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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Maio Vermelho: hepatites B e C podem causar câncer de fígado

Cerca de 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com o vírus; Oncologista tira as principais dúvidas sobre a relação entre a neoplasia e a doença


O mês de maio, que leva a cor vermelha, traz a importância de um olhar cuidadoso para as hepatites, principalmente B e C, que podem resultar em câncer de fígado. Segundo dados do American Cancer Society, a incidência da neoplasia triplicou desde 1980, dobrando também as taxas de mortalidade pela doença. 

Anualmente, cerca de 800 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de fígado no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é estimado para cada ano do triênio 2023-2025 cerca de 10.700 casos - sendo 6.390 em homens e 4.310 em mulheres. 

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, mundialmente as hepatites virais causadas pelos vírus B ou C são a causa mais comum. Vale lembrar ainda que esse tipo de infecção também pode levar à cirrose hepática, que ocorre quando o tecido hepático normal é substituído pelo cicatricial não funcional, danificando o órgão. 

“A hepatite viral causada pelos vírus B e C pode ser transmitida entre pessoas através de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de objetos de higiene pessoal (como lâminas de barbear, depilar, alicates de unha, entre outros) ou durante o parto. Como forma de prevenção, a vacina contra hepatite B é oferecida gratuitamente pelo SUS. Além disso, apesar de não existir uma vacina para a infecção pelo vírus C, os novos tratamentos, também oferecidos de forma gratuita na rede pública, possuem chance de cura em cerca de 90% dos casos", explica o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do Grupo Oncoclínicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é estimado que 354 milhões de pessoas tenham hepatite B ou C.

Além da hepatite B e C, outros fatores que podem desencadear o câncer de fígado são:

  • Cirrose (inflamação crônica no fígado);
  • Algumas doenças hepáticas hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo) e doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo);
  • Diabetes;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que causa acúmulo de gordura no fígado;
  • Exposição a aflatoxinas (venenos produzidos por fungos que crescem em determinados alimentos quando não são armazenados corretamente e ficam expostos à umidade, como alguns tipos de grãos e castanhas);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Tipos de câncer de fígado

Dentre os tipos de câncer de fígado, o carcinoma hepatocelular, que se inicia nos hepatócitos (células localizadas no fígado) é o mais comum. "Vale lembrar ainda que ele é o mais frequente nos pacientes com doenças hepáticas crônicas, como a cirrose, podendo ser proveniente do consumo excessivo do álcool ou de uma hepatite B ou C, por exemplo", comenta o oncologista. Outros tipos da doença podem incluir:

  • Colangiocarcinoma – proveniente dos ductos biliares do fígado;
  • Hepatoblastoma – neoplasia rara que atinge recém-nascidos e crianças, ocorrendo predominantemente abaixo dos três anos, sendo raro após o quinto ano de idade; e
  • Angiossarcoma – câncer igualmente raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado.


Hepatites B ou C sempre irão resultar em câncer de fígado?

"Felizmente, não. As hepatites B e C, apesar de serem um fator de risco, não necessariamente determinarão o desenvolvimento da neoplasia, ou seja, apenas uma parcela dos pacientes irá evoluir para o câncer de fato. No entanto, adotar medidas de prevenção ao vírus é essencial para frear as estatísticas da doença", explica Artur Ferreira.
 

Sintomas e sinais do câncer de fígado

De acordo com o oncologista do Grupo Oncoclínicas, grande parte dos pacientes não irá apresentar sintomas nos estágios iniciais do câncer primário de fígado. No entanto, caso se manifestem, é importante ficar de olho em:

  • Emagrecimento sem causa identificável;
  • Perda do apetite;
  • Dor na parte superior do abdômen;
  • Náusea e vômito;
  • Sensação de fraqueza e fadiga;
  • Inchaço abdominal (ascite);
  • Presença de massa abdominal;
  • Surgimento de icterícia, que é caracterizada pela coloração amarelada da pele e no interior dos olhos;
  • Fezes brancas e com coloração esbranquiçada (aparência de giz).


Diagnóstico do câncer de fígado

Justamente por ser uma doença silenciosa, nem sempre é fácil diagnosticar o câncer de fígado precocemente. "Geralmente, não são solicitados exames de rastreamento para o carcinoma hepatocelular na população em geral. Mas, eles podem e devem ser recomendados em casos específicos, como nos pacientes com cirrose hepática, ou ainda infecção crônica por hepatite B", diz o especialista.

Ao avaliar cada caso, o médico pode solicitar:

  • Exames laboratoriais, como os de sangue, que avaliam a função do fígado e a alfa-fetoproteína (AFP, um marcador tumoral);
  • Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para visualizar a existência de tumores, sua extensão e se eles se espalharam para outras partes do corpo;
  • Biópsia do fígado, em que uma agulha é colocada dentro da lesão para retirar uma amostra para análise no microscópio que determina se ela é maligna ou benigna; em se tratando do carcinoma hepatocelular, nem sempre a biópsia será necessária, pois achados específicos dos exames de imagem em associação com as informações clínicas do paciente podem estabelecer o diagnóstico;
  • Cirurgia laparoscópica, somente em casos específicos, que permite visualização direta do órgão e realização de biópsia.


