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sexta-feira, 5 de abril de 2024

DIA MUNDIAL DA SAÚDE: POR QUE É IMPORTANTE CUIDAR DA SAÚDE INTESTINAL

 

De acordo com dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, aproximadamente 20% da população mundial enfrenta problemas gastrointestinais, saiba como melhorar a saúde do seu intestino. 

 

Existem trilhões de bactérias, fungos e vírus coexistindo em seu intestino neste exato momento. Isso é o que chamam de microbiota. E claro, nem todos os microrganismos são ruins . Mas eles estão lá: sempre a postos para influenciar processos em todo o corpo. 

De acordo com o Dr. Lucas Nacif, Cirurgião Gastrointestinal, e membro titular do colégio brasileiro de cirurgia digestiva (CBCD), esses microrganismos têm um papel importante em praticamente todos os sistemas do corpo. "Eles exercem influência em praticamente todos os aspectos: saúde geral, apetite, peso e até mesmo no humor", afirma o Dr. Nacif, que complementa “O sistema digestivo pode ser comparado ao alicerce de uma casa: se não estiver sólido, todo o resto corre o risco de desmoronar". 

De acordo com dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, aproximadamente 20% da população mundial enfrenta problemas gastrointestinais. Para entender melhor como promover a saúde e o bem-estar do sistema digestivo, conversamos com o Dr. Nacif, que destaca algumas orientações:
 

Esteja atentos aos sinais do seu corpo

“O sistema digestivo, que vai da boca ao ânus, pode apresentar sintomas leves como gastrite, azia, refluxo, dores abdominais e até mesmo a diarreia. Muitas vezes, as pessoas tendem a ignorar esses sintomas, mas é importante saber que sintomas persistentes devem ser examinados por um médico especializado. Porque, em alguns casos, problemas mais sérios podem estar por trás desses sintomas. Em caso de câncer de intestino, por exemplo, muitas vezes é descoberto em estágios mais avançados, devido a alguns sintomas sutis no estágio inicial da doença, e a negligência deles”, afirma.
 

Como manter a saúde e bem estar do sistema digestivo

O cirurgião gastrointestinal explica que é fundamental evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, o uso deles podem irritar o revestimento do trato digestivo e levar a problemas digestivos graves, como úlceras e câncer gastrointestinal. “Para melhorar a saúde do intestino é importante ter uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas, vegetais e alimentos probióticos. Inclua alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir, chucrute e kimchi, em sua dieta. Esses alimentos são ricos em probióticos naturais, que ajudam a equilibrar a flora intestinal, melhorar a digestão e fortalecer o sistema imunológico”, explica. 

Além disso, o médico fomenta sobre a importância de se manter hidratado, pois a água facilita a digestão, a absorção de nutrientes e a eliminação de resíduos, contribuindo para o bom funcionamento do intestino. Nacif também chama atenção para a mastigação adequada dos alimentos. “Mastigar os alimentos completamente facilita o processo digestivo, permitindo que as enzimas na saliva comecem a quebrar os carboidratos antes mesmo de chegarem ao estômago. Isso reduz o estresse sobre o sistema digestivo e promove uma melhor absorção de nutrientes”, resume.
 

Exercícios físicos são importantes

Ainda segundo o médico, o exercício ajuda a estimular o movimento intestinal, prevenindo a constipação e promovendo uma digestão mais eficiente. Mesmo uma caminhada rápida após as refeições pode ajudar a melhorar a digestão e prevenir desconfortos digestivos.

"Manter uma rotina saudável é essencial para o bom funcionamento do sistema digestivo. O equilíbrio entre alimentação, exercícios e controle do estresse é fundamental para prevenir uma série de problemas gastrointestinais e promover uma vida mais saudável e feliz." conclui o Cirurgião Gastrointestinal. 

 

Dr. Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: Site: e Instagram


Dia da atividade física: esportista de alta performance também precisam de check up

Especialista do laboratório Axial tira dúvidas sobre os cuidados que os esportistas devem ter com a saúde

 

No próximo dia 6 de abril comemoramos o Dia da Atividade Física, e mesmo atletas de alta performance devem cuidar da saúde antes de iniciar uma rotina de exercícios físicos. Seja para aprimorar sua performance ou apenas para se divertir com seu esporte favorito, realizar um check-up é fundamental para verificar se o corpo está apto a praticar atividades físicas sem nenhuma restrição. A Dra Rogéria Nobre Rodrigues, radiologia Músculo-Esquelética e Esportiva do laboratório Axial, marca que faz parte do grupo Alliança Saúde, esclarece alguns pontos sobre os cuidados necessários. 

Segundo a especialista, atletas também precisam de de apoio com exames médicos. Ela aponta que as principais sociedades médicas internacionais defendem que o se deve passar por exames anuais para realizar um check-up, com o intuito de afastar qualquer condição que coloque sua vida em risco e previna acidentes, como o sofrido pelo jogador de Futebol Christian Eriksen, que teve uma parada cardiorrespiratória durante uma partida na Eurocopa de 2021.

 

Exames importantes para esportistas 

A avaliação do atleta é iniciada com o exame clínico. Essa etapa consiste em uma consulta médica comum, na qual o médico investiga queixas e antecedentes do paciente, como dores musculares, presença de desconforto respiratório durante o exercício, uso de medicamentos e a história familiar. Levantado esses dados, em uma primeira conversa, o profissional faz o exame físico com ausculta dos batimentos cardíacos, verificação da pressão arterial e estabilidade das estruturas musculares e ósseas do paciente. Com isso, o médico consegue perceber alterações presentes no atleta e levantar quais exames serão necessários para o check-up. 

