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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Semana do Meio Ambiente: confira 6 livros infantis para falar sobre sustentabilidade com as crianças

Freepik

A coordenadora do editorial de literatura e informativos da SOMOS Educação, Laura Vecchioli do Prado, indica obras que abordam a temática 

 

Até 5 de junho é comemorada a Semana Mundial do Meio Ambiente. Instaurada no Brasil em 1981, seu objetivo é conscientizar e promover a participação da população no debate sobre os bens naturais e a importância de preservá-los. Neste ano, diversas instituições brasileiras vão promover durante a semana atividades, palestras e debates alinhados à temática, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU): “Acelerar a restauração da terra, a resiliência à seca e o progresso da desertificação”.

 

No âmbito educacional, a Semana Mundial do Meio Ambiente é uma oportunidade para auxiliar as crianças no desenvolvimento de consciência ambiental. Por meio de atividades lúdicas, professores e familiares podem oferecer aos mais jovens reflexões importantes sobre o papel da humanidade na conservação dos recursos naturais. Nesse sentido, a leitura de obras literárias é uma ótima aliada.

 

Para Laura Vecchioli do Prado, coordenadora de literatura e informativos da SOMOS Educação, os livros são uma ferramenta eficaz no processo de educação ambiental. “Com linguagem acessível, a literatura infantil permite que as crianças entrem em contato com temas atuais e relevantes para toda a sociedade, como as consequências das mudanças climáticas, a importância da biodiversidade e os prejuízos do desmatamento”, afirma Laura. “Além disso, esses livros oferecem uma conexão profunda entre os leitores, ajudando no desenvolvimento de empatia e outras habilidades socioemocionais que são primordiais para a formação de adultos conscientes sobre suas ações no planeta”, acrescenta.

 

Pensando nesse contexto, Laura separou 6 livros infantis que ajudam a abordar temas ambientais com os jovens leitores. Confira!

 

1.     Cuidado, Dona Mata!, de Regina Siguemoto – Editora Formato


Preço: R$ 59,00 (Link para compra)
Autores: Regina Siguemoto
Páginas: 12

 

Diante da chegada do Homem, a protagonista Dona Mata se mostra bastante feliz. Porém, o visitante passa a derrubar suas árvores e gera um progressivo desaparecimento de suas espécies nativas, o que faz com que os bichos que habitam Dona Mata se unem para salvá-la. De forma leve e acessível, a narrativa aborda a exploração das florestas e traduz a problemática do desmatamento para o público infantil.


 

2.   A última gota, de J.L. Diego – Editora Scipione


Preço: R$ 68,00 (Link para compra)
Autores: J.L. Diego
Páginas: 40

 

Preocupada com a possível falta de água no planeta, a garotinha Kika resolve ler a história de Chuvisca, uma gotinha que, ao se deparar com a escassez e o desperdício, passa a lutar pela sobrevivência. Fazendo parte da coleção Dó-Ré-Mi-Fá, o livro é uma ótima forma de apresentar às crianças a questão do uso consciente da água.

 

 

3.  Na praia e no luar, a tartaruga quer o mar, de Ana Maria Machado – Editora Ática



Preço: R$ 78,00 (Link para compra)
Autores: Ana Maria Machado
Páginas: 40

 

Em uma viagem à praia, Pedro e Luísa adotam uma missão: proteger as pequenas tartarugas que ali vivem. Enfrentando os vilões pescadores que querem vender os animais a qualquer custo, os amigos encaram uma emocionante aventura, aprendendo a importância de defender e cuidar desses animais.

 

 

4. O menino de olho d’água, de José Paulo Paes – Editora Ática

 



Preço: R$ 80,00 
(Link para compra)
Autores: José Paulo Paes
Páginas: 40

 

Narrada em poesia e prosa, a obra de José Paulo Paes aborda de maneira emocionante a complicada relação entre o ser humano e a natureza. Com ilustrações de Rubens Matuck, o livro proporciona uma rica experiência estética, permitindo que o público infantil aprenda sobre a valorização à vida em todas as suas formas.

 

 

5. A última árvore do mundo, de Lalau e Laurabeatriz – Editora Scipione

 



Preço: R$ 86,00 (Link para compra)
Autores: Lalau e Laurabeatriz
Páginas: 32

Com linguagem poética e delicada, Lalau e Laurabeatriz contam a história de uma árvore que, de repente, se encontra sozinha no mundo. Mesmo confusa e triste, ela decide seguir em frente, continuando a dar frutos, flores e abrigos aos humanos e animais que por ali vivem.

 

 

6.     O segredo da chuva, de Daniel Munduruku – Editora Ática

 



Preço: R$ 78,00 (Link para compra)
Autores: Daniel Munduruku
Páginas: 64

 

A preocupação com a seca toma conta da aldeia de Lua, um menino corajoso que decide encontrar uma solução para salvar sua floresta, animais e amigos. Ao lado de seus companheiros – um macaco, uma onça e uma capivara –, Lua embarca numa aventura para trazer a chuva de volta.

 

Literatura da SOMOS Educação


Por que os afastamentos por transtornos de saúde mental continuam subindo a cada ano?

 

Entra ano, sai ano, e alguns desafios da sociedade continuam a ser deixados de lado. O impacto dos transtornos de saúde mental no trabalho é um deles. Os números estão aí para comprovar: em 2023, o INSS registrou 288.865 afastamentos por trabalho causados por transtornos mentais, um crescimento de impressionantes 38% em relação ao ano de 2022. Os dados do Ministério da Previdência Social trazem os motivos de afastamento mais frequentes: depressão, ansiedade, transtorno de adaptação e síndrome de Burnout. 

