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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Oftalmologista alerta sobre as consequências do uso excessivo de telas para a saúde dos olhos


  •  Visão embaçada, sensação de ressecamento, fadiga ocular, ardor, dor de cabeça e dificuldade de focar são alguns dos sintomas da Síndrome da Visão do Computador
  • Hidratação ocular é fundamental para aliviar os sintomas e manter a saúde dos olhos, pois a lágrima é essencial para manter a superfície ocular úmida e lubrificada, além de fornecer nutrientes e oxigênio para a córnea


    Na era digital, passamos horas em frente a telas de smartphones, tablets, computadores e TVs. Embora, seja a realidade atual de grande parte da população, esta rotina pode trazer diversos impactos para a saúde dos olhos. A exposição excessiva às telas é a principal causa da Síndrome Visual do Computador, problema cada vez mais comum e que causa sintomas como visão embaçada, sensação de ressecamento, fadiga ocular, ardor e irritação, dor de cabeça e até dificuldade para focar.


    A oftalmologista especialista em córnea e catarata, Dra. Rafaela Carvalho, explica que a principal causa da Síndrome Visual do Computador é o uso prolongado de telas (acima de 2 horas sem intervalos). “O cansaço visual que sentimos ocorre porque quando estamos olhando para a tela piscamos menos e estamos constantemente focando nos pixels, que são minúsculos pontos que compõem as imagens e letras no computador. Esse trabalho de focar sobrecarrega os músculos da acomodação dos olhos e a capacidade de manter o foco diminui ao longo de muito tempo de exposição às telas”, conta a especialista.

    Isso é facilmente explicado se considerarmos que o país tem mais de dois dispositivos digitais por habitante. Pesquisa da FGVcia realizada em 2023, mostrou que existem cerca de 464 milhões de dispositivos digitais como computador, notebook tablet e smartphones, em uso no Brasil. Além disso, levantamento da Electronics Hub, os brasileiros passam mais da metade das horas em que estão acordados usando um computador ou celular, aproximadamente 56,6%. Segundo o levantamento, o Brasil é o segundo país que mais gasta tempo com telas no mundo, ficando atrás somente da África do Sul.

    Mas o que fazer para reduzir o problema? Segundo a oftalmologista, para melhorar os sintomas, deve-se mudar hábitos. Ela recomenda, por exemplo, fazer intervalos de 20 a 30 minutos a cada duas horas em frente a algum tipo de tela, manter o monitor a 60 cm do rosto, na altura dos olhos ou ligeiramente abaixo, fazer a limpeza das telas com frequência e manter ambiente bem iluminado.

    A exposição excessiva às telas eletrônicas reduz a frequência do ato de piscar e, consequentemente, deixa os olhos menos lubrificados, desencadeando um desequilíbrio na produção de lágrima. Com isso os olhos ficam ressecados, causando irritação e ardor. “A hidratação ocular é fundamental para aliviar os sintomas e manter a saúde dos olhos, pois a lágrima é essencial para manter a superfície ocular úmida e lubrificada, além de fornecer nutrientes e oxigênio para a córnea. Os colírios mais indicados no tratamento dos olhos secos são colírios que não contém conservantes, sendo os ativos mais comuns o hialuronato de sódio e carmelose sódica”.

    Um exemplo disponível nas principais farmácias do Brasil é o Colírio Liris, medicamento, isento de prescrição médica, composto por carmelose sódica, indicado para a melhora da irritação, ardor e secura dos olhos. O produto é também recomendado como lubrificante durante o uso de lentes de contato para aliviar o ressecamento e o desconforto.

    Embora reduzir o tempo de tela seja impossível em certos trabalhos, podemos reduzir a irritação e os problemas seguindo certas recomendações. Um entendimento básico do problema também pode nos ajudar a cuidar dos nossos olhos.

    Dicas para prevenir a Síndrome Visual do Computador:

    - Faça pausas regulares a cada 20-30 minutos
    - Ajuste o brilho e contraste da tela
    - Mantenha uma distância adequada da tela
    - Pisque frequentemente para evitar olhos secos
    - Faça exercícios visuais
    - Consulte um oftalmologista regularmente


Combate à tuberculose: Portadores do HIV apresentam maior vulnerabilidade à doença

Microbiologista Clínica do CEUB alerta sobre as formas de transmissão, diagnóstico e tratamento da infecção


Desafio da saúde pública global, o índice da tuberculose cresceu nos últimos anos. A enfermidade é uma das principais causas de morte em pacientes com HIV, sendo responsável por 300 mil óbitos por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Fabíola Castro, especialista em Microbiologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), destaca o alerta sobre o aumento das taxas de infecção e fornece orientações sobre prevenção e diagnóstico da doença. 

A microbiologista clínica e docente de Medicina do CEUB afirma que é essencial adquirir conhecimento sobre os sintomas, as vias de transmissão e as opções de tratamento da tuberculose para reduzir os riscos associados à doença. A especialista enfatiza que a progressão da doença é gradual e que os indivíduos infectados têm potencial para transmiti-la. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras enfermidades, o que dificulta o diagnóstico: "Além da tosse persistente, rápida perda de peso, sudorese noturna e febres leves à tarde, o infectado também pode apresentar falta de ar e tosse com presença de sangue". 

