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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Casa própria: confira dicas para realizar o sonho do primeiro imóvel

Especialistas em economia e mercado imobiliário respondem às principais dúvidas sobre como dar entrada na compra da casa própria

 

Programas e benefícios que auxiliam na gestão financeira têm sido as principais soluções para incentivar a conquista da casa própria e diminuir o medo do endividamento. “Seja por meio de instituições financeiras privadas ou programas do governo federal, é possível escolher imóveis de qualidade com taxas justas e adaptadas ao perfil de cada comprador”, comenta a Gerente de Financiamento da Yticon, Luciana Hoffmann. 

Para ajudar a superar as barreiras e investir no “lar, doce lar”, Luciana Hoffmann e Hugo Meza, professor do MBA em Controladoria e Finanças da Universidade Positivo (UP), compartilham cinco dicas sobre  como conquistar o sonho da casa própria.


Colocar a compra do primeiro imóvel em prática

Para transformar o sonho da compra do primeiro imóvel em realidade, é essencial agir. “A primeira dica é planejamento. Nenhum tipo de compra de grande porte se faz sem projetar. Planejar o valor do imóvel que gostaria de comprar, o prazo para juntar os recursos e quais são as fontes de renda para conseguir esse sonho, além de definir um percentual a sacrificar permanentemente para juntar o dinheiro”, explica o professor. Se tiver uma reserva financeira, considere utilizá-la como entrada para financiamentos. 

Nessas modalidades, é recomendável que a parcela do imóvel não ultrapasse 30% da renda mensal bruta, evitando assim  possíveis dívidas. Segundo o economista, é interessante ter uma reserva de emergência de pelo menos 3 a 6 meses de despesas, além de manter um controle rigoroso das despesas e receitas. “Esse controle fica fácil com o auxílio de instituições como construtoras, imobiliárias e bancos. O suporte do especialista orientará na comprovação e comprometimento de renda, buscando as melhores condições de mercado, além de manter o comprador informado sobre as etapas da compra do imóvel”, destaca Luciana. 


Modalidades de compra de imóveis

Há diversas formas de comprar um imóvel além do pagamento à vista ou parcelado. A modalidade de consórcio é bastante comum nesse cenário, na qual é necessário dar um lance inicial para conseguir o crédito de compra e, em seguida, fazer o parcelamento desse crédito ao longo do tempo. Instituições financeiras oferecem diversas opções de consórcio que se adaptam ao perfil do cliente e ao imóvel escolhido.

Por outro lado, o financiamento e os subsídios federais são opções mais acessíveis que ajudam na compra do primeiro imóvel. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) abrange um público com renda familiar mensal de até R$ 8 mil, podendo enquadrar em faixas que liberam subsídios de até R$ 55 mil, que podem complementar a entrada “Muitos dos nossos lançamentos se enquadram no MCMV e são entregues para públicos muito distintos, desde o morador com renda mensal entre dois e três mil reais até famílias que chegam perto do limite do programa. 

O programa é disponibilizado somente pelas instituições: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a adesão é simples, pode ser feita de forma presencial ou on-line. Além disso, a Yticon dispõe de uma equipe de corretores que irá apresentar os empreendimentos que se enquadram ao programa, além de especialistas do crédito que acompanhará todo o seu processo junto à instituição financeira.

Taxas e impostos

O valor final do imóvel sofre interferência direta de taxas e impostos nacionais e regionais. É preciso manter a atenção quanto à taxa Selic — taxa básica de juros da economia —, ao Imposto de Transmissão de Bens Imóveis e às demais cobranças relacionadas ao registro imobiliário. Uma dica é contratar um profissional, como um contador, advogado ou despachante, para auxiliar na análise de documentação e nas questões legais da compra do imóvel, facilitando o entendimento dessas burocracias. “Na Yticon o cliente tem acesso ao especialista que orientará e ajudará com os documentos na hora do registro para não sofrer com a burocracia nos órgãos públicos." afirma Luciana. “O imóvel, como um bem de alto custo, envolve tributação, e isso deve ser levado em consideração na hora de fazer o orçamento e o planejamento para conseguir atingir os objetivos. Não apenas se atentar ao preço do imóvel, mas também os impostos que serão cobrados”, reforça o professor.


Pesquisar fatores locais

“Uma vez superada a fase da viabilização financeira do imóvel, conseguir identificar qual o imóvel que mais agrada e que caiba no orçamento é importante. A localização, por exemplo, exerce um papel essencial na precificação do imóvel, pois a urbanização do bairro é fundamental, com as chamadas externalidades positivas do imóvel. É interessante também visitar a casa em todos os turnos do dia, para saber como são os arredores dela durante o dia todo, em questão de mobilidade urbana, barulhos externos, segurança, etc”, alerta Hugo. Além dos critérios pessoais, pesquisar os valores de cada bairro e cidade escolhidos é essencial para encontrar a melhor opção. Segundo Luciana, os empreendimentos Yticon que se enquadram no Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, estão sempre em regiões com potencial de crescimento e que já possuem estrutura completa de moradia, porém são mais acessíveis por não estarem em zonas nobres. “A Yticon conta com profissionais capacitados para atender os clientes, auxiliando na avaliação das melhores oportunidades de acordo com cada perfil. Além disso, também oferece suporte completo com toda a documentação necessária”, explica.


Não tenha medo de realizar sonhos

São diversas as vantagens e isenções para quem quer comprar o primeiro imóvel. Com planejamento, é possível conquistar o tão sonhado lar sem dificuldades. “Querer é o primeiro passo; os próximos são muito mais fáceis quando o objetivo é realizar um sonho. Com o auxílio de profissionais, essa conquista será mais rápida e descomplicada”, finaliza a gerente. 