Em 2023, conduzimos na Vittude o estudo “Panorama de saúde mental nas organizações brasileiras”, que reuniu dados de mais de 24 mil pessoas da nossa base de clientes. Nesse levantamento, verificamos que 23% dos não líderes têm algum quadro de ansiedade, enquanto cerca de 15% dos líderes apresentam o problema. Um dado importante é que 10,12% apresentam um quadro extremamente severo de ansiedade. Ao olhar para o recorte de gênero, nos casos severos e extremamente severos de ansiedade, depressão e estresse, as mulheres são mais atingidas do que os homens: 6,6% dos homens contra 10,4% das mulheres apresentam níveis severos de estresse; 9% dos homens vs 15% das mulheres para ansiedade e 8% dos homens vs 10% das mulheres para depressão.
 

Por que as mulheres são as mais afetadas?

A forma como nossa sociedade está estruturada exige das mulheres múltiplas responsabilidades e esse é um dos principais fatores de desequilíbrio. Conciliar as necessidades da família, da casa e do trabalho pode elevar os níveis de ansiedade e estresse, contribuindo para o impacto na saúde mental. Segundo dados coletados em 64 países em 2019 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres dedicam, em média, 3,2 vezes mais tempo do que os homens com trabalhos não remunerados de cuidado, como planejamento e preparo da alimentação da família, cuidado de doentes, ou limpeza da casa. No Brasil, as mulheres dedicam até 25 horas por semana a afazeres domésticos e cuidados, enquanto os homens apenas 11 horas, segundo um estudo do FGV Ibre realizado em outubro de 2023.
 

Por que não avançamos no cuidado à saúde mental nas empresas?

Ao longo dos últimos 5 anos, tive a oportunidade de conversar com líderes de mais de 3 mil empresas, para entender os maiores desafios relacionados à gestão de saúde mental nos ambientes corporativos. O primeiro deles é tangibilizar, em números, o impacto da saúde mental nos negócios. Levantar os dados para embasar a decisão estratégica de um programa de cuidado de saúde mental é um passo importante dessa jornada.

Nos trabalhos que desenvolvemos nas empresas, avaliamos diversos indicadores: absenteísmo, aumento do FAP (pagamento de maiores contribuições previdenciárias), licença médica por CID-F, aumento do turnover voluntário, sinistralidade descontrolada e alto índice de reajuste nos planos de saúde, presenteísmo e desengajamento (que impactam o atingimento de metas) são alguns deles. Segundo desafio: desinformação e estigma sobre o tema. As instituições mais reativas alegam que estes desequilíbrios estão relacionados exclusivamente a questões da vida pessoal dos colaboradores. Só que não adianta tapar o sol com a peneira, é preciso um olhar mais cuidadoso sobre como o ambiente organizacional afeta o bem-estar das pessoas.

Não há mais tempo e o tema é urgente! Em primeiro lugar, as empresas devem garantir a segurança psicológica do ambiente de trabalho e entender quais processos estão levando parte de seus colaboradores ao adoecimento. Assumir essa responsabilidade é o primeiro passo para iniciar um processo de mudança. Seja pela conscientização do tema e pelo letramento das equipes, seja pelo treinamento dos líderes, ou pela oferta de benefícios de apoio ao bem-estar, como a psicoterapia, o fato é que para mudar essa realidade é necessário um programa estratégico desenhado para atender as particularidades de cada cultura organizacional.

E as organizações que investem de forma estratégica em saúde mental colhem os resultados: aumento do bem-estar das pessoas, redução dos indicadores de absenteísmo e das licenças médicas por CID-F (entre outros indicadores), e maior engajamento das equipes, que leva a um aumento da produtividade. Evitar a fuga de talentos e desenvolver uma cultura corporativa com segurança psicológica é a única maneira de manter a produtividade sustentável.  

 

Tatiana Pimenta - fundadora e CEO da Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas. Engenheira civil de formação, com MBA Executivo pelo Insper e especialização em Empreendedorismo Social pelo Insead, escola francesa de negócios. Empreendedora, palestrante, TEDx Speaker e produtora de conteúdo sobre saúde mental e bem-estar, foi reconhecida como LinkedIn Top Voice Equilíbrio Vida e Trabalho em 2023.


Súplica pela civilidade

Opinião


Em 463 a.C., Ésquilo venceu o festival de teatro grego com a trilogia da qual fazia parte a peça As Suplicantes, única a chegar até nós. A tragédia conta a história de 50 mulheres egípcias que fogem para Argos em busca de proteção contra a lei do Egito que as obrigara a casar contra a vontade delas. O rei de Argos, Pelasgo, sabia que se aceitasse o pedido de asilo das estrangeiras, haveria guerra, pois o Egito não relevaria tal afronta às suas leis e costumes. Por outro lado, havia a tradição sagrada entre os gregos da hospitalidade, prática que cultivavam como um símbolo de sua civilidade. Importante ainda destacar que as suplicantes eram mulheres, negras e que adoravam outros deuses. Isto é, diferentes em quase tudo dos gregos, mas iguais no direito à dignidade. O rei então submete o pedido das egípcias aos cidadãos da cidade, que aprovam o pedido de acolhimento por unanimidade. A vontade geral, mesmo diante do perigo da guerra, não nega o que deve ser o direito de cada indivíduo, mesmo que de outra terra, outro sexo, outra fé: viver de maneira digna e honrada. 

