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sábado, 4 de maio de 2024

Especialista explica como conciliar a carreira e maternidade

Dra Lídia Noé fala sobre as oportunidades de mercado para que as mulheres possam empreender

 

O mercado de trabalho em 2024 está repleto de oportunidades para empreender. No que diz respeito ao empreendedorismo feminino, as mulheres que antes teriam que conciliar carreira com a maternidade, voltando em poucos meses aos seus empregos formais em locais físicos, estão buscando novas fontes de renda empreendendo de dentro de casa enquanto cuidam de seus filhos pequenos. 

A principal vantagem do mercado de trabalho de forma online são as habilidades que essas mulheres já possuem e podem ser aproveitadas em seus novos empreendimentos. Uma secretária de consultório médico, por exemplo, pode oferecer seus serviços como assistente virtual e realizar o agendamento dos clientes através da internet usando um computador conectado com o CRM da empresa e o seu celular. 

E as oportunidades não param por aí, pois essas mulheres podem trabalhar em negócios digitais de outros profissionais como prestadoras de serviços (social media, suporte ao cliente, comercial), abrir um e-commerce próprio, fabricar artesanato e vender nas redes sociais, preparar marmitas que podem ser encomendadas via Whatsapp e entregues por um motoboy, ou até mesmo montar um brechó online. 

“Uma mulher que vivencia ativamente o desenvolvimento dos filhos sem terceirizá-los para familiares, creches ou babás, sente-se mais conectada com as crianças e mais realizada evitando a chamada “culpa materna” que surge quando a mulher precisa se ausentar por muitas horas diariamente para trabalhar. Além disso, para a saúde emocional das crianças, o vínculo de estar mais próximo da mãe não somente nos primeiros 3 meses de vida, mas por toda a primeira infância até a chegada da idade escolar obrigatória, garante um melhor desenvolvimento cognitivo e emocional que irá refletir em seu desenvolvimento pessoal por toda a vida”, explica Dra Lídia Noé. 

“A psicoterapia pode ajudar muito as mulheres que se sentem inseguras quanto à necessidade de uma transição de carreira nessa nova fase da vida”, completa. 

Empreender de forma online é uma excelente alternativa também para garantir que as mulheres não percam seus recursos financeiros, como mostra uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas na qual 48% das entrevistadas afirmaram ter perdido seus empregos após a licença maternidade. 

“Conversar com o parceiro durante o namoro sobre as pretensões futuras em relação a ter filhos, e até mesmo sobre a provisão financeira do lar, deixa o casal alinhado sobre o planejamento familiar e ajuda a evitar que as mulheres adiem o sonho de se tornarem mães ou se sintam inseguras caso aconteça uma gravidez não planejada”.

 

Dra Lídia Noé - Fundadora e diretora da Clínica Psiconutrire, Dra. Lídia Noé é graduada em Nutrição e Psicologia com experiência de mais de 15 anos em atendimentos clínicos. Atua também como professora e palestrante nos principais congressos da área da saúde e pós-graduações do Brasil. Recentemente ela desenvolveu uma metodologia (Método Mulher Bem Disposta) que abrange sua ampla experiência como profissional especialista em saúde e comportamento humano para orientar mulheres que desejam empreender online de forma eficiente sem precisar terceirizar a criação dos filhos nos primeiros anos de vida.


Como controlar nossa respiração pode auxiliar a compreender emoções e ter uma vida mais significativa e feliz?

Nossas emoções têm um padrão respiratório associado. Quando nos sentimos ansiosos, normalmente tendemos a fazer respirações curtas e rápidas. Por outro lado, quando estamos calmos, nossa respiração costuma ser mais longa e lenta. Além disso, a respiração também pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar o foco e a concentração.” 

Por Luciana Barbosa*

 

Como trabalhar esse estado de presença em meio à correria do dia a dia? Em minha busca pessoal por essa resposta e apoiando outras pessoas através de mentorias, venho descobrindo algumas ferramentas e técnicas que ajudam a entrar nesse estado de presença ou voltar a ele quando houver uma desconexão. A mais extraordinária das ferramentas que venho desenvolvendo é gratuita, inata e está à nossa disposição 24 horas por dia. Ela é vital, porém costumamos subestimar sua importância, deixando-a à mercê do modo automático. Ela é o primeiro recurso que usamos ao nascer e o último antes de morrer. Tem alguma ideia do que seja? Se chutou a respiração, acertou em cheio! 

Você sabia que somos os únicos seres capazes de controlar a nossa respiração? Respirar é, sem dúvida, um fenômeno fascinante e que tem impactos profundos em nossa saúde física e emocional, porém nem sempre valorizamos a respiração ou a utilizamos a nosso favor. Respiramos no automático, apenas para nos mantermos vivos. Sinceramente, que desperdício!  

Quanto à expiração, ao contrário do que muitos podem imaginar, ela é o processo mais eficaz de eliminação de toxinas do corpo. Segundo estudo conduzido pelo cientista Ruben Meerman, pesquisador da Escola de Ciências Biomoleculares da Universidade de New South Wales, na Austrália, 84% da gordura é expelida na respiração e os 16% restantes saem em forma líquida (suor, urina, fezes, lágrimas e outros fluidos corporais). Esse estudo foi publicado no British Medical Journal e mostra que a perda de 10 quilogramas de gordura requer a inalação de 29 quilogramas de oxigênio, produzindo 28 quilogramas de dióxido de carbono e 11 quilogramas de água. 

Os benefícios são inúmeros, contudo somente esses fatos já deixam claro que há algo muito especial na nossa respiração, não é mesmo? Ouso dizer que a respiração é o que mantém uma vida saudável! 

Felipe Marx, sócio fundador do Instituto Humanos Fora da Curva, enfatiza a importância da respiração consciente (Breathwork) para o controle do sistema nervoso. Ele desenvolveu um método chamado “Respiração Smart”,  que visa manter o estresse e a ansiedade longe da mente através de Protocolos Respiratórios de Ação Imediata (PRAI), que são cientificamente comprovados. Ele também lidera a maior comunidade de Breathwork do Brasil.