Junto ao exame clínico, é aconselhado pelas Sociedades Brasileira e Europeia de Medicina do Esporte a realização do eletrocardiograma, que verifica como está o funcionamento do coração e checa se o atleta possui algum indicativo de doença cardíaca. De acordo com Rogéria, esse exame possui um grande sucesso ao redor do mundo na identificação e na prevenção de morte súbita durante a prática esportiva. 

Após esses dois exames, o médico, por meio de seu conhecimento e análise dos dados do atleta, pode pedir mais testes durante a realização do check-up, de maneira individualizada ao paciente. Os mais solicitados são: Teste Ergométrico, Ecocardiograma, Radiografia, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Exames Laboratoriais e Teste Ergoespirométrico. Abaixo, Dra. Rogéria explica um pouco mais sobre cada um: 

O Teste Ergométrico tem como função testar o coração durante o exercício físico. Esse exame verifica como o órgão se comporta durante o esforço intenso e é capaz de identificar disfunções funcionais durante a atividade física. Médicos pedem esse exame para investigar mais a fundo pacientes que se queixam de desconforto durante o exercício, que apresentaram alterações no eletrocardiograma, aqueles que possuem problemas cardíacos na família e também pode ser realizado por ser obrigatório em algumas federações esportivas. 

O Ecocardiograma é um exame de ultrassom, que tem a finalidade de mensurar as estruturas cardíacas e o fluxo sanguíneo provocado pelo funcionamento do coração. Ele é pedido durante o check-up para a investigação minuciosa do funcionamento e do formato do coração. Também é indicado para atletas que apresentam desconforto durante o exercício, alterações no eletrocardiograma ou por protocolo de específicas federações. 

Os clubes de futebol brasileiros e europeus realizam como protocolo Radiografias e Ressonância Magnética em articulações comprometidas por lesões prévias para composição do dossiê de transferência do atleta. Atualmente, grandes clubes europeus preconizam a realização da ressonância magnética de articulações de alto impacto, como joelhos, tornozelos e bacia, com ênfase nas articulações sacroilíacas. Esse rastreio é feito como parte da avaliação médica de admissão, como uma forma de garantir um acompanhamento do jogador durante sua atuação no clube. Por consequência, percebe-se a tendência dos clubes de futebol brasileiros a adotarem essa rotina. 

Além disso, diversos exames laboratoriais podem ser solicitados durante um check-up esportivo, como urina, creatinina, lipidograma, glicemia, jejum, hemograma, entre outros. A solicitação desses testes é feita de acordo com cada atleta e esporte, sendo muitas vezes para investigação de doenças que não são relacionadas à prática esportiva, mas que podem prejudicar o desempenho do paciente. Por exemplo, pessoas com hipotireoidismo, problemas renais ou portadores de anemia. 

O Teste Ergoespirométrico é um exame que verifica as condições respiratórias e metabólicas do paciente durante a atividade física. Esse teste possui indicação tanto para diagnóstico de doenças, por exemplo asma induzida por esforço, ou para a definição dos limiares respiratórios do atleta. A definição desses limiares é importante para a prescrição de treinamentos, por meio da análise de dados do médico junto a um educador físico, para possibilitar a programação de uma preparação mais personalizada e efetiva ao perfil do esportista. 

“Sendo assim, é possível observar que os exames complementares são de extrema importância para auxiliar o médico no check-up do estado de saúde do atleta de alta performance. Somado a isso, é essencial que testes exames sejam prescritos de maneira correta de forma personalizada ao paciente”, completa Dra Rogéria.


“Marca-passo cerebral” pode transformar a vida de pacientes com Parkinson

Segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no planeta, os casos de Parkinson podem dobrar até 2040; o DBS é uma terapia segura e comprovada, porém ainda pouco conhecida, que já ajudou mais de 100.000 pessoas


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Doença de Parkinson afeta cerca de 4 milhões de pessoas no mundo, entre eles, 200 mil brasileiros1. Por isso, o Dia de Conscientização da Doença de Parkinson, mundialmente celebrado em 11 de abril, é importante para destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a doença – e o DBS é uma dessas opções pouco difundidas que tem transformado a vida de pacientes no Brasil e no mundo. 

A Estimulação Cerebral Profunda (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation) é um tratamento a ser considerado quando só o uso de medicamentos já não é mais eficaz no controle dos sintomas. Realizada há mais de 20 anos com resultados expressivos, é uma terapia segura e comprovada que já ajudou mais de 100.000 pacientes com a doença de Parkinson a recuperar o controle e a qualidade de vida2. 

“A técnica utiliza um pequeno dispositivo, semelhante a um marca-passo, cirurgicamente implantado na região do tórax, que envia sinais elétricos a fios condutores colocados no cérebro. Essa estimulação pode melhorar a função motora, reduzindo sintomas como tremores, lentidão e rigidez”, explica o Diretor de Neuromodulação da Boston Scientific, Lucas Silva. 

Segundo dados de estudos da Boston Scientific, empresa líder mundial em tecnologia médica, mais de 90% dos pacientes relataram uma melhora nos sintomas3 e, quando perguntados se fariam o tratamento com DBS novamente, 96% disseram que sim4.

O DBS aumenta em até 6 horas o período “ON” (com sintomas sob controle), em comparação ao tratamento apenas com medicamentos5, e a melhora significativa na função motora é sustentada por pelo menos cinco anos5. Pacientes com tremores relataram uma redução média de 70% destes sintomas6.

Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, os casos mundiais podem dobrar até 20401, já que as estimativas apontam para 1% das pessoas com mais de 65 anos convivendo com essa condição. Dados de pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein revelam o crescimento em número de casos nas últimas décadas e a perspectiva de que, embora sejam mais comumente associados a idosos, 10% a 20% dos diagnósticos de Parkinson são em adultos por volta dos 50 anos de idade. 

“Parkinson é hoje a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no planeta. No entanto, ainda existe pouca divulgação a respeito da condição clínica, seus sintomas e tecnologias disponíveis para tratamento”, continua Silva. “Parkinson não tem cura, mas existe um espectro amplo da doença e as terapias evoluíram significativamente nos últimos 30 anos”, completa. 

Para ampliar a conscientização e disseminar o conhecimento sobre a doença, a Boston Scientific lançou recentemente o site www.vivercomparkinson.com.br com informações sobre a condição clínica, o passo a passo da jornada do paciente e detalhes sobre o DBS, tratamento disponível no SUS e incluído no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde (ANS), com cobertura pelos planos de saúde. A plataforma disponibiliza atendimento por Whatsapp para esclarecimento de dúvidas e agendamento de consultas com médicos especialistas por geolocalização, auxiliando o paciente em toda a sua jornada.

 

Boston Scientific Brasil



1- Biblioteca Virtual em Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/11-4-dia-mundial-de-conscientizacao-da-doenca-de-parkinson-avancar-melhorar-educar-colaborar/

2- Parkinson's Foundation. Statistics. https://www.parkinson.org/Understanding-Parkinsons/Statistics. Acessado em 20/11/2023.

3- Vitek, J. INTREPID Study. Presented by Robert Gross, Plenary Session, AANS Presented at: 2018 AANS; April 26-27, 2018; New Orleans, Louisiana, USA.

4- Knoop CD, Kadish R, Hager K, Park MC, Loprinzi PD, LaFaver K. Bridging the gap in patient education for DBS surgery for Parkinson's disease. Parkinson's Dis. 2017;2017:9360354. doi:10.1155/2017/9360354;

5- Krack P, Batir A, Van Blercom, N. Five-year follow-up of bilateral stimulation of the subthalmic nucleus in advanced Parkinson’s disease. N Eng J Med. 2003:349(20):1925-1934. doi:10.1056/NEJMoa035275.

6- Okun, Michael, and Pamela Zeilman. Parkinson’s Disease Deep Brain Stimulation a Practical Guide for Patients and Families



Atenção: a lei restringe a venda desses dispositivos por meio de ou por indicação de um médico. Indicações, contraindicações, avisos e instruções podem ser encontrados nos rótulos de cada dispositivo ou www.IFU-BSCI.com. Essas informações são apenas para propósitos educacionais. Esses produtos estão para demonstração com propósitos de informação e podem não ser aprovados ou estar para venda em certas localidades. Esse material não pode ser direcionado a uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou seus afiliados. Todos direitos reservados.


Vacina de DNA contra o zika apresenta bons resultados em testes com camundongos

 

As vacinas de DNA tendem a ser mais baratas e potencialmente
mais eficientes do que as feitas com vírus inativado ou atenuado
 
 divulgação

Imunizante está sendo desenvolvido por pesquisadores da USP e da Fiocruz de Pernambuco. Resultados dos testes pré-clínicos foram divulgados na revista Frontiers in Immunology

 

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco estão desenvolvendo uma vacina contra o vírus zika. Nos testes com camundongos a formulação se mostrou eficaz, induzindo a resposta imune contra o patógeno e protegendo os roedores da infecção. Os resultados foram divulgados na revista Frontiers in Immunology.

“Geralmente, quando se fala em vacina, pensamos na inoculação de vírus atenuado ou inativado. As vacinas de DNA são uma tecnologia mais avançada, que evoluiu ao longo dos últimos 30 anos e se tornou uma plataforma terapêutica poderosa. Nesse trabalho desenhamos quatro formulações de vacina de DNA que codificam parte do complexo proteico que recobre externamente o zika. E selecionamos a que se mostrou mais eficaz”, relata Maria Sato, professora da Faculdade de Medicina (FM) da USP e autora correspondente do artigo.

Além de mais avançadas tecnologicamente, as vacinas de DNA tendem a ser mais baratas e potencialmente mais eficientes do que as feitas com vírus inativado ou atenuado. “É uma tecnologia de baixo custo e relativamente fácil de trabalhar, pois permite desenhar uma formulação vacinal a partir da escolha das partes mais importantes do vírus e adicionar substâncias [adjuvantes] que potencializem a resposta imune. No entanto, atingir uma imunogenicidade [resposta vacinal] robusta é um desafio para vacinas gênicas”, explica Franciane Teixeira, primeira autora do estudo, conduzido durante seu doutorado na FM-USP.

A pesquisa é apoiada pela FAPESP por meio de dois projetos (19/25119-7 e 18/18230-6). Também recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Oswaldo Cruz e do programa da União Europeia Horizon 2020.

 

Vacina de DNA

Com auxílio de técnicas de biologia molecular, os pesquisadores selecionaram trechos do genoma do vírus zika que codificam parte do complexo proteico que recobre externamente o vírus: a proteína pré-membrana (prM) e a proteína envelope (E). Além disso, eles fizeram a deleção de partes específicas do envelope viral.

Para que permanecesse estável, a sequência gênica selecionada foi inserida em uma estrutura denominada plasmídeo – uma molécula circular de DNA obtida de uma bactéria que não causa doença em humanos e que, nesse caso, funciona como uma fábrica de proteínas.