Opções de tratamento do Carcinoma hepatocelular

“Dentre as abordagens de tratamento, podem ser realizados a remoção cirúrgica, transplante hepático, ablações e embolizações hepáticas, radioembolização, imunoterapia, terapias-alvo e, menos frequentemente, a quimioterapia. Mas, apenas após discussão multidisciplinar, a melhor modalidade de tratamento deverá ser indicada", finaliza.


Oncoclínicas&Co.


Gestantes podem enfrentar dificuldades na cicatrização sem os cuidados corretos


Segundo a Dra Naíla Nunes, é possível evitar ferimentos e danos na pele no período gestacional. Saiba como.

 

Diante das mudanças hormonais e físicas que ocorrem durante a gestação, especialistas em dermatologia ressaltam a importância dos cuidados adequados com a pele para garantir o bem-estar das gestantes e prevenir possíveis complicações dermatológicas. Durante a gravidez, as gestantes podem enfrentar um maior risco de desenvolver feridas e dificuldades na cicatrização devido a uma série de fatores, como mudanças hormonais, estiramento da pele, aumento de peso e redução da imunidade. Para diminuir esses riscos, é importante que as gestantes adotem uma rotina de cuidados com a pele desde o início da gestação.

 

Dra. Naíla Nunes, dermatologista na Clínica Áurea, reforça os cuidados que mulheres gestantes devem ter. Entre eles, destaque para hidratar a pele regularmente com produtos suaves e evitar o uso de produtos mais ásperos, que possam prejudica-lá. Além disso, uma alimentação equilibrada e a ingestão adequada de água são fundamentais para a saúde da pele durante a gestação.

 

Ciente de que uma grande parte das mulheres costumam temer o aparecimento de estrias, Dra. Naíla Nunes destaca que ’Para prevenir o surgimento de estrias e manchas, é aconselhável utilizar protetor solar diariamente e hidratar a pele com cremes específicos, especialmente nas áreas mais propensas, como o abdômen, mamas e quadris. É importante também evitar coçar as áreas propensas às estrias e usar roupas confortáveis que não apertem a pele’’, ressalta.

 

Embora alguns procedimentos dermatológicos sejam contra-indicados durante a gestação como o uso de retinóides e ácidos glicólicos, outros, como depilação com cera quente e tratamentos tópicos para acne podem ser realizados com segurança, desde que sob orientação médica.

 

Especialista no assunto, a médica aponta que muitos pacientes costumam recorrer a produtos para barrar o aparecimento de manchas escuras na pele que aparecem nesse período. É comum encontrarem uma rápida pesquisa na internet, dicas sem nenhum tipo de apoio profissional mostrando receitas milagrosas para dar um ‘’fim’’ nas manchas escuras causadas na gravidez, mas a Dra. reforça que neste período, o ideal é evitar que haja muita exposição ao sol.

 

‘’O surgimento de algumas manchas mais escuras durante a gravidez são comuns e esperadas, principalmente região de axilas, virilhas ou mesmo abdômen, que a gente chama de linha nigra, e mamilos. Eles vão se acostumar a diminuir no período pós-parto. Não há muito que possa ser feito, faz parte do processo, evitar exposição direta ao sol por períodos prolongados, a fim de que essas manchas possam depois regredir de uma forma mais natural e precoce” finaliza.

 

A especialista enfatiza também que os cuidados com a pele durante a gestação não se limitam apenas ao período gestacional, mas também devem ser adotados antes mesmo da concepção. Mulheres que planejam engravidar devem consultar um dermatologista para ajustar sua rotina de cuidados com a pele e garantir uma gestação ainda mais saudável.


Tempo seco e quente pode agravar a tosse seca e a rinite

Especialistas do HSPE dão dicas para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar


A onda de calor que atinge algumas regiões do país desde a semana passada deve ser prolongada até pelo menos o final desta semana, segundo informações do Climatempo. Boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que a previsão para as regiões Centro-Oeste e Sudeste é, além das altas temperaturas, tempo seco na maior parte das duas regiões. Em São Paulo, a umidade do ar tem variado entre 20% e 30% durante o dia, o que é considerado crítico. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera adequado para a saúde valores entre 50% e 60%. 

“As temperaturas acima da média ajudam a acentuar a baixa umidade do já que a quantidade de poluentes no ar aumenta, irritando as vias aéreas e, consequentemente, piorando a tosse seca”, explica a médica Dra. Maria Vera Cruz, pneumologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), principal unidade do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Estadual (Iamspe).


Tosse seca

A tosse seca é um mecanismo de defesa do sistema respiratório, em que os cílios pulmonares expelem partículas variadas presentes nas vias aéreas. Quando a manifestação não melhora após algumas semanas, pode ser considerada persistente. "Os palpites sobre as causas da tosse seca persistente são diversos, mas apenas o profissional médico pode chegar a um diagnóstico para indicar o tratamento adequado, já que a tosse seca prolongada é um sintoma. Ela pode se manifestar por diversas causas, sendo as mais frequentes devido à alergias, asma, sinusite, infecções respiratórias pulmonares e como resposta do organismo às condições ambientais", afirma a Dra. Maria Vera.

Crianças e idosos precisam de mais atenção. No primeiro grupo é comum que aconteçam quadros de sangramento nasal, falta de ar, tontura, olhos e lábios desidratados, enquanto nos idosos a desidratação e hipotensão são questões que podem surgir.


