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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Dengue: por que pacientes com sintomas podem testar negativo para o vírus?

Especialista do CEUB explica a influência do período da infecção, do limite de detecção do teste, isolamento viral, enzimas e da temperatura 

 

Febre, dor de cabeça forte, dor atrás dos olhos, vômito, manchas vermelhas na pele com teste negativo para dengue. Este pode ser um cenário possível e até mesmo comum. Mas por que pacientes com sintomas clássicos da doença podem isentar a detecção pelo vírus transmitido para o Aedes aegypti? Gil Amaro, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e mestre em Biologia Molecular explica que fatores podem influenciar a acurácia de um exame positivo indicando a doença. 

Confira a entrevista, na íntegra: 

 

Por que vários pacientes testam negativo mesmo tendo todos os sintomas clássicos?

GA: Cada fase da doença tem um exame específico. Os testes para o período dos sintomas são o RT-PCR, o do Antígeno NS1 ou o de Isolamento Viral. Se a pessoa usar os testes de Anticorpo IgG/IgM no período de sintomas, o resultado será negativo, porque esse teste IgG/IgM é para outra fase da doença. O segundo motivo é que todo exame tem um limite de detecção, sensibilidade e especificidade. Essas três propriedades afetam quando o exame "acerta" ou "erra". As configurações de ciclo, enzimas e temperaturas no teste RT-PCR podem diminuir a especificidade, afetar o limite de detecção e dar falso negativo. Por fim, a parte pré-analítica pode diminuir a qualidade da amostra dificultando a detecção. Laboratórios com certificações e acreditações tem chance maior de acertar o exame.

 

Como é feito o teste de dengue? Há mais de um? Existe a possibilidade de um falso negativo? Se sim, por que isso acontece?

GA: O padrão é procurar o vírus da dengue ou os anticorpos gerados contra ele no sangue. Situações especiais usam outros fluídos do corpo como saliva, sêmen, urina, líquor ou líquido amniótico. Tem mais de um tipo de exame e cada exame funciona bem em uma fase da doença. Como todo teste tem um limite de detecção, uma sensibilidade e uma especificidade, há uma chance pequena de falsos negativos, mesmo usando o teste correto de cada fase da doença. 

 

Além dos três motivos citados acima e dos fatores pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos, até a temperatura de armazenamento do sangue coletado pode afetar o teste. A ciência está em constante melhoria e os testes são otimizados ano a ano para ficarem mais efetivos, acertando quando tem e quando não tem a doença.

 

Por que alguns pacientes mesmo tendo todos os sintomas clássicos, característicos de dengue, testam negativo para a doença?

GA: Isso ocorre por causa das fases da doença e do uso correto dos testes para cada fase. Vale alertar que outros exames, que não medem diretamente o vírus, ajudam no manejo clínico do paciente que tem dengue, mas o teste deu negativo. O conjunto de sinais e sintomas podem determinar a suspeita de dengue mesmo se um teste der resultado negativo. Existem sinais de alarme e gravidade característicos da dengue, além da sazonalidade. É possível determinar dengue pelos testes laboratoriais ou pelo chamado “vínculo clínico-epidemiológico".

 

Existe a possibilidade desse paciente que testou negativo ter contraído uma carga viral menor da doença?

GA: Sim, é possível. Cada pessoa tem uma constituição genética e fatores ambientais, como nutrição e o histórico de outras doenças, aliados à presença de anticorpos gerada por infecções anteriores do mesmo subtipo de dengue, pode levar à diminuição mais rápida da viremia. Na maioria dos casos, na segunda infecção por dengue do mesmo subtipo, os anticorpos IgG e IgM atacam o vírus rapidamente, sendo o período e a quantidade de viremia menor. 

 

Em casos raros, a cada nova infecção a saúde da pessoa fica mais comprometida. E, dependendo da saúde no momento da próxima infecção com a dengue, o cenário pode piorar muito. Plaquetas baixas ou imunidade baixa por outras doenças ou medicamentos pode agravar o caso e prolongar a viremia em tempo e em quantidade da carga viral.

 

Qual a orientação para os pacientes que testaram negativo mas apresentam todos os sintomas da doença?

GA: A orientação é procurar as unidades de saúde para avaliação do vínculo-epidemiológico que determina dengue. Outros exames podem determinar a suspeita de dengue e, até mesmo, classificar o grupo de estadiamento (A, B, C ou D), que vai do mais leve até o mais grave. No Brasil existem unidades de saúde especializadas e as tendas para atendimento inicial. Casos graves tem manejo clínico específico e monitoramento constante para evitar falecimento.

 

É possível que existam ainda mais casos de dengue do que foi notificado por conta dessa testagem negativa?

GA: Sim. Além dos casos falso-negativos existem os portadores assintomáticos, que podem transmitir o vírus mesmo sem ter sintomas. Além do período da história natural de toda doença, quando já aconteceu a infecção, quando as alterações fisiológicas e bioquímicas que permitem detectar sinais e sintomas estão baixas. Resumo: quando está bem no início da infecção.

 

Quais os perigos do autodiagnóstico de dengue ou de um paciente que, por conta do teste negativo, acredita que não contraiu a doença?

GA: O autodiagnóstico é perigoso porque toda infecção por dengue gera perda de líquido dos órgãos e essa perda é mais comum que a hemorragia, podendo agravar. O autodiagnóstico não consegue avaliar o corpo no nível que os exames de sangue fazem. Além disso, há grupos de risco: pessoas com situações específicas ou doenças que, se contraírem dengue, tem chance maior de evoluir para casos graves.