Quando a formulação vacinal é inoculada, a estrutura formada pelo plasmídeo (que corresponde à vacina de DNA em si) adentra o núcleo das células do organismo imunizado. Lá dentro é decifrado o código da sequência vacinal e passam a ser produzidas proteínas iguais às presentes na estrutura do zika. Isso faz com que as células de defesa desse mesmo organismo identifiquem as proteínas como se fossem o próprio vírus, passando então a produzir anticorpos que neutralizam o patógeno e a desencadear outros mecanismos que conferem proteção.

“Vale ressaltar que, assim como as vacinas de mRNA [RNA mensageiro], como as da Pfizer e da Moderna contra a COVID-19, as vacinas de DNA não alteram o código genético dos imunizados, não criam uma nova espécie, nem causam doenças autoimunes. São tecnologias seguras, mas que sofreram com uma enxurrada de fake news e desinformação”, afirma Isabelle Viana, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco e coorientadora de Teixeira.

“Somos resultado de bilhões de anos de evolução, com interações constantes com outros DNAs, como acontece quando somos infectados por um patógeno, por exemplo”, completa a pesquisadora.

 

Proteína envelope

Os pesquisadores escolheram como alvo vacinal as proteínas que recobrem a superfície do zika, com destaque para uma proteína chamada envelope – a principal indutora de anticorpos protetores (neutralizantes) contra a infecção. “Buscamos avaliar a modulação das regiões que compõem a proteína do envelope viral e, para isso, removemos as regiões dessa proteína que a retém na membrana celular, que são denominadas de porções stem e transmembrana”, explica Teixeira.

Segundo as autoras do estudo, a abordagem facilitou a expressão melhorada dessas proteínas do zika pelo organismo após a imunização, levando ao aumento da produção de anticorpos contra o vírus.

A formulação denominada ZK_ΔSTP se mostrou muito mais imunogênica em comparação com as outras três desenhadas pelo grupo de pesquisadores. “Essa estratégia corresponde à remoção de toda a região de ancoramento à membrana celular da proteína do envelope do zika, mantendo expressas apenas suas porções extracelulares. O imunizante induziu alta resposta do sistema imune adaptativo em camundongos adultos, com altos níveis de anticorpos neutralizantes [resposta humoral] e a geração de linfócitos T e B [resposta celular]”, conta.

A incorporação de sais de hidróxido de alumínio como adjuvante levou a uma resposta neutralizante sustentada, protegendo os camundongos após eles serem expostos ao vírus. “Os resultados mostraram que o imunizante é eficiente e deve ter seu desenvolvimento continuado a partir de mais estudos translacionais”, afirma Teixeira.

 

Desafios

Apesar dos avanços científicos desde o último surto de zika nas Américas, ainda não existem tratamentos nem vacinas aprovados contra a doença. Além de questões econômicas, há uma particularidade do patógeno que torna o desenvolvimento de um imunizante mais desafiador: o zika é muito parecido com os quatro sorotipos da dengue.

“O risco é ocorrer o que chamamos de reação cruzada, ou seja, os anticorpos produzidos pela vacina contra o zika reconhecerem os vírus da dengue. Isso pode até parecer positivo no primeiro momento, mas, se não for bem trabalhado, pode oferecer algum risco”, diz Viana.

A pesquisadora explica que é comum que uma segunda infecção por dengue seja mais grave, pois o organismo já desenvolveu anticorpos contra aquele vírus.

“Caso esses anticorpos não sejam potentes o bastante para evitar uma segunda infecção por outro sorotipo de dengue, acontece um efeito contrário. Os anticorpos se ligam ao vírus e fazem com que a célula do hospedeiro englobe o patógeno com mais facilidade. Desse modo, o próprio corpo ajuda o vírus a infectar as células”, explica.

Viana comenta que estudos realizados por seu grupo já demonstraram que praticamente toda a população brasileira tem imunidade para pelo menos um sorotipo de dengue. “Portanto, há uma preocupação quando se formula uma vacina contra o zika: garantir que as pessoas que já tiveram dengue não vão passar por esse fenômeno. Nos testes que realizamos em camundongos, nossa formulação vacinal induziu a neutralização apenas do vírus da zika, o que é um ótimo sinal de que ela não identifica os sorotipos do vírus da dengue e, portanto, não induz reação cruzada”, afirma.

O artigo Enhanced immunogenicity and protective efficacy in mice following a Zika DNA vaccine designed by modulation of membrane-anchoring regions and its association to adjuvants pode ser lido em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2024.1307546/full.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/vacina-de-dna-contra-o-zika-apresenta-bons-resultados-em-testes-com-camundongos/51296


Dia Mundial da Saúde: Saiba a importância de realizar check-ups e quais os exames preventivos são necessários para cada faixa etária

 

Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML) mostrou que 72% dos pacientes com doenças crônicas só descobriram sua condição somente depois de apresentar algum sintoma do problema. Mas, sabe-se que pelo menos 158 doenças comumente conhecidas podem ser pesquisadas e diagnosticadas por exames laboratoriais. Neste Dia Mundial da Saúde, que homenageia a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 7 de abril de 1948, o objetivo de promover a saúde em todo o planeta e enfrentar seus desafios se torna mais enfático. Por isso, nossa instituição destaca a importância da prevenção de doenças por meio de exames laboratoriais rotineiros. 