Rinite

Outro problema que pode surgir nestas condições climáticas é a rinite, que é uma condição inflamatória nasal que pode ser causada por alergias ou infecções virais. "Os sintomas incluem nariz entupido, coceira nasal, coriza e espirros. A rinite alérgica pode ser tratada com lavagem nasal com soro fisiológico, anti-histamínicos indicados por um profissional médico e controle ambiental dos alérgenos", explica a Dra. Andrea Almeida, infectologista do HSPE. Ela complementa que a rinite viral geralmente desaparece por conta própria em alguns dias. 


Confira algumas orientações podem trazer benefícios:

  • Hidrate-se com frequência;
  • Pessoas em tratamento de problemas respiratórios devem seguir as orientações e prescrições médicas corretamente;
  • Manter os ambientes limpos para minimizar a presença de poeira e ácaros;
  • Ventilar a casa e os locais fechados diariamente;
  • Deixar água, em vasilhas ou baldes, nos ambientes. Toalhas molhadas também podem ajudar.

As especialistas recomendam que, caso a tosse seca persistente ou outro sintoma esteja prejudicando o bem-estar do paciente, é importante procurar ajuda médica. Em caso de piora do quadro, como a presença de febre, mudança da cor do muco e dores musculares, a busca por um profissional deve ser feita o mais rápido possível, lembrando que o uso de medicamentos não deve ser feito sem orientação médica. 



Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo – Iamspe



A Síndrome do esgotamento materno -“Mommy Burnout”- te pegou?


Com a proximidade do dia das mães, sentimentos são aflorados em relação a essa data. Mas a maternidade nem sempre é esse mar de rosas. A maternidade real é aquela vivida diariamente por mães, com suas imensas dificuldades e as responsabilidades em cuidar de uma criança, envolvendo muito mais do que apenas o amor à prole. 

Exaustão, esquecimentos e necessidade de dar conta de tudo são sintomas quase sempre presentes na vida de mulheres com filhos. Esse excesso de esgotamento emocional pode significar a Síndrome de Burnout materno ou mommy burnout, no inglês. 

O termo é utilizado para definir o estresse prolongado, relacionado não só aos cuidados maternos, mas pela maneira como a mãe exerce suas múltiplas obrigações nessa fase da ida, desde o nascimento do bebê até os três anos da criança, que é quando ela exige mais cuidados e dedicação. Alguns sentimentos e sintomas podem parecer comuns na maternidade, porém a intensidade e frequência com que eles aparecem é que irá classificar se a mulher está sofrendo ou não com o Burnout Materno. São eles: sentimentos constante de culpa; estresse relacionado a administração do tempo; excesso de pessimismo; exaustão, mesmo após um período de repouso; sentimento de fracasso e impotência; irritabilidade sem motivo aparente; falta de interesse ou prazer em cuidar do filho; baixa autoestima; tristeza, medo e insegurança. Outro problema é que muitas mães não sabem se estão passando pela síndrome. Isso faz com que elas se sintam aprisionadas em um ciclo de culpa constante e uma necessidade de dar conta de tudo. 

Para fechar o diagnóstico, o profissional de saúde mental irá avaliar esses sinais e verificar a frequência e intensidade com que se manifestam e como eles afetam as funções cotidianas dessa mãe. Os sinais passam do aceitável quando o desconforto é crescente e impedem a mulher de realizações suas atribuições, gerando uma disfuncionalidade e prejuízo intenso nas atividades laborais, familiares e sociais. 

A prevenção passa pelo autocuidado, apesar de ser comum a mulher, após o parto dedicar-se integralmente ao filho. Porém, ela não pode esquecer de valorizar seu próprio tempo e diminuir o anseio dar conta de tudo. Ter uma rede de apoio para ajudar com as tarefas e cuidado com a criança, é fundamental. Buscar ampliar seus relacionamentos e rede social para fora do universo materno, também ajuda e muito a discutir assuntos que não sejam apenas fraldas e mamadeiras. Além disso, algumas recomendações podem ser valiosas no controle da exaustão mental, como: buscar alívio em momentos de silêncio e calmaria; ser benevolente consigo mesma e jamais deixar de se cuidar e se auto dedicar amor. 

Portanto, o Burnout materno precisa ser identificado logo no início da manifestação dos sintomas para que seja feita uma alteração da rotina dessa mãe. As pessoas do ciclo de relacionamento da mulher também podem ajudar, exercitando o olhar para o apoio; evitando visitas em horários críticos; ao visitar ajudar em alguma atividade ou levar um lanche para que isso não seja mais uma preocupação para ela; se tiver intimidade, oferecer-se para segurar a criança enquanto ela possa tomar um banho mais tranquilo ou dormir um pouco e, principalmente, não ficar tentando competir para ver quem está mais cansada ou ficar indagando sobre os motivos do cansaço. Ou seja, cada um pode ajudar fazendo sua parte e contribuindo para o equilíbrio e leveza na vida de uma mãe/mulher. 



Dra. Andrea Ladislau - Psicanalista


Diagnosticar, identificar as causas e tratar: saiba mais sobre lipedema

“Se a causa não for tratada, a cirurgia pode prejudicar”  


Ainda não tem cura, mas há tratamentos que podem resgatar a qualidade de vida  

 

O lipedema (lipo = gordura + edema = inchaço) afeta mais de 10% das mulheres e é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços, causando dor, inchaço, dificuldade de locomoção e autoestima baixa. 

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, que integra uma equipe especializada no assunto, responde abaixo às principais dúvidas sobre lipedema e alerta: “A cirurgia não pode ser a primeira e única opção”.  