 

Respira! Vai dar certo! 

Nossas emoções têm um padrão respiratório associado. Quando nos sentimos ansiosos, normalmente tendemos a fazer respirações curtas e rápidas. Por outro lado, quando estamos calmos, nossa respiração costuma ser mais longa e lenta. Além disso, a respiração também pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar o foco e a concentração. 

Quando estamos imersos em uma tarefa, muitas vezes sem perceber, nossa respiração se torna mais lenta e mais profunda. Isso não é coincidência. A respiração consciente pode ser valiosa no controle de nosso nível de estresse. Ao trazer nossa atenção para a respiração e deliberadamente desacelerarmos o ritmo, ajudamos a acalmar o nosso sistema nervoso, os batimentos cardíacos e a velocidade dos nossos pensamentos, reduzindo os níveis de estresse.  

Nós temos o controle remoto das nossas emoções bem abaixo do nosso nariz, e muitas vezes não o usamos. Seja por falta de conhecimento, seja por falta de prática, ou muitas vezes por falta de consciência, acabamos por subestimar esse poderoso recurso. No entanto, com treino persistente, a respiração nos ajuda a entrar em sintonia sempre que quisermos. 

Todos nós respiramos, mas poucos de fato aproveitam ao máximo essa incrível ferramenta que temos à nossa disposição. Como qualquer habilidade, aprender a respirar de modo consciente requer prática. Para já começar a usufruir dessa super ferramenta, da próxima vez que você estiver se sentindo estressado, ansioso ou precisando de um momento de calma, respire fundo pelo nariz e solte o ar lentamente no dobro do tempo que levou para inspirar. Repita essa respiração algumas vezes e verá que o resultado é imediato.

 

Convite à prática da respiração coerente 

● Sente-se e fique numa postura ereta, mas relaxada, com as costas retas, mantendo os pés no chão. Coloque as mãos em seu colo ou sobre os joelhos, relaxando os ombros. 

● Agora, respire naturalmente: inspirando em seis tempos e expirando também em seis

tempos pelo nariz (inspire contando até seis e expire contando até seis). Se não for possível, comece com quatro tempos e, à medida que for ampliando a sua capacidade respiratória, altere para seis tempos. 

● Ao inspirar, sinta o ar entrando pelas narinas, preenchendo seu pulmão, seu abdômen; e ao expirar observe o ar percorrendo o caminho contrário até sair pelas narinas. Repita essa respiração coerente por cinco minutos quatro vezes ao dia, de quatro em quatro horas, mantendo a atenção no movimento do ar entrando e saindo dos seus pulmões. 

● Agradeça a esse alimento vital e gratuito que é a seiva essencial da vida! Este exercício foi projetado para criar um equilíbrio harmonioso entre o sistema nervoso simpático (SNS), que é responsável por nossa resposta de luta ou fuga, e o sistema nervoso parassimpático (SNP), que promove o estado de descanso e regeneração. 

Quando esses dois sistemas estão em equilíbrio, chamamos isso de coerência cardíaca,

que é um estado de harmonia fisiológica em que todos os sistemas do corpo estão trabalhando

juntos de maneira eficiente.

 

Ao praticá-lo, você perceberá redução do estresse e ansiedade, e melhora da função

cardiovascular, da concentração, do foco e do sono. A respiração coerente é uma ferramenta

simples, porém extremamente poderosa.  




Luciana Barbosa - psicóloga, mãe, empresária e palestrante. Nasceu no Rio de Janeiro, mas, atualmente, vive em Brasília, capital federal. "O que você quer de verdade? Aprenda a escolher o caminho do não sofrimento e construa uma jornada próspera, significativa e feliz" (Editora Paraquedas, 191 pág) é seu livro de estreia.
@eu.lucianabarbosa


Saúde espiritual: cura que vem de dentro para fora


É fato que a medicina moderna avançou consideravelmente no tratamento das doenças físicas ao longo dos séculos. No entanto, muitas vezes, ainda negligenciamos o aspecto espiritual da nossa saúde, fundamental para termos qualidade de vida.

Mas como cuidar deste lado do ser humano? Somos compostos por uma tríade – corpo, mente e espírito – que exige atenção diária. O primeiro aspecto é o mais visível e tangível, porém, os dois últimos, são invisíveis aos nossos olhos, mas igualmente importantes para nutrir o bem-estar integral. Pode ser difícil compreender que o corpo não pode funcionar adequadamente se esses elementos invisíveis não estiverem em equilíbrio e saudáveis.  

Muitos males que enfrentamos têm raízes na falta de propósito, incredulidade, falta de perdão, ausência de relacionamento com Deus, culpa e negligência das disciplinas espirituais como oração, leitura da Bíblia e jejum. Esses conflitos internos podem se transformar em estresse, ansiedade, depressão e uma série de outras enfermidades emocionais e até físicas.

Eu mesma sofri na pele esse problema e experimentei a cura de Deus na medida em que segui alguns princípios bíblicos para ter vitalidade do espírito e não somente no corpo. Tirei os olhos dos sintomas e voltei para a Palavra do Criador e, só então, pude viver o que a Bíblia afirma: “Filho, preste atenção no que eu digo. Escute as minhas palavras. Nunca deixe que elas se afastem de você. Lembre delas e ame-as. Elas darão vida longa e saúde a quem entendê-las.” (Provérbios 4.20-22, NTLH, grifo da autora). 

O fato é que precisamos cuidar de nós na ordem certa de prioridade e, para isso, é necessário nos voltarmos para Deus em busca de cura e restauração, pois a saúde espiritual vem em primeiro lugar. Além disso, precisamos viver em obediência e temor ao Senhor, reconhecendo que Ele é a fonte de toda vida e bem-estar.  