 

Tanto o exame de sangue quanto o exame clínico permitem avaliar a gravidade da doença pelos sinais de hemodinâmicos no início do agravamento, podendo agir para evitar. Enquanto o autodiagnóstico não abarca todas as possibilidades e a doença pode evoluir até causar danos irreparáveis, quando a pessoa perceber que está com sinais críticos, pode ser tarde demais.

 

Novo estudo reforça que atuação do sistema imunológico vai além da defesa do organismo

 Bom funcionamento da saúde cerebral e cognitiva, metabólica, reprodutiva, muscular, óssea e cardiovascular são áreas impactadas pela imunidade fortalecida, segundo levantamento 

 

Na pré-temporada do inverno, estação conhecida pelo início de gripes e resfriados, um novo artigo científico¹ – elaborado a pedido do negócio de Consumer Health da Bayer – mostra como o sistema imunológico funciona não apenas como defesa contra doenças sazonais, mas também como um agente ativo na manutenção da saúde geral do organismo durante o ano inteiro. Para mantê-lo forte, hábitos alimentares saudáveis e diversificados são fundamentais. 

A pesquisa ressalta que existem medidas para as pessoas tomarem por conta própria, como uma nutrição adequada e hábitos de vida saudáveis, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e manter o bom funcionamento do organismo como um todo. “Uma dieta pobre está associada a deficiências imunológicas e, consequentemente, ao aumento do risco de contrair uma série de doenças – inclusive doenças crônicas não transmissíveis”, afirma Dr. Augusto Vieira, Líder Médico da divisão de Consumer Health da Bayer Brasil. O médico explica que “é essencial orientar a população a buscar o autocuidado nutricional, até mesmo com uso de suplementos alimentares, para ajudar a preencher lacunas quando a dieta é insuficiente”. 

Além da nutrição adequada, a análise aponta outros fatores essenciais: a prática de exercícios físicos regulares, controle de peso corporal, resiliência mental, além de dormir bem e o necessário. Quando combinados, resultam em um sistema imunológico robusto e rápido na defesa do organismo contra o ataque de vírus, bactérias e fungos, evitando que as infecções se tornem mais graves. 

O estudo também mostra que a imunidade está envolvida em inúmeras e inter-relacionadas ações dinâmicas em todo o corpo, que trabalham juntas para manter os processos fisiológicos em equilíbrio, ajudando o corpo a funcionar e enfrentar os desafios diariamente. “Em resumo, o sistema imunológico pode ser pensado como um gestor, que continuamente coleta, interpreta, comunica e armazena dados, colocando todos em sintonia para manter a saúde geral do corpo”, explica Dr. Vieira.

 

O papel do sistema imunológico nas outras partes do organismo 

O sistema imunológico ajuda a manter a homeostase – termo usado para descrever a tendência que um sistema tem de agir para manter a própria estabilidade, mesmo sob condições adversas e expostas a alterações -, o que é fundamental para o desenvolvimento, proteção e regulação do organismo. Sua atuação inclui a saúde cerebral e cognitiva, metabólica, reprodutiva, muscular, óssea e até mesmo cardiovascular. 

Entre alguns exemplos, no cérebro, o sistema imunológico auxilia na formação de novos neurônios, na performance cognitiva (leitura, memória, cognição e função motora), além do gerenciamento de estresse. No sistema cardiovascular, ajuda na formação de novos vasos sanguíneos e no processo de cura e regeneração de tecido cardíaco. Com os músculos, auxilia na reparação depois de danos excessivos e, com os ossos, no seu desenvolvimento e manutenção. Para as mulheres, ainda, apoia na ovulação, na conexão feto-mãe durante a gravidez, além do desenvolvimento da glândula mamária.

 

Autocuidado dos brasileiros 

Os dados do estudo vão no caminho antagônico de uma outra pesquisa2, realizada pelo Ipec e encomendada pela divisão de Consumer Health da Bayer no Brasil, mostrando que hábitos saudáveis ainda não fazem parte da agenda de saúde de boa parte dos brasileiros. O levantamento busca compreender o que mudou nos últimos três anos nos hábitos dos brasileiros em relação ao autocuidado, apontando que 83% dos respondentes busca ter uma rotina de cuidado com o corpo. Só que apenas um terço o pratica regularmente em suas vidas. 

Dentre os hábitos que diminuíram nos três anos, estão: dormir mais de 6 horas por noite, com 52% dos respondentes (e uma queda de 10p.p. em relação à pesquisa de 2020), seguir uma alimentação saudável e balanceada, com 49% dos entrevistados (e uma queda de 5p.p.), e a prática de atividades para reduzir o stress, com 42% (-8p.p. vs 2020). 

Outro dado que chama atenção está relacionado à alimentação, hábito intrinsicamente conectado ao fortalecimento do sistema imunológico. A pesquisa revelou que em torno de 8 a cada 10 respondentes desejam se alimentar melhor, mas menos da metade (42%) seguem uma dieta equilibrada e têm a certeza de que seus índices nutricionais são adequados.

 

Bayer 


Referência

Vital role for primary healthcare providers: urgent need to educate the community about daily nutritional selfcare to support immune function and maintain health: Link

Metodologia pesquisa IPEC: online com população internauta, 2 mil respondentes, homens (48%) e mulheres (52%), de 16 anos ou mais, das classes ABC, em maio de 2023. A amostra tem representatividade nacional e contempla as 5 regiões geográficas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para 2 mil casos (considerando nível de confiança de 95%).