 

Quais os sintomas do lipedema? 

Dr. Fernando Amato - Os principais sintomas do lipedema são o aumento do volume das ​​pernas, coxas e/ou braços desproporcionalmente ao restante do corpo; geralmente o acúmulo de gordura ocorrer dos dois lados;​​ queixa principal de alteração da sensibilidade, podendo relatar dor, dor ao toque, queimação e peso; inchaço; sensação de peso e cansaço nas pernas; dificuldade de locomoção; autoestima baixa e impacto negativo na qualidade de vida. 

 

Existe algum fator responsável por causa o lipedema? 

Dr. Fernando Amato - A causa é multifatorial, o que dificulta o diagnóstico e tratamento, mas envolve desde fatores genéticos e familiares, como fatores hormonais, uso de medicações, hormônios, doenças crônicas, alterações venosas e linfática.  

Porém, existe uma forte relação do surgimento do lipedema com histórico familiar, puberdade, gravidez e menopausa, além da obesidade. Outro ponto: a maior parte dos pacientes com lipedema é composta pelo sexo ​​feminino, sendo extremamente raros no sexo masculino.  

 

O lipedema pode se apresentar em níveis diferentes?  

Dr. Fernando Amato - Sim, classificamos em estágios, de acordo com a gravidade da doença: 

·         Estágio 1: Leve aumento do volume, sem alterações na textura da pele; 

·         Estágio 2: Aumento moderado do volume, com textura da pele irregular; 

·         Estágio 3: Aumento significativo do volume, endurecimento e espessamento do subcutâneo com nódulos grandes e coxins de gordura; 

·         Estágio 4: lipedema com comprometimento linfático, linfedema. Conhecido como lipolinfedema. 

 

Como é feito o diagnóstico? 

Dr. Fernando Amato -

O diagnóstico é feito por um médico especialista, considerando-se principalmente os sintomas, o histórico do paciente e a realização de exames físicos. Os complementares, como ultrassom, ressonância magnética, linfografia, densitometria e bioimpedância, podem auxiliar no diagnóstico ou excluir outras patologistas com apresentações semelhantes. 

 

Lipedema tem tratamento? 

Dr. Fernando Amato – Não existe uma cura, mas é uma condição em que é possível e necessário resgatar a qualidade de vida da paciente. E, ao contrário do que muitos pensam, a cirurgia não é a primeira opção e deve ser vista como uma alternativa, quando o tratamento clínico não encontra resultados, ou por questões estéticas. 

 

O tratamento do lipedema é individualizado e depende do estágio da doença. As opções de tratamento podem incluir medicamentos, suplementos e vitaminas, dieta, terapias conservadoras e entre elas cito a fisioterapia, drenagem linfática, uso de meias compressivas e controle do peso; e como a última opção, quando nenhuma medida clínica apresentou mudanças, ou apresentou mudanças parciais, preferencialmente com estabilização dos sintomas, pode ser recomendado a realizado da lipoaspiração, técnica cirúrgica para remover o excesso de gordura "doente".  

 

Por que a cirurgia não deve ser a primeira linha de tratamento? 

Dr. Fernando Amato - Porque antes de partir para uma cirurgia, é preciso identificar a causa da doença e tratá-la. Se a causa não for identificada e ​​tratada, ​​a cirurgia pode trazer melhora temporária, mas a longo prazo pode ter retorno dos sintomas.  

 

O lipedema pode ser visto como um ICEBERG, em que na superfície vemos apenas os sintomas e abaixo todas as alterações que podem causar a condição. Se retirarmos apenas a gordura e não tratarmos a causa do lipedema, estamos apenas tirando a gordura inflamada, o que pode trazer uma melhora dos sintomas temporariamente. A longo prazo, se os fatores que contribuíram para o desenvolvimento da doença continuarem existindo, a paciente poderá acumular gordura em outras partes do corpo, e poderá desenvolver o lipedema em outras partes que não eram sintomáticas. 

 

Portanto, a orientação é procurar um especialista, identificar por meio de uma boa e detalhada investigação clínica o que causa o lipedema, colocar em prática os tratamentos citados acima e fazer a modificação de estilo de vida, que é fundamental no tratamento: alimentação equilibrada e de qualidade nutricional, atividade física frequente, diminuir ou não beber álcool e não fumar já vão ajudar expressivamente no tratamento.  

 

A cirurgia, como a lipoaspiração, não pode ser a primeira opção no tratamento e deve ser considerada quando as tentativas citadas no texto não deram o resultado esperado. A lipoaspiração pode ser considerada a partir daí para remover o excesso de tecido adiposo, mas deve ser avaliada caso a caso por um especialista. Mas ressalto: sem mudança no estilo de vida a cirurgia pode ser frustrante.  



Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
https://plastico.pro/
www.amato.com.br
https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTE, ENTENDA MAIS SOBRE ESSE PROCEDIMENTO


 Existe uma fila única? Como ser doador? Quem tem prioridade na lista de transplante? membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) fala sobre. 

 

Após um mês da Campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”, cerca de 4.447 pessoas deram início à formalização da sua vontade de ser doador. Elas preencheram digitalmente e de forma gratuita a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) em um dos 8.344 cartórios de notas do Brasil. Entre os estados, São Paulo lidera com 1500 pedidos, seguido pelo Paraná com 376 pedidos e em Minas Gerais com 366. 