A cura que vem de dentro para fora requer fé e comprometimento. A vida corrida nos rouba tempo de qualidade com o Pai, e essa pode ser a pior armadilha para sua saúde. A questão não se resume à simples obediência a normas ou práticas religiosas, mas, sim, à nutrição de um relacionamento íntimo com Deus, com o objetivo de aprofundarmos o conhecimento sobre o Divino e, consequentemente, permitir que Ele provoque transformações positivas em nossa existência. 

Ou seja, trata-se de um convite para acompanhar diariamente o Senhor, dando permissão para que Ele nos oriente, instrua e modele de acordo com sua vontade.

   
  

Tatiana Capanema - pastora, autora do livro “Saúde do Reino” (Editora Vida) e Mestre em Saúde Visual e Educação Especial.


A prazerosa e difícil tarefa de ser mãe

A sociedade sempre quer deixar as mães em um pedestal, o que paradoxalmente, torna esse papel ainda mais difícil


Como diz o poema de Coelho Neto “ser mãe é padecer no paraíso”.  Ainda que aparentemente a conhecida frase seja compreensível para todos, quem realmente a entende são as mulheres que verdadeiramente vivem a maternidade. O paraíso é a parte mais lembrada por todos, em dias especiais, como o dia das mães. Afinal, se tornar mãe vem junto com um sentimento de plenitude, emoções e momentos únicos independentemente se for através de uma gravidez ou da realização do sonho da adoção. De fato, a experiência de olhar para o filho e saber que ele faz parte de você é única e até inexplicável. “A mãe nasce junto com o filho e o amor de um para o outro vai se desenvolvendo desde o ventre materno e ganhando força ao longo da vida”, comenta Cris Poli (ex-SuperNanny Brasil), que tem 3 filhos, 5 netos e um bisneto, e é coordenadora educacional, na EDF-Escola do Futuro Brasil.

 Mas, conforme citado na frase popular, ser mãe também envolve o ‘padecer’, já que a forte emoção vivida, vem marcada por algumas aflições desde o início. Afinal, cuidar e educar uma criança é um grande desafio e, por isso, também um aprendizado, meio que na marra, pois, as crianças ‘não vêm com bula ou manual de instrução’.  E não há livros que ensinem o que a prática de fato nos mostra!

 Segundo Priscila Moraes, que também é coordenadora na EDF, as mães oferecem aos filhos um conforto para a vida. “Ter alguém que te ajude a se tornar ou não um ser humano social e amoroso, passa muito por como as mães educam os filhos. Elas têm um poder, que vem junto com a sentença: ‘a minha mãe falou’. E, essa fala, carregamos por toda a vida.  Como mãe de 4 filhos, psicopedagoga e estudante de psicanálise, hoje eu entendo o quanto é necessário rever a nossa própria criação e alguns ‘a minha mãe falou’, que ficaram guardados lá no inconsciente, já que elas são humanas, e nem tudo que foi feito ou falado faz bem aos filhos. Contudo, a sociedade sempre quer deixar as mães em um pedestal, o que paradoxalmente, torna esse papel ainda mais difícil. Não podemos errar. E, como não errar, se somos humanas, demasiadamente humanas?”, comenta.


 Maternidade e paternidade equilibrada

 Segundo a educadora, a sociedade cobra as mães de uma maneira absurda e muitas vezes, elas permitem. “Felizmente, cada vez mais vemos movimentos que buscam dividir a responsabilidade do cuidado com as crianças, tirando o peso único das costas das mulheres, mas, isso ainda é um longo processo a ser percorrido. Afinal, uma cultura não muda tão rapidamente. Além disso, tem outras questões, como o de rever o papel do homem na criação dos filhos e de como deveria ser uma proposta real de conjunto e de igualdade na criação das crianças, e não o é. Entretanto, há exemplos mundo afora, onde já se pensa em políticas que trazem a questão paterna ao papel ativo no cuidar das crianças, começando por licença maternidade e paternidade equilibradas, o que é ainda bem distante da realidade do Brasil”, explica.

 Isso se comprova em uma recente pesquisa do Datafolha, que mostra que 69% dos brasileiros acreditam que a mulher ainda deve ser a principal responsável pelo cuidado dos filhos e de crianças recém nascidas. “Isso é um bom retrato de como estamos distantes dessa corresponsabilidade para o cuidado dos filhos.  Não tem como equilibrar sozinha o papel de mãe, esposa, vida profissional e pessoal, sem ter responsabilidades divididas, a conta não fecha. Algo sempre vai ficar com menos atenção e para piorar a sobrecarga e a culpa disso ainda recai sobre a mulher”, comenta Priscila Moraes.

Para Cris Poli, os homens devem equilibrar o peso da responsabilidade de criar e educar um filho, evitando que as mulheres fiquem sobrecarregadas. “O pai deve ser uma presença forte e precisa assumir a liderança, orientar, estabelecer o caminho e a base para seus filhos, crescerem, serem autônomos e terem habilidade para resolver os problemas. Isso é como deveria ser, mas infelizmente o mundo tem desvirtuado esse posicionamento do homem. Cabe aos pais colaborarem o máximo possível, se organizando e participando mais na dinâmica familiar. As mães também devem incluir esses pais nas atividades e tarefas de casa e com as crianças, para que se envolvam efetivamente na ativamente em tudo que está relacionado a família e a vida, criação e a educação dos filhos”, declara.

 O apoio da escola

 Entretanto, apesar de toda a dura realidade que cerca o ser mãe, ter uma boa rede de apoio pode fazer toda a diferença, independentemente de a atuação paterna ser atuante ou não. “A escola faz parte dessa rede, que consegue amparar com algumas das responsabilidades. Principalmente com as crianças menores, que são cuidadas neste ambiente escolar, dando um respiro para as mães ficarem um pouco mais livres para outras atividades. Deixar seu filho em um lugar onde está sendo cuidado e amado, faz toda a diferença para aliviar o peso maternal. Receber notícias de quando algo acontece, um lembrete do que pode ser feito para ajudar em determinada situação, feito em parceria, acolhe o coração”, explica Priscila, que é coordenadora do infantil da EDF.