A realização de exames laboratoriais periódicos é fundamental. Existem diversos deles e, os médicos que conduzem a saúde do paciente são as pessoas que devem indicá-los. “Os exames preventivos auxiliam no diagnóstico precoce de doenças crônicas, levando ao controle e tratamento adequado, aumentando as chances de cura. Envelhecer com saúde deve ser um planejamento feito durante todas as fases da vida das pessoas”, explica o diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Leonardo Vasconcellos. 

Os mais básicos são os exames de glicemia e hemoglobina glicada, que apontam problemas relacionados à glicose, perfil lipídio, indicando colesterol total e frações e triglicerídeos e a avaliação da função renal, a qual se mede ureia e creatinina. Um outro exame de suma importância é o Papanicolau ou “preventivo” da mulher, que apresenta a possibilidade de câncer de colo de útero. Também é recomendado o exame de HIV, que detecta o vírus da Aids e o de hepatites. Já para os homens, o Antígeno Prostático Específico (PSA) na idade adulta. 

“Nossa luta é que as pessoas façam mais check-ups preventivamente tomando a decisão de buscar médicos mesmo quando não estão com sintomas aparentes, doentes, porque muitas doenças são silenciosas e somente apresentam sintomas tardiamente, em fases avançadas. Quem se previne, pode evitar doenças crônicas”, ressalta Leonardo. 

Há vários sinais de que um problema esteja se instalando e quanto mais cedo forem descobertos, maiores são as chances de cura e tratamento. Assim, a Patologia Clínica é essencial para o funcionamento de toda a área da saúde porque lida com exames laboratoriais que desempenham papel significativo para a prevenção, diagnóstico e tratamento de variadas doenças. 

O médico conta que 70% das decisões médicas levam em conta os exames de diagnóstico e que, em algum momento, todos os profissionais da saúde acabam por lidar com eles. “Com o avanço dos testes e das tecnologias disponíveis, cada dia mais o trabalho dos médicos é feito em parceria com os dos patologistas. Mas precisamos que as pessoas procurem os médicos.” 

Ele comenta que muitas pessoas têm medo de visitar um médico, fazer exames e ter de lidar com um problema de saúde, mas afirma que quem vai cedo ao profissional, realiza esses diagnósticos e descobre problemas iniciais, consegue maior eficácia no tratamento e evita problemas mais graves futuramente. “A saúde é nosso maior bem, temos que cuidar do corpo”, finaliza.

 

Saiba quais são os exames preventivos indicados para cada fase de vida:
 

Recém nascidos - Diagnóstico e o tratamento precoces do hipotireoidismo congênito e da fenilcetonúria evitam retardo mental grave da criança. Teste do Pezinho, além de exames extras em recém-nascidos de mães expostas a agentes infecciosos específicos e exames com base na história familiar ou na etnia do recém-nascido.
 

Crianças – Hemograma completo com perfil lipídico, insulina e glicemia. Exames de fezes, urina. Anticorpos para hepatite A,B e C (sempre à critério do médico pediatra)

 

13 aos 18 anos – Nesta faixa etária, são recomendados alguns exames de triagem, como para anemia ou infecções. Para as meninas, também são necessários exames diante de problemas menstruais ou sexuais. A saúde tem ênfase na educação sobre prevenção de acidentes e de lesões, saúde sexual, abuso de substâncias e estilo de vida saudável para evitar problemas de saúde futuros.
 

19 a 29 anos - Exames de rastreamento a partir dos 20 anos, os testes são usados para a detecção precoce de algumas das doenças mais comuns e potencialmente graves que ocorrem em adultos, como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), câncer, diabetes e doenças cardíacas.
 

30 a 49 anos - Exames de triagem se tornam importantes para homens e ainda mais para mulheres. Os exames de triagem facilitam a detecção precoce das doenças mais comuns e tratáveis, como diabetes, câncer e doença cardíaca.



SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial

Testes genéticos: como eles podem contribuir no tratamento do câncer

Além do diagnóstico precoce, novos exames, como os disponibilizados pela QIAGEN, identificam a predisposição hereditária à doença e ajudam no direcionamento para tratamentos mais eficazes 

 

O aumento de casos de câncer em pessoas jovens vem sendo considerado uma verdadeira epidemia global. De acordo com um estudo recente, publicado na revista científica BMJ Oncology, o índice de pessoas com menos de 50 anos, afetadas pela doença, aumentou quase 80% nas últimas três décadas. Entre os fatores que contribuem para este cenário, além do crescimento de causas relacionadas diretamente ao estilo de vida contemporâneo, a predisposição hereditária para o desenvolvimento da doença, deve igualmente ser considerada. É o que explica Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN.

“Pessoas que tiveram casos de câncer na família, podem e devem fazer esse rastreamento genético por meio de testes que cumprem com este objetivo. Essa medida permite identificar a predisposição ao câncer, ao avaliar se existe alguma mutação em seus genes e, com isso, adotar medidas precoces de controle, prevenção e tratamento”, destaca o executivo. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, cerca de 30% a 50% dos casos de câncer poderiam ser evitados se as pessoas tivessem esse tipo de diagnóstico antecipado.

Segundo Munford, atualmente existem diferentes tecnologias aplicadas aos testes genéticos, que podem ser utilizadas de acordo com a conduta médica estabelecida. Segundo ele, o sequenciamento de nova geração, ou NGS, é o mais indicado quando o objetivo é fazer, de fato, esse estudo genético para descobrir a propensão ao câncer, já enfrentado por outros familiares próximos.

“Esses testes genéticos já estão no rol de procedimentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para pacientes com histórico familiar de câncer de mama. Por meio deles é possível identificar mutações nos principais genes (BRCA1 e BRCA2), atrelados ao surgimento de tumores como os de mama, ovário e próstata. Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para contornar ou combater a presença dos tumores”, explica o executivo.