Dia Mundial da Asma – incorporação de novos medicamentos ainda não garante melhor tratamento ao paciente

 

A asma afeta cerca de 20 milhões de brasileiros Dia Mundial da Asma – incorporação de novos medicamentos ainda não garante melhor tratamento ao paciente e é um dos grandes desafios para a saúde pública no país. A doença, caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos) não tem cura, mas é controlável se tratada com os medicamentos corretos. 

Novos tratamentos foram lançados no mercado nos últimos anos. Porém, mesmo com a aprovação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), alguns destes remédios ainda não estão disponíveis para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Como não fazem parte do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), não podem ser prescritos pelos médicos. 

No caso da asma infantil, por exemplo, uma doença grave que atinge bebês, crianças e adolescentes, as condições mais graves podem ser fatais. Um medicamento injetável para o tratamento de pacientes com asma eosinofílica grave refratária entre 6 e 17 anos de idade teve recomendação final de incorporação pela Conitec no início de março deste ano, mas ainda não está acessível aos pacientes. Com a publicação da medida no Diário Oficial, o governo tem 180 dias para disponibilizar o acesso, um prazo longo para quem tem urgência. 

“A aprovação pela comissão que decide quais medicamentos estarão disponíveis no SUS não é o suficiente para o acesso, infelizmente.”, afirma Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro. “Até porque, com o PCDT desatualizado, não haverá a incorporação na prática. Essa atualização é urgente para evitar a morte de crianças que precisam deste tratamento”. 

Um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas estabelece os critérios de diagnóstico de cada doença, os medicamentos adequados, os parâmetros de monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento e a supervisão de possíveis efeitos adversos. Para as doenças com programas de tratamento fornecido pelo Estado, um PCDT completo e atualizado auxilia o médico na escolha da melhor terapia para cada paciente. 

Em 2022, a Colabore com o Futuro, pioneira no cenário de negócios sociais voltados para o advocacy em saúde na América Latina, criou a campanha #AtualizaAsma, para exigir a atualização do Protocolo. Com a aprovação de novos tratamentos, a renovação se faz novamente necessária.

 

Dia Mundial da Asma tem ato solene na Câmara dos Deputados

O Dia Mundial da Asma é comemorado anualmente na primeira terça-feira de maio. Em 2024, a Iniciativa Global para a Asma selecionou para a data o tema “A Educação sobre a Asma Capacita”. Com este alerta, a entidade, ligada à Organização Mundial da Saúde, ressalta a necessidade de educar os pacientes adequadamente, para gerir a sua doença e reconhecer quando procurar ajuda médica. 

No próximo dia 7 de maio, um ato solene no Congresso Nacional vai reunir pacientes, médicos e autoridades, para informar e aumentar a conscientização sobre os impactos e os desafios da asma.

O evento será no Salão Nobre do Congresso, em Brasília (DF), das 12h às 14h. AS inscrições para os participantes podem ser feitas pelo link bit.ly/atoasma2024 

Esta ação é uma iniciativa do Deputado Flávio Nogueira e conta com o apoio da Colabore com o Futuro e da ABRA-SP.

 

Sobre a Colabore com o Futuro

A Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, ou seja, o primeiro a atuar na mobilização da sociedade para fazer valer a voz de cada cidadão nas tomadas de decisão sobre a área da saúde no Brasil. 

Nossa missão é combater a desigualdade na saúde. Fazemos isso moldando as políticas de saúde do país por meio da participação social, garantindo que elas considerem as reais necessidades dos brasileiros e passem a ser mais justas, efetivas e igualitárias. 

Desde a nossa fundação em 2017 já mudamos a vida de mais de 12 milhões de brasileiros, ampliando o acesso à saúde e qualidade de vida dos pacientes no País.


Como laser de CO2 pode revolucionar a cirurgia íntima

 

A labioplastia de forma mais humana 

 

Os tempos mudaram e chegou a era da cirurgia íntima feminina. Nos últimos anos, a busca pelo bem-estar e melhora da autoestima vem levando muitas mulheres às clínicas de cirurgia plástica e agora é a vez dos procedimentos íntimos. O mais procurado é a labioplastia, também conhecida como ninfoplastia. Vem ganhando bastante destaque o procedimento realizado com o auxílio do laser de CO2, pois é uma técnica avançada e menos invasiva defendida pela ginecologista especialista em ginecologia regenerativa e estética intima Dra Dulce Henriques.

"A labioplastia tem como objetivo melhorar não só o aspecto estético da região íntima feminina, mas também proporcionar bem-estar, eliminando desconfortos causados pela hipertrofia labial. Essa condição é determinada por fatores hereditários/congênitos, piorando por hábitos do cotidiano. Desse modo, os pequenos lábios vaginais aumentam de tamanho e podem desencadear sintomas como assaduras, infecções, dor durante as atividades diárias ou relação sexual, além do desconforto estético", diz a especialista

Alguns dos destaques da técnica com laser de CO2 são o oferecimento de um procedimento rápido, preciso e com uma recuperação mais confortável: Diferente dos métodos tradicionais, a Dra Dulce Henriques realiza a "Dewedge technique" ou "Labioplastia perfeita". Esta técnica inovadora, trazida da Polônia e de autoria do dr Dawid Serafin, proporciona a redução do excesso de pele, sem amputação da borda dos pequenos labios e sem cicatrizes visíveis. A técnica cirúrgica garante à paciente uma experiência indolor e segura. O procedimento consiste em reduzir a porção interna da pele, modelando de acordo com o desejo da mulher e eliminando o excesso de tecido de lábios e capuz do clitóris. O procedimento não altera a sensibilidade, pelo contrário, favorece o contato às áreas de maior sensibilidade durante a penetração. Além disso, o laser estimula a produção de colágeno, substância que é essencial não só para a recuperação eficaz, mas também para deixar a pele mais jovem e saudável.