Quase vinte e cinco séculos depois, deparamo-nos, diariamente, nos gestos de muitos -- adultos, jovens e crianças – a negação da condição fundante da comunidade ocidental: o respeito pela diferença. Nomes precisaram ser inventados para delinear esse mal que nega ao indivíduo o direito de conviver: racismo, xenofobia, machismo, etnocentrismo, gordofobia, capacitismo. E a lista não para de aumentar.

Recentemente, a atriz Samara Fellipo sofreu no coração a violência praticada contra sua filha, na escola onde ela estuda. A menina foi agredida por causa de sua pele preta, porque outras adolescentes consideraram essa diferença em relação às suas próprias peles uma autorização para o escárnio, para a humilhação, a discriminação, o anátema. Jovens que devem ter conversado previamente entre si e decidido causar um dano à colega por causa da sua cor da pele, ainda mais destacada na escola particular da elite branca paulista. Talvez acreditassem que a jovem filha da atriz não devesse estar ali, porque esse lugar não lhe pertence, por ser um lugar de privilégio e privilégio é um lugar branco. E fizeram o que fizeram, acreditando em outro privilégio tão comum às elites nesse país que vive sob o manto fantasmagórico de trezentos anos de escravidão: a impunidade.

A mãe, porém, não se intimidou e denunciou a escola e agora exige rigor na punição. Creio que essa punição deva ser pedagógica e não “criminal”. Não é uma solução tirar algo dessas adolescentes, mas dar-lhes o que lhes falta: civilidade. E também para as famílias delas, porque é difícil imaginar que uma distorção dessa gravidade na noção de indivíduo e de cidadão tenha sido obra apenas da escola. Punir com a expulsão, por exemplo, implica negar a elas aquilo para a qual a escola deveria estar preparada desde sempre: educar para a vida comum. Expulsar e devolver para os pais decidirem o que fazer com as agressoras pode ser um veneno ao invés de um remédio, pois não há garantia de que os pais necessariamente repudiam o que as filhas fizeram. Afinal, como saber de qual lugar saiu a primeira frase de preconceito racial, a primeira piada – que os racistas insistem em travestir de “brincadeira”-- ou mesmo o primeiro comentário sobre a cor preta da pele da menina que estuda com as filhas. 

O que deve ser exigido – e é hora de fazê-lo efetivamente – é lembrar, como afirma a filósofa Hannah Arendt, que educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas assumir responsabilidades. E a responsabilidade por práticas como essas que atingiram a jovem filha da senhora Samara – e que se espalham em uma cruel teia de violência por escolas públicas e privadas de todo o país – é de cada um de nós, como foi do rei Pelasgo e do povo de Argos. Se para acabar com a discriminação, que permite troçar do corpo do outro como se fosse um brinquedo de madeira, for preciso enfrentar a guerra, que cavemos trincheiras e portemos as armas possíveis para vencer esse mal. Ou logo não poderemos mais olhar uns nos olhos dos outros. 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


O papel da internet nas crises e catástrofes para mobilizar ações e pessoas

 

A internet transformou radicalmente a maneira como enfrentamos crises globais e locais. Em tempos de dificuldade, como nas situações de enchentes e desastres naturais, ela se tornou uma ferramenta essencial para a comunicação e disseminação de informações, e também como um poderoso instrumento de mobilização e ação. O exemplo recente envolvendo a modelo Gisele Bündchen e o empresário Elon Musk ilustra perfeitamente essa capacidade.

Quando áreas são afetadas por catástrofes naturais, a infraestrutura básica, incluindo as comunicações, muitas vezes fica severamente comprometida. O apelo de Gisele Bündchen ao empresário Elon Musk, pedindo o fornecimento de acesso à internet via satélite da Starlink, demonstra como a internet pode ser vital em momentos críticos. A iniciativa restaurou a comunicação e facilitou a coordenação dos esforços de resgate e assistência, provando ser inestimável para as operações de socorro e para as vítimas desses eventos.

A capacidade de mobilizar recursos e apoio através da internet vai além das grandes personalidades e empresas. Plataformas de mídia social permitem que indivíduos e comunidades organizem campanhas de arrecadação de fundos e mobilizem voluntários rapidamente. Durante crises, vemos um aumento significativo no uso de hashtags, campanhas de crowdfunding e eventos organizados nas redes sociais, que são essenciais para arrecadar dinheiro, recursos e conscientização.

Além disso, a rede oferece uma plataforma para uma ampla disseminação de informações. Em situações de crise, a rapidez e a precisão da informação são cruciais. As redes sociais e os sites de notícias desempenham um papel essencial ao informar o público sobre as áreas mais afetadas, os pontos de coleta de ajuda e os procedimentos de segurança. Essa disseminação rápida de informações pode salvar vidas, orientando as pessoas sobre como agir, onde buscar abrigo e como ajudar.


Transparência e solidariedade

A internet também facilita a transparência e o acompanhamento das campanhas de ajuda. Com a capacidade de rastrear doações e distribuir recursos virtualmente, é possível assegurar que a ajuda chegue a quem realmente precisa. Isso não só melhora a eficácia dos esforços de ajuda, mas também aumenta a confiança dos doadores, que podem ver o impacto direto de suas contribuições.

Com mensagens de apoio e compartilhamento de histórias pessoais, indivíduos de todo o mundo podem se conectar em um nível emocional muito forte, ampliando o senso de comunidade global e o apoio mútuo.  