 Mães têm um apego enorme aos filhos, e esse sentimento se aflora quando chega a hora de deixar a criança sob os cuidados de uma escola, nos primeiros anos de vida. “É um processo ambíguo, querer ver seu filho crescer e querer que ele fique pequeno para sempre. Dói demais e as mães sofrem e chegam a chorar. O pensamento é: ‘quem poderá cuidar do meu filho melhor do que eu?’ É preciso conquistar a confiança, afinar a comunicação e mostrar que é possível a criança receber cuidados tão amorosos como o da mãe, e claro, mostrar todos os ganhos sociais que estar no coletivo proporciona a qualquer criança. A mãe não pode dar sozinha tudo o que uma criança precisa para crescer saudável holisticamente, mas pode permitir que a criança tenha contato com tudo o que precisa, mesmo longe dela. Ser mãe também é permitir ir para que o crescer aconteça”, completa.

Cris Poli, reforça a importância de a escola ser parceira da mãe e da família: “Pois, a função educacional da instituição é importante, pois a criança precisa compartilhar dos mesmos princípios da família, ter o mesmo olhar, um cuidado semelhante, para que o estudante não fique dividido em direcionamentos diferentes. As crianças e os adolescentes são beneficiados quando há um alinhamento entre escola e família, sem medo. Essa colaboração é fundamental. Porém, nem todas as escolas fazem isso, por isso, a escolha da instituição deve ser criteriosa”. 

 A porção ‘paraíso’ do ser mãe merece sim ter bastante destaque, já que gerar e criar uma criança é uma experiência muito intensa e compensatória, mas, aliviar o fardo, para que elas não ‘padeçam’ é o papel do pai, da família, da escola e da sociedade como um todo. “É difícil, porém é possível! Todas as crianças precisam da mãe, mas também precisam do pai, dos parentes e da escola, pois o afeto é básico para educar, para corrigir, para disciplinar e orientar. Já a mãe tem um papel fundamental e intransferível nisso, pelo vínculo de nascimento que tem com os filhos”, completa a coordenadora da Escola do Futuro. 


Confira 3 benefícios do Yoga para a saúde masculina

Prática considerada feminina traz diversos proveitos para o organismo dos homens 

 

Nos últimos anos, a prática da yoga tem ganhado cada vez mais adeptos. Por vezes vista como uma atividade tipicamente praticada por mulheres, homens estão cada vez mais procurando conhecer essa prática milenar. 

 

De acordo com o professor de yoga e criador do Método Kaiut Yoga, Francisco Kaiut, a prática pode ser uma poderosa ferramenta para auxiliar os homens a lidarem com o estresse e os hormônios à flor da pele, canalizando seus sentimentos na atividade. Por meio das posturas, técnicas de respiração e meditação, eles podem aprender a reconhecer e gerenciar melhor suas emoções, promovendo uma sensação de calma e equilíbrio interior. “A yoga proporciona um espaço seguro e acolhedor para os homens explorarem e expressarem seus sentimentos de forma saudável, ajudando-os a desenvolver uma maior autoconsciência e resiliência emocional”, destaca Francisco.

 

O especialista compartilha benefícios da prática para o organismo masculino: 

 

1 - Promove o alívio do estresse

 

A prática regular da yoga tem sido associada a uma redução significativa nos níveis de estresse. Segundo Francisco, a prática é extremamente benéfica para os homens extravasarem o estresse do dia a dia. “Isso ocorre porque a yoga ajuda a equilibrar os hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina. Quando praticamos, nosso corpo entra em um estado de relaxamento, reduzindo a produção desses hormônios. Além disso, a yoga estimula a liberação de endorfina, conhecida como o "hormônio do bem-estar", que tem efeitos analgésicos e tranquilizantes naturais, promovendo uma sensação geral de calma e contentamento”, explica Kaiut.

 

2 - Aumenta a mobilidade e força muscular

 

A yoga é conhecida por melhorar a mobilidade e a força muscular ao longo do tempo. As posturas trabalham todos os grupos musculares, desde os mais profundos até os mais superficiais, promovendo um aumento gradual da amplitude de movimento e da resistência muscular. “A prática irá trabalhar o desenvolvimento muscular e ósseo. Isso ajuda os homens a melhorar sua forma física e desempenho atlético, além de reduzir o risco de lesões musculares e articulares”, afirma o professor.

 

3 - Beneficia a saúde mental

Além de aliviar o estresse, a yoga também oferece uma série de benefícios para a saúde mental dos homens. A prática regular da yoga tem sido associada a uma redução nos sintomas de ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais. Isso ocorre porque a yoga ajuda a regular os níveis de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina e a dopamina, que estão envolvidos no controle do humor e das emoções. “A yoga estimula a atividade do sistema nervoso parassimpático, responsável por promover a calma e o relaxamento, enquanto reduz a atividade do sistema nervoso simpático, responsável pela resposta de "luta ou fuga". Isso ajuda os homens a lidarem melhor com o estresse e a pressão da rotina, principalmente quando falamos de trabalhos que exigem esforço físico, promovendo uma sensação geral de bem-estar e equilíbrio emocional”, finaliza Francisco.

 

Francisco Kaiut - professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, dores crônicas e ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, um método moderno de yoga que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.


Controvérsias sobre o amor

Do Facebook, edito diálogo ocorrido no grupo Masculino. Cristiane publica: “Sobre os relacionamentos, o amor... Parece-me que o capitalismo também o tomou. Borges: ‘O amor é amizade e sexualidade. Para que o amor seja duradouro é necessária uma conversa contínua, uma troca de duas vozes sempre redescobrindo a si mesmas. Na atualidade o amor quer liberdade tipo: Você me agrada, ficamos juntos, você me cansa, eu o dispenso. Experimentamos o outro como um produto’. , o amor é uma aventura de que não queremos nos privar, mas com a condição de que ela não nos prive de nenhuma outra”.