Para o Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal, e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), esse número é muito significativo, mas ele destaca que os números de doadores no Brasil, embora tenha aumento nos últimos anos, ainda está muito aquém do ideal. “Dependemos 100% de doações e para que o número de transplantes efetivos cresça a educação contínua é essencial para fomentarmos uma cultura de doação e melhorarmos os índices. Um único doador falecido, por exemplo, pode ajudar até dez pessoas que estão na fila do transplante”, resume. 

Ainda segundo o Ministério da Saúde, cerca de 66 mil pessoas estão na fila de transplante de órgãos no Brasil, o que representa um dos maiores índices nos últimos 25 anos. 

Nacif explica que quando chega este momento é comum surgirem muitas dúvidas desde as mais simples envolvendo quem pode ser doador e como doar, até questões mais graves, como um acesso mais fácil para o começo da fila. Por isso, é de suma importância a orientação e informação sobre o tema. “A lista da fila do transplante é uma lista única, séria e sobretudo criteriosa. E sim, existe uma lista única relacionando todas as pessoas que precisam ser transplantadas, sejam elas oriundas de hospitais públicos, privados, com ou sem convênio médico e a ordem de prioridade acontece por meio de uma série de fatores que vão desde histórico, gravidade da doença e claro, o órgão no qual a pessoa necessita, por isso algumas pessoas parecem ‘ter mais sorte’, mas no caso, costumam ser a que estão com um quadro mais grave” – pontua. 

No caso específico de doação em vida, ela pode acontecer desde que ocorra em um órgão duplo como o rim, ou apenas parte de um órgão, como fígado ou pulmão, que são órgãos mais comumente transplantados. Outra possibilidade, ainda, é a doação de medula óssea – um dos mais realizados. 

No caso de doação pós morte, é imprescindível, que haja uma conversa com os familiares, já que são eles que repassam a decisão do falecido para a equipe médica. Por fim, o médico ressalta também que o procedimento não é tão simples e para encontrar um órgão compatível, todos os doadores são pré-avaliados por equipes médicas, focadas em órgãos específicos, para conferir a disponibilidade do doador. “Existem níveis, e geralmente, consideramos que o paciente internado até 7 dias é ótimo para a prática, porém, casos que vão além deste prazo, não são necessariamente descartados. Ao contrário de alguns outros critérios piores, como pessoas com histórico de uso drogas, ingestão de bebidas alcóolicas, fumantes e com idades mais avançadas” – finaliza Lucas Nacif. 



Dr. Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes.
www.lucasnacif.com
dr.lucasnacif_gastrocirurgia


Dia Internacional da Talassemia: condição genética e hereditária afeta a produção de hemoglobina

 

Em 8 de maio é lembrado o Dia Internacional da Talassemia. Causada por uma alteração genética, a condição altera a produção da hemoglobina, proteína do sangue responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos do organismo. Estima-se que anualmente 300 mil crianças nasçam com formas severas de hemoglobinopatias, incluindo a talassemia¹. No Brasil, a estimativa é que cerca de 1,1% da população apresente síndromes talassêmicas². 

Existem dois tipos principais de talassemia: alfa e beta. A hemoglobina humana é formada por proteínas chamadas alfa-globinas e beta-globinas que, por sua vez, precisam de alguns genes para serem construídas. Alterações nesses genes irão determinar o tipo e o grau de talassemia. Entre os principais sintomas da doença estão: aparência pálida, febre, aumento do baço, coloração amarelada da pele (icterícia), deformidades ósseas faciais, inchaço abdominal e urina escura. Porém, os sinais e os sintomas dependem do tipo e da gravidade da talassemia que a pessoa tem. 

O diagnóstico da talassemia é realizado por meio de hemograma e eletroforese de hemoglobina, cujo objetivo é avaliar o tipo de hemoglobina circulante no sangue. Também podem ser realizados testes genéticos para avaliar qual é a alteração genética responsável pela doença e diferenciar os tipos de talassemia. No caso da alfa talassemia há uma mutação no cromossomo 16, que se manifesta pela falta de produção de globinas alfa. Ela pode se manifestar, dependendo do número de genes comprometidos, de quatro formas: portador silencioso, traço alfa talassemia, doença da hemoglobina H e hidropsia fetal. Na talassemia beta há uma mutação no cromossomo 11, que pode se manifestar de três formas: maior (o tipo mais grave), intermediária ou menor, que pode ser assintomática e passar desapercebida. 

A talassemia tem cura e ela pode ser obtida através do transplante de medula óssea, em que o doador deve ser totalmente compatível e aparentado. Atualmente outras modalidades de transplante com menor grau de experiência como haploidentico (pai ou mãe) ou não aparentado podem ser realizados. Temos ainda a terapia gênica, em que a alteração genética pode ser corrigida e não precisa de doador, mas essa alternativa de tratamento ainda está restrita a poucos centros e vinculada a estudos clínicos. Quando não há possibilidade de transplante, o tratamento vai depender da gravidade da doença. Os pacientes mais graves recebem transfusões de sangue, que são eficazes e os auxiliam a levar uma vida normal, com menos limitações e sintomas, seguindo todas as orientações médicas. 

Devido às transfusões recorrentes, geralmente realizadas em um intervalo de duas a quatro semanas, os pacientes apresentam aumento de ferro corporal, o que pode causar danos ao organismo. Por isso, para evitar possíveis complicações do excesso de ferro no corpo é necessário o uso de medicamentos denominados quelantes de ferro. Hoje temos novos medicamentos que buscam substituir a transfusão, ainda não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que poderão em um futuro bem próximo fazer parte do arsenal terapêutico promovendo qualidade de vida aos pacientes. 