A paciente pode retomar os compromissos da rotina em poucos dias, com recomendações específicas para o período de cicatrização – entre elas, moderação no repouso e restrições temporárias à atividade fisica e sexual. O inchaço inicial é normal, mas costuma regredir rapidamente, permitindo que a paciente aprecie os resultados estéticos e funcionais do laser de CO2 em breve.

Os benefícios desse procedimento superam, e muito, a melhora estética. Eles se estendem por um aumento considerável na qualidade de vida das mulheres, com a resolução de desconfortos relacionados à hipertrofia labial e ao volume excessivo de pele, que interferem no uso de roupas e na prática de atividade física. Além disso, a labioplastia, ao redimensionar a anatomia da genitália, contribui totalmente para uma vida sexual mais satisfatória. A melhora da autoestima e da confiança corporal são ganhos imensuráveis anexos ao êxito do laser de CO2 por ser uma técnica cirúrgica tão sensível e transformadora.

 

Dulce Henriques LTDA
Dulce Cristina Pereira Henriques - Mèdica CRM 11281Pr
Clinica: 41 99915-5156
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Automedicação e uso indiscriminado de remédios preocupam entidades;

 veja 6 dicas para o uso e compra de medicamentos 

Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos é celebrado no próximo dia 5

 

Criado para alertar a população sobre a importância da utilização correta de remédios, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos chama a atenção para os perigos da automedicação e do uso indiscriminado dessas substâncias, que podem provocar um alto índice de intoxicação. 

Dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) mostram que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente no Brasil como consequência da automedicação. Os números preocupam entidades do setor da saúde.

 

“É um problema realmente grave, que envolve pacientes, médicos, dentistas e farmacêuticos, entre outros profissionais de saúde. Todos precisam estar atentos e atualizados quanto às recomendações oficiais”, comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “entende-se que há uso racional quando os pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.

 

Veja seis dicas com base nas recomendações oficiais:

 

Orientação profissional e vencimento em dia

Entre as práticas que devem ser adotadas no dia a dia, estão: evitar tomar medicamentos sem orientação de um profissional de saúde (como médicos, dentistas e farmacêuticos) e o uso indiscriminado dessas substâncias, ou seja, sem necessidade. Não é indicado, ainda, fazer uso de remédios vencidos, comprados em feiras e camelôs, por exemplo.

 

Intoxicação: busque ajuda imediatamente

Em caso de intoxicação por medicamento, é essencial buscar ajuda. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pode ser acionado por meio do telefone 192. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também criou o Disque-Intoxicação (0800-722-6001). A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica.

 

Antibióticos x resistência microbiana

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos também é uma oportunidade para divulgar e reforçar informações sobre a resistência microbiana aos antibióticos, que torna as infecções mais difíceis de serem tratadas. Como consequência, aumenta o risco de propagação e gravidade das doenças, o que implica no aumento de mortes. 

“Os serviços de saúde são um dos principais focos da Anvisa na promoção de medidas preventivas. Fazem parte das ações elaborar e divulgar documentos que informem e orientem os serviços e profissionais de saúde sobre a prevenção e o controle dessas infecções, assim como o gerenciamento do uso de antibióticos”, afirma o presidente da Anadem.

 

Cuidado com a falsificação

A falsificação de medicamentos é outro fator preocupante e requer a atenção do consumidor ao comprar remédio. “Conferir sempre se o produto tem registro na Anvisa é o primeiro passo, assim como desconfiar das liquidações, uma vez que preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, sem nenhuma garantia de qualidade”, explica Canal.

 

Tenha a Nota Fiscal do produto

Também é recomendado guardar a Nota Fiscal do medicamento que está sendo usado para que tenha esse comprovante caso precise consultar ou registrar alguma queixa com relação ao produto. Já para a situação de o remédio deixar de fazer efeito, a orientação é procurar o médico imediatamente.

 

Consulta de preços

As farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores, não podem cobrar pelos medicamentos acima do preço permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Em abril, foi lançado um novo painel para a consulta de preços. Nele, os consumidores podem consultar o valor do produto desejado buscando o nome do medicamento, princípio ativo ou número de registro.



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem.
Para saber mais, clique aqui.

 

Aumenta o número de cirurgias minimamente invasivas no Brasil

Dados do Ministério da Saúde revelam crescimento significativo no número de videolaparoscopias, refletindo uma mudança na preferência por procedimentos menos invasivos, enquanto especialistas destacam os benefícios e vantagens dessa abordagem.

 

Os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, como a videolaparoscopia, estão se tornando cada vez mais populares no Brasil, refletindo-se em um aumento significativo no número de intervenções realizadas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas em 2023, foram realizadas 192.159 videolaparoscopias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando a crescente demanda por essa técnica. Em comparação ao ano anterior, que registrou 174.850 procedimentos desse tipo, fica clara a tendência de crescimento na preferência por cirurgias minimamente invasivas. 

Essa mudança de cenário destaca a importância de investimentos contínuos por parte das instituições de saúde, bem como a necessidade de atualização constante dos profissionais médicos, para atender às demandas crescentes por videolaparoscopia nas unidades de saúde do país. 

 

Como Funciona a Cirurgia Videolaparoscópica? 