Marlusa: “Muito pertinente. É o perigoso caráter utilitário que as coisas vêm tomando. Acredito que isso não serve para relacionamentos, amores, amizades”. Cristiane: “O amor (não o romântico, mas o citado) exige reciprocidade, não só porque declarar o amor significa uma demanda, mas também porque aponta que, no outro, algo faz com que ele seja amado. Muitos preferem viver isolados, com seus sintomas, a se lançarem ao outro, com medo de serem apenas desejados, admirados, e não verdadeiramente amados. Desejo satisfeito, descartado...”.

Rui: “Interessante... Estava pensando: Está-se dispensando o amor, priorizando-se a ‘zona de conforto’ da individualidade?”. Provoco: “Ainda bem. Já pensou se o amor continuasse como um arranjo de família católica medieval?”.

Tania: “O amor [...] toma a vida, o sexo, os sentimentos por inteiro. Nada mais falta. Já relacionamentos, esses têm espaço para muitos; a individualidade fica preservada e os sentimentos são contidos. É o comum de se encontrar. O amor anda raro”. Manifesto-me: “O amor monogâmico, disciplinador, sim. O amor demarcado pelo concílio de Trento ditou essa forma irreal, e desde então as pessoas submetem-se a ela, até acontecer a sua ‘naturalização’. Isso é uma disciplina, não é um afeto. Ademais, na vida sempre há falta, com ou sem amor; com o que se chama amor tenta-se, desesperadamente, supri-la. Nenhum amor se sustenta sem falta”.

Lucas: “Gostei da tua provocação. Em perspectiva histórica, nunca houve momento tão progressista no tocante às liberdades individuais e possibilidades de enlaçamentos afetivos. Isto não necessariamente rebaixa o nível do amor, apenas torna suas formas mais plurais. Contudo, classificar qualquer experiência de gozo [gozo, na linguagem psicanalítica, é associado a excesso] como ‘amor’ tem sido algo rotineiro na sociedade contemporânea (algo que Bauman discutiu em amor líquido), possivelmente gerando sintomas individuais e sociais como a angústia e o descomprometimento ético”.

Cristiane: “Angústia, descomprometimento ético, desrespeito, objetificação do outro... Concordas? Afinal, também somos resultado da cultura. Vivemos em sociedade. Adaptar-se não é aceitar”. Lucas: “Concordo. Só temos que tomar cuidado para, com esta crítica, não fomentar discursos conservadores que pregam o retorno a antigos valores. O amor sofre o efeito do significante e só faz sentido nas interações culturais. É um valor mutável, com variância histórica e individual”. Cristiane: “Discursos conservadores, retorno de valores antigos... Mas o outro objetificado, produto descartável nos discursos, relacionamento modernos... Preocupa, assusta”.

Respondo a Lucas e Cristiane: Desejo com comprometimento ético? Ora, desejo é conteúdo “essencial”. Ética é circunstancial, ideológica. Cultura pede castração (em linguagem psicanalítica, não ser o dono do mundo), mas não pede disciplina, submissão às instituições. A sociedade precisa de democracia, vida plural, aberta. Isso conflita com a institucionalização dos desejos. Menos Concílio de Trento, mais Maio de 1968”.

Lucas: “A moral é ideológica; a ética é circunstancial e humana, assim como o desejo. O comprometimento ético com o outro é necessário para interditar o gozo. Sem ele, o outro não pode ser reconhecido como um outro do laço social ou um outro enquanto objeto de desejo, mas apenas como objeto de gozo, reificado [tratado como coisa] para consumo e satisfação imediata. E quanto a Maio de 68? Sim, precisamos de mais. Urgentemente! Concílio de Trento significa a retenção do desejo; Maio de 68, a sua democratização”.

Divirjo de Lucas: “Moral é pressão social; ética é deliberação de foro pessoal. Ambas são ideológicas. E, sim, há que existir comprometimento, mas qual? O fundado na tradição católica? O libertário de 68? Um que seja eleito entre as partes interessadas? E se me falam em sociedade: Que preceitos me alcançarão? Eu os polemizarei, eventualmente os recusarei, ou os acatarei obedientemente? A reificação aludida, a coisificação, é não compreender que, se não faço escolhas, sou coisa produzida. Há que se interditar (castrar, em psicanalês) o gozo que objetifica. Mas eu me interdito. Se me deixo interditar pelos costumes, alieno-me (ou já estava alienado). Aí eu não estaria reputando o outro como respeitável, mas acatando normas sistemáticas".

Lucas reitera que “o comprometimento entre as partes deve prevalecer”. Retomo: “Comprometimento derivado da vontade das partes, interveniência dos envolvidos sobre a relação. Não é o comum. As pessoas se ajustam às molduras da sociedade. Não exercem vontade; obedecem. Servidão voluntária (La Boétie). Os voluntários da obediência ‘gozam’ as circunstâncias que os acachapam. Submetem seu desejo e até seu gozo à disciplina, sem diferenciar contenção civilizatória de disciplina institucional”.

Lucas retoma Bauman, pensador da modernidade líquida: Certezas e relações tornam-se fluidas, instáveis. Reitero: assim é melhor. O “antigamente” era sólido em decorrência de violência institucional sobre as pessoas. Para ficarmos no amor: era submetido à vontade do patriarca, da igreja católica, do Estado, que prescreviam conteúdo e forma, vigiando e punindo desvios.

Borges e Bauman defenderam as formas passadas. Respeitosamente, divirjo. Penso no enlace amoroso. Antes: papéis, proclamas, cerimônias. O Estado fiscalizava casamento e separação. Hoje são possíveis outros caminhos: declara-se em compromisso sério pelo Facebook. Quando acaba o gosto, o afeto, o amor, se as partes são sensatas, cada qual sensatamente se vai. E a vida continua. Livre, leve e solta. A meu ver, ainda bem.



Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.



