente contra a gripe e o VSR, é crucial para prevenir infecções respiratórias graves.

-Alimentação Saudável: uma dieta rica em vitaminas e minerais fortalece o sistema imunológico das crianças.

-Faxina Perigosa: reduza o uso de produtos químicos em casa e evite expô-los à fumaça de cigarro para proteger as vias respiratórias das crianças.

Com a combinação de práticas preventivas, como manter o ambiente com a umidade correta e higienizado, e o uso de ferramentas como o nebulizador e os umidificados, os pais podem ajudar a minimizar os impactos das doenças respiratórias em seus filhos. Também é importante estar atento aos sinais e buscar orientação médica quando necessário são passos fundamentais para garantir a saúde respiratória das crianças, tanto no frio quanto no calor.


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