É recomendado que as pessoas procurem por orientação médica em caso de suspeita da doença. Importante ressaltar que os sinais podem ser notados nos primeiros meses de vida e o teste do pezinho (triagem neonatal) pode diagnosticar precocemente a beta talassemia, o que pode contribuir para um tratamento mais efetivo e uma vida plena aos pacientes.  



Dra. Mônica Veríssimo - especialista em Hematologia e Hemoterapia pediátrica


Referências Bibliográficas:

Sayani FA, Kwiatkowski JL. Increasing prevalence of thalassemia in America: Implications for primary care. Ann Med. 2015;47(7):592-604.

Rosenfeld LG, Bacal NS, Cuder MAM, Silva AGD, Machado ÍE, Pereira CA, Souza MFM, Malta DC. Prevalence of hemoglobinopathies in the Brazilian adult population: National Health Survey 2014-2015. Rev Bras Epidemiol. 2019 Oct 7;22.


Pacientes com Lúpus morrem mais por causas infecciosas, cardiovasculares e renais do que a população gerali

 

Publicação indica que 58% dos pacientes são afetadosii e a causa pode estar relacionada ao baixo controle da doença e uso de alguns medicamentos em longo prazo e altas doses

 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpoiii. Segundo especialistas, ainda há uma carência de dados que mostrem a realidade da doença no Brasil e no mundo. Mas, um novo estudo, que analisou o panorama da doença na população brasileira entre os anos de 2000 e 2019, aponta que a principal causa de morte associada à doença foi infecção, seguido de complicações cardiovasculares e renais. 

Grande parte dos pacientes analisados pelo estudo morreu entre 19 e 50 anos de idade, em contraste com a população geral, na qual os óbitos foram mais comuns em indivíduos com mais de 50 anos. Dados coletados no DATASUS para formular a pesquisa, indicam que as causas podem estar relacionadas ao baixo controle da atividade da doença, assim como o uso em longo prazo e altas doses de certas classes de medicamentos que podem aumentar esse risco. 

“Os dados sobre mortalidade e suas causas em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico são escassos e refletem muitas vezes a realidade parcial em vários locais do mundo e aqui no Brasil não é diferente. Muito do que se sabe hoje é oriundo de pesquisas em países desenvolvidos, o que reflete distintas condições culturais e socioeconômicas. Neste contexto, este estudo buscou refletir a realidade do Brasil de uma maneira global, usando dados de milhares de pacientes que utilizam nosso Sistema Único de Saúde, buscando avaliar os principais fatores associados à mortalidade dos pacientes, comparando com dados da população geral.” – declara Dr. Odirlei Monticielo (CRM RS 27199), reumatologista, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um dos pesquisadores do estudo. 

Embora haja pesquisas sobre o lúpus no Brasil, os registros regionais ou nacionais de LES no Brasil eram escassos. Algumas barreiras aos registros da doença no país são a falta de mão de obra especializada. Isso impacta milhares de pacientes, inclusive, com diagnóstico tardio, já que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo IBGE, estima-se que existam de 150.000-300.000 pacientes adultos com lúpus, sendo a sua maioria do sexo femininoiv. 

"A jornada do paciente com lúpus continua sendo um grande desafio, desde o diagnóstico tardio até o tratamento adequado. É fundamental discutir o assunto e fornecer informação de qualidade para sensibilizar sobre as dificuldades enfrentadas e ajudar a transformar a realidade desses pacientes. Estudos como este não apenas revelam estatísticas de mortalidade, mas também trazem a reflexão de como a comunidade médica pode se mobilizar a fim de melhorar o caminho de quem vive com a doença." - afirma a Dra. Karina Fontão, diretora médica da AstraZeneca Brasil.

 

Mais sobre o estudo 

A pesquisa também mostra que, ao longo dos anos, as mortes em pacientes com lúpus aumentaram, totalizando 1.778 em 2019. A análise da base de dados extraída do Sistema Único de Saúde (SUS) identificou, entre 2000 e 2019, que dos 74.330 pacientes com diagnóstico de lúpus, 89,9% eram do sexo feminino, sendo quase metade deles com idade entre 26 e 45 anos. Em relação à mortalidade, foram 24.029 óbitos registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no mesmo período, sendo a maioria ocorrendo na região Sudeste, enquanto o Norte e Centro-Oeste tiveram os valores mais baixos (Tabela 1).


No mesmo estudo, observou-se que distúrbios renais e cardiovasculares foram a segunda e terceira causa de morte em pacientes com lúpus, no Brasil, respectivamenteiii


a-c Indicar p < 0,05 entre as diferentes regiões de cada grupo (óbitos na população geral e óbitos na população com LES). % de mortes no LES. População: Em relação à população total. Não foi possível estimar a população com LES no Brasil.

O estudo concluiu que pacientes com lúpus apresentaram maior mortalidade em comparação com a população em geral, portanto a importância de políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção são necessárias e urgentes.

“Ao nos depararmos com os dados, percebemos que ainda é necessário estabelecer estratégias para o manejo da condição da doença e aprimoramento das terapias para controle do lúpus. Somente dessa forma conseguiremos reduzir danos e suscetibilidade a infecções e aumentar a expectativa de vida desses pacientes.” – comenta Dr. Odirlei.