Samuel Pereira - fundador da SDA Holding com ramificações como SDA Educacional, Eventos e Launch, destaca-se no mercado digital há mais de 10 anos. Vencedor do Big Idea Little Chair do Yahoo! e do Prêmio Jovem Brasileiro, criou mais de 60 sites e acumula mais de 200 milhões de visualizações e 1 milhão de seguidores. Co-autor de “Negócios Digitais” e autor de best-sellers na Amazon.
Acesse:
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Três curiosidades sobre intercâmbio na ‘Terra dos Cangurus’

Sydney, Austrália
 Unsplash


O Brasil é o 3° país que mais envia estudantes para a Austrália, segundo o Censo

 

Entre os fatores que levam um estudante a investir em um intercâmbio está o desejo de vivenciar uma experiência internacional capaz de conciliar estudo, trabalho e turismo. Fazer intercâmbio na Austrália oferece uma combinação única de educação de alta qualidade, estilo de vida descontraído, oportunidades de trabalho e aventuras ao ar livre, tornando um destino muito popular para estudantes estrangeiros. 

De acordo com a Pesquisa Selo Belta, lançada neste mês de maio, a Austrália se encontra na 5ª posição entre os países preferidos, ficando atrás da Irlanda (4ª), Estados Unidos (3ª), Reino Unido (2ª) e Canadá (1ª). A Austrália oferece muitos benefícios, desde educação de qualidade, belezas naturais e cultura diversificada até oportunidades de trabalho. 

“O país possui muitas universidades de renome, como a Universidade de Tecnologia de Queensland, a Universidade Nacional da Austrália, a Universidade de Sydney e a Universidade de Melbourne. Cada uma oferece uma ampla variedade de cursos e programas acadêmicos e contribui significativamente para a pesquisa e o ensino em nível nacional e internacional”, pontua Alexandre Argenta, Presidente da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio).

Segundo o Censo, há mais de 46 mil brasileiros na Austrália, dos quais cerca de 11 mil são estudantes. O Brasil é o 3° país que mais envia estudantes para a ‘Terra dos Cangurus’. 

Aprender inglês na Austrália não só oferece a oportunidade de dominar um novo idioma, mas também permite explorar uma cultura vibrante e criar novas conexões que abrem portas tanto no âmbito pessoal quanto profissional. O inglês é um dos idiomas mais populares para estudo durante um intercâmbio, sendo considerado o mais cogitado, de acordo com a Pesquisa Selo Belta.

Neste contexto, Alexandre Argenta compartilha três curiosidades sobre a Austrália:

1.   Clima semelhante ao do Brasil: embora a Austrália e o Brasil estejam em hemisférios opostos e tenham geografias bastante diferentes, seus climas mostram algumas semelhanças notáveis, especialmente nas regiões tropicais e semiáridas, que incluem altas temperaturas, estações chuvosas definidas e uma diversidade climática significativa dentro de cada país;

2.   Surfe: a Austrália é famosa por suas praias espetaculares e é um destino de surfe de renome mundial. Locais como a Gold Coast, Byron Bay e Margaret River atraem surfistas de todo o mundo;

3.   Diversidade linguística e cultural: a Austrália é um país multicultural, com uma população diversificada composta por pessoas de origens étnicas e culturais variadas. Mais de 200 idiomas são falados em todo o país.

Saiba mais sobre as oportunidades de intercâmbio, aqui!

 



Belta – Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio
Conheça mais, aqui!

 

Avanço de técnicas para identificar raias e tubarões não impediu comércio e aumento do risco de extinção

Autora principal do trabalho, Marcela Alvarenga coleta
material para análise de DNA em peixaria de Guaratiba, no Rio de Janeiro
foto: acervo pessoal

Análise de trabalhos publicados nos últimos 15 anos sobre métodos moleculares para determinação de espécies de elasmobrânquios revela que maior facilidade em detectar a venda ilegal não se refletiu em aumento da proteção

 

As técnicas moleculares mais avançadas são conhecidas aliadas na identificação de espécies ameaçadas de elasmobrânquios, grupo dos tubarões e raias. Portanto, são fundamentais na fiscalização do comércio de produtos à base desses animais, como carne e nadadeiras.

Estudo publicado na revista Biological Conservation por cientistas brasileiros, porém, mostra que 15 anos de pesquisas no país sobre essas técnicas não diminuíram o grau de ameaça das espécies.

Pior: algumas estão mais ameaçadas do que antes. Entre as 64 espécies encontradas no comércio brasileiro, 83% são consideradas em risco de extinção. Trinta e três delas tiveram o grau de ameaça ampliado na última década e meia, de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), maior referência global no assunto.

“O comércio de espécies ameaçadas de elasmobrânquios é proibido no Brasil, mas nos supermercados, feiras livres e peixarias esses animais são vendidos como outros peixes ou como ‘cação’, um termo genérico que oculta se o consumidor está ou não levando para casa uma espécie ameaçada”, explica Marcela Alvarenga, primeira autora do estudo, doutoranda na Universidade do Porto (Portugal) e colaboradora do Centro Nacional para Identificação Molecular do Pescado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cenimp-UFRJ), no Brasil.

Na maioria dos casos, é impossível identificar a espécie que está sendo vendida a partir do filé ou da posta. Mesmo quando o animal está quase inteiro no ponto de venda, normalmente faltam a cabeça e as nadadeiras, necessárias para a determinação da espécie pela morfologia. Por isso, a forma mais precisa de identificação é a partir do sequenciamento de um ou mais genes.