Yticon Construção e Incorporação
www.yticon.com.br

 

Instituto PROA abre 150 vagas para 2025 do curso gratuito de capacitação em Programação e Desenvolvimento de Sistemas na Grande São Paulo

Oportunidade é para jovens de escola pública interessados em aprender Programação e Desenvolvimento de Sistemas; inscrições vão de agosto a novembro


O Brasil precisa formar profissionais de tecnologia e o mercado atual carece de profissionais. A tendência é que, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (BRASSCOM), até 2025 o Brasil terá uma demanda de 797 mil profissionais de TI (Tecnologia da Informação), distribuídas entre tecnologias maduras, emergentes e de nicho.

Para capacitar jovens entre 17 e 22 anos a ocuparem esses cargos e iniciarem a carreira profissional, o Instituto PROA desenvolveu o curso PROPROFISSÃO e as inscrições para a turma de 2024 começam em 12 de agosto de 2024 e vão até 12 de outubro. O início das aulas será em fevereiro de 2025. 

Para o curso do 1º semestre de 2025, estão disponíveis 150 vagas para Programação e Desenvolvimento de Sistemas. As inscrições podem ser feitas no site da organização: www.proa.org.br

Os interessados precisam estar cursando ou terem concluído o 3º ano do Ensino Médio na rede pública e residirem nas cidades da região da Grande São Paulo.


Curso semipresencial

Os jovens selecionados receberão notebook emprestado, uniforme, mochila, vale-transporte e todo suporte necessário para acompanhar as aulas - que acontecerão de segunda a sexta-feira em dois turnos: manhã (9h às 13h) e tarde (14h às 18h). O curso tem duração de seis meses e é semipresencial. Às segundas, quartas e sextas-feiras os alunos podem acompanhar de forma remota, já às terças e quintas-feiras as aulas serão presenciais no Senac Lapa Tito (R. Tito, 54 - Vila Romana, São Paulo - SP).

Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA, explica que cursos técnicos na área de tecnologia são um bom caminho para quem deseja iniciar a vida profissional e aliados às oportunidades de emprego da iniciativa privada, possibilitam acesso rápido à formação e ingresso de novos talentos no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2050, o Brasil será o 6º país com a maior população idosa do mundo, na frente de outros países desenvolvidos. Por isso, cuidar dos jovens agora, significa garantir o amanhã funcionando como uma engrenagem, fazendo girar a economia de forma sustentável. Para isso, eles precisam ser vistos e desenvolvidos hoje.

“Queremos impulsionar esses jovens para essas oportunidades, já são mais de 1.200 programadores formados pelo PROA nos últimos anos. A área de programação está muito aquecida e estamos felizes em formar esses futuros profissionais. As turmas anteriores foram um sucesso, com centenas de jovens empregados com excelentes salários e conquistando o tão sonhado êxito profissional, isso nos deixa cheios de orgulho e confiantes que estamos no caminho certo”, afirma Alini.


Curso que muda a vida

A formação técnica de ponta, aliada à excelente capacitação profissional, são os diferenciais do PROPROFISSÃO, de acordo com ex-alunos. Um deles é o Anthony Thomas Mendes Martins, 23 anos, que se formou em 2023 no curso e hoje é Estagiário de Engenharia de Software e Inteligência Artificial no Itaú e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Unyleya.

“Minha jornada com o PROA começou há muitos anos, quando uma amiga me falou sobre a ONG e sua experiência transformadora. Fiquei fascinado com tudo o que ela compartilhou e decidi que queria ter essa oportunidade também. Me inscrevi então no processo seletivo, mas acabei tendo que desistir devido a uma mudança de estado inesperada. Alguns anos se passaram, e voltei para São Paulo, desta vez sozinho e com um sonho: conseguir estudar e trabalhar, algo que não era possível onde eu morava anteriormente. Foi então que lembrei do PROA e resolvi tentar novamente. O processo seletivo era rigoroso e desafiador, mas a cada etapa que eu passava, sentia uma enorme felicidade e satisfação. Quando fui finalmente selecionado, senti que uma nova porta se abria para mim. Durante o curso, conheci pessoas maravilhosas, fiz grandes amigos que levo comigo até hoje, e me dediquei de corpo e alma a aprender tudo o que podia. A experiência foi muito mais rica e intensa do que qualquer outra que já tive na vida. Graças ao PROA, adquiri conhecimentos valiosos e desenvolvi habilidades essenciais que me prepararam para o mercado de trabalho. Hoje, tenho o orgulho de dizer que trabalho no Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina. Esta conquista não teria sido possível sem o suporte e a formação que recebi no PROA. Sou eternamente grato por essa transformação em minha vida e recomendo o PROA a todos que desejam mudar suas vidas para melhor. Se eu consegui, você também pode!”, concluiu Anthony.

Nicolly Evangelista Hernandes dos Santos, aos 19 anos, é Analista de Operações Júnior no Banco PAN e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Universidade Anhembi Morumbi.

“Meu nome é Nicolly Evangelista Hernandes dos Santos, tenho 19 anos e moro na zona leste de São Paulo. “Conheci o PROA no terceiro ano do ensino médio através da indicação de um colega e me impressionei com a proposta do instituto, o que mais me chamou a atenção foi a rede de apoio e engajamento para os jovens, me deparei com uma nova realidade. Um dos meus sonhos era conseguir ingressar no mercado de trabalho para poder ajudar minha família financeiramente e hoje me sinto realizada alcançando tantas metas profissionais e o PROA foi um dos grandes impulsionadores disso. Atualmente atuo como analista de operações júnior no Banco Pan, onde fui efetivada após um tempo trabalhando como jovem aprendiz. O PROA transformou a minha vida de uma maneira incrível, sinto que consegui aprimorar minhas soft e hard skills, especialmente graças às oportunidades que a ONG oferece. Nunca desistam dos seus sonhos, por mais que a batalha e a correria do dia a dia seja árdua, muitas portas são abertas quando corremos atrás de oportunidades. Os desafios perante o mercado de trabalho são inúmeros, mas sempre procurem a resiliência e nunca deixem de cultivar suas esperanças de viver um dia melhor.”