A cirurgia videolaparoscópica é realizada através de incisões muito pequenas, entre 5 e 10 mm, por onde são inseridos os instrumentos cirúrgicos necessários. Utilizando um laparoscópio conectado a um sistema de fibras ópticas e microcâmeras, o cirurgião obtém uma visualização ampliada e detalhada do campo cirúrgico, com imagens projetadas em um monitor de alta resolução. Esse procedimento é realizado sob anestesia geral e requer internação hospitalar.

O Dr. Adriano Barra Della Torres, Cirurgião Geral do Mater Dei Santa Clara, destaca as principais indicações para o uso da videolaparoscopia, enfatizando sua eficácia em uma variedade de condições médicas. “Esta técnica é especialmente indicada para casos de apendicite aguda, colelitíase, endometriose, reparo de hérnias, procedimentos de perda de peso em pacientes obesos e cirurgias oncológicas, como ressecção do câncer colorretal e ovariano”, explica.  

 

Vantagens  

O cirurgião geral destaca os benefícios abrangentes dessa abordagem cirúrgica. “A videolaparoscopia é uma técnica altamente versátil, capaz de tratar uma variedade de condições médicas, das mais simples às mais complexas”, afirma. "Esta técnica contribui para a redução do tempo de internação dos pacientes de várias maneiras. As pequenas incisões resultam em menos dor, menos sangramento e uma recuperação mais rápida. Além disso, a videolaparoscopia pode diminuir as alterações metabólicas associadas à cirurgia, permitindo que os pacientes sejam liberados do hospital mais rapidamente”, esclarece Adriano. 

Estudos demonstram que a videolaparoscopia também pode reduzir o risco de complicações pós-operatórias, como infecções e sangramentos, resultando em internações mais curtas. Além disso, os pacientes submetidos a essa técnica podem retomar a dieta oral e suas atividades diárias mais precocemente, acelerando ainda mais a recuperação.

Além da rápida recuperação e redução da dor, a videolaparoscopia oferece uma série de outras vantagens para os pacientes. Essas incluem menor trauma, maior conforto durante e após a cirurgia, menor risco de danos a órgãos adjacentes e melhor visualização dos órgãos internos. 

 

Preparação e cuidados pós-operatórios 

Os pacientes submetidos à cirurgia videolaparoscópica, assim como pacientes submetidos a cirurgia convencional, devem realizar todos os exames pré-operatórios pertinentes e jejum adequado antecedendo o procedimento.

No pós-operatório, é fundamental seguir as orientações médicas, que podem incluir repouso e evitar esforços físicos intensos durante o período de recuperação, que pode variar de 1 semana a 30 dias. Outros cuidados específicos podem ser recomendados conforme as necessidades individuais de cada paciente e de cada cirurgia.

"A videolaparoscopia representa um avanço significativo na cirurgia moderna", afirma o médico. “Essa técnica melhora a experiência do paciente e oferece benefícios importantes para os cirurgiões”, conclui Adriano.

 

5 de maio – Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos

 

Na luta contra a comercialização de medicamentos irregulares e a automedicação, a Novo Nordisk compartilha informações sobre a semaglutida para a prevenção de falsificações 

 

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos foi criado como forma de alerta à população quanto aos riscos da automedicação e a necessidade de conscientização social sobre a maneira correta e segura de consumir esses produtos. A data, oficializada em 5 de maio, dá luz a um problema grave e que precisa ser discutido, visto que cerca de 90% das pessoas acima dos 16 anos se automedicam no Brasil, segundo pesquisa realizada em 2022 pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade em parceria com o Datafolha. 

Considerando esse cenário, a Novo Nordisk, empresa líder global em saúde, reuniu uma série de informações para alertar a população sobre formatos irregulares da semaglutida - princípio ativo de parte dos medicamentos fabricados para diabetes tipo 2 e obesidade. A compreensão da problemática sobre a ingestão de medicamentos de forma inadequada é importante para a preservação de vidas. 

A substância semaglutida é um receptor químico do peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1) e seu uso foi aprovado pelos órgãos reguladores somente nos formatos:

  • Ozempic® (semaglutida injetável 0,25 mg, 0,5mg e 1mg), indicado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2, insuficientemente controlada;
  • Rybelsus® (semaglutida oral em comprimidos de 3 mg, 7 mg e 14 mg), indicado para o tratamento de adultos com diabetes mellitus tipo 2 inadequadamente controlado e para melhora do controle glicêmico;
  • e Wegovy® (semaglutida injetável 0,25 mg, 0,5mg, 1mg, 1,7mg e 2,4mg), indicado para adultos e adolescentes acima de 12 anos que vivem com obesidade ou com sobrepeso com pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.

Estes medicamentos da Novo Nordisk foram estudados e devidamente testados para o tratamento seguro de populações e patologias específicas, portanto, sua segurança está garantida apenas quando as moléculas registradas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são utilizadas conforme as indicações de uso apresentadas em bula. 

Para gerar conscientização sobre o tema e alertar a população, a companhia listou os principais termos disseminados, principalmente na internet, considerados propagandas enganosas e que representam risco à saúde dos pacientes:

 

“Ozempic natural”, “chá de Ozempic” e “Implante de Ozempic” 

A molécula semaglutida (princípio ativo do medicamento) não foi desenvolvida, em nenhum lugar do mundo, para uso em formato injetável em frascos, em cápsulas orais, pellets absorvíveis, fitas, chip ou chás. Visto que a Novo Nordisk é detentora da patente da molécula semaglutida, de forma exclusiva, até pelo menos o ano de 2026, qualquer formato diferente do comercializado pela companhia é considerado irregular. A empresa desconhece a origem das matérias-primas e a forma de fabricação desses produtos e, por isso, é necessário estar atento às promoções atrativas, porém fraudulentas. 