Mais sobre o lúpus 

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), geralmente conhecido como lúpus, é uma doença autoimune crônica debilitante que afeta não só a saúde do paciente, mas traz impactos em diversas áreas da vida, como social, econômica e psicológicav.

De acordo com dados da Federação Mundial do Lúpus (WLF), uma pesquisa global envolvendo aproximadamente 5.000 indivíduos diagnosticados com lúpus destacou que mais de 6 em cada 10 pessoas (cerca de 61,6%) que vivenciam a condição relataram ter enfrentado algum tipo de impacto psicológico significativovi.

Além disso, os resultados também apontaram que 8 em cada 10 pessoas diagnosticadas expressaram interesse em participar de grupos de apoio voltados para o cuidado da saúde emocional e mentalvi. 

Os sintomas podem variar amplamente de caso para caso, mas, geralmente, incluem fadiga, dor e edema nas articulações, lesões cutâneas, febre, emagrecimento, entre outros. O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, histórico médico, exames de sangue e avaliação dos sintomasvii.

O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a inflamação e suprimir o sistema imunológico, além de medidas para controlar os sintomas e promover o bem-estar geral do pacientevii.



10 de maio – Dia Mundial do Lúpus 

O Dia Mundial do Lúpus foi estabelecido em 2004 pela World Lupus Federation (WLF) como forma de chamar a atenção para o impacto que a doença tem sobre as mais de 5 milhões de pessoas afetadas globalmenteviii. Este ano, a WLF pede ao público mundial, incluindo aqueles que vivem com lúpus, seus amigos e familiares, que aumentem a conscientização e compartilhem fatos sobre a doença nas redes sociais e em suas comunidades.
 

Campanha Lúpus: A Marca da Coragem 

A campanha Lúpus: A Marca da Coragem, idealizada pela biofarmacêutica AstraZeneca, tem como objetivo alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e e das opções terapêuticas para o controle do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), além de alertar diretamente o paciente para o conhecimento e a identificação dos sintomas mais característicos da doença na pele.


AstraZeneca
Instagram @astrazenecabr


Referências:

i Reis-Neto ET dos, Monticielo OA, Daher M, Lopes F, Angrimani D, Klumb EM. Life expectancy and death pattern associated with systemic lupus erythematosus diagnosis in Brazil between 2000 and 2019. Lupus. 2024;33(5):536-542. doi:10.1177/09612033241236383
ii Iriya SM, Capelozzi VL, Calich I, et al. Causes of death in patients with systemic lupus erythematosus in São Paulo, Brazil: a study of 113 autopsies. Arch Intern Med 2001; 161: 1557–2531. DOI: 10.1001/archinte.161.12.1557
iii Sociedade Brasileira de Reumatologia – Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/lupus-eritematoso-sistemico-les-cartilha-da-sbr
iv BGE . Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral (SIDRA), https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5918
v PepSic - ”Lúpus: efeitos nos cuidados de si e nas relações familiares" Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-11682013000100004
vi World Lupus Federation – “Lupus Greatly Affects Emotional and Mental Well-Being” https://worldlupusfederation.org/2019/05/09/lupus-greatly-affects-emotional-and-mental-well-being/
vii Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais – Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DAS) – “Índice Ultravioleta” - Disponível em: https://satelite.cptec.inpe.br/uv/ viii Lupus Foundation of America – National Resource Center on Lupus. Lupus facts and statistics. https://www.lupus.org/resources/lupus-facts-and-statistics


Dia das mães: 5 cuidados para ter com a pele após a maternidade

Mudanças hormonais e estiramento da pele durante a gestação podem exigir alguns cuidados com a pele após o período, explica a Médica pós graduada еm dеrmatologia, Dra. Nicolly Machado

 

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A maternidade é um momento mágico na vida da mulher, mas além da alegria de ter o filho nos braços, após uma gestação o corpo da mulher passa por uma série de mudanças importantes, sendo uma das principais ocorrendo na pele da mulher. 

Após o parto é comum que surjam algumas imperfeições na pele da mulher, como manchas ou estrias, explica a Médica pós graduada еm dеrmatologia, Dra. Nicolly Machado. 


Após a gestação, é comum surgirem imperfeições na pele da mulher, isso acontece devido às mudanças hormonais e ao esticamento da pele durante a gravidez. No entanto, é possível prevenir ou amenizar esses problemas com alguns cuidados”.

  

5 cuidados com a pele após a maternidade:



01 - Hidratação:Hidratar a pele diariamente com cremes específicos para gestantes ajuda a melhorar a elasticidade e amenizar os impactos do esticamento da pele durante a gravidez”;

 

02 - Protetor Solar: Essa é uma dica importante tanto para mulheres gestantes, quanto não gestantes. Utilizar protetor solar diariamente para proteger a pele dos raios UV ajuda a prevenir manchas e câncer de pele”;

 

03 - Alimentação:Manter uma dieta rica em nutrientes e antioxidantes para promover a saúde da pele”;

 

04 - Exercícios:Isso mesmo, praticar exercícios também ajuda a melhorar a elasticidade da pele. Quando se trata de gestantes existem alguns exercícios mais específicos que podem ser usados, sempre com supervisão médica”;

 

06 - Busque ajuda profissional:Cada caso é um caso único e apenas um especialista pode ajudar a identificar as causas e as soluções de cada problema, por isso, realizar acompanhamento com um profissional antes, durante e depois da gestação é muito importante para prevenir e amenizar problemas de pele comuns nesta fase”, afirma Dra. Nicolly Machado. 