Livros: 58% dos brasileiros não leem ou sentem que perderam o hábito da leitura com o tempo

 

Entre as principais razões, segundo os entrevistados pela plataforma

Preply, estariam as redes sociais e demandas de trabalho

 

R

esponda com sinceridade: quando o assunto é sua relação com a literatura, quantas histórias você costuma consumir anualmente? Se sua média tem sido de ao menos um livro a cada dois meses, uma notícia pode te alegrar: seu ritmo de leitura é superior ao da maioria da população nacional — que, em meio a previsões de queda no gosto pela literatura, revelou ler no máximo cinco obras por ano.

A constatação faz parte da mais nova pesquisa da Preply, plataforma que, recentemente, entrevistou internautas de Norte a Sul e acaba de divulgar: em um país onde 30% das pessoas sequer já compraram um livro, como indicado pela pesquisa Retratos da Leitura, cerca de 60% dos entrevistados nunca tiveram interesse em ler ou sentem que perderam esse hábito, tornando-se leitores piores ao longo do tempo.

Isso porque, para compreender como pessoas de todas as regiões enxergam o mundo das palavras, a especialista no ensino de idiomas pediu que centenas de brasileiros de todas as regiões compartilhassem suas experiências com os livros, dos gostos literários aos ambientes mais propícios para se dedicar a uma nova história. Durante o levantamento, os respondentes ainda puderam apontar os maiores “vilões” da leitura no Brasil, entre opções como as responsabilidades domésticas e redes sociais.


Afinal, o que (e como) leem os brasileiros?

Embora nem todos os entrevistados no estudo da Preply se reconheçam como amantes da literatura, algo que o levantamento deixa claro é como, ao menos entre os que se entendem como tal, há muito a dizer sobre a paixão pelos livros — uma relação pautada por diferentes rituais, escolhas e preferências.

Quando o assunto são as diversas modalidades de leitura, por exemplo, se enganam aqueles que apostam na popularidade de certos formatos tidos como mais “modernos”: de acordo com cerca de 60% dos entrevistados, o livro impresso permanece sendo a opção mais agradável para se dedicar a uma boa história, percentual que o coloca muito à frente de alternativas em ascensão como os e-books (11,6%) e audiolivros (6,2%).

Em meio à ampla variedade de gêneros literários, por sua vez, as opiniões tendem a ser um pouco menos unânimes, com os livros de ficção (49,2%) e autoajuda (44,6%) liderando o topo de um pódio no qual também se destacam as histórias de mistério ou suspense (32,2%), fantasia e ficção científica (26,8%) e, claro, as boas e indispensáveis histórias de amor (28,4%).



Mas e quanto às melhores ocasiões para se dedicar à leitura? O que dizem os brasileiros? Ao serem questionados sobre as situações que mais costumam exigir a companhia de um livro, 8 em cada 10 entrevistados demonstraram predileção pelos momentos tranquilos em casa, enquanto outros afirmaram ler mais durante os períodos de espera (21,8%) e viagens de férias (19%), ambos marcados por certo ócio e despreocupação.

Das redes sociais aos programas de TV: por dentro dos “vilões” da leitura

Diante de um cenário de barreiras no acesso aos livros, baixos investimentos na educação e, em contrapartida, ascensão dos entretenimentos digitais, não é incomum que as pessoas tendam a enxergar a própria relação com os livros negativamente — impressão também reafirmada no levantamento conduzido pela Preply.

Para se ter uma ideia, depois de serem solicitados a avaliar as próprias experiências de leitura ao longo do tempo, aproximadamente 60% dos internautas compartilharam relações de distanciamento do universo das palavras, seja porque nunca tiveram interesse na literatura (16,6%) ou porque perderam o hábito de ler livros no decorrer dos anos (41,2%).

Se somados, são números maiores que a parcela que acredita estar lendo cada vez mais (28%) ou que vem mantendo o hábito ao longo do tempo (14,2%).

Os obstáculos elencados são diversos, mas parecem se dividir em dois grupos: em primeiro lugar, as distrações e hobbies alternativos, como é o caso das redes sociais (58,8%) e conteúdos audiovisuais (programas de TV, filmes e séries) (35,2%), seguidos pelas clássicas responsabilidades que geralmente interferem na disposição dos brasileiros — das demandas profissionais (48,6%) às familiares (40,%) e domésticas (33,8%).



Com tantas obrigações dentro e fora do escritório, não causa surpresa que a falta de incentivo ou motivação (15,2%) ainda apareça entre os maiores impeditivos para uma vida de leitura recorrente.

Os segredos para ler em outro idioma


Como uma plataforma especialista em idiomas, um dos interesses da Preply durante o levantamento girou em torno da capacidade de leitura em outras línguas entre os brasileiros, principalmente levando em conta que tal habilidade tem sido cada vez mais requisitada no âmbito profissional ou educacional.

Reforçando os dados mais recentes sobre o número de fluentes para além do português — segundo dados do British Council, por exemplo, apenas 5% do país se comunica em inglês —, somente 34% dos entrevistados disseram se sentir confortáveis para ler livros estrangeiros em seus idiomas originais, parcial ou totalmente.

Trata-se de uma parcela pouco volumosa quando ao lado dos 66% que ainda enfrentam dificuldades para se aventurarem pela literatura nas demais línguas, desafios em geral relacionados à limitação geral de vocabulário (62,2%), falta de contato com termos específicos (42%) e incompreensão de referências culturais de países além do Brasil (23,6%).



Para quem deseja dar o primeiro passo rumo à fluência por meio dos livros, mas não sabe por onde começar, os segredos, segundo os que leem em outros idiomas, são basicamente três: investir em dicionários bilíngues ou apps de tradução (46,7%), de forma a poupar o tempo de leitura; começar com narrativas infantis ou de fácil compreensão (45,5%) e, ainda, caprichar nas anotações (43,7%) para decorar mais naturalmente o sentido de certas palavras — dicas simples, mas que só tendem a trazer mais segurança aos interessados.