“Fazer isso demanda dinheiro. Mesmo tendo os equipamentos e pessoal capacitado, os reagentes são, na maioria, importados. Por isso, nos últimos anos, foram desenvolvidas técnicas com um ótimo custo-benefício e que podem identificar até mesmo o DNA degradado contido nas barbatanas, por exemplo, que são secas ao sol por dias antes de serem exportadas para a Ásia”, completa um coautor do estudo, Rodrigo Domingues, pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) e coordenador de um projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa BIOTA.

Domingues se refere ao comércio internacional de barbatanas, que, por terem um alto valor, principalmente na China, tornou os tubarões um alvo da pesca predatória. Uma vez que os animais têm de chegar com as nadadeiras presas ao corpo no desembarque, existe uma grande oferta da carne, que teve seu valor de mercado aumentado com o tempo. O Brasil ainda importa carne de tubarão de outros países.

A obrigatoriedade de levar os animais inteiros é determinada pela legislação brasileira, uma das pioneiras no combate ao finning, prática que consiste na retirada das nadadeiras ainda a bordo, jogando o animal agonizante de volta ao mar.

Diferentemente das outras espécies de raia, as raias-violas, que compreendem três espécies, incluindo uma “Criticamente em Perigo” segundo a IUCN (Pseudobatos horkelii), têm alto valor de mercado. Mesmo a carne de tubarão, em alguns mercados do Rio de Janeiro, por exemplo, pode ter mais valor do que a de outros pescados.

Peixes vendidos em feira livre no Rio de Janeiro. “Viola”, escrito em duas placas,
é um dos termos para designar raia, em parte por conta da raia-viola
(
Pseudobatos horkelii), espécie “Criticamente em Perigo”, segundo a IUCN.
 
Elasmobrânquios podem ainda ser vendidos como “cação” e peixes de maior valor
foto: Marcela Alvarenga

Além da sobrepesca, tubarões e raias são alguns dos maiores prejudicados pela chamada pesca incidental, em que embarcações em busca de peixes historicamente valorizados acabam capturando os elasmobrânquios, muitos ameaçados de extinção (leia mais em: agencia.fapesp.br/30933).


Técnicas avançam, proteção retrocede

O trabalho fez uma seleção de artigos científicos sobre o tema revisados por pares e publicados de janeiro de 2008 a junho de 2023. No total, foram 35 trabalhos analisados.

Foi possível observar que, até 2014, a maioria dos estudos abordava o desenvolvimento das técnicas moleculares para rápida identificação do pescado, com o intuito de baratear e acelerar a determinação das espécies de elasmobrânquios. A partir do ano seguinte, passaram a predominar trabalhos em que as técnicas eram diretamente aplicadas em produtos à base de raias e tubarões, principalmente a técnica de sequenciamento do DNA, a partir de 2018.

Nesses trabalhos, eram identificadas as espécies a partir de pedaços desses peixes sendo comercializados ou mesmo apreendidos em ações da polícia, no caso das nadadeiras de tubarão.

No entanto, tamanho avanço não se refletiu na redução do grau de ameaça das espécies. No período estudado, apenas uma teve um decréscimo do risco de extinção: a raia-ticonha (Rhinoptera brasiliensis) foi de “Em Perigo” para “Vulnerável”.

Outras 33, dentre as 64 que apareceram nos estudos, tiveram o nível de ameaça aumentado: 17 nem sequer sofriam risco de extinção e passaram a figurar entre as ameaçadas, outras sete subiram em mais de uma categoria de risco.

Quatorze espécies antes consideradas “Deficientes de Dados” passaram a ser classificadas em algum grau de ameaça, com destaque para duas altamente exploradas na costa brasileira, conhecidas pelo nome de cação-frango (Rhizoprionodon lalandii e R. porosus), ambas consideradas “Vulneráveis”.

“Por ter uma taxa de reprodução mais rápida do que o normal para elasmobrânquios, achava-se que o cação-frango não sofreria as mesmas ameaças que os outros tubarões. Contudo, estudos anteriores já haviam alertado que a pesca do cação-frango estava tão alta que as espécies poderiam vir a ser consideradas ameaçadas de extinção. Infelizmente, o alerta não foi ouvido e o resultado é o que estamos vendo”, conta Alvarenga.

“Nosso trabalho mostra de forma bastante clara a importância de usar essas técnicas moleculares para monitoramento e fiscalização do que é pescado. Infelizmente, porém, esse tipo de pesquisa é feito de maneira pontual, com uma tese de doutorado aqui, uma dissertação de mestrado ali, quando deveria ser sistemático”, aponta Domingues.

Outro coautor do estudo, Antonio Solé-Cava, coordenador do Cenimp-UFRJ, chama a atenção para um dado que traz alguma esperança: quando a fiscalização é mais intensa, como no caso da federal sobre a indústria de processamento pesqueiro, as taxas de substituição de espécies ou fraude são muito menores.

“Isso pode ser observado em peixes comercializados em supermercados, fiscalizados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal [(Dipoa), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)], quando comparados ao observado no comércio em feiras, peixarias e restaurantes, que não estão sob essa fiscalização. Nos primeiros, a taxa de substituição ou fraude é zero, enquanto nos outros estabelecimentos é bastante elevada”, diz Solé-Cava, referindo-se a estudo publicado por seu grupo.

Além da disponibilidade de pescado, a redução e extinção de tubarões e raias ameaçam a própria biodiversidade marinha. Uma vez que são predadores de topo de cadeia alimentar e mesopredadores (intermediários entre o topo e a base), esses peixes ajudam a regular o ecossistema, retirando indivíduos frágeis e doentes (selecionando os mais aptos) e controlando os níveis populacionais de diversas espécies, entre outros serviços ecossistêmicos.