Testes genéticos para tratamentos personalizados

Ainda sobre as contribuições dos testes genéticos nessa jornada de combate ao câncer, o executivo da QIAGEN destaca a efetividade desses exames quando o paciente já desenvolveu a doença e precisa iniciar seu tratamento. Segundo ele, diagnósticos que utilizam o método de PCR Digital, também avaliam as informações genéticas dessas pessoas, no entanto, com maior sensibilidade, o que ajuda a identificar tratamentos mais específicos e eficazes.

Tais exames podem também ser realizados por meio da coleta de sangue, tecidos ou demais fontes de material biológico. Munford ainda considera que a realização da biópsia líquida é uma grande promessa para que os diagnósticos sejam menos invasivos, quando existe a possibilidade de se fazer a coleta a partir de amostras de sangue e não de tecidos.

“Cada câncer tem suas características e particularidades. Um câncer de pulmão de um paciente não será exatamente igual a outro tumor, no mesmo órgão, identificado em outra pessoa. Esse tipo de teste permite diagnosticar as mutações existentes dessas neoplasias e estabelecer um tratamento personalizado. Hoje, existem medicamentos voltados para pacientes com diferentes perfis genéticos, por exemplo. E esses pacientes precisam do teste genético para receber o direcionamento mais adequado. Com esse tipo de exame, também é possível saber se determinado medicamento está fazendo o efeito esperado ou se outras ações serão necessárias”, pontua.


Testes genéticos para o combate ao câncer de pulmão

O acompanhamento e detecção de neoplasias, ou surgimento de novos tumores, pode também ser realizado por meio dos testes genéticos. Nesse sentido, a tecnologia aplicada a diagnósticos moleculares tem permitido identificar mutações como as do gene EGFR, associado aos casos de câncer de pulmão. Uma vez detectada a alteração genética, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença.

“A disponibilidade dos testes genéticos para o controle desses casos de câncer foi discutida recentemente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e tem grande chance de estar acessível a toda a população, em breve. O Sistema Único de Saúde oferece os medicamentos para esse tipo de tratamento desde 2015, no entanto, somente com a realização do exame esses pacientes podem ser direcionados. Cabe destacar que quanto aos pacientes cobertos pelos planos de saúde, a realização do teste está entre os procedimentos obrigatórios determinados pela ANS”, complementa Munford.


QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/


Pesquisa mostra que pedalar frequentemente aumenta em 91% a sensação de ser saudável e reforça a relação entre saúde e ciclismo

 

Dados da Tembici mostram o protagonismo crescente da bicicleta na saúde dos brasileiros


 No próximo domingo, 07 de Abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde, data que visa conscientizar a sociedade sobre hábitos mais saudáveis, tema que tem ganhado cada vez mais importância. Uma pesquisa realizada pela Tembici, empresa líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, comprova isso, mostrando que, quando se trata de metas para os próximos seis meses, melhorar saúde e bem-estar é a prioridade para 66% dos entrevistados, superando até mesmo a economia financeira (32%). 

Como resultado, há uma busca por exercícios, esportes e práticas físicas e a bicicleta ganha protagonismo; de acordo com a pesquisa, 94% das pessoas querem pedalar mais em 2024. Segundo Thiago Boufelli, Diretor de Operações da Tembici, a popularidade da bicicleta pode ser justificada pela praticidade e a economia da modalidade. “A bicicleta tem uma soma de benefícios: ajuda as pessoas a se exercitarem enquanto se locomovem de forma sustentável. Além disso, pedalar é uma atividade democrática e sequer é preciso ter uma bike; as bicicletas compartilhadas são uma solução acessível e segura para aqueles que querem melhorar saúde, pessoas que representam uma parcela considerável de usuários, pois 93% de quem pedala nossas bikes afirmam que saúde e bem-estar estão entre os principais motivos para o uso”, comenta Boufelli.

Contudo, um dos maiores desafios enfrentados pelos ciclistas é manter uma frequência consistente para pedalar, prática que traz inúmeros benefícios para a saúde. Quando torna-se um hábito, andar de bicicleta resulta na melhora do sono, menor incidência de doenças, e melhora no condicionamento físico, por exemplo. Inclusive, pedalar com frequência aumenta em 91% a sensação de ser saudável dos entrevistados. Entretanto, a pesquisa também revela que 32% das pessoas entrevistadas não têm uma rotina definida para andar de bicicleta.
 

Homens e mulheres têm percepções diferentes sobre a própria saúde 

Segundo o levantamento, os homens costumam se sentir mais saudáveis em comparação com as mulheres. Em detalhes, 85% mais mulheres do que homens relataram que não se sentem saudáveis. Já os homens afirmam se sentirem saudáveis em uma proporção 15% maior do que as mulheres. Entretanto, as diferenças entre os gêneros são quase nula quando se trata da relação entre bem-estar e ciclismo; 94% das mulheres e 92% dos homens alegam que o principal motivo para andarem de bicicleta é a saúde. “Apesar da discrepância na visão dos gêneros dar indícios de que as mulheres são mais atentas e zelosas com a própria qualidade de vida, acredito que estamos diante de uma mudança cultural impulsionada pela pandemia que fez com que os homens começassem a buscar alternativas para se manterem saudáveis, tendência que se reflete na equivalência dos dados sobre o motivo de homens e mulheres pedalarem”, analisa Thiago Boufelli.