Tainy Eduardo Leite Souza, aos 21 anos, é NetSuite Functional Consulting na Oracle e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Estácio.

“Fui um dos selecionados em 2022 para fazer parte dessa iniciativa maravilhosa, o curso PROPROFISSÃO, no qual mudou minha vida e me trouxe uma ampla visão de mercado e aprimorou meus conhecimentos, tanto técnicos, quanto interpessoais. O conhecimento que o PROA me deu me ajudou profundamente a entrar em uma das empresas que sempre almejei estar, inicialmente como estágio e agora como NetSuite Functional Consultant. Para todos os jovens que desejam entrar no PROA e trilhar uma carreira semelhante, tenham determinação e sejam constantes em seus objetivos, com foco, disciplina e muita fé.”

 

Serviço:

PROPROFISSÃO

150 vagas para o curso de Programação e Desenvolvimento de Sistemas

Período de inscrições: 12 de agosto a 12 de outubro de 2024

Início das aulas: Fevereiro de 2025

Curso 100% gratuito

 

Requisitos:

- Ter entre 17 e 22 anos;

- Estar cursando ou ter concluído o 3º ano do Ensino Médio em escola pública;

- Morar na Grande São Paulo.

Link para inscrição: www.proa.org.br/proprofissao/


Inteligência Artificial veio para ficar? Buscas por ChatGPT crescem mais de 400% em um ano

Freepik, frimufilms
Pesquisa revela aumento significativo no interesse por IA e chatbots no Brasil, destacando a crescente integração dessa tecnologia no cotidiano das pessoas

 

A Inteligência Artificial (IA) tem sido um tema central nas discussões tecnológicas e sociais nos últimos anos. Com aplicações que vão desde assistentes virtuais até diagnósticos médicos, a IA está transformando diversas áreas da vida moderna. Segundo uma pesquisa realizada pela agência de link building Do Follow, utilizando dados do Google Trends, o interesse por IA tem mostrado um crescimento significativo no Brasil no último ano.

Entre 31 de julho de 2023 e 31 de julho de 2024, as buscas pelo termo "IA" no Google apresentaram uma tendência crescente. Este aumento no interesse atingiu seu ápice (100 pontos) em junho deste ano, destacando a curiosidade e a busca por conhecimento sobre essa tecnologia emergente. 

Fonte: Agência Do Follow com Google Trends - análise de 31/07/2023 a 31/07/2023

 

Explosão nas buscas por ferramentas de IA

Um dos tópicos relacionados ao termo IA que mais cresceu foi o ChatGPT, com um aumento de mais de 400% no período analisado. Este assistente virtual, desenvolvido pela OpenAI, tem se destacado pela sua capacidade de gerar texto de forma natural e coerente, sendo amplamente utilizado para diversas finalidades. Além dele, também houve aumento de 150% pelo Gemini – anteriormente chamado de Bard –, que é um chatbot desenvolvido pelo Google.

Os chatbots de IA, como o ChatGPT e o Gemini, estão revolucionando a maneira como as pessoas realizam pesquisas na internet. Eles oferecem uma forma mais intuitiva e rápida de obter informações, permitindo que os usuários façam perguntas diretas e recebam respostas detalhadas e contextuais em segundos.

Essa facilidade reduz o tempo necessário para encontrar informações relevantes, tornando o processo de busca mais eficiente e menos frustrante. No entanto, é importante checar as informações obtidas por essas ferramentas para garantir a veracidade do que é disseminado.


Mas… para que as pessoas usam ChatGPT?

A Do Follow perguntou ao próprio ChatGPT sobre os tipos de ações para as quais ele é mais procurado. A resposta foi baseada no seu histórico de uso, com a seguinte distribuição percentual:

·  Pesquisa e consulta de informações (35%): Inclui buscas por informações específicas, verificações de fatos, detalhes históricos, dados científicos e recomendações diversas.

·  Criação e otimização de conteúdo (25%): Envolve a criação de textos para blogs, artigos, landing pages e otimização de conteúdo para SEO, incluindo sugestões de palavras-chave.


·  Assistência educacional (15%): Suporte com estudos, explicações de conceitos complexos, ajuda com dever de casa e preparação para exames.


·  Apoio em decisões de compras (10%): Recomendações de produtos, análises comparativas e conselhos sobre a melhor compra em diversas categorias, incluindo tecnologia, moda e viagens.


·  Planejamento de viagens e itinerários (5%): Criação de roteiros de viagem, sugestões de atividades e dicas de locais para visitar.


·  Saúde e bem-estar (5%): Sugestões de exercícios, conselhos de dieta, informações sobre saúde mental e física, com a ressalva de procurar um profissional especializado.


·  Assistência técnica e soluções de problemas (3%): Ajuda com problemas técnicos, soluções para erros em dispositivos e suporte básico de TI.


·  Desenvolvimento pessoal e carreira (2%): Orientação sobre desenvolvimento de habilidades, dicas de carreira, elaboração de currículos e preparação para entrevistas.

A humanização da IA

Outro assunto que tem ganhado destaque quando falamos de inteligência artificial é a humanização da mesma. Termos como "humanizar texto IA" e "humanizador de IA" registraram aumentos impressionantes de mais de 2750% e 1950%, respectivamente. Esse interesse revela uma preocupação crescente com a forma como a IA interage com os humanos, buscando tornar essas interações mais naturais e empáticas.

Apesar dos avanços significativos, é importante destacar que a IA ainda não substitui os humanos em muitas áreas. A inteligência artificial pode processar dados rapidamente e oferecer soluções práticas, mas ainda carece de habilidades humanas essenciais, como a intuição, a criatividade profunda e a capacidade de compreender contextos complexos e emocionais em toda a sua profundidade.