Por conta de sua posição na cadeia alimentar, são animais que acumulam altas taxas de mercúrio, o que torna o consumo da sua carne perigoso. O monitoramento constante poderia ajudar a compreender o grau de ameaça das espécies, avaliar as tendências do mercado desses produtos e ajustar a legislação para proteger as espécies e a saúde dos humanos, alertando para eliminar o seu consumo.

O artigo Fifteen years of elasmobranchs trade unveiled by DNA tools: Lessons for enhanced monitoring and conservation actions pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0006320724001046.

 

André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/avanco-de-tecnicas-para-identificar-raias-e-tubaroes-nao-impediu-comercio-e-aumento-do-risco-de-extincao/51817


Deputada quer 1 ano de prazo antes que plano de saúde coletivo cancele cobertura

Proposta de Rosana Valle, do PL-SP, determina que convênios notifiquem usuários 12 meses antes da suspensão de contrato; para interromper serviços, operadoras deverão oferecer alternativas para o consumidor migrar para plano individual

 

A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) protocolou um projeto de lei que determina a cobertura dos planos de saúde coletivos no Brasil por, pelo menos, 1 ano, a contar da data de contratação do serviço. A proposta 2.103/2024 estabelece que as operadoras que optarem por cancelamento deverão notificar os usuários 12 meses antes da interrupção do atendimento. A medida visa diminuir ocorrências como as registradas nas últimas semanas, em que convênios suspenderam a cobertura de forma unilateral, prejudicando um sem-número de pacientes em todo o País. 

O texto de Rosana ainda prevê que, caso o plano de saúde sinalize o desejo de cancelar o contrato coletivo, ele é obrigado a oferecer ao usuário a possibilidade de migrar para um plano individual. Nestes casos, ainda fica garantida a manutenção do valor mensal já pago pelo período de 1 ano, de acordo com a proposta da congressista do PL.

 O projeto aguarda o despacho de distribuição por parte do presidente da Câmara dos Deputados para começar a tramitar nas Comissões Permanentes. Se aprovada, a matéria poderá ir ao Senado ou a Plenário. Após aprovado nas duas Casas, o texto segue para sanção presidencial. 

De acordo com Rosana, a medida é necessária, diante das recentes denúncias por parte de pacientes e de beneficiários dos planos de saúde coletivos por adesão, que vêm sendo surpreendidos com notificação de cancelamento de seus convênios, de maneira súbita, correndo o risco de ficarem sem atendimento médico. 

A parlamentar do PL-SP considera, ainda, que, como parte destes contratos cobrem idosos, pessoas com deficiência e crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é preciso endurecer o discurso com as operadoras de plano de saúde que atuam no Brasil:  

“A suspensão de um contrato coletivo pode ocorrer por motivos alheios ao paciente, como mudanças nas políticas das empresas ou no mercado de saúde. Desta forma, este projeto garante proteção aos beneficiários, evitando situações de desamparo repentino. Muitas vezes, os pacientes são pegos de surpresa com o cancelamento. Com essa lei em vigor, a notificação prévia permitirá que os consumidores tenham tempo para buscar alternativas”, argumenta Rosana. 

Nas últimas semanas, ao menos 80 mil pessoas deixaram de ser atendidas por convênios coletivos por adesão, no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), somente em 2023, foram 15 mil as reclamações sobre rescisão contratual unilateral por parte das empresas - 37% a mais que no ano anterior. 

Para Rosana, a possibilidade de migração para um contrato individual antes do cancelamento do plano coletivo é essencial, a fim de garantir a continuidade do acesso dos pacientes a serviços de saúde: 

“Seria uma migração obrigatória. É a lei garantindo que os beneficiários não fiquem desprovidos de cobertura médica, após o cancelamento do contrato coletivo. Ou seja, a pessoa sai do convênio coletivo, com a possibilidade de ter um convênio individual, e pelo mesmo valor que já pagava. É de responsabilidade do Congresso Nacional ficar em cima dessas empresas que vendem plano de saúde no Brasil. A falta de respeito passou do razoável com estes cancelamentos”.

 

A ascensão dos bancos digitais e os desafios da segurança cibernética

Reprodução
Aumento no número de contas digitais no Brasil traz consigo uma onda de fraudes e ataques cibernéticos, expondo a necessidade de robustas medidas de segurança

 

À medida que a digitalização dos serviços financeiros no Brasil acelera, os bancos digitais estão se tornando cada vez mais populares entre os consumidores que buscam conveniência e acessibilidade. No entanto, essa tendência de crescimento vem acompanhada de uma escalada preocupante em atividades fraudulentas, conforme indicado em recentes pesquisas do setor. 

O estudo mais recente do Ranking idwall de Experiência Digital, realizado em parceria com a consultoria Cadarn. Em 2023, o país ultrapassou a impressionante marca de 1,2 bilhão de contas bancárias ativas, um aumento de 14,2% em relação ao ano anterior. Este avanço significativo indica que aproximadamente 90% dos brasileiros possuem algum tipo de vínculo bancário. 

Outro estudo recente, realizado pela empresa AllowMe, destacou que cerca de 20% das novas contas digitais no Brasil são potencialmente fraudulentas, colocando em risco a segurança financeira de milhares de usuários. Esses dados alarmantes sugerem que as medidas de segurança atuais podem ser insuficientes para o volume e a sofisticação crescentes dos ataques cibernéticos. 