 

Dra. Nicolly Machado - Médica pós graduada em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, conhecida como Dra. Sem Rugas, é especialista em cuidados dermatológicos e dedicada a promover saúde e beleza para seus pacientes.


TAVI - Uma Nova Esperança para Pacientes com Estenose Aórtica Agora Disponível pelo SUS

Braile é a única empresa nacional a desenvolver o primeiro implante transcateter de válvula aórtica (TAVI) 100% no Brasil

 

O Diário Oficial divulgou em 11 de Abril, um marco significativo na saúde pública brasileira, com a liberação da Terapia de Substituição da Válvula Aórtica Transcateter (TAVI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esta medida representa um avanço crucial na luta contra a estenose aórtica, uma condição cardíaca debilitante que afeta milhares de brasileiros a cada ano.

A estenose aórtica é uma condição na qual a válvula aórtica do coração se estreita, restringindo o fluxo sanguíneo e aumentando a carga sobre o músculo cardíaco. Isso pode levar a sintomas graves, como falta de ar, fadiga, desmaios e, em casos extremos, insuficiência cardíaca e morte. Tradicionalmente, o tratamento envolvia cirurgia de substituição da válvula aórtica, que pode ser invasiva e apresentar riscos significativos, especialmente para pacientes idosos ou com condições médicas complicadas.

A Braile, empresa brasileira líder no fornecimento nacional de produtos para cirurgia cardíaca, endovascular e minimamente invasiva e com grande presença global, é a única do segmento que o possui o transcateter de válvula aórtica (TAVI) desenvolvido com tecnologia 100% brasileira. Sua inclusão nos procedimentos reembolsados pelo SUS registra um avanço na oferta de tratamentos inovadores minimamente invasivos dando acesso à população para condições cardíacas complexas, reforçando o compromisso da Braile com a equidade na área da saúde cardíaca.

O desenvolvimento do produto foi acompanhado em mais de 1.200 pacientes nos principais centros médicos do país, incluindo o Instituto do Coração (Incor), Hospital Dante Pazzanese, o Hospital de Base e o hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Contou com a participação de renomados especialistas, incluindo médicos cardiologistas, médicos intervencionistas e cirurgiões cardíacos, que contribuíram para sua excelência.

"Foram anos de pesquisa e desenvolvimento para oferecer a melhor TAVI ao mercado brasileiro e internacional. Nossa TAVI é especialmente adequada ao mercado brasileiro, e nosso objetivo é apoiar grandes hospitais, fontes pagadoras e o Sistema Único de Saúde (SUS)", enfatizou o gerente de marketing e vendas da Braile, João Paulo.

A introdução da TAVI no SUS representa uma mudança de paradigma para o tratamento da estenose aórtica. Esta técnica inovadora permite a substituição da válvula aórtica sem a necessidade de uma cirurgia de coração aberto. Em vez disso, um cateter é guiado até o coração através de uma pequena incisão na virilha ou no peito, onde uma nova válvula é implantada sobre a válvula aórtica estreitada, restaurando o fluxo sanguíneo normal.

"A possibilidade da utilização no Sistema Único de Saúde (SUS) de uma TAVI de fabricação nacional com a qualidade da empresa Braile, com certeza vai proporcionar para muitos pacientes o acesso à essa tecnologia disruptiva", declara o Dr. Márcio Montenegro, cardiologista e atual Presidente da Sociedade de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Estado do Rio de Janeiro.

A liberação da TAVI pelo SUS é uma notícia incrivelmente positiva para pacientes com estenose aórtica em todo o Brasil. Aqui estão algumas razões pelas quais isso é tão significativo:


Acesso Equitativo: A TAVI agora estará disponível para todos os pacientes do SUS que atendam aos critérios clínicos, garantindo um acesso mais equitativo a essa tecnologia inovadora, independentemente de sua condição socioeconômica.


Menos Invasivo: Ao evitar a necessidade de cirurgia de coração aberto, a TAVI reduz significativamente o tempo de recuperação e os riscos associados à intervenção, permitindo que pacientes mais idosos ou frágeis possam receber tratamento.


Qualidade de Vida Aprimorada: Com a restauração do fluxo sanguíneo adequado, os pacientes submetidos à TAVI frequentemente experimentam uma melhoria dramática na qualidade de vida, com redução dos sintomas e aumento da capacidade de realizar atividades diárias.


Economia de Recursos de Saúde: Embora a TAVI inicialmente possa ter custos mais altos do que a cirurgia tradicional, estudos mostraram que, a longo prazo, ela pode ser mais econômica devido a uma menor taxa de complicações pós-operatórias e tempo de internação reduzido.


Esta decisão de disponibilizar a TAVI pelo SUS reflete o compromisso do governo brasileiro em fornecer o melhor cuidado de saúde possível para todos os cidadãos. A Braile reforça o compromisso com a equidade na área da saúde cardíaca. É um passo significativo em direção à democratização do acesso a tratamentos de última geração e ao alívio do fardo da estenose aórtica para milhares de famílias em todo o país.
 

Braile - indústria nacional pioneira no desenvolvimento de soluções médicas inovadoras para cirurgias cardíacas, vasculares e minimamente invasiva.


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