"As IAs, como os chatbots, são excelentes ferramentas complementares que aumentam a eficiência e melhoram o acesso à informação, mas as decisões finais e interpretações críticas continuam a depender da inteligência e do julgamento humano", explica Wellington Glogovchan, co-fundador da Do Follow. Assim, a integração da IA é vista mais como uma parceria entre humanos e máquinas, onde cada um traz suas fortalezas para alcançar resultados superiores.

A pesquisa da Do Follow, com dados do Google Trends, evidencia que a Inteligência Artificial não apenas veio para ficar, mas está se integrando cada vez mais ao cotidiano das pessoas. Com um crescimento exponencial nas buscas e uma variedade de aplicações práticas, a IA promete continuar a transformar a vida de pessoas e empresas de maneiras profundas e duradouras.



Dia Nacional de Combate á Poluição é comemorado em 14 de agosto

 A poluição assume diversas formas em todos os compartimentos ambientais: terrestre, aquático e atmosférico.

 

A data é celebrada no Brasil em virtude da publicação do Decreto-Lei nº 1.413 de 14 de agosto de 1975, em que se determinava, pela primeira vez no país, mecanismos para controle da poluição industrial. As principais formas de poluição existentes atualmente são: a hídrica, a do solo, a sonora, a visual e a atmosférica. 

A data alerta a sociedade para buscar alternativas que reduzam urgentemente o aquecimento global, atendendo um dos princípios da Agenda de 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A poluição do ar e as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas na medida em que muitas das fontes de emissão poluentes são também fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Causando uma em cada nove mortes em todo o mundo, a poluição do ar é a maior ameaça ambiental à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), contidas na cartilha informativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a poluição do ar seria responsável por cerca de sete milhões de mortes prematuras no mundo a cada ano.  

“Em 2023, a orientação da OMS era de não haver mais de 5 microgramas por metro cúbico de PM 2,5, e somente 7 países cumpriram essa orientação. O Brasil ocupou a 83ª posição no ranking mundial, sendo Bangladesh o primeiro”, relata Vininha F. Carvalho, ambientalista, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios. 

O aquecimento global causa efeitos devastadores e as pessoas começam a sentir cada vez mais seus impactos. As ondas de calor tem provocado incêndios florestais que emitem gases e partículas finas, prejudicando a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo, oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população. 

A poluição por plásticos é tão preocupante que, hoje, a Organização das Nações Unidas (ONU) já a considera a 2ª maior ameaça ambiental ao planeta, atrás apenas da emergência climática. Na avaliação de Natalie Gil, diretora executiva da Sea Sheperd, por ser um país continental, o Brasil tem muitos desafios ainda em relação a saneamento básico e gestão de resíduos, com um índice de reciclagem muito precário. 

O setor de transportes é responsável por 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que exige cada vez mais investimento em transporte sustentáveis. “Nesse contexto, as bicicletas mostram-se como ferramentas fundamentais na transição para uma economia de baixo carbono, uma vez que são modais não poluentes, além de eficazes para a maior parte dos deslocamentos”, finaliza Vininha F. Carvalho.

 

Tributária: Senado precisa ajustar texto para não prejudicar empresas do Simples Nacional

 

Propostas apresentadas pela FecomercioSP, como trava na alíquota de referência, foram contempladas pela Câmara

 
Após passar pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regula a Reforma Tributária aprovada no final de 2023, está em debate agora no Senado – casa na qual a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) espera que o texto seja aprimorado.
 
Uma das principais preocupações da Entidade é com o Simples Nacional. Isso porque algumas das novas regras no projeto podem representar aumento significativo de tributos para empresas enquadradas nesse regime.
 
Na Câmara, o trecho do projeto sobre o Simples não foi alterado, fazendo com que empresas de pequeno porte – que dão a tônica da economia do País – continuem em um dilema cujas opções são ruins: ou se manter integralmente no Simples, mas perdendo competitividade, ou excluir os novos tributos do regime diferenciado e arcar com uma carga tributária maior.
 
Atualmente, vale dizer, esses empreendedores têm um tratamento diferenciado, o que lhes garante condições relevantes para competir no mercado, já que a legislação garante a transferência integral dos créditos de PIS/Cofins no montante de 9,25%. A reforma, porém, restringiu essa transferência ao montante pago no regime unificado.
 
A FecomercioSP propõe, desde o início da discussão, que seja permitida, ao contrário, a transferência de crédito da CBS em um porcentual equivalente à alíquota aplicável a empresas do regime regular, de modo a manter a regra atual sobre contribuições que serão extintas (PIS/Cofins). É uma proposta para garantir competitividade aos contribuintes do meio das cadeias produtivas.  
 
Mas não é só isso: a modificação nas regras da não cumulatividade é outro fator que ainda precisa ser aprimorado nessa nova fase da regulamentação. Esse ponto é especialmente importante na definição de bens e serviços para uso e consumo pessoais, que não geram crédito tributário. Pelo texto atual, será permitido o creditamento de “serviços de planos de assistência à saúde e de fornecimento de vale-refeição e vale-alimentação, quando forem destinados a empregados e decorrerem de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”.
 
Todavia, ainda não há a inclusão de despesas relevantes, como bolsa de estudo e deslocamento dos empregados, aperfeiçoamentos que podem reforçar ainda mais a neutralidade do sistema, conforme já defendido pela FecomercioSP.


 
Pontos contemplados

A Federação considera importantes alguns avanços feitos na Câmara – muitos deles com a colaboração da própria Entidade, que participou dos Grupos de Trabalho (GTs) elaborados pelo Congresso para discutir essa etapa da reforma. Ainda assim, são pontos que merecem atenção.
 