Metodologia


Para investigar os hábitos de leitura no Brasil, nas últimas semanas, 500 entrevistados de todas as regiões foram solicitados a responder a 10 questões envolvendo certos detalhes de suas relações e experiências com os livros, dos gêneros literários favoritos aos melhores ambientes para se estar na companhia de uma boa história. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais é possível conferir o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.

 

Preply
https://preply.com/pt/


10 táticas usadas por abusadores emocionais para te manipular


Muitas pessoas associam um relacionamento abusivo a um namoro ou casamento, mas pessoas manipuladoras podem estar mais próximas do que você imagina, seja dentro de um círculo de amizades ou até mesmo da família. Esses abusadores emocionais se utilizam de táticas escusas, na maioria das vezes sutis, para que suas vítimas estejam sempre sob controle. 

Os chamados jogos de manipulação são extremamente prejudiciais e afetam o bem-estar e a saúde mental das pessoas, resultando em cicatrizes invisíveis tão dolorosas quanto as visíveis provenientes de outros tipos de abusos. Um indivíduo que passou por situação de abuso emocional pode perder a confiança em si mesmo, duvidar de suas próprias ações inconscientemente e até criar dificuldade para confiar e se relacionar com outras pessoas, entre outras graves sequelas deixadas por esse tipo de violência.   

Em 7 de março, o boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, da Rede de Observatórios da Segurança, registrou que, em 2023, 3.181 mulheres foram vítimas de violência. Esse dado representa um aumento de 22,04% em relação ao ano anterior, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte do monitoramento. 

Além disso, a Lei nº 14.188, de 29 de julho de 2021, incluiu no Código Penal o crime de violência psicológica contra mulher (artigo 147–B do Código Penal), embora já estivesse inserida no artigo 7º, Inciso II da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). Infelizmente, esse tipo de assédio ainda é difícil de identificar e denunciar, pois, às vezes, nem mesmo a vítima consegue perceber que está em um ciclo de violência psicológica. 

No entanto, por mais que as mulheres sejam as vítimas na maioria dos casos, todas as pessoas estão sujeitas à violência psicológica, como colocado na abertura deste texto. Exatamente por ser difícil de entender como esse tipo de agressão funciona, abaixo estão listadas as dez principais maneiras que os abusadores emocionais usam sobre suas vítimas. 

1.   Gaslighting: fazer a pessoa duvidar de sua própria percepção, memória ou sanidade, questionando a realidade de forma a ganhar poder sobre ela.

2.   Silêncio punitivo: ignorar ou excluir a pessoa como forma de punição ou controle, deixando-a insegura e ansiosa por reconciliação.

3.   Vitimização: o manipulador se coloca como vítima de circunstâncias ou ações da outra pessoa para ganhar simpatia, evitando responsabilidade por seus próprios comportamentos.

4.   Culpa e vergonha: usar a culpa e a vergonha para fazer a pessoa se sentir responsável pelo bem-estar do manipulador, minando a autoestima da vítima.

5.   Triangulação: envolver uma terceira pessoa em um conflito ou situação para criar tensão, ciúme ou competição, muitas vezes para distrair ou desviar a atenção de questões reais.

6.   Love bombing: inundar a pessoa com demonstrações exageradas de afeto e admiração no início do relacionamento para depois usar a ameaça de retirá-las como forma de controle.

7.   Moving the goalposts: mudar constantemente as expectativas ou regras para que a pessoa nunca possa atender aos padrões ou se sentir segura na relação.

8.   Isolamento: afastar a pessoa de amigos, famílias e atividades sociais para aumentar sua dependência do manipulador.

9.   Mind games: jogos mentais complexos que têm como objetivo confundir ou desestabilizar emocionalmente a pessoa, tornando-a mais dependente do manipulador.

10.               Falsa dualidade: criar uma narrativa "nós contra eles", fazendo a pessoa sentir que só pode confiar no manipulador e que todos os outros são inimigos ou não entendem seu relacionamento. 

Reconhecer os sinais é o primeiro passo para sair de uma situação abusiva. Se você está vivendo em um relacionamento assim ou conhece alguém que seja vítima de um manipulador emocional, busque ajuda imediatamente.

 

 

Mayra Cardozo - mentora de Mulheres e Advogada, especialista em gênero e sócia do escritório Martins Cardozo Advogados Associados. Idealizadora do método alma livre criado para auxiliar mulheres a saírem de relacionamentos tóxicos e abusivos.

Bem-estar digital: ame-se mesmo longe das telas

 

Divulgação

Nessa semana, celebramos em 5 de maio, o Dia do Bem-estar Digital. A data integra um movimento global que visa a construção de uma relação mais saudável com a tecnologia. Nesse sentido, é importante refletir sobre como o conteúdo que consumimos online pode enriquecer ou empobrecer nosso bem-estar.

Um estudo realizado pela Universidade de Michigan revelou uma correlação direta entre o uso excessivo de redes sociais e o aumento de sentimentos de solidão e depressão. Este dado alarmante reforça a importância de filtrar ativamente o conteúdo que permitimos em nossas vidas digitais.

A analogia de que somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos é amplamente conhecida, mas no âmbito digital essa máxima ganha uma nova dimensão. Com mais horas gastas online do que em interações físicas, torna-se crucial reconhecer que as figuras que seguimos nas redes sociais exercem uma influência significativa sobre nós.

A influência digital vai além da inspiração. Ela consegue moldar nossa autoimagem e percepções do mundo. Cada um de nós, independentemente do número de seguidores, exerce alguma forma de influência digital. Esse reconhecimento impõe a responsabilidade de escolher conscientemente quem nos influencia e de que maneira.

Optar por ser influenciado por vozes que promovem crescimento e positividade deve ser uma prática fundamental na sua jornada digital. Escolher seguir perfis e páginas que nutrem nossa mente e evitar aqueles que contribuem para a ansiedade ou negatividade precisa estar no topo das suas prioridades. Afinal, a exposição contínua a conteúdos tóxicos pode levar a um ciclo prejudicial, reforçado pelos algoritmos que nos encorajam a permanecer engajados com os mesmos tipos de conteúdo.