A identificação precoce da doença é fundamental para aprimorar a qualidade de vida do paciente. Fabíola ressalta que o tratamento consiste no uso de medicamentos específicos, disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sob a supervisão, monitoramento e orientação de profissionais especializados ao longo do período de administração dos remédios, cuja duração pode variar de acordo com a localização da infecção. 

"O surgimento dos bacilos resistentes exige o tratamento com drogas antimicrobianas não convencionais. Desta forma, existe uma dificuldade de resposta e diversos efeitos colaterais – o que aumenta o tempo de tratamento e reduz as chances de cura”, explica Fabíola Castro. Para diminuir o risco de tuberculose em pacientes com HIV, é fundamental que eles façam o teste quando houver suspeita e iniciem o tratamento imediatamente se a doença for identificada. 

A especialista acrescenta que a eficácia do tratamento depende da rapidez do diagnóstico e do pronto atendimento médico. “A tuberculose é uma doença que tem cura, com a possibilidade de uma recuperação plena, sem sequelas. Mas existe também o risco de ocasionar sequelas nos casos mais avançados, quando o infectado apresenta graves lesões no pulmão e nos órgãos afetados”, arremata.

 

Cenário mundial

De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), mais de 38 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV. Embora a terapia antirretroviral tenha melhorado significativamente a expectativa de vida desses pacientes, eles ainda estão em risco de contrair outras doenças, como a tuberculose. 

Segundo dados mais recentes do UNAIDS, aproximadamente 690 mil pessoas que vivem com HIV foram diagnosticadas com tuberculose, refletindo uma redução de 23% em relação aos casos registrados em 2010. Apesar dessa diminuição, ainda há um longo caminho a percorrer na prevenção e tratamento da tuberculose em pacientes com HIV. Devido à alta contagiosidade da doença, o risco de transmissão é ampliado em ambientes onde as pessoas residem em condições precárias e têm contato próximo, como prisões, abrigos e centros de refugiados.

 

 Entenda a ciência por trás da limpeza de clínicas e consultórios

Protocolos específicos devem ser aplicados para evitar doenças e infecções

A manutenção da higiene em clínicas e consultórios transcende a simples questão da aparência, ancorando-se na garantia de saúde e segurança de pacientes e profissionais. Adequar a limpeza desses ambientes é vital para prevenir a disseminação de infecções, exigindo uma observação rigorosa de normas e regulamentações específicas. Nesse contexto, é necessário adotar práticas corretas, que vão desde a escolha dos produtos até a implementação de rotinas detalhadas de limpeza, especialmente em áreas críticas que representam maior risco de transmissão de doenças.

De acordo com Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria e renomada referência em inovação no setor de saúde, uma limpeza eficiente e criteriosa em ambientes de saúde é a primeira linha de defesa contra a propagação de doenças infecciosas. “Ela deve ser vista como parte integrante da prestação de cuidados de saúde, não como uma tarefa secundária. Para isso, é preciso uma abordagem sistemática e profissional de higienização, considerando a classificação das áreas, a escolha dos desinfetantes adequados e o treinamento da equipe responsável pela limpeza”, conta.

As diretrizes de higienização se baseiam em uma classificação detalhada das áreas de serviço de saúde, que varia de acordo com o risco de transmissão de infecções, estabelecendo procedimentos específicos de limpeza para cada uma delas. Este sistema de classificação, embora sujeito a debates contemporâneos, serve como um guia para alocar recursos, definir frequências de limpeza e garantir a segurança e eficácia nos procedimentos.

Além disso, as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e outras entidades reguladoras fornecem um framework detalhado sobre os métodos de limpeza e desinfecção adequados para superfícies e equipamentos médicos, assim como sobre os materiais e a periodicidade necessários para assegurar um ambiente seguro e livre de contaminações.

“A rotina diária de limpeza não pode funcionar sozinha. São necessárias sessões de limpeza profunda periódicas, visando áreas que podem ser negligenciadas em uma higienização mais superficial”, acrescenta o especialista. Segundo Éber, tais procedimentos utilizam produtos específicos, comprovadamente eficazes contra um amplo espectro de microrganismos, garantindo uma proteção abrangente contra potenciais fontes de infecção.

Para que tudo seja feito da maneira mais correta possível, recomenda-se ainda uma série de ações, incluindo treinamentos regulares para a equipe, adoção de um protocolo claro e uma conscientização constante sobre a importância da higiene pessoal e do uso adequado de equipamentos de proteção individual.  



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

SIS Consultoria
Para mais informações, acesse o site ou pelo Instagram


Urgente: chamada para doadores do tipo O- no GSH Banco de Sangue de São Paulo

 

O GSH Banco de Sangue de São Paulo está convocando doadores do tipo O- para efetuarem suas doações em caráter de urgência, pois os estoques deste fator Rh estão 22% abaixo do ideal. Segundo a instituição, ao mesmo tempo em que os estoques enfrentam um déficit, a demanda por hemocomponentes tem sido alta, em razão da grande quantidade de cirurgias eletivas e dos casos de dengue. 