Se, por um lado, a trava embutida na alíquota de referência é positiva, por outro, não há qualquer sanção ao descumprimento do dispositivo, além da possibilidade de revisão de benefícios já pactuados. Um dispositivo foi incluído estabelecendo que se o porcentual geral for superior a 26,5%, o Poder Executivo apresentará Projeto de Lei Complementar (PLP) para propor diminuição das reduções de alíquotas dos regimes diferenciados, beneficiados com reduções de 30% e 60%.
 
Outro ponto positivo foi a inclusão da proteína animal na Cesta Básica Nacional de Alimentos, medida relevante para garantir uma alimentação nutricionalmente adequada. Da mesma forma, foi feito um reparo foi feito para garantir a redução a todos os medicamentos registrados na Anvisa ou produzidos por farmácia de manipulação — exceto os beneficiados com redução a zero das alíquotas. A ampliação do benefício é importante.


 
Carga tributária e modernização do Estado

A FecomercioSP tem sido crítica, desde o início, à Reforma Tributária aprovada no final de 2023 no Congresso e, agora, em fase de regulamentação. Para a Entidade, além de dificultar significativamente o ambiente de negócios para os pequenos empreendedores, os contribuintes brasileiros passarão a figurar na lista das nações que mais pagam impostos (26,5%) quando o texto entrar em vigor.
 
Como já dito, ainda que a Câmara tenha aprovado uma limitação à alíquota de referência, não há indicativo de sanção ao descumprimento do dispositivo. Sem contar a questão do Simples, que, para a FecomercioSP, é um pilar da reforma e precisa ser ajustado com urgência.
 
A FecomercioSP segue defendendo uma Reforma Administrativa que reduza os gastos públicos e proporcione mais transparência e retorno ao contribuinte. O País pode oferecer serviços melhores e desburocratizar processos que, hoje, tornam a máquina pública ineficiente e incapaz de resolver os principais gargalos da sociedade brasileira. Um Estado que arrecada 32% do Produto Interno Bruto (PIB), mas é falho em eficiência e produtividade, precisa passar por uma ampla discussão para que o empresariado e a população não sejam penalizados com o pagamento de altos impostos. Assim, fica claro que uma mudança na legislação com potencial de aumentar tributos não deveria preceder um esforço rigoroso do governo para reduzir os próprios gastos. 


 
FecomercioSP
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Clientes insatisfeitos são maior fonte de aprendizado para os negócios

Para CEO da TMB, empreendedor precisa deixar ego de lado e dar mais atenção às críticas se quiser melhorar


Coletar feedback de clientes é algo essencial para qualquer empreendedor digital que queira melhorar o negócio e ampliar as vendas, porém, muitos desses empreendedores precisam começar a dar mais atenção às críticas do que aos elogios que recebem.

Segundo Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB, fintech que oferece a possibilidade de pagamentos parcelados por meio de boletos bancários, a maior fonte de aprendizado de um negócio são os clientes insatisfeitos. “É tentador para o ego dar atenção só para elogios, mas estar numa posição de conforto não deixa o negócio melhorar. É através de feedbacks negativos que é possível realizar mudanças que farão com que a empresa cresça”, explica. 

O empresário ressalta que, na TMB, um dos valores da cultura interna é que se um cliente não fechar, a culpa é da empresa. “Isso faz com que, constantemente, a gente se obrigue a rever nossos processos, o discurso de vendas e até mesmo a solução que oferecemos. A partir das críticas percebemos se não conseguimos demonstrar valor suficiente na proposta apresentada ou se o cliente tem algum motivo que precisa ser um ponto de melhoria na solução que a gente oferece”, diz Boesso. 

Confira algumas formas que podem ser usadas para pedir feedback dos clientes em um negócio digital: 

  • Utilize Pesquisas Online: Ferramentas como Google Forms, SurveyMonkey e Typeform permitem criar pesquisas personalizadas para obter insights. “Você pode distribuir via email, redes sociais ou diretamente no site, e ainda pode oferecer incentivos, como descontos ou brindes, para aumentar a taxa de resposta”, sugere o CEO da TMB Educação.
  • Implemente Feedback em Tempo Real no Site: Use widgets de feedback, que aparecem em momentos específicos durante a navegação do usuário.
  • Monitore Redes Sociais: Utilize ferramentas de monitoramento de redes sociais, como Hootsuite ou Sprout Social, para acompanhar menções e comentários sobre a marca. “Não se esqueça de responder tanto elogios quanto críticas”, ressalta Reinaldo Boesso. 
  • Realize uma análise dos dados: Avalie os dados e comentários recebidos por meio dos canais de atendimento ao cliente, como chat online, email e telefone; e identifique padrões comuns e problemas recorrentes que precisam ser resolvidos.

 


TMB
Para mais informações, acesse o site ou pelo @tmbeducacao.


Reinaldo Boesso - CEO da TMB, uma fintech especializada em crédito educacional, que tem como grande missão democratizar o conhecimento para transformar a economia através da educação. É formado em Análise de Sistema e possui pós-graduação em gestão empresarial e gestão de projetos. Também é especialista financeiro liderando times de M&A em fundos de investimento.


Estratégias de Marketing Digital para pequenas empresas de Turismo

O marketing digital oferece uma gama de ferramentas acessíveis para que as pequenas empresas possam se destacar e atrair novos clientes no mercado de turismo. Estabelecer uma presença online sólida é o primeiro passo essencial para qualquer estratégia de marketing digital. 

Um site bem projetado, responsivo e fácil de navegar é fundamental. Ele deve conter informações claras sobre os serviços oferecidos, preços e formas de contato. Além disso, um blog com conteúdo relevante sobre destinos, dicas de viagem e experiências pode atrair visitantes e melhorar o SEO (Search Engine Optimization). 

O SEO garantirá que o site apareça nos resultados de pesquisa quando potenciais viajantes procuram por serviços de turismo. Utilizar palavras-chave relevantes no conteúdo, melhorar a velocidade do site e obter backlinks pode aumentar significativamente a visibilidade online da empresa. Além disso, o e-mail marketing continua sendo uma ferramenta eficaz para manter contato com sua audiência e informá-la sobre promoções, novos serviços e atualizações. Criar newsletters periódicas com conteúdo interessante e ofertas exclusivas mantém o público engajado e incentiva-o a voltar. 