Estudo com moradores de Embu será apresentado em congresso nos Estados Unidos

 

Confira os resultados da pesquisa que mediu o risco cardiovascular da população da cidade

 

Entre os dias 6 e 8 de abril, a Libbs Farmacêutica vai apresentar no congresso American College of Cardiology, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, os resultados do Estudo Epidemiológico do risco cardiovascular da população de Embu das Artes. Com o nome “8 Pontos para a Saúde do Seu Coração”, a pesquisa faz parte da causa Cuidados pelo Coração e foi realizada pela Libbs, com apoio da prefeitura de Embu das Artes e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), em agosto de 2023. Participaram do estudo 1.017 moradores da cidade onde está situado o parque fabril da farmacêutica. 

O objetivo da pesquisa era avaliar o impacto dos hábitos relacionados a alimentação, prática de atividade física e horas de sono na saúde do coração dos participantes. Com esses dados, foi possível traçar um panorama de todo o município, o que pode ajudar a secretaria de saúde de Embu das Artes a desenvolver ou melhorar políticas públicas de saúde para atender seus 250.691 habitantes. 

“Os hábitos de vida, como alimentação e prática de atividade física, por exemplo, são fatores importantes para a saúde do coração. Este estudo traz achados importantes que ajudam a entender melhor a saúde da população de Embu, indicando caminhos para uma política pública alinhada com as necessidades desse público”, explica Lara Lopes Facó, coordenadora de Informações Médicas da Libbs. 


Confira os resultados: 

  • 38,3% da população do estudo apresenta sobrepeso e 33,6% têm algum grau de obesidade. Estes resultados estão em linha com projeção realizada por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que estima que 68,1% da população brasileira está com sobrepeso e 30% com algum tipo de obesidade. 
  • 28,8% da população tem pressão alta 
  • Os resultados dos exames indicaram risco aumentado para diabetes em 54,7% dos participantes do estudo. 


Alimentação inadequada e sedentarismo contribuem para este resultado.

 


  • 64,4% não pratica atividade física com regularidade e somente 27,8% pratica de 3 a 4 vezes por semana. O número é bem menor que a média para o estado de São Paulo: estudo divulgado em novembro de 2023 pela Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) mostrou que 56% da população faz algum tipo de atividade física. De acordo com a OMS, é recomendado pelo menos 150 minutos de atividade leve ou moderada por semana. 

 

  • O consumo de frutas e verduras também não é um hábito dos embuenses-das-artes. 57,7% dos entrevistados afirmaram ingerir menos de duas porções deste tipo de alimento por dia e somente 8,1% afirmou que consome 4 ou mais porções por dia. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 400 gramas, o equivalente a 5 porções de frutas e vegetais por dia. 
  • O mesmo acontece com o consumo de peixes. Enquanto a OMS recomenda que o alimento esteja no cardápio das pessoas pelo menos duas vezes por semana (o equivalente a 12 quilos por ano), na cidade de Embu, 72,8% dos moradores afirmaram que esta proteína raramente está presente no prato: menos de 1 vez por semana.

 

Como foi realizado o estudo:

O estudo foi realizado simultaneamente em 3 UBSs (Unidades Básicas de Saúde): Jardim Independência, Jardim São Marcos e Eufrásio. Os participantes eram moradores da cidade que se voluntariaram a fazer gratuitamente exames de colesterol, triglicerídeos, pressão arterial e hemoglobina glicada, além de preencherem um questionário com informações sobre hábitos de vida e alimentação. Também foram medidos o peso e altura dos voluntários, que receberam ainda uma cartilha com orientações sobre hábitos de vida que contribuem para a saúde do coração, de acordo com as diretrizes da American Heart Association, uma das mais importantes associações dedicadas ao estudo da prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares.

  

Libbs


Casos de artrose têm crescido em todo mundo

 


Casos de artrose têm crescido em todo mundo por conta do envelhecimento da população, aumento da obesidade e sedentarismo. Segundo um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, em 2050, cerca de 1 bilhão de pessoas sofrerá com a doença, que afeta as cartilagens. Publicado na revista científica The Lancet Rheumatology, o trabalho analisou pessoas de mais de 200 países durante 30 anos e revelou que hoje 15% da população a partir dos 30 anos já começou a apresentar os primeiros sinais de artrose. Por aqui, de acordo com o Ministério da Saúde, 15 milhões de brasileiros já receberam o diagnóstico de artrose, responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho e o segundo entre os que justificam o uso do auxílio-doença.


Atividade Física e Saúde Mental: entenda os benefícios do esporte para reduzir ansiedade e depressão


 É importante lembrar a importância da adoção de hábitos e de cuidados que proporcionem saúde e qualidade de vida 

 

Em uma era em que as preocupações com a saúde mental estão cada vez mais presentes, surge a necessidade de se conhecer diversos caminhos e abordagens eficazes que promovam o bem-estar emocional. Diante desse cenário, a psicóloga Gabriela Borba, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), comenta sobre uma ferramenta poderosa e que ainda não faz parte do dia de muitas pessoas: a atividade física. 

A relação entre atividade física e saúde mental é um campo vasto de estudo e prática. Gabriela destaca a importância de entender como o exercício pode desempenhar um papel crucial na redução da ansiedade e depressão. "Ao longo dos anos, vimos que a prática regular de atividade física não melhora apenas a saúde física no controle de doenças como colesterol, obesidade, diabetes, mas também tem impactos significativos na saúde mental", afirma Borba. 