A Novo Nordisk ressalta que a importação, manipulação, fabricação e comercialização dos medicamentos e princípios ativos registrados pela companhia no Brasil que não sejam nas apresentações originais são consideradas irregulares. É importante ressaltar que, de acordo com a Anvisa, medicamentos irregulares não oferecem garantias de eficácia, segurança e qualidade exigidas para produtos sob vigilância sanitária, podendo representar risco de dano e ameaça à saúde.

 

Canais não autorizados 

Existe ainda o risco de comprar medicamentos através de canais não autorizados e receber um produto falsificado. Para evitar esse tipo de golpe, desconfie sempre de:

  • Sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos;
  • Embalagem do medicamento visivelmente alterada, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto;
  • Preços muito abaixo dos aprovados pelo governo (todos os produtos Novo Nordisk seguem a tabela da CMED, órgão federal que regulamenta o preço dos medicamentos no país).

Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações, os pacientes podem entrar em contato com o SAC da Novo Nordisk por meio do 0800 014 44 88, ou do e-mail.



Novo Nordisk
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AMRIGS é ponto de arrecadação de doações para população atingida pelas cheias no Rio Grande do Sul


Sociedade é convocada mais uma vez para auxiliar vítimas das tragédias climáticas


A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) está, novamente, abrindo as portas para atuar no enfrentamento das consequências das recentes tragédias climáticas que assolam o estado. Com mais de 100 municípios gaúchos fortemente atingidos e o estado de calamidade pública já decretado, a sede da entidade, em Porto Alegre, está funcionando mais uma vez como ponto de coleta para donativos que serão destinados a ajudar a população afetada.

"O momento exige nossa solidariedade e ação imediata. As consequências das enchentes e deslizamentos estão afetando milhares de famílias em diversas regiões do Rio Grande do Sul. É hora de nos unirmos e oferecermos nosso suporte", afirma o presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr.

As maiores necessidades são colchões, água, lençóis e cobertores, produtos de higiene e limpeza, roupas, itens domésticos e rações para animais. As contribuições podem ser entregues diretamente na sede da AMRIGS, localizada na Av. Ipiranga, 5311, em Porto Alegre, das 9h às 18h.

As tragédias climáticas, especialmente nas regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre, demandam uma resposta urgente da sociedade. No Vale do Taquari, a enchente já alcançou proporções históricas, exigindo uma mobilização maciça para fornecer apoio e assistência às comunidades afetadas.

Redação: Marcelo Matusiak

 

Sobre a AMRIGS

A Associação Médica do Rio Grande do Sul é uma organização sem fins lucrativos voltada para a atualização do conhecimento técnico-científico e para a realização de debates científico-culturais relacionados à saúde, à Medicina e à vida profissional. Desde o momento de sua fundação em 1951, a AMRIGS integra a vida do médico em todas as etapas da profissão, tendo como objetivos:

·         Fomentar a ciência e a cultura médica;

·         Promover a defesa profissional;

·         Fortalecer o associativismo e a representatividade médica;

·         Ser influenciadora como entidade protagonista de ações em prol da saúde.

 

Renda de pessoas com saneamento é quase um salário mínimo maior do que aquelas que não têm acesso

Segundo dados do IBGE (2022), a diferença da renda do trabalhador com acesso ao básico para aquele que vive sem é de R$ 1.255,53

 

Problema histórico vivido no país, a ausência do saneamento atinge milhões de brasileiros e impacta nas mais diversas esferas de suas atividades cotidianas. O cenário nacional mostra que mais de 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e cerca de 90 milhões vivem sem coleta de esgoto, enquanto apenas 52,2% do esgoto gerado é tratado. 

Desta forma, a exposição ambiental ao esgoto e a falta de água tratada provocam doenças que abalam a saúde dos habitantes. Segundo informações do DATASUS (2022), que aparecem no Painel Saneamento Brasil, houve cerca de 191 mil internações por doenças de veiculação hídrica. 

Na vida dos trabalhadores, a recorrência de doenças associadas à falta de saneamento tem implicações diretas na saúde e, consequentemente, resulta em um desempenho produtivo pior em sua atividade econômica, o que acaba afetando a carreira profissional e o potencial de renda que eles poderiam alcançar no mercado de trabalho. 

De acordo com dados do IBGE, presentes no Painel Saneamento Brasil, a renda média das pessoas com saneamento é de R$ 3.359,12, enquanto aqueles que não tem acesso ao básico é de R$ 2.103,59 - uma diferença de R$ 1.255,53, valor próximo ao salário mínimo de R$ 1.412,00, definido pelo Governo Federal em 2024. 

Sendo assim, para além das implicações imediatas sobre a saúde e a qualidade de vida da população, a falta dos serviços básicos impactam o mercado de trabalho e as atividades econômicas que dependem de boas condições ambientais para o pleno exercício. Do ponto de vista do mercado de trabalho, a falta de saneamento interfere na produtividade do trabalho, uma vez que, ao aumentar a incidência de enfermidades, a precariedade do saneamento provoca o afastamento das pessoas de suas funções laborais, acarretando custos para a sociedade com horas não trabalhadas. 

As reduções de doenças de veiculação hídrica têm efeitos sobre a economia que vão além da redução de despesas na área da saúde e dos desperdícios com os dias não trabalhados. A melhoria da saúde eleva de forma sistemática a produtividade dos trabalhadores, potencializando as atividades econômicas no país.

