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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Obstáculos que transformam: como CEO mulher, é preciso ir além do óbvio para gerar mudanças

 Assumir a liderança de uma corporação por si só já é um desafio. Quando essa empresa atua em um cenário internacional, a complexidade se multiplica. E ser mulher nesse contexto adiciona uma camada ainda mais desafiadora à equação. No entanto, ao contrário do que muitos podem presumir, vejo esses obstáculos não como barreiras, mas como estímulos que me impulsionam a crescer. 

Minha trajetória de mais de 11 anos em posições de liderança em finanças, pesquisa de mercado e negócios me ensinou o valor inestimável da diversidade e da inclusão no ambiente corporativo. Na posição privilegiada de CEO, tenho a oportunidade única de liderar pelo exemplo, promovendo um espaço de trabalho onde a diversidade é não apenas bem-vinda, mas essencial para o nosso sucesso.

Dentre os diversos desafios que me aparecem no dia a dia, um dos que mais me desperta o interesse é o de criar e adaptar produtos e serviços que dialoguem com clientes e públicos de diferentes culturas. Entretanto, julgo que esta diversidade, não só de parceiros, mas principalmente da equipe que lidero, é uma ótima oportunidade de promover uma inclusão positiva para dentro de um mercado ainda bastante fechado.

Até porque, estamos falando de um campo em que a representatividade feminina em cargos de liderança é notavelmente escassa. Um estudo do Observatório da Diversidade na Propaganda revela que apenas 15% dos CEOs em agências de publicidade são mulheres. Esta estatística não apenas realça a disparidade existente, mas também sublinha a importância do nosso trabalho em desafiar esses estereótipos e fomentar a igualdade de oportunidades. 

 

Por um futuro promissor

Apesar do atual cenário, sou otimista quando olho para o futuro. Uma pesquisa recente realizada pela KPMG, mostra que as lideranças femininas estão confiantes em relação ao avanço das metas de equidade no mercado. Partilho desse sentimento, consciente, no entanto, de que ainda há um longo caminho a percorrer. Desafios estruturais e culturais, como preconceitos inconscientes e a falta de redes de apoio robustas, ainda limitam significativamente o acesso das mulheres a posições de alto escalão. 

Porém, da mesma forma que o problema já está evidente para todos, as soluções, felizmente, parecem também estar. Acredito firmemente que, para mudar essa realidade, é essencial que empresas e organizações implementem políticas e práticas inclusivas. É necessário promover a igualdade de oportunidades e criar ambientes de trabalho que não apenas valorizem, mas também apoiem o crescimento e o desenvolvimento profissional das mulheres.

Nesse contexto, ocupar um cargo de liderança na área da comunicação enquanto mulher me oferece uma plataforma poderosa para inspirar outras profissionais a não apenas perseguirem seus objetivos de carreira, mas também a se tornarem agentes de mudança. Até por isso, precisamos de cada vez mais iniciativas que desafiem os estereótipos de gênero e promovam mensagens progressistas, contribuindo assim para a mudança cultural e social.  

Minha visão como CEO não pode e não está limitada a alcançar objetivos empresariais; é também sobre liderar com propósito, promovendo um futuro onde a diversidade e a inclusão não sejam apenas metas aspiracionais, mas realidades tangíveis e integradas em todos os níveis de gestão. O caminho à frente está repleto de desafios, mas é precisamente na superação desses obstáculos que encontramos nossas maiores oportunidades de crescimento e inovação.


Alessandra Bottini - CEO da 270B, uma das maiores agências americanas de experiências digitais com filial no Brasil


Liderança deve priorizar os colaboradores

Ter uma boa gestão não acontece da noite para o dia ou de uma hora para outra, muito pelo contrário, trata-se de um processo árduo, que demanda bastante dedicação. Afinal, você está lidando com a vida profissional de dezenas, centenas ou milhares de pessoas que trabalham ao seu lado, o que requer uma responsabilidade  enorme.

Antes de tudo, é importante lembrar que estar na posição de gestor representa ser o líder de um time e para que vocês consigam, juntos, entregarem a melhor performance possível, precisam aprender a trabalhar em equipe, passando a entender um ao outro, para que exista uma sinergia entre todos.

É claro que isso não é fácil, pois em um grupo, é normal e até desejado, em certa medida, que existam pessoas diferentes e com personalidades que podem não ter ‘match’. No entanto, é fundamental que o gestor tenha jogo de cintura para lidar com perfis distintos, não sendo parcial ou demonstrando preferências. O essencial deve ser a priorização desse grupo.

Um bom gestor tem que trabalhar para os seus colaboradores, para que estes se sintam valorizados, motivados e engajados. Essa conduta, além de contribuir para o bem estar de todos, permite criar um ambiente mais saudável e seguro, onde existe liberdade de expressão e opinião, e conversas mais sinceras.