Assim, produzir conteúdo relevante e de qualidade é fundamental para atrair e reter visitantes. O marketing de conteúdo não só atrai tráfego ao seu site, mas também estabelece sua empresa como uma autoridade no setor. 

Nesse sentido, o LinkedIn se destaca como uma plataforma valiosa para o marketing de pequenas empresas de turismo. Ao contrário de outras redes sociais, o LinkedIn foca no networking profissional e na construção de relacionamentos empresariais. Dessa forma, pequenas empresas de turismo podem utilizar o LinkedIn para conectar-se com outras empresas, criar parcerias estratégicas e compartilhar conteúdos que mostrem sua expertise no setor. Publicar artigos e interagir com profissionais da indústria pode ajudar a aumentar a visibilidade da marca e a reputação como líder no mercado. 

As redes sociais são importantes para engajar e promover serviços. Instagram, Facebook e TikTok, por exemplo, são ideais para compartilhar fotos e vídeos de destinos turísticos, depoimentos de clientes e promoções especiais, além de criar um ambiente propicio de interação com seguidores. 

Parcerias com influenciadores digitais podem ajudar a aumentar a visibilidade da empresa. Escolher influenciadores com um público alinhado ao mercado alvo e trabalhar em conjunto para criar conteúdo autêntico gera confiança e atrai novos consumidores. 

Embora o marketing orgânico seja essencial, os anúncios pagos podem acelerar o crescimento da empresa. Plataformas como Google Ads e Facebook Ads permitem segmentar o público com precisão, garantindo que os anúncios sejam vistos por pessoas interessadas nos serviços oferecidos. 

Por fim, incentivar clientes a deixarem avaliações e feedbacks online é uma excelente estratégia, pois comentários positivos em plataformas como TripAdvisor, Google My Business e redes sociais influenciam a decisão de compra. Responder aos feedbacks, agradecendo os elogios e abordando qualquer crítica de forma construtiva, demonstra compromisso com a satisfação do consumidor. 

O marketing digital oferece inúmeras oportunidades para pequenas empresas de turismo se destacarem. Manter-se atualizado com as tendências e novidades do marketing digital é fundamental para aproveitar ao máximo essas estratégias.

 



Vinícius Taddone - diretor de marketing e fundador da VTaddone®


Satisfação das pessoas no trabalho aumenta, mas liderança e cultura ainda são desafios no ambiente de trabalho

Estudo conduzido pela United Minds mostra evolução da experiência dos profissionais nas empresas nos últimos dez anos
 

A United Minds, consultoria de gestão global com foco em transformação cultural e comunicação, lança a terceira edição da pesquisa Employees Rising – um estudo sobre as novas relações e expectativas dos colaboradores sobre o mercado de trabalho, com participação de 14 países, incluindo o Brasil.

Os dados mostram que a experiência das pessoas nas organizações evoluiu em nível global, mas não se converteu em defesa das marcas onde atuam e, por consequência, em retenção de talentos. Os principais achados apontam:

  • Profissionais estão relatando experiências notavelmente boas no local de trabalho – 67% dos profissionais estão satisfeitos com o trabalho atual e recomendariam a empresa em que estão para outras pessoas. No Brasil, a percepção é ainda melhor, com 85% das pessoas relatando estarem satisfeitas no emprego atual.
     
  • O aumento das expectativas dos empregados está se tornando evidente, reduzindo o efeito da satisfação e afetando a retenção – em 2014, ano do primeiro estudo, 49% das pessoas defendiam seu empregador. Hoje, apenas 37% fazem isso. A queda também aconteceu no volume de pessoas que encorajam outras a comprarem produtos ou serviços do seu empregador: de 57% (2014) para 43% (2024).
     
  • As pessoas estão buscando mais espaço para tomar decisões individuais dentro do seu escopo de trabalho. A palavra de ordem é autonomia - isso tem impacto direto na performance, satisfação e fidelidade. Os dados mostram que profissionais com níveis elevados de autonomia são 3 vezes mais satisfeitos com o trabalho; são 2,1 vezes mais produtivos; têm 4,2 vezes mais chances de ficar no empregador atual e defendem 1,4 vezes mais as empresas em que trabalham.

“Com esses novos achados em mãos, as empresas dispõem de informações para fazer os ajustes necessários em seus ambientes de trabalho – incluindo a cultura. A busca pelos melhores talentos exigirá que as instituições busquem novos caminhos", afirma Rodolfo Araújo, vice-presidente da United Minds na América Latina. “As empresas precisam evoluir de uma visão individualizada de satisfação e retenção para uma visão integrada, onde a cultura e uma liderança próxima apoiarão a construção de uma experiência de trabalho mais completa, que vai além de benefícios e ações pontuais. Os líderes mais inteligentes serão aqueles capazes de habilitar e facilitar essa integração, fomentando um ambiente positivo, onde as pessoas têm autonomia para gerar impacto.”

Confira a pesquisa na íntegra aqui:

Employees Rising – resultados da pesquisa global


Violência obstétrica: conheça os sinais e saiba como denunciar


Casos como os de famosas, incluindo Patrícia Poeta e Shantal Verdelho, destacam a importância de combater essa prática. O que fazer? Como reconhecer os sinais? A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, especialista em saúde mental materna, explica!

 

A violência obstétrica, muitas vezes invisível e silenciosa, afeta milhares de mulheres no Brasil. Apesar dos avanços na legislação e da crescente conscientização, a prática pode se manifestar de diversas formas, desde intervenções médicas realizadas sem o consentimento da mulher até comentários humilhantes que desqualificam a mãe durante o parto.