Dennis Nakamura - sócio do iVip Bank e iVip Coin, fintechs brasileiras que oferecem soluções financeiras digitais disruptivas e inclusivas, aponta que os fraudadores estão explorando as vulnerabilidades dos sistemas de segurança dos bancos digitais, muitas vezes por meio de técnicas avançadas como phishing, engenharia social e ataques de software malicioso.  

"Essas táticas não apenas causam perdas financeiras imediatas, mas também minam a confiança no sistema bancário digital como um todo", afirma Nakamura. "Para isso, o consumidor deve sempre avaliar o banco digital que ele vai abrir conta, bancos como o iVip Bank que se utilizam de tecnologias como blockchain, tendem a oferecer vantagens em segurança", explica. 

Para combater esses desafios, autoridades e instituições financeiras estão sendo pressionadas a implementar regulamentações mais rigorosas e a investir em tecnologia de ponta. Isso inclui a adoção de autenticação multifatorial, sistemas de monitoramento de transações em tempo real e a utilização de inteligência artificial para detectar padrões de comportamento suspeito. 

De acordo com Felipe Penido, sócio e especialista em Projetos de Market Insight, Data Management e CX Research da Cadarn Consultoria, os Bancos Digitais hoje estão expostos a riscos parecidos com o que as agências bancárias estavam em um passado próximo. O mercado financeiro sempre foi um grande alvo de criminosos e o principal efeito da digitalização talvez seja a mudança do perfil destes indivíduos e dos tipos de crime que podem ser executados, dadas as novas tecnologias e nova estrutura financeira. "Acredito que com a digitalização, todos os bancos (sejam eles nascidos digitalmente ou não), estão suscetíveis aos riscos associados aos avanços tecnológicos, que muitas vezes pela própria falta de maturidade geram oportunidades para fraudes e ataques cibernéticos" explica Penido. 

Além disso, há um crescente consenso sobre a necessidade de educar os consumidores sobre práticas seguras de internet. Iniciativas de conscientização podem desempenhar um papel crucial em prevenir fraudes, ensinando aos usuários como identificar e evitar golpes. 

Penido ressalta que os processos biométricos tendem a se tornar não só de uso mais frequente (dada a preferência dos usuários) mas também mais adequados no futuro, uma vez que senhas são suscetíveis a perda e são cada vez mais requisitadas, e portanto ou repetidas e simples o que reduz drasticamente a segurança (as senhas mais utilizadas no mundo são 123456 e 12345678), ou divergentes e aumentam a dificuldade do usuário de lembrar. 

A inteligência artificial está desempenhando um papel transformador na segurança dos bancos digitais, principalmente por meio da sua capacidade de aprender e adaptar-se a novas ameaças de forma contínua. Sistemas de IA podem analisar grandes volumes de transações em tempo real, identificando padrões suspeitos e comportamentos anômalos que indicam possíveis fraudes. 

"A inteligência artificial vai conseguir dar um passo além e não só melhorar a identificação de possíveis fraudes com base em dados históricos, mas num futuro, tentar antever e conseguir gerar apontamentos mais precisos sobre onde são os pontos de risco e ajudar a identificar pontos de melhoria que as instituições possam tomar. Mesmo que seja um processo que já está em andamento a alguns anos, se espera que estes processos ainda devam ter um tempo de "incubação" para que a inteligência artificial ganhe maturidade e repertório sobre estes assuntos", aponta Penido. 

À medida que o cenário dos bancos digitais continua a evoluir, a colaboração entre reguladores, bancos e consumidores será essencial para garantir que o futuro das finanças digitais seja seguro e confiável para todos os usuários.


Mesmo com altos custos, equipamentos tecnológicos trazem retornos para a área de medicina

De acordo com Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, a rapidez e a eficiência dos tratamentos modernos permitem atender um maior número de pacientes diariamente, aumentando a rentabilidade 

 

No setor de saúde, a aquisição de equipamentos médicos representa um investimento significativo. Estes equipamentos, que incluem desde microscópios especiais até sistemas de imagem avançados, são essenciais para diagnósticos precisos e tratamentos mais eficazes.

Segundo um levantamento do CSIMarket, a indústria de equipamentos médicos alcançou um retorno sobre os ativos investidos de 1,58% no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma leve queda em relação ao trimestre anterior, apesar do crescimento do lucro líquido.


Investimentos e retornos 

Na oftalmologia, equipamentos como o OCT (Tomografia de Coerência Óptica) e o retinógrafo são fundamentais. O OCT, por exemplo, permite diagnósticos detalhados de camadas da retina, essencial para tratamentos de doenças como o glaucoma e a degeneração macular. 

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, o custo de aquisição de um OCT pode variar significativamente, dependendo das especificações e da tecnologia envolvida. “Além do custo inicial, a manutenção regular é crucial para garantir a longevidade e o funcionamento adequado do equipamento”, relata.

A rentabilidade desses equipamentos depende de vários fatores, incluindo a frequência de uso e a capacidade de atrair novos pacientes. “Clínicas que investem em equipamentos de ponta podem oferecer diagnósticos mais precisos, atraindo um maior número de pacientes. O retorno financeiro, portanto, muitas vezes justifica o investimento inicial elevado, especialmente em regiões com maior demanda por serviços especializados”, pontua.


Tecnologias inovadoras

Na dermatologia, equipamentos como sistemas de laser e fototerapia são indispensáveis para tratamentos de condições de pele, como psoríase, vitiligo e rejuvenescimento cutâneo. “Esses sistemas representam um alto custo de aquisição e exigem treinamento especializado dos profissionais que irão operá-los. No entanto, o investimento em tecnologia de ponta na dermatologia pode ser extremamente rentável”, revela. 