 

Não usar cinto de segurança e capacete aumenta o risco de traumas de face em acidentes de trânsito

A falta do uso do cinto de segurança ou do capacete têm aumentado
 a gravidade dos acidentes de trânsito, tornando os casos de
 traumas de face e múltiplas lesões cada vez mais recorrentes no país.

 

Número de vítimas sem cinto de segurança cresceu 29% no último ano

 

Para que se tenha ideia, apenas em 2023, foram registrados mais de 621 mil acidentes no Brasil com 9.912 óbitos, segundo o Ministério dos Transportes. Acidentes com carros correspondem a 60.6% dos casos, seguido pelas motocicletas com 12.9%. Já no Paraná mais de 95 mil acidentes de trânsito foram registrados no Paraná.

O número é preocupante tendo em vista o aumento de 29% nas ocorrências com vítimas que não usavam cinto de segurança, de acordo com o levantamento realizado pela Arteris, concessionária que administra rodovias nas regiões Sul e Sudeste. Já em 2024, as ocorrências de capotamentos e tombamentos em rodovias de janeiro a março já são 14% maiores em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

 

Traumas de face e a cirurgia bucomaxilofacial 

Além do risco de óbito, os acidentes de trânsito podem deixar marcas físicas e psicológicas nas vítimas, principalmente quando trata-se de traumas de face.

Nesses casos, os especialistas em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial apresentam-se como a principal especialidade para atuar no atendimento de emergência para salvar a vida dos pacientes e ainda reconstruir a face.

"Em casos graves de acidente de trânsito, a presença desse profissional é essencial para garantir que os ossos sejam reconstruídos da maneira correta e de forma funcional, sem prejudicar a fala e mastigação do paciente. Na emergência nós fazemos de tudo para manter o paciente vivo. Colocamos os ossos no lugar, fazemos uma redução anatômica para depois realizar alguns retoques e retomar a funcionalidade da articulação temporomandibular (ATM)”, afirma Zétola, cirurgião bucomaxilofacial que há mais de 30 anos atende pacientes vítimas de graves acidentes de trânsito.

 

Histórias reais

Este foi o caso do gerente administrativo João Batista, de 54 anos. Ele bateu o carro de frente com um caminhão em um grave acidente na BR-476, na região da Lapa, no Paraná. João teve traumatismo craniano, de face, e traumas severos nos pés e braços. “Eu tive 22 fraturas no rosto, perdi 6 litros de sangue e fiquei na UTI vários dias. Passei por uma cirurgia de emergência e outras 10 para reconstruir a face. Até hoje o cirurgião que me atendeu fala que meu caso foi um milagre pela quantidade de fraturas que tive. Eu digo que nasci de novo, e hoje não tenho nenhuma sequela daquele acidente”, diz João Batista.

O Dr. André Zétola foi responsável por corrigir os traumas de face do João. “Nesses casos o nosso objetivo é salvar a vida daquela pessoa e conter o máximo de danos possível. O João estava entre a vida e a morte. Nós começamos o atendimento na madrugada daquele dia e foram 10 horas seguidas de cirurgia, fora os procedimentos com neurologista e ortopedista”, explica Zétola. Após a cirurgia de emergência, foram realizadas outras 10 cirurgias no período de 1 ano para reconstruir a face de João Batista por completo.

O mesmo aconteceu com a triatleta Maria Eugênia Valle que sofreu um acidente de bicicleta com graves traumas na face.

“Eu perdi muitos dentes com a batida e tive fraturas em todo o rosto. Graças a Deus fui atendida por um cirurgião bucomaxilofacial que se atentou a tudo isso. Foi um longo processo, 10 cirurgias no total, mas hoje vivo uma vida normal”, diz Maria Eugênia que também foi operada pelo Dr. André Zétola.

O cirurgião explica que esses casos são comuns em vítimas de acidentes de trânsito devido à velocidade e força do impacto, principalmente sem o uso adequado de cinto de segurança ou em casos de acidentes com bicicletas ou motos.

“O processo de reconstrução da face é longo após um acidente dessa gravidade. São necessárias diversas cirurgias, sendo uma para corrigir as fraturas de face, mandíbula e maxilar por dentro da boca, outra para soltar o lábio que ficou grudado na gengiva dos dentes, outra cirurgia para reconstruir o osso facial perdido, mais uma para a colocação dos implantes onde tinha perdido os dentes, cirurgia para corrigir a gengiva, outra para colocar as próteses provisórias e definitivas, remoção dos parafusos e, por fim, cirurgia para correção das cicatrizes”, alerta Zétola.

 

Maio amarelo e a conscientização no trânsito

A campanha do maio amarelo reforça a importância da direção segura para diminuir o índice de acidentes de trânsito no país.

Não dirigir alcoolizado, não usar o celular ou manusear outros objetos ao volante, respeitar o limite de velocidade da via, usar cinto de segurança ou capacete e manter a atenção redobrada na pista são atitudes simples que podem salvar vidas.



Instituto Zétola Odontologia
www.institutozetola.com.br


Pesquisa comprova que mulheres sofrem mais que homens no ambiente de trabalho

 

Um levantamento Zenklub/Conexa revelou que a saúde mental das colaboradoras está pior que a dos colaboradores no ambiente do trabalho. A apuração ocorreu por meio do Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), que considera diversos fatores para avaliar a saúde mental no mundo corporativo. Exaustão, relacionamento com líderes e autonomia e participação tiveram a maior diferenciação entre os gêneros, com as mulheres registrando pior pontuação.