A psicóloga perinatal e autora de centenas de trabalhos científicos sobre saúde mental materna, Rafaela Schiavo, explica que essa violência não se limita a atos físicos ou verbais diretos. 


Outras formas de violência que você pode não reconhecer 

Rafaela Schiavo alerta que muitas práticas hospitalares, vistas como comuns, podem ser formas de violência obstétrica. “Intervenções como a aplicação da ocitocina sintética, conhecida como 'sorinho', para estimular contrações, e a realização de episiotomias, sem evidências científicas de sua necessidade, são frequentemente realizadas sem o consentimento informado da mulher”.

Além disso, procedimentos como a manobra de Kristeller, que envolve pressionar a barriga para acelerar o parto, podem causar danos físicos e emocionais graves, mas muitas vezes são aceitos como normais por falta de informação.

Casos como os de Shantal Verdelho e Patrícia Poeta ilustram como essa violência pode ser sutil ou explícita. Shantal, por exemplo, percebeu a gravidade do que sofreu apenas ao assistir ao vídeo de seu parto. Já Patrícia Poeta levou anos para entender o impacto do que vivenciou durante o nascimento de seu filho.


Dados preocupantes e como as leis podem ajudar 

Estudos recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que 45% das mulheres entrevistadas relataram ter sofrido algum tipo de violência obstétrica. A pesquisa, que abrangeu mais de 24 mil mulheres em 465 maternidades no Brasil entre 2020 e 2023, revelou que as mulheres negras, com baixa escolaridade e usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), são as mais vulneráveis a essa prática. Schiavo ressalta que “as estatísticas mostram a necessidade urgente de maior conscientização e de políticas públicas eficazes”.

Alguns estados brasileiros, como Ceará, Distrito Federal e Pará, já implementaram leis para proteger as mulheres contra a violência obstétrica. Além disso, a Lei Nº 14.721, sancionada em novembro de 2023, ampliou a assistência à gestante e à mãe, garantindo apoio psicológico durante a gravidez, o parto e o pós-parto. “Essa lei é um avanço importante porque oferece suporte psicológico para mulheres em um momento tão vulnerável, mas ainda é essencial que as gestantes conheçam seus direitos para poderem identificar e denunciar qualquer forma de abuso”, reforça a psicóloga.


Outras dúvidas comuns 

Muitas incertezas surgem quando as mulheres se deparam com a violência obstétrica. Entre as mais comuns, estão:


O que eu faço se fui vítima de violência obstétrica?

Se você suspeita que foi vítima de violência obstétrica, o primeiro passo é buscar apoio e orientação. Você pode relatar o caso na ouvidoria do hospital, consultar um advogado especializado ou buscar ajuda em grupos de apoio. Em situações mais graves, a denúncia pode ser feita no Conselho Regional de Medicina ou na delegacia de polícia.


Quais direitos eu tenho durante o parto?

É fundamental que as mulheres saibam que têm o direito de escolher quem as acompanha durante o parto, de ser informadas sobre todos os procedimentos que serão realizados e de recusar qualquer intervenção com a qual não se sintam confortáveis. Além disso, têm o direito de receber alívio para a dor e de ser tratadas com respeito e dignidade durante todo o processo.


O que posso fazer se perceber que o médico está sendo negligente ou desrespeitoso?

Se, durante o parto, você sentir que o médico está agindo de forma negligente ou desrespeitosa, peça para falar com a equipe médica e deixe claro que você não consente com aquele tratamento. Caso a situação não melhore, solicite a presença de um advogado ou faça um registro formal do ocorrido assim que possível.


Posso denunciar a violência obstétrica mesmo depois de algum tempo?

Sim, você pode e deve denunciar a violência obstétrica mesmo após o ocorrido. Ainda que o parto tenha acontecido há meses ou até anos, é importante relatar o caso para que outras mulheres não passem pelo mesmo. Guarde toda a documentação e procure um advogado especializado para ajudar no processo.


O que você precisa saber para se proteger

Schiavo ressalta a importância de se informar e agir rapidamente. “É essencial que as mulheres reconheçam e denunciem qualquer sinal de abuso. Embora seja importante manter um histórico claro das conversas e intervenções, toda paciente tem o direito de solicitar e acessar seu prontuário médico após o parto. Dessa forma, ela pode viver o momento do parto com tranquilidade, sabendo que poderá revisar o que aconteceu depois. A denúncia é uma forma de garantir que outras mães não passem pelo mesmo. A saúde e a dignidade das gestantes devem ser sempre protegidas”, conclui. 

 

IA na medicina: um aliado, não uma ameaça


A inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel cada vez mais importante na medicina, melhorando a precisão dos diagnósticos, otimizando os tratamentos e personalizando o atendimento ao paciente, possibilitando que médicos se concentrem em tarefas adicionais aos prognósticos. No entanto, assim como na sociedade em geral, existe um debate – e o medo – de que a tecnologia substitua o homem. 

Essa preocupação não é nova: todas as vezes que a humanidade está diante de uma revolução dos meios de produção, teme-se pelos empregos que serão perdidos. Foi o que ocorreu na Revolução Industrial, por exemplo. É fato que está havendo especialização – ou Revolução Tecnológica –, e máquinas substituirão funções manuais, exigindo com que nós, humanos, fiquemos responsáveis pela supervisão das demandas e conclusões, sendo um aliado ao outro. 

Eis alguns exemplos de como eles já estão ajudando o setor da saúde: um estudo publicado na revista Nature em 2023 mostrou que um algoritmo de IA conseguiu diagnosticar 13 vezes mais casos de câncer de mama em mamografias comparado a radiologistas humanos. Atualmente, mais de 20% dos cânceres não são detectados pelos atuais métodos, ou seja, sem a ajuda de IA. 