Dados de uma pesquisa da consultoria Robert Half apontam que 89% das companhias reconhecem que bons resultados possuem uma ligação com a motivação e a felicidade dos colaboradores. Além disso, o estudo também mostra que 94% dos profissionais que foram entrevistados acreditam que satisfação no trabalho é influenciada pela atuação dos líderes.

É papel da liderança ter cuidado com a forma que a equipe está sendo tratada, pois esse comportamento influencia diretamente no desempenho geral da empresa. O foco precisa estar nos resultados, mas sem a priorização da qualidade de vida dos funcionários dentro da organização não existem maneiras reais de atingir objetivos e cumprir metas.

Por essa razão, o gestor deve estar muito atento ao que acontece com o seu time, conhecer as dores, saber o que agrada e desagrada, e quais são as possibilidades de melhorias, para conseguir propor medidas cabíveis e que funcionem de forma efetiva para todos, com o objetivo de transformar positivamente o cenário.

Uma das formas de trazer união e abrir espaço para que os colaboradores entreguem o seu melhor é deixar muito clara a direção para onde time e a organização está indo, ter metas objetivas a serem alcançadas e trazer essas pessoas para o processo de priorização dos problemas que precisam ser atacados de maneira que a contribuição do time seja a mais eficaz possível para o resultado da organização.

Não são metas fáceis, via de regra, e por isso o time precisa estar junto - em todos os sentidos, acompanhando com frequência e se comprometendo uns com os outros em darem o seu melhor sempre. Colocando estes conceitos em prática, teremos colaboradores mais felizes entregando melhores resultados!
 


Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


A Importância de cada centavo nas finanças do seu negócio


No mundo dos negócios, onde os desafios são constantes e a competição é intensa, o controle financeiro se destaca como um dos pilares fundamentais para a sustentabilidade e crescimento das empresas. No entanto, mais do que uma mera prática administrativa, o controle financeiro efetivo é uma arte que requer atenção meticulosa aos menores detalhes - cada centavo conta.

“O segredo do sucesso ou fracasso de uma empresa reside nos mínimos detalhes de suas finanças”, ressalta Aleksander Avalca, especialista em gestão financeira e CEO da 4blue.


Em um ambiente empresarial dinâmico e altamente competitivo, as empresas se deparam com uma série de desafios financeiros que exigem uma abordagem estratégica e proativa. Desde a gestão eficiente de despesas até a busca incansável por maneiras de maximizar os lucros, as demandas financeiras são constantes e complexas.


Nesse contexto, o controle financeiro preciso surge como uma ferramenta indispensável para navegar com sucesso pelas águas turbulentas do mundo dos negócios. Cada centavo gasto ou economizado pode ter um impacto significativo no desempenho financeiro geral de uma empresa, tornando essencial uma vigilância constante e uma análise cuidadosa de todas as transações financeiras.


A máxima “o diabo está nos detalhes” nunca foi tão verdadeira quanto no mundo dos negócios. Nos mínimos detalhes das finanças de uma empresa reside o segredo para o sucesso ou o fracasso. O controle minucioso de despesas, custos e receitas é essencial para uma gestão financeira eficaz.


“Cada centavo gasto deve ser cuidadosamente examinado para identificar áreas de desperdício e oportunidades de economia”, pontua Avalca.

 

Desde despesas operacionais até custos com fornecedores, é crucial monitorar de perto todos os aspectos dos gastos empresariais. Com uma compreensão precisa de onde o dinheiro está sendo gasto, os empresários podem tomar medidas para maximizar os lucros. Isso pode incluir estratégias como negociações com fornecedores, otimização de processos ou revisão de preços de produtos e serviços.


Um controle financeiro preciso não apenas fornece uma visão clara do estado financeiro atual da empresa, mas também capacita os líderes empresariais a tomar decisões informadas e estratégicas para o futuro.


Com dados financeiros precisos em mãos, os empresários podem identificar oportunidades de investimento que impulsionarão o crescimento e a expansão dos negócios. Ao entender os custos e as margens de lucro de cada produto ou serviço oferecido, os empresários podem identificar e mitigar potenciais riscos financeiros antes que se tornem problemas significativos.

 

“O controle financeiro preciso é essencial para o sucesso e a prosperidade contínua de uma empresa”, enfatiza Aleksander Avalca, CEO da 4Blue. Cada centavo gasto ou economizado pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso nos negócios. Ao adotar práticas de controle financeiro rigorosas e atentas aos detalhes, os empresários podem garantir não apenas a sobrevivência, mas o crescimento e a prosperidade duradoura de seus empreendimentos. Lembre-se: quando falamos de finanças, o verdadeiro poder está na clareza de saber para onde vai cada centavo.