De acordo com estudos recentes, a atividade física regular, especialmente a aeróbica, é a forma mais eficiente de combater a depressão e a ansiedade, além de melhorar a autoestima e o humor. "O exercício físico libera endorfinas, conhecidas como 'hormônios da felicidade', que podem ajudar a aliviar o estresse e promover uma sensação de bem-estar geral", explica a psicóloga. 

Além disso, o engajamento em atividades físicas pode proporcionar um senso de realização e controle sobre a própria vida, fatores fundamentais na luta contra transtornos mentais. Outro ponto positivo é a interação entre as pessoas durante uma atividade em grupo, por exemplo. A socialização é uma forma de afastar a solidão e auxiliar mentalmente todo o grupo. 

Segundo Gabriela, é muito importante que cada pessoa encontre uma atividade de sua preferência, que dê prazer, que seja agradável e sustentável a longo prazo. "O exercício físico não precisa ser visto como uma obrigação, mas sim como uma oportunidade de cuidar de si mesmo de uma maneira leve e descontraída", finaliza.

 

Gabriela Borba | @gabrielaborbapsi - Psicóloga Clínica especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Neuropsicóloga com foco em Avaliação Neuropsicológica. Especialista em Terapia Comportamental Dialética (DBT). Supervisora Clinica em atendimento. Idealizadora do Desenrola Podcast


Passa muito tempo sentado? Especialista traz dicas de como sair da inércia

Divulgação
Bio Ritmo
Especialista técnico da Bio Ritmo conta como começar a se movimentar para garantir uma vida mais saudável e duradoura

 

De acordo com a Organização Mundal da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking do sedentarismo no mundo. Isso pode ser o resultado de uma série de diversos fatores, entre eles, o tempo em que os brasileiros passam sentados. Segundo um estudo da Onlinecurriculo, cerca de 49,90% dos entrevistados passam a maior parte do tempo do trabalho em cadeiras e muitos não realizam atividades físicas no seu tempo livre. 

Diversos fatores mostram que o corpo humano não foi projetado para ficar muito tempo sentado, pois isso reduz o fluxo sanguíneo e oxigênio, aumentando em até 80% o risco de morrer de alguma doença cardiovascular ou ter diabetes tipo 2. Além disso, pessoas com mais de 60 anos que passam mais de 10 horas sentadas podem ter mais chances de desenvolver demência. 

Bruno Baldin, especialista técnico da Bio Ritmo, marca fitness high end comenta: “A OMS - Organização Mundial de Saúde -, diz que 30 minutos de atividade física, de intensidade leve a moderada, a partir de duas vezes por semana, já é um bom começo para melhorar a qualidade de vida e evitar doenças relacionadas ao sedentarismo. Entre outros benefícios, o exercício físico pode aprimorar as relações sociais, reduzir a pressão arterial, o estresse, elevar a autoestima, confiança e regular o emocional.” 

No Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, o especialista traz dicas de como vencer o sedentarismo e conseguir uma vida mais saudável. Confira:


1. Encontre uma atividade que goste

Ninguém tem paciência para fazer o que não gosta. Dessa forma, é essencial encontrar a atividade ideal para cada gosto, pois isso irá motivar e animar você a não desistir. 

“Busque estabelecer uma rotina semanal, de quantas vezes na semana irá treinar, desde que seja uma rotina que consiga seguir fielmente. Assim, o profissional de educação física irá adequar conforme suas necessidades e objetivos”, diz Bruno.

 

2. A adaptação deve ser leve e sem exageros

Bruno comenta que os exercícios iniciais devem ser elaborados com menor complexidade, independente da atividade física escolhida, pois o corpo não está acostumado com aquela rotina – e essa máxima deve ser levada a sério especialmente no caso de sedentários, que estão saindo de um estado de pouca movimentação. 

“Todo esporte requer adaptação, por mais avançado que seja o praticante. O treino inicial ou de introdução, na musculação, por exemplo, pode durar por até 3 meses dependendo do nível de aptidão deste novo praticante e da frequência semanal que irá adotar. Uma opção de exercícios para iniciantes são os multiarticulares, pois trabalham mais de uma articulação envolvendo outros grupos musculares. Além disso, exercícios que sejam realizados em máquinas, também são vantajosos por conta do nível de complexidade ser menor, dando mais confiança e segurança”, completa o professor.

 

3. Intensifique a atividade com orientação profissional

Para quem já está adaptado e busca exercícios para a perda de gordura corporal, as melhores opções são os treinos intensos e que elevem a frequência cardíaca, pois estimulam a adaptação metabólica que é responsável pela diminuição dessa gordura. 

Segundo Bruno, treinos circuitados que forem executados na intensidade correta, promoverão a diminuição da gordura corporal. “A vantagem deste treino é que como ele alterna exercícios resistidos e cardio, atende essas premissas e ainda fortalece os músculos e articulações", esclarece. 

“As aulas coletivas, também podem ser grandes aliadas para complementar sua rotina de atividade, onde há várias opções que atendem muitas necessidades”, indica.

 

4. Tenha paciência

Seguir uma rotina de exercícios com o objetivo de obter melhores resultados não é fácil e muito menos rápido. É preciso ter paciência e adotar alguns costumes na rotina. Além dos exercícios, incorporar uma alimentação mais saudável e apropriada para cada tipo de pessoa e objetivo, diversificar os exercícios e movimentos e não menos importante, descansar, são uns dos elementos principais para se obter os resultados. 

“Use essa data como um novo recomeço. Praticar exercícios vai muito além da estética, é um estilo de vida que traz benefícios para a vida toda”, finaliza Baldin.

  

Bio Ritmo


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