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terça-feira, 9 de abril de 2024

Por que o tratamento oncológico deve ser acompanhado por um cardiologista?

As toxinas presentes em medicamentos utilizados para combater neoplasias malignas podem acarretar problemas graves, como a insuficiência cardíaca[i]

 

O músculo mais importante do corpo também pode sofrer com os efeitos das terapias utilizadas para o tratamento oncológico. Procedimentos como quimioterapia e radioterapia podem causar problemas ao coração, e as chances são maiores se o paciente possui riscos para doença cardíaca, como: hipertensão, diabetes, obesidade, arritmias e histórico de infarto prévio. 

É importante que o estado geral de saúde do paciente seja avaliado no início do tratamento oncológico, já que muitas vezes a terapia à qual os pacientes com o câncer avançado são submetidos, pode ser um agravante para doenças cardíacas. 

“A consulta com um cardiologista é tão fundamental quanto o tratamento com o oncologista. Essa integração traz mais segurança ao paciente e evita futuras complicações”, destaca Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Brasil. “A cardiotoxicidade em tratamentos oncológicos pode ser o responsável não só por aumentar o risco de morte ao paciente, mas de acarretar sequelas significativas”, completa Teixeira. 

A cardiotoxidade se caracteriza como o dano causado ao coração pelo tratamento oncológico, sendo responsável pelos efeitos adversos mais significativos, e principalmente por ocasionar morbimortalidade[ii], que representa o número de indivíduos que morreram ou que ficaram com sequelas como consequência de uma enfermidade. Uma das lesões que mais preocupam os especialistas é a insuficiência cardíaca, que acontece quando o órgão fica enfraquecido e o bombeamento de sangue é comprometido. Em alguns casos, pode ocorrer também arritmias e eventos tromboembólicos. 

É importante ressaltar que o paciente deve priorizar rotina saudável, sempre que possível, incluindo atividades físicas e alimentação equilibrada, mesmo após o diagnóstico oncológico. Com esses cuidados, o paciente se beneficiará com qualidade de vida e irá reduzir o risco de problemas cardíacos. 

As doenças cardiovasculares representam as principais causas de mortes no país, e de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos por ano sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ocorrendo óbito em 30% desses casos. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país. [iii]

 

Ferring


[i] Cardio-oncologia. Grupo Oncoclínicas. Convivendo com o câncer. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.

[ii] Cardiotoxicidade associada à terapêutica oncológica: mecanismos fisiopatológicos e estratégias de prevenção. Revista Portuguesa de Cardiologia. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.

[iii] “Use o coração para vencer as doenças cardiovasculares”: 29/9 – Dia Mundial do Coração.

Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: Link. Acesso em 27 de março de 2024.


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