 


Camila Ferreira



terça-feira, 9 de abril de 2024

Carreta da mamografia estará em Guaratinguetá ofertando exames gratuitos

A carreta, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, oferece exames gratuitos para as mulheres até o dia 20 de abril 

 

A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, chega na cidade de Guaratinguetá, e permanece até dia 20 de abril, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. 

Localizada na Avenida da Exposição, nº 2, no internacional park, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 50 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1) Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).   

 

Sobre a Carreta da Mamografia   

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas.  

 

Programa Mulheres de Peito em Guaratinguetá 

Período: 09 a 20 de abril 

Endereço: Avenida da Exposição, nº 2, no internacional park. 

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 

Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS. 

 


FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Por que o tratamento oncológico deve ser acompanhado por um cardiologista?

As toxinas presentes em medicamentos utilizados para combater neoplasias malignas podem acarretar problemas graves, como a insuficiência cardíaca[i]

 

O músculo mais importante do corpo também pode sofrer com os efeitos das terapias utilizadas para o tratamento oncológico. Procedimentos como quimioterapia e radioterapia podem causar problemas ao coração, e as chances são maiores se o paciente possui riscos para doença cardíaca, como: hipertensão, diabetes, obesidade, arritmias e histórico de infarto prévio. 

É importante que o estado geral de saúde do paciente seja avaliado no início do tratamento oncológico, já que muitas vezes a terapia à qual os pacientes com o câncer avançado são submetidos, pode ser um agravante para doenças cardíacas. 

“A consulta com um cardiologista é tão fundamental quanto o tratamento com o oncologista. Essa integração traz mais segurança ao paciente e evita futuras complicações”, destaca Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Brasil. “A cardiotoxicidade em tratamentos oncológicos pode ser o responsável não só por aumentar o risco de morte ao paciente, mas de acarretar sequelas significativas”, completa Teixeira. 

A cardiotoxidade se caracteriza como o dano causado ao coração pelo tratamento oncológico, sendo responsável pelos efeitos adversos mais significativos, e principalmente por ocasionar morbimortalidade[ii], que representa o número de indivíduos que morreram ou que ficaram com sequelas como consequência de uma enfermidade. Uma das lesões que mais preocupam os especialistas é a insuficiência cardíaca, que acontece quando o órgão fica enfraquecido e o bombeamento de sangue é comprometido. Em alguns casos, pode ocorrer também arritmias e eventos tromboembólicos. 

É importante ressaltar que o paciente deve priorizar rotina saudável, sempre que possível, incluindo atividades físicas e alimentação equilibrada, mesmo após o diagnóstico oncológico. Com esses cuidados, o paciente se beneficiará com qualidade de vida e irá reduzir o risco de problemas cardíacos. 

As doenças cardiovasculares representam as principais causas de mortes no país, e de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos por ano sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ocorrendo óbito em 30% desses casos. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país. [iii]

 

Ferring


[i] Cardio-oncologia. Grupo Oncoclínicas. Convivendo com o câncer. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.

[ii] Cardiotoxicidade associada à terapêutica oncológica: mecanismos fisiopatológicos e estratégias de prevenção. Revista Portuguesa de Cardiologia. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.

[iii] “Use o coração para vencer as doenças cardiovasculares”: 29/9 – Dia Mundial do Coração.

Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.


Abril Azul: Especialista dá dicas de atividades para ajudar no desenvolvimento de autistas em casa

Freepik
Angelita Traldi, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, explica alguns métodos para acelerar o processo   


A descoberta do transtorno do espectro autista (TEA) muitas vezes gera diversas dúvidas e incertezas nos pais sobre quais caminhos seguir para ajudar no desenvolvimento de seus filhos. Além das opções médicas, a realização de atividades em casa pode ser uma grande aliada para promover progressos mais rápidos. 

Angelita Traldi, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, explica que atividades lúdicas, de foco, concentração e brincadeiras manuais podem ajudar acelerar o desenvolvimento em casa. “Realizar atividades específicas pode estimular a comunicação, socialização, e diminuir a ansiedade e agitação da criança”. 

Para adaptar as atividades em casa, é importante observar os comportamentos da criança e adaptar de acordo com suas necessidades e preferências. “Para estimular o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças autistas, os pais podem montar quebra-cabeças simples e jogos de encaixe para desenvolver habilidades de resolução de problemas, concentração e coordenação. Livros com elementos interativos, aqueles com texturas para sentir, com sons para ouvir e abas para levantar podem ser envolventes e ajudam no desenvolvimento da linguagem e da cognição. Massa de modelar, jogos, argila, pintura, colagem, podem ser usados para incentivar a expressão criativa e desenvolver habilidades motoras. Passeios ao ar livre e atividades esportivas ajudam no desenvolvimento motor, social e emocional da criança. Brinquedos musicais simples podem ser usados para explorar diferentes sons e ritmos, ajudando no desenvolvimento sensorial e cognitivo”.  