A precisão diagnóstica é uma das áreas em que a IA tem se mostrado eficaz, analisando uma quantidade colossal de dados para treinar seus modelos a fim de identificar sutis padrões que os humanos podem deixar passar. Isso não significa que os radiologistas não seriam mais necessários, e sim designados a tarefas mais analíticas, como interpretar resultados inconclusivos. 

A realidade é que a inteligência artificial está ajudando a aliviar a carga de trabalho dos profissionais de saúde e não apenas na linha de frente, mas também na burocracia. Segundo um estudo feito com mais de 3 mil médicos na Califórnia, a IA ajudou a economizar até uma hora por dia no computador transcrevendo prontuários médicos. Um microfone com a tecnologia acoplado ao celular durante os encontros médico-paciente foi a solução para automatizar a tarefa repetitiva e demorada, já que o dispositivo transcrevia automaticamente a conversa. 

A IA deve ser vista como uma ferramenta poderosa que apoia e complementa o trabalho tanto por profissionais do setor como por pacientes. O Pew Research Center mostrou em 2023 que 60% dos estadunidenses se sentiriam “desconfortáveis” se a IA fosse aplicada nos cuidados de saúde. Novamente, em tempos de mudança, é natural a incerteza. Porém, devemos assegurar e enaltecer as qualidades da tecnologia, mostrando seus benefícios a todos. Esse feito depende de uma abordagem colaborativa entre especialistas: cientistas de dados e médicos. Ambos devem trabalhar juntos não só para desenvolver e ajustar algoritmos que atendam às necessidades clínicas reais, mas para espalhar informação e garantir a segurança a leigos.

A maneira na qual a inteligência artificial está transformando a medicina é profunda, sem volta e positiva. Ela aumenta a precisão dos diagnósticos, personaliza tratamentos e alivia a carga de trabalho; está longe de ser uma ameaça. Pelo contrário: deve-se investir em mais educação para que a falta de informação não prejudique os avanços que estão sendo realizados e para que mais profissionais sejam capazes de lidar com essa nova realidade. Com uma colaboração harmoniosa entre máquina e humano, o futuro da saúde promete ser ainda mais brilhante e inovador.

 

Bruno Kawakami - CTO da D4Sign


Racismo Ambiental: uma manifestação cruel da desigualdade social

É impossível não notar que a população do planeta tem sofrido com os impactos das mudanças climáticas, e, por mais que tantas catástrofes possam parecer atingir as pessoas de forma igual, isso não é verdade. Há muitos anos, existe uma triste realidade chamada racismo ambiental. O conceito surgiu nos anos 1980 nos Estados Unidos, elaborado por ativistas e acadêmicos que identificaram uma relação entre a localização de comunidades vulneráveis ​​ especialmente as compostas por pessoas negras, indígenas e de baixa renda – e a proximidade a áreas degradadas ambientalmente, como aterros sanitários, indústrias poluentes e locais de disposição de resíduos tóxicos. Embora seja um termo relativamente novo, as práticas e políticas que resultam em racismo ambiental estão enraizadas em uma longa história de desigualdade social e racial. 

O acesso desproporcional a recursos básicos, como saneamento para se ter água potável, sistema de esgoto, coleta e destinação adequada do lixo, limpeza urbana e drenagem da água das chuvas – o mínimo de dignidade para viver – é uma forma perversa de discriminação que afeta, de maneira desumana, comunidades negras e outros grupos socialmente vulneráveis. Isso acontece não somente pela falta de recursos dessas pessoas e investimentos do poder público, mas pelo excesso de atividades poluentes e degradantes em áreas habitadas por essas populações, resultando em impactos severos sobre a saúde e a qualidade de vida. Esses efeitos vão além do ambiental, afetando aspectos socioeconômicos e perpetuando um ciclo de pobreza e exclusão. 

A contaminação da água e do solo é uma das preocupações críticas, pois em regiões próximas a aterros sanitários, fábricas ou locais sem pavimentação, é comum encontrar níveis elevados de metais pesados, pesticidas e outras toxinas na água consumida. Isso resulta em uma série de problemas de saúde para as pessoas de baixa renda que residem ali, incluindo doenças gastrointestinais, problemas neurológicos e complicações no desenvolvimento infantil. Quando há fortes chuvas, como aquelas que temos presenciado nos últimos meses, a situação se transforma em calamidade pública. O que contribui diretamente para a redução da qualidade e expectativa de vida dessas pessoas. 

Diante desse cenário, é fundamental considerar, além do papel do poder público, a atuação do setor privado. Os governos, em todos os níveis, têm a responsabilidade de formular e implementar políticas públicas que garantam a justiça ambiental e que todas as comunidades tenham o direito a um ambiente saudável. Isso inclui a regulação rigorosa de atividades poluentes, o zoneamento urbano justo e a inclusão das comunidades afetadas nos processos decisivos. 

Vejo que os impactos sobre as comunidades negras e vulneráveis, especialmente as mulheres negras, são inegáveis e representam uma grave violação dos direitos humanos. A luta contra o racismo ambiental é, essencialmente, uma luta pela dignidade e pelo direito de todos a uma vida digna e com menos efeitos das mudanças climáticas. Enfrentar esse desafio requer um compromisso robusto dos governos em formular e implementar políticas públicas inclusivas e eficazes, além da responsabilidade das empresas em adotar práticas sustentáveis e justas. Somente com a colaboração entre governos, empresas e sociedade civil poderemos erradicar as injustiças ambientais e construir um futuro em que todos possam viver com segurança, dignidade e bem-estar.

 

Fernando Beltrame - mestre pela USP, engenheiro pela Unicamp e CEO da Eccaplan. Com mais de 20 anos de experiência em projetos de consultoria, sustentabilidade e estratégia Net Zero, já atuou em diferentes eventos e iniciativas como a COP18, Rio+20 e fóruns mundiais.
O executivo também foi o idealizador das ferramentas e campanhas: Carbon Fair, Frete Neutro, Evento Neutro e Sou Resíduo Zero.

 

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