“Neste momento, nossos esforços estão concentrados em sensibilizar os doadores para que efetuem a sua doação o quanto antes. Enfrentamos uma situação em que todas as bolsas de sangue coletadas já são consumidas imediatamente, devido à grande demanda. Precisamos equilibrar nossos estoques, com uma boa margem de segurança, para que não falte hemocomponentes aos pacientes internados em diversos tratamentos e que necessitam de transfusões de sangue”, explica Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo. 

O tipo O negativo é o que está mais em falta e isso não pode acontecer, pois é considerado universal, pode ser transfundido em qualquer pessoa em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o tipo de sangue do paciente. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda o protocolo de transfundir bolsas de sangue O- em recém-nascidos de até 4 meses quando necessitam de transfusão. 

O GSH Banco de Sangue de São Paulo atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso. Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente, observando os requisitos abaixo.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


"Desvendando a Hérnia Umbilical: Tudo que Você Precisa Saber Para Evitar Complicações”


Especialista Explica Tudo o que Você Precisa Saber


Você sabia que cerca de 10% da população mundial tem Colelitíase? Mas você sabe o que é isso?

 

Bem, esta doença, também chamada de cálculo ou pedras na vesícula, é mais comum do que pode imaginar e pode afetar pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em mulheres acima dos 40 anos. Os “cálculos” podem trazer desconforto e, se não tratada, pode causar complicações como inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou infecções graves nos ductos biliares (colangite).

 

Quando o colesterol, os sais biliares ou os bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, há precipitação formando pequenos grânulos (pedras). Estas podem variar em tamanho, desde pequenas partículas até pedras maiores e podem causar dores intensas.

 

Mas fique tranquilo: Conversamos com o Médico Cirurgião, especialista em Laparoscopia, Dr. Ernesto Alarcon, que vai explorar as causas e os tratamentos para essa condição, oferecendo informações valiosas para aqueles que desejam conhecer melhor o assunto.

 

Então vamos lá...


 

-Dr Ernesto, pode nos explicar o que é a Colelitíase?

 

Colelitíase é o acúmulo de cálculos na vesícula biliar, um órgão pequeno em formato de saco que armazena bile, um líquido produzido pelo fígado que ajuda na digestão de gorduras e na absorção de alguns nutrientes. Os cálculos são formados por uma combinação de colesterol, sais biliares e bilirrubina, como já dito acima.


 

- E as Causas?

A bile é composta por água, colesterol, sais biliares, bilirrubinato e lecitina. Quando há desequilíbrio na produção hepática de algum de seus componentes, há precipitação e formam-se os cálculos.

A formação de cálculos na vesícula biliar também está relacionado à diversos fatores, incluindo dieta rica em gorduras e carboidratos, obesidade, diabetes, sedentarismo, histórico familiar e idade avançada – explica o Dr. Ernesto Alarcon.

 

Algumas condições médicas também podem aumentar o risco de Colelitíase, como doença inflamatória intestinal e cirrose hepática, que podemos falar em breve.

 

Dr. Ernesto, quais os Tratamentos existentes?

O tratamento da Colelitíase, depende dos sintomas, do tamanho e quantidade dos cálculos. No cálculo assintomático a análise de todas as variáveis envolvendo o caso são analisadas para que se possa decidir ou não pela cirurgia. Cálculos sintomáticos são indicação para o tratamento cirúrgico.

Essa cirurgia, chamada de colecistectomia, pode ser realizada por Laparoscopia, uma técnica minimamente invasiva que oferece uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.


 

E o que o Dr. pode oferecer como conselho para quem sofre de colelitíase ou suspeita que tem? 

Como já dissemos, a colelitíase, é uma condição comum que pode causar desconforto e dor abdominal. Felizmente, existem tratamentos eficazes disponíveis para ajudar a prevenir e tratar essa condição. Se você está preocupado com seus sintomas, consulte um médico o quanto antes, para uma avaliação completa e um plano de tratamento adequado. 


Dr. Ernesto Alarcon - Médico Cirurgião , Especialista em Videolaparoscopia e Cirurgia Geral.
@drernestoalarcon
www.drernestoalarcon.com.br


Dia Nacional do Câncer: casos podem aumentar 77% até 2050

A boa notícia é que, paralelamente, nos últimos 30 anos, as taxas de cura aumentaram de 25% para 65%, graças à divulgação qualificada sobre prevenção e avanços da tecnologia

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os casos de câncer podem aumentar 77% até 2050 em relação a 2022, ano em que foram registrados 20 milhões de pessoas com a doença no mundo. Para conscientizar a população, o Ministério da Saúde instituiu, há 36 anos, o 8 de abril como o Dia Nacional do Câncer. O objetivo é levar orientações sobre prevenção à população para evitar o surgimento da doença e, ao mesmo tempo, favorecer o diagnóstico precoce, reduzir os casos no país e permitir um tratamento eficaz.

Apesar da previsão do aumento do número de casos, a divulgação sobre os cuidados preventivos tem refletido