Especialistas apontam que os sinais de que uma atividade está sendo bem-sucedida são o aumento da autonomia da criança, desenvolvimento da comunicação e interação social, e diminuição da agitação. “Além das atividades direcionadas, os pais podem promover um ambiente inclusivo e acolhedor em casa para favorecer o desenvolvimento das crianças autistas entendendo as preferências sensoriais, desenvolvendo uma rotina previsível, oferecendo momentos de calma e relaxamento, assim como ter o suporte de profissionais especializados e favorecimento de atividades comuns a todas as crianças”, orienta a psicóloga. 



Anhanguera
Acesse o site e o blog para mais informações.


Hospital Sapiranga alerta para prevenção de acidentes domésticos

Pediatra destaca medidas essenciais para proteger as crianças


O período de férias acabou, mas a atenção de pais e responsáveis deve ser permanente com relação a acidentes no dia a dia que em muitos casos podem ser graves. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que, por ano, ocorrem 200 mil acidentes domésticos envolvendo crianças, como queimaduras, quedas e afogamentos. Quedas, afogamentos, queimaduras e intoxicações estão entre os principais incidentes enfrentados pelas famílias nessa época do ano. Evelin Senna, pediatra do Hospital Sapiranga, destaca medidas urgentes e cuidados básicos para evitar esses casos.

“Para a prevenção de sufocamento, deve-se evitar talcos ou produtos em pó no bebê, manter o lençol bem firme, evitar almofadas e cobertores, e cuidar com objetos pequenos, como pregos, moedas, e tampas de caneta. Para evitar quedas, recomendam-se berços com grades altas com 6 cm de distância entre elas, além de não deixar as crianças sobre móveis e sofás sozinhos e menores em cuidados de outras crianças. Além disso, é importante também cuidar com escadas e janelas, tanques, baldes e lavatórios", sugere a médica.

Também são necessários cuidados com queimaduras com forno, panelas com cabo, lareiras, fogões a lenha, protetores de tomadas e fios elétricos. Outros aspectos se relacionam com medicações e substâncias químicas de fácil acesso e com animais domésticos, em que o contato deve ser supervisionado, visto que as crianças podem ter atitudes inesperadas e os animais também. A médica acrescenta também para que nunca deixe uma criança sair sem dar as mãos, ela sempre tem que ser guiada, principalmente em locais com grande movimentação.

De acordo com dados do Ministério da Saúde registrados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade Infantil, que integra o DataSUS, no Brasil ocorreram 1.616 óbitos por acidentes domésticos com crianças de 0 a 14 anos no período de 2020 e 2021, sendo 792 óbitos em 2020 e 824 em 2021. Observa-se que o maior número de mortes infantis por acidentes domésticos ocorreu na faixa etária de 0 a 4 anos, com 621 óbitos em 2020 e 671 no ano de 2021.

 

Doenças de outono evidenciam importância da água sanitária

  

Além das vacinas disponíveis, medidas preventivas de higiene oferecem resistência


à contaminação por dengue, gripe, conjuntivite e demais doenças virais


Várias cidades brasileiras já decretaram epidemia de dengue. O Brasil já ultrapassou a marca de mil mortes pela doença – enquanto o ritmo da vacinação segue lento. Até mesmo no Distrito Federal, onde o percentual de vacinados é maior que em outros estados brasileiros, a marca ainda não ultrapassou 36%. Na opinião do virologista Gubio Soares, ainda que o número de pessoas vacinadas aumente, no atual cenário somente a vacina não teria o efeito desejado. 

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue (Aedes aegypti) estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.). A pesquisa apontou que depósitos elevados de armazenamento de água (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria), bem como recipientes no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%. Em terceiro lugar (3,2%) aparecem pneus e lixeiras. 

Além da dengue, que vem se prolongando pelas ondas de calor e chuvas que avançam no mês de abril, as doenças de outono também preocupam a população. Gripe, resfriado, pneumonia, rinite e muitas outras doenças contagiosas podem ser mais controladas com medidas de higiene. Até mesmo a conjuntivite – que tem maior propagação nos dias frios. 

“Todo tipo de virose muito comum nos dias com maior amplitude térmica pode provocar irritação ocular. Da mesma forma que a pessoa pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando congestionada, irritada. Lavar bem as mãos sempre que se assoa o nariz é fundamental para evitar que o vírus afete os olhos”, diz o oftalmologista Renato Neves – ressaltando a importância da desinfecção dos ambientes, tanto nos lares como em locais de grande movimentação, como escolas, shopping centers, teatros, cinemas, transportes públicos etc. 

De acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, fornecedora de cloro para o tratamento de água do Estado do Rio de Janeiro, o uso da água sanitária é fundamental na prevenção de doenças transmitidas em locais com alta densidade populacional. “A base da água sanitária é o hipoclorito de sódio, empregado tanto na desinfecção de ambientes, como na potabilização da água, no tratamento de piscinas, efluentes industriais etc.”, diz Freitas. 