Para Feltrim, a eficácia desses tratamentos, muitas vezes resultando em alta satisfação dos pacientes, gera uma demanda constante e possibilita a prática de preços premium. “Além disso, a rapidez e a eficiência dos tratamentos modernos permitem atender um maior número de pacientes diariamente, aumentando a rentabilidade geral do equipamento”, declara.

O especialista acredita que investimentos em tecnologia não só melhoram a qualidade do atendimento, como também podem elevar o perfil da clínica. “De qualquer maneira, é essencial que os gestores dessas clínicas realizem uma avaliação cuidadosa e planejem seus investimentos com base em uma análise de mercado detalhada e projeções de retorno financeiro”, finaliza.

 


Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas. Acesse https://eberfeltrim.com.br/


SIS Consultoria
Para mais informações, acesse o site ou pelo Instagram.


domingo, 2 de junho de 2024

Adoção ou lar temporário: cuidados essenciais para animais resgatados

Freepik

Veterinária da Special Dog Company compartilha dicas importantes para receber os pets em casa e contribuir com sua recuperação


Após as trágicas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, uma mobilização conjunta de voluntários, ONGs e Associações vem se dedicando aos resgates de animais afetados. Neste contexto, os abrigos enfrentam dificuldades para localizar os tutores dos animais e quando isso não é possível, os animais são encaminhados para lares temporários ou adoção definitiva, uma vez que os abrigos estão superlotados. Os animais, por sua vez, enfrentam traumas e a dor da separação de seus tutores.

Diante desta realidade, a médica-veterinária da Special Dog Company, Kelly Maiara Lopes Carreiro, enfatiza que garantir a recuperação dos pets exige que os novos tutores tenham um entendimento básico sobre o histórico do animal, obtido nos abrigos, além de tempo e estrutura para receber o pet em seu lar e integrá-lo à rotina familiar. "Os pets podem ter passado por momentos muito desafiadores e podem levar certo tempo para superá-los, por isso é importante oferecer o máximo de suporte e segurança a eles", ressalta Kelly.

A profissional destaca orientações essenciais para garantir o bem-estar físico e emocional desses animais:


Recepção responsável: ao receber o animal em seu lar, é importante separar itens que o deixem confortável e o protejam do frio ou do calor. Também é crucial reservar locais em que ele possa descansar ou até mesmo se esconder, caso sinta essa necessidade. "É fundamental que os adotantes tenham consciência das responsabilidades envolvidas na adoção e estejam dispostos a dedicar tempo e amor aos pets resgatados", destaca Kelly.


Identificação de estresse: os sinais de estresse e trauma podem variar entre os animais, exigindo uma abordagem individualizada. Segundo a especialista, enquanto alguns animais podem demonstrar sinais imediatos, como tremores e vocalizações, outros podem manifestar comportamentos agressivos ou maior sensibilidade a estímulos. “Nestes casos, é primordial procurar orientação de um médico-veterinário e/ou especialista em comportamento animal. Esse acompanhamento garantirá a melhor conduta a ser adotada, levando em consideração os sintomas ou comportamentos apresentados pelo cão ou pelo gato”.


Ambiente acolhedor: preparar um ambiente acolhedor com itens essenciais, como camas, brinquedos e locais de esconderijo, é indispensável para promover o conforto e segurança dos animais resgatados. Kelly enfatiza a relevância desse cuidado, sugerindo que “brinquedos ou acessórios para esconder petiscos são uma ótima opção para entreter os cães, enquanto os gatos apreciam arranhadores, brinquedos com bolinhas e penas. Todo tipo de enriquecimento ambiental é benéfico para aliviar a tensão e o estresse dos animais”.


Rotina diária: estabelecer uma rotina gradual de atividades, incluindo caminhadas e brincadeiras, é importante para promover a recuperação física e mental dos pets. Visitas regulares ao médico-veterinário também são recomendadas para monitorar a saúde. “Tudo deve ser introduzido aos poucos, assim, o tutor poderá avaliar se deve incluir mais atividades na rotina diante das preferências e interesses dos pets”, evidencia a veterinária.


Interação e descanso: equilibrar momentos de interação com períodos de descanso é vital para reduzir a ansiedade e promover um sentimento de segurança nos animais.


Socialização gradual: a introdução a novos membros da família, sejam humanos ou outros pets, deve ser feita de forma gradual, com paciência e supervisão cuidadosa dos tutores. Se houver outros animais na casa, é recomendado mantê-los inicialmente em cômodos separados e utilizar um acessório com o cheiro do novo animal para ajudar na familiarização.


Alimentação adequada: uma dieta adequada é fundamental para a recuperação dos animais traumatizados. Após possíveis dias sem se alimentarem ou devido a enfermidades, é importante oferecer alimentos de alta qualidade, ricos em nutrientes e de fácil digestão. “Os alimentos úmidos completos também são bastante atrativos e contribuem para a hidratação dos pets, sendo uma ótima escolha nesse processo de recuperação”, destaca Kelly”.

Adotar um animal implica estar ciente das responsabilidades envolvidas e disposto a dedicar tempo e amor, fundamentais para a recuperação de pets em diferentes situações de vulnerabilidade no Brasil. A veterinária finaliza destacando que, para animais resgatados de enchentes ou em outras condições debilitantes, é crucial garantir cuidados gerais, como higiene, saúde e alimentação. O acompanhamento regular por médicos-veterinários é muito importante para monitorar a recuperação física e mental, além de manter as vacinas e vermífugos em dia.


Special Dog Company


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