As pacientes da plataforma tiveram um IBC de 63,9, frente a 68,1 dos homens. O índice, que vai de uma escala de 0 a 100, considera que 78 pontos é o mínimo para que um ambiente de trabalho seja considerado saudável. Considerando os fatores separadamente, as mulheres registraram 8,9 pontos percentuais (p.p) de diferença para os homens em relação à exaustão; 4,2 (p.p) no que diz respeito ao relacionamento com líderes; e 4,6 (p.p) em autonomia e participação.


“Tem uma série de fatores estruturais comportamentais da sociedade que corroboram para que os índices de saúde mental das mulheres sejam piores que os dos homens, como a tripla jornada de trabalho (emprego, casa e filhos), cobrança por padrões estéticos, falta de equidade de gênero e ocorrências de assédio no ambiente de trabalho”, afirma Maria Barreto, vice-presidente Comercial da Conexa.


Para chegar aos números, a plataforma contou com a participação de mais de 13 mil mulheres, que responderam uma avaliação que considera nove dimensões diferentes: conflitos e situações abusivas, preocupação constante com o trabalho, desconexão do trabalho, autonomia e participação, exaustão, volume de demanda, relacionamento com líder, relacionamento com colegas e clareza das responsabilidades.


Em 2023, as mulheres foram responsáveis por cerca de 64% do total das sessões de terapia realizadas pelo Zenklub. Entre as motivações, destacam-se o autoconhecimento (16%), ansiedade (13%), problemas em relacionamentos amorosos (7%), conflitos familiares (7%) e autoestima (4%). Os homens possuem motivações semelhantes, mas representam apenas 34% das sessões. “Ver que as mulheres procuram mais por terapia mostra que a busca por ajuda profissional é cada vez menos vista como um tabu”, diz Maria.


Segundo dados da plataforma de consultas, cerca de 50% das mulheres que são atendidas possuem algum grau de má condição de saúde mental, em uma escala entre levemente doente, limítrofe para a doença mental, moderadamente doente, marcadamente doente, gravemente doente e doença mental extremamente grave.

Conexa e Zenklub se uniram recentemente para se consolidarem no mercado como a maior empresa digital de saúde da América Latina. As startups têm estudos e pesquisas com o intuito de identificar questões ligadas à saúde do corpo e da mente. A Conexa cuida do paciente de maneira integrada.

 



Conexa



Transferência Digital de Veículos chega à 2ª fase via cartórios

Proprietários de carros anteriores a 2021, ainda com documentação em papel, podem ‘desmaterializar’ documento, reconhecer firma e transferir a propriedade numa mesma visita


Os cartórios são o novo front da marcha de digitalização do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). No apagar das luzes de abril, o gerente administrativo José Eduardo Barrientos, de Ribeirão Preto, protagonizou o primeiro caso de “desmaterialização” de um Certificado de Registro do Veículo (CRV), operação em que um documento físico é convertido em virtual para a transferência online de propriedade. Realizada no último dia 24, a primeira “desmaterialização” em cartório de um CRV marca uma nova fase da Transferência Digital de Veículos (TDV), que entrou no ar em março, acelerando o processo e derrubando prazos para questão de segundos.

 

“Foi prático e rápido. O processo inteiro não levou nem 10 minutos”, diz José Eduardo, que vendeu um Fiat Idea prata, de 2011. “O processo dá muita segurança. Não é preciso fazer uma cópia impressa do documento para apresentar em um balcão. Esse tipo de recurso só vem para ajudar”, diz o gerente de 54 anos.

 

Liberada em um primeiro momento para pessoas físicas com carros fabricados a partir de 2021, data em que os veículos passaram a contar com documentação virtual, a TDV dá seu segundo passo com apoio dos cartórios. Em 2021, vale lembrar, os veículos começaram a ser comercializados com o CRV em formato eletrônico, o chamado CRV-e, e também com a ATPV-e, versão eletrônica da Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo.

 

Já disponível em todos os cartórios do estado, o novo passo da TDV teve início em julho de 2023, quando o Detran-SP assinou um acordo de cooperação com a seção paulista do Colégio Notarial do Brasil, entidade representativa dos mais de 9 mil notários do país, os profissionais que dão vida aos cartórios. De lá para cá, os cartórios desenvolveram sistemas para, além de reconhecer firma como tradicionalmente já fazem, transformar CRVs em CRV-es e para armazená-los nesse novo formato.

 

A Prodesp, empresa de tecnologia do governo paulista, se encarregou de integrar esses sistemas à base do Detran-SP, para onde as informações de venda de veículos são enviadas, quando “desmaterializadas”. Com esse compartilhamento de dados, a TDV flui sem obstáculos. Uma vez acionado pelo aplicativo do Poupatempo (SP.GOV.BR), o recurso encontra as informações necessárias na base de dados do Detran-SP, cruza tudo e finaliza o processo.

 

Caso o fluxo automatizado seja interrompido por falta de informação, não será mais necessário levar o documento, presencialmente, a uma unidade de atendimento – do Poupatempo ou do próprio Detran. É possível dar andamento ao processo no portal do órgão, via SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), porque a documentação já foi conferida em cartório.

 

Até aqui, quem desejasse transferir a propriedade de seu veículo possuía um só caminho, com mais de uma parada. Era preciso primeiro que comprador e vendedor fossem a um cartório reconhecer firma. Depois, era necessário ir ao Poupatempo, que colheria os dados da transação para repassar ao Detran-SP, que tinha um prazo de até dez dias para analisar e, em caso de aprovação, gerar o documento do veículo com novo proprietário.

 

O caminho, como se vê, ficou mais curto. A próxima etapa da TDV, prevista ainda para 2024, deve contemplar pessoas jurídicas, como lojas de automóveis.



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