Segundo o executivo, além de ajudar a prevenir a população contra as doenças provocadas pelo Aedes aegypti, a água sanitária também pode ser usada na desinfecção de ambientes críticos, na limpeza de caixas d’água, fontes e chafarizes, bem como pode ser usada na limpeza doméstica, de hospitais, escolas e todo tipo de local que receba grande número de pessoas. 

Como mais um recurso no controle das doenças contagiosas do outono, Freitas ressalta a importância de se misturar uma tampinha de água sanitária em um litro de água para limpar cozinhas e banheiros, na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc. “A população se acostumou a reforçar a limpeza da casa com água sanitária durante a fase crítica da Covid-19. Mas esse hábito deve ser permanente, já que é tão importante manter a higiene dos lares, escolas, clubes, instituições de saúde e todo negócio voltado para o atendimento público”.


Campanha nacional lança sistema de interesse em doar órgãos

 


A cada mil pessoas, 14,5 tinham condições de doar órgãos em 2023, mas apenas 2,6 famílias aceitaram realizar este ato de amor 

 

Uma campanha nacional, com o objetivo de incentivar e aumentar o número de doadores de órgãos foi lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No Brasil, quase 43 mil pessoas aguardam por um transplante de órgãos. Desses, perto de 40 mil esperam por um rim. Os números aumentam todos os anos, mas os doadores não são suficientes para a demanda. Por isso, e para incentivar este ato de amor ao próximo no País, o CNJ, em parceria com os cartórios, lançou esta semana a campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”. 

A partir do interesse pessoal em ser um doador de órgãos, o cidadão pode fazer essa manifestação publicamente e deixar isso registrado por meio da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Basta acessar o site www.aedo.org.br e preencher os dados. É tudo online e não tem custo. 

Hoje, quem deseja doar órgãos faz um comunicado à família, que na hora da morte é consultada por uma equipe médica sobre o desejo. Com a AEDO, essa manifestação fica pública. No entanto, ainda assim a família é consultada sobre a permissão ou não dessa doação no momento do luto, conforme Lei Federal nº 9.434/97.

A autorização eletrônica ficará disponível, tanto no site da AEDO como na Central Nacional de Doares de Órgãos, para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes e equipes médicas apenas com intuito de abordagem da família, que ainda terá a decisão final. 

A Fundação Pró-Rim, pioneira no transplante renal em Santa Catarina, chega neste ano de 2024 a 2 mil transplantes. São vidas salvas, pessoas que tiveram uma segunda chance. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, dados de 2023 apontam que a cada mil pessoas falecidas, 14,5 teriam condições de doarem órgãos. Mas apenas 2,6 das famílias realizaram esse ato.

 

Incentivo à doação

O médico urologista e transplantador da Fundação Pró-Rim, dr. Jean Guterres, vê como positiva a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, referente ao incentivo à doação de órgãos. “Foi lançada uma luz no que se refere à doação de órgãos, servindo para estimular o debate sobre o assunto. Esperamos aumentar o número de doadores”. 

Dr. Jean ainda lembra que “dessa vida não se leva nada, apenas deixamos aquilo que fomos” e que “doar é um ato que beneficia a alma (de quem partiu) e o corpo (de quem fica)”.

 

Lista ou fila de transplante?

O médico transplantador da Pró-Rim, dr. Christian Evangelista Garcia, explica como funciona a lista do transplante. “Em primeiro lugar, é uma lista, não uma fila. O paciente interessado em receber um órgão passa por avaliação realizada pela equipe do transplante e, então, ele recebe ou não a indicação de que está apto a receber uma doação. O paciente vai para essa lista de transplante, onde os critérios são a compatibilidade”, justifica o dr. Christian. 

Os critérios são peso, altura e, principalmente compatibilidade ABO (classificação do tipo sanguíneo) e Cross-Match (exame em que se mistura o sangue do receptor e do doador para ver se há possibilidade de rejeição nas primeiras horas pós-transplante). 

“É por isso que, às vezes, um paciente que entra na lista de transplante de rim hoje consegue ser transplantado amanhã ou depois, pois surge um órgão compatível apenas com ele. Esses testes são feitos pela Central de Transplantes. Então, realmente é uma lista, não uma fila”, reforça.

 

Mulheres enfrentam maior risco de lesões em joelhos na prática de esporte

Estudos indicam que chance é até oito vezes maior entre as jogadoras e o futebol é campeão nesse tipo de contusão; técnicas cirúrgicas modernas são esperança para recuperação mais rápida 

 

O futebol, esporte mais popular do mundo que costumava ser um espaço quase em sua totalidade masculino, tem visto a presença feminina aumentar com o passar dos anos, contando cada vez mais com grandes nomes na categoria ao redor do globo. Ao longo da trajetória para atingir o sucesso em campo, as jogadoras têm de lidar com muitos obstáculos, dentre eles, as temidas lesões. Um estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine concluiu que atletas mulheres têm duas a oito vezes mais chances de romper o ligamento cruzado anterior (LCA) em comparação aos homens. 

De todos os tipos de lesões sofridas por atletas, as contusões nos joelhos são tidas como maior algoz na modalidade feminina. Em 2022, cerca de 60 jogadoras das principais ligas profissionais femininas do mundo foram afastadas dos campos devido a lesões no joelho. “O futebol é o esporte com maior ocorrência de lesões por conta das mudanças de direção. O atleta, que está em alta velocidade, faz uma mudança brusca de direção. Com isso, há uma entorse no joelho, que pode causar a lesão. Muitas vezes, mesmo estando bem aquecido e com um bom trabalho de fortalecimento muscular, o atleta acaba sofrendo esse tipo de rotura”, diz o ortopedista do Hospital São Marcelino Champagnat, William Yousef. 


Lidando com a lesão 

Tatielle Alyne, atleta de futebol feminino de 19 anos, tem a difícil missão de lidar com uma lesão enquanto corre atrás de seus sonhos no esporte. Na época da lesão, Tatielle mantinha uma agenda regular de treinos cinco vezes por semana, além de frequentar a academia diariamente. No final de 2023, a atleta descobriu uma ruptura de menisco no joelho esquerdo e iniciou o tratamento conservador com fisioterapia. Um mês depois foi realizada uma nova avaliação do caso, na qual recebeu a indicação de que precisaria passar por um procedimento cirúrgico. 

“Minha maior preocupação com tudo isso foi justamente o tempo longe dos treinos; no entanto, minha recuperação tem sido muito boa, e tenho evoluído cada dia mais. Acredito que, com minha dedicação, tenho tudo para voltar logo e conseguir retornar com alta intensidade em breve", comenta a zagueira, que sonha em trilhar uma longa carreira e, um dia, vestir a camisa da Seleção Brasileira.


Evolução das técnicas cirúrgicas

O futebol é um esporte dinâmico e, para os atletas, é essencial minimizar o tempo de recuperação após uma cirurgia, garantindo que o retorno aos gramados permita alcançar o melhor nível físico possível. Diante disso, técnicas minimamente invasivas são empregadas atualmente para facilitar uma recuperação mais rápida e eficaz, possibilitando um retorno mais breve à atividade.

Segundo o ortopedista William Yousef, que também foi responsável pela cirurgia da Tatielle, a técnica adotada para o tratamento dela foi a mais moderna disponível. “A técnica utilizada no caso foi a videoartroscopia, um procedimento minimamente invasivo com recuperação pós-operatória que gira em torno de um mês. Nós inserimos uma microcâmera dentro do joelho, em uma incisão de um centímetro e todo o procedimento é visualizado e realizado por meio de um monitor. Diferente da técnica antiga na qual era necessário realizar a abertura da articulação para correção das lesões, atualmente, sempre que possível indicamos a sutura meniscal, que garante a preservação do menisco", explica.

O médico acrescenta que uma recuperação de qualidade depende também da dedicação de cada paciente, uma vez que a cirurgia é basicamente a mesma para todos que enfrentam o mesmo problema no joelho. “O que auxilia para otimizar o processo de retorno de um atleta de alto rendimento é a adoção regrada da fisioterapia. É comum que o atleta dedique até oito horas à fisioterapia já no dia seguinte. Ele faz fisioterapia pela manhã, à tarde e à noite. Por isso, a recuperação de um atleta é muito mais rápida. Um tratamento intensivo de recuperação pós-operatória acrescenta muito para uma recuperação mais rápida. A musculatura se recupera melhor e ele vai estar preparado para um retorno às atividades muito tempo antes”, finaliza. 

  


Hospital São Marcelino Champagnat


Como as mudanças climáticas podem afetar sua saúde mental?

As temperaturas extremas incomodam, aumentam os níveis de estresse, modificam a rotina de alimentação e o sono - tudo isso tem um enorme impacto prejudicial na saúde da sua mente.

 

A humanidade está sentindo na pele que as temperaturas globais estão mudando. O ano de 2023 foi, inclusive, classificado como o mais quente do planeta nos registros globais, desde 1850. As mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases poluentes e o fenômeno El Niño contribuíram para a alta das temperaturas no ano passado e, com as máximas enfrentadas em 2024, caminhamos para um novo recorde. Mas, o que isso tem a ver com a sua saúde mental?  

Pesquisas recentes mostram que o aumento da temperatura pode estar associado à maior incidência de tentativas de suicídio; aumento nas internações hospitalares por problemas de saúde mental; e prejuízo geral ao bem-estar da comunidade. Na prática, as temperaturas extremas incomodam, aumentam os níveis de estresse, modificam a rotina de alimentação e do sono – tudo isso tem um enorme impacto prejudicial na saúde da mente.

Não só as temperaturas extremas mas a poluição do ar também estão associadas ao aumento no risco de transtornos, incluindo depressão e ansiedade. O estudo Exploration of NO2 and PM2.5 air pollution and mental health problems using high-resolution data in London-based children from a UK longitudinal cohort study, do Reino Unido, aponta que pessoas que vivem em áreas com altos níveis de poluição do ar têm 40% mais chances de desenvolverem depressão do que as que vivem em áreas com ar mais limpo. Além disso, a exposição aos desastres climáticos – inundações, incêndios florestais e secas – pode levar ao sofrimento psicológico, desencadear problemas de saúde mental e piorar condições preexistentes.

O panorama climático tem impacto direto, também, na economia. O custo de transtornos mentais como resultado direto de riscos relacionados ao clima, à poluição do ar e ao acesso inadequado a espaços verdes está projetado para atingir quase US$ 47 bilhões por ano em 2030, de acordo com o estudo Planetary Health and Mental Health Nexus: Benefit of Environmental Management, do Boston College (2023).

Diante desse cenário, é necessário que governos adotem políticas audaciosas para melhorar a qualidade do ar, prevenir o desmatamento e conservar, proteger e melhorar o meio ambiente no âmbito global. Hábitos de prevenção e promoção de saúde da mente podem ajudar a criar resiliência emocional para enfrentar as mudanças climáticas com menor impacto no bem-estar das pessoas.

De acordo com o Instituto Bem do Estar, no conteúdo “Cuide bem da sua saúde da mente”, entre as dicas para que os indivíduos lidem com o impacto da crise climática na saúde mental se destacam:

  • praticar a atenção plena, ou seja, atividades que criam consciência sobre o que está acontecendo no momento presente em nosso corpo, na mente, nas emoções e no ambiente, sem julgamento sobre o que for observado;
  • fazer meditações guiadas; segundo a Neurociência, meditar aumenta o volume de quatro regiões do cérebro responsáveis pela regulação emocional, pela tomada de decisões, empatia e compaixão, e redução nos níveis de estresse; e
  • identificar os momentos de gratidão; diversos estudos defendem uma atitude alinhada à gratidão ativa, ou seja, o exercício da gratidão no dia a dia, a prática proporciona relaxamento, regulação emocional, principalmente na redução do estresse e potencialização e no fortalecimento das relações humanas.

É evidente que, à medida que enfrentamos as consequências desafiadoras do aumento das temperaturas e da poluição do ar, precisamos ter consciência de que a nossa saúde mental está em jogo, portanto, é necessário empreender ações para reverter esses prejuízos iminentes.  



Camila Kneip - Pós-graduada em Gestão Pública, com mais de 15 anos de experiência em ações socioeducacionais e advocacy no setor de Impacto Social. Com formação em Psicologia Positiva e técnicas tântricas neoreichianas, a profissional é gerente de Projetos e Parcerias do Instituto Bem do Estar.


Instituto Bem do Estar
www.bemdoestar.org

Mudanças climáticas alteram incidência de vírus respiratórios e impactam a saúde

Especialista médica da P&G fala sobre gripes e resfriados que aparecem fora de época, consequência de alterações no clima do planeta

 

As mudanças climáticas têm recebido especial atenção de cientistas e seus impactos vêm sendo cada vez mais sentidos não apenas na natureza, mas também na saúde humana. Segundo a diretora Médica da P&G, Lorena Antunes (138653 CREMESP), alguns vírus que eram comuns apenas em determinados períodos do ano, como o inverno, têm se apresentado de forma mais prolongadas e fora das épocas esperadas. 

 

"As temperaturas extremas afetam o meio ambiente e também interferem na saúde da população. Podemos ver maior incidência de gripes, resfriados e tosse, em decorrência de uma mistura de fatores como ar seco, calor extremo ou mudanças bruscas de temperatura. E cientistas têm notado que a sazonalidade de alguns vírus tem sido alterada pelas mudanças climáticas*", explica. Lorena afirma ainda: "Nesta época de fim de verão e chegada do outono, as temperaturas costumam ficar mais inconstantes em algumas regiões do Brasil. É muito importante observar os sinais do organismo para agir assim que os sintomas aparecerem. Em alguns casos é indicado o uso de medicamentos para alívio dos sintomas da gripe e do resfriado, como xaropes, pastilhas e até mesmo pomadas como Vick VapoRub, que têm ação descongestionante*". 

 

Para quem apresentar sintomas respiratórios, a Diretora Médica da P&G recomenda que as pessoas procurem um médico em caso de falta de ar e/ou febre e mantenham a vacinação atualizada conforme orientação do Ministério da Saúde. Além disso, ela ressalta que é importante manter ingestão abundante de líquido, alimentação balanceada e sono de qualidade. Se os sintomas se prolongarem por muitos dias, é recomendável que as pessoas busquem orientação médica adequada. 

 

* A sazonalidade é um fator importante para o desencadeamento e exacerbação de diversas patologias respiratórias1. FREITAS, C.R.S.de.; NASCIMENTO, M.M.C.do.; REIS, R.H.daS. Analysis of the interrelationship between climate seasonality and respiratory diseases. Research, Society and Development. [S. LJ, v. 11, n. 13, p. e336111335069]. VICK VAPORUB® (levomentol, cânfora e óleo de eucalipto). Indicações: é destinado ao alívio da tosse e do mal-estar muscular que acompanham gripes e resfriados, além da congestão nasal. M.S. 1.2142.0009. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.03/2024. MAT-BR-VICKS-24-000036

 

SBGG esclarece 5 dúvidas sobre a vacinação contra o vírus Influenza

Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento de que o vírus da gripe pode agravar doenças preexistentes

 

Tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, a campanha de vacinação contra o vírus Influenza (gripe), organizada pelo Ministério da Saúde, foi antecipada em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. Porém, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento de que o vírus da gripe pode agravar doenças preexistentes, como problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2, especialmente em idosos. 

Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, os idosos representaram 65,6% dos óbitos por influenza no ano passado (Estou na dúvida se deixo…) e 54,9% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Quando levado em consideração as pessoas idosas com alguma comorbidade, as complicações em decorrência da SRAG podem ser ainda mais severas, sendo que a letalidade entre esses pode ser duas vezes maior se comparado com pessoas idosas sem comorbidades. 

Para esclarecer algumas das dúvidas mais comuns e tentar levar mais conhecimento e informação à população, a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) elencou 5 perguntas e respostas sobre a vacina contra a Influenza:

 

1 - Qual a importância da vacinação contra a influenza para as pessoas idosas?

A influenza causa sérios danos à saúde, especialmente na população idosa. Além do agravamento pulmonar, com a ocorrência da gripe e, por muitas vezes, infecção bacteriana secundária, exacerba as comorbidades pré-existentes, como as cardíacas e pulmonares, aumenta a taxa de internação hospitalar, mortalidade e perda da qualidade de vida.

 

2 - A vacina contra a influenza pode ser “tomada” junto com a da Covid-19?

Sim. A vacina pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas – incluindo as vacinas Covid-19, desde que em diferentes sítios anatômicos (como, por exemplo, uma vacina em cada braço).

 

3 - As vacinas podem provocar algum tipo de reação em pessoas idosas? Se sim, quando saber se essa reação é “normal” ou se é necessário procurar um auxílio médico?

As vacinas inativadas são bem toleradas e seguras. Os eventos adversos mais comuns são dor, edema e vermelhidão no local da aplicação que pode durar até 48 horas. Efeitos sistêmicos leves e transitórios podem ocorrer, como febre, mal-estar e mialgia. Eventos mais graves, como reações anafiláticas e Síndrome de Guillain-Barré, são raros. Em caso de persistência por mais de 48h ou agravamento dos sintomas, o paciente deverá procurar atendimento médico.

 

4 - Os componentes da vacina mudam de um ano para o outro? Por quê? Este ano, a vacina é composta por quais componentes?

Sim. A vacina tem sua composição atualizada anualmente. A atualização é necessária porque o vírus influenza apresenta altas taxas de mutação, o que resulta na inserção de novas variantes todos os anos, para as quais a população não apresenta imunidade. Para 2024, as vacinas estão compostas com as seguintes cepas:

 

Vacinas trivalentes:

  • Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
  • Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2)
  • Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria)
  • Vacinas tetravalentes com acréscimo da seguinte cepa
  • Influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata)


5 - Além da vacina, como os idosos podem se prevenir da gripe?

Manter um estilo de vida saudável, com o controle das doenças prévias, bons hábitos de vida (que incluem alimentação saudável, exercícios físicos, evitar tabagismo e consumo de álcool), cuidado com a saúde mental e momentos de lazer, além dos cuidados em relação a doenças virais transmissíveis como manter os ambientes ventilados, evitar locais fechados ou grandes aglomerações, higienização frequente das mãos e evitar de colocar as mãos nos olhos e na boca antes da higienização, usar máscara de proteção facial quando estiver em local de aglomeração, evitar contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios como tosse, espirros e coriza, são algumas das ações preventivas que podem ser adotadas para evitar a infecção pelo vírus da Influenza. 



Comissão de Imunização da SBGG
Dra. Maisa Kairalla
Dr. Jarbas Roriz Filho
Dr. Paulo Villas Boas
Dr. Daniel Christiano de Albuquerque Gomes


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