Desenvolver um consumo crítico de informações tornou-se, então, uma habilidade indispensável. Identificar e evitar fake news e conteúdos enganosos, buscando fontes confiáveis, é parte de manter uma dieta digital saudável. Ser um “jardineiro digital”, cultivando uma paisagem online repleta de verdades e conteúdos enriquecedores, é uma meta a ser alcançada.

Realizar uma curadoria consciente do conteúdo digital que consumimos é essencial para garantir que nosso engajamento online seja benéfico e enriquecedor. Ao fazer uma seleção criteriosa do que permitimos entrar em nosso espaço digital, podemos proteger nossa saúde mental e promover nosso crescimento pessoal.

Faça o teste aí no seu celular, a cada vídeo ou publicação que aparecer no seu feed, se pergunte: “Este conteúdo acrescenta valor à minha vida?”, “Como me sinto após clicar este conteúdo?”, “Ele reflete meus valores e crenças”, “Ele me inspira a ser uma pessoa e um profissional melhor?”, “Ele me coloca em uma posição onde me comparo negativamente com outras pessoas?”.

Essa reflexão te ajudará a alimentar a sua mente com conteúdo que nutre e não que esgota! Afinal, o maior like que você pode dar é amar a si, mesmo longe das telas.

 

Rafael Terra - especialista em tendências digitais e autor do livro Bem-estar Digital, futuro lançamento da DVS Editora


“Ninguém ensina a ser mãe de adolescente”, afirma a educadora Carolina Delboni

Especialista em comportamento adolescente ressalta os principais aspectos da relação mãe e filho na fase da adolescência, e como estreitar o laço familiar

 

Com a chegada do Dia das Mães, é inevitável pensar em como a relação mãe e filho se constrói E quando os filhos chegam na fase da adolescência, muitas vezes algumas situações acabam tornando-se mais complicadas. Afinal, como lidar com um filho que está aprendendo sobre o mundo que o cerca, questionando regras e valores? 

Duas informações importantes: a primeira é que ninguém ensina a ser mãe de adolescente e a segunda é que a adolescência é um tabu. A escritora e educadora, especialista em comportamento adolescente, Carolina Delboni, afirma: "Somos ensinados, socialmente, a olhar a adolescência como uma fase de turbulência, tormenta, reviravolta, guerras. Somos ensinados a olhar o adolescente e achar que ele é um problema". 

A fase da adolescência é um período de transição tanto para os filhos quanto para as mães, que muitas vezes se sentem perdidas e sem saber como lidar com as mudanças de comportamento e atitudes dos filhos. Mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade única para fortalecer a relação e o vínculo entre ambos. Os desafios de criar um filho adolescente certamente existem, mas esta mesma fase é cheia de momentos bons e felizes. 

A autora afirma que, nessa fase, os filhos estão experimentando e descobrindo novas sensações, ideias e relações, por isso é importante que as mães estejam presentes e disponíveis para orientá-los e ajudá-los a se tornarem adultos responsáveis e conscientes. Contudo, isso não significa que a relação mãe e filho deva ser de autoridade e imposição. Pelo contrário, é preciso ter uma postura de diálogo e respeito mútuo, que permita aos filhos expressar suas opiniões e ideias, ao mesmo tempo em que os pais possam expor suas preocupações e valores. 

É fundamental compreender que, durante o período, os filhos precisam de espaço para crescer e se desenvolver, mas também precisam de limites e orientações claras. Em seu livro, “Desafios da Adolescência na Contemporaneidade - Uma conversa entre pais e educadoras”, Delboni explica que os adolescentes sabem argumentar, rebater fala de pai e mãe, dizer o que pensam com veemência, mas ainda tem poucos recursos internos para lidar com os sentimentos e as emoções. Por isso, além das questões físicas e hormonais, as oscilações constantes de humor. 

A autora menciona cinco atitudes para aproximar os filhos durante a adolescência sem que eles se sintam controlados ou confrontados:

  • O que ninguém te conta é que ser mãe de adolescente também pode ser uma oportunidade para aprender e crescer junto com os filhos. E é necessário que nesse aprendizado construa-se uma relação baseada no amor, na confiança e no respeito, que será levada para a vida toda;
  • É normal que ocorra desentendimentos entre ambos, mas para isso não ser recorrente a comunicação aberta, clara, educada e sincera é a chave para uma relação saudável e duradoura;
  • Mantenha o contato com a escola e o ciclo de amizade do seu filho. Aproxime-se dos ambientes que o mesmo frequenta, com a intenção de se inserir no mundo do filho e também fará com que a mãe consiga ajudá-lo caso esteja passando por problemas;
  • Por muitas vezes os filhos acham que não podem contar com seus pais. Mostre sempre o seu apoio e esteja disponível para ouvir, sem julgamentos mas sim com conselhos;
  • Seja também uma amiga do seu filho, o trabalho da mãe é nutrir e cultivar a amizade com o adolescente. Ainda que façam parte de gerações diferentes, nada impede que as duas partes compreendam uma à outra e insiram-se em suas realidades.

Nesse Dia das Mães, Carolina convida todos a celebrar não apenas o amor entre mãe e filho, mas também a oportunidade de aprender juntos e construir uma relação forte e duradoura, pois, afirma: ‘O maior desafio de criar filhos adolescentes não é lidar com todas as queixas que rapidamente sabemos elencar, mas se dispor - se colocar à disposição - de estabelecer uma conversa possível com eles”.

 


Carolina Delboni - Educadora e escritora, pesquisadora especialista no comportamento adolescente. Atua na interface entre adolescência e educação em escolas e instituições com consultorias e palestras.​Formada em Psicanálise do adolescente pelo Instituo Sedes Sapiente, graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Educação, pelo Instituto Vera Cruz, a educadora já deu aula em escolas e acredita que é possível construir uma relação mais gentil e afetuosa com os adolescentes quando se tem conhecimento. "A informação é um instrumento de formação", costuma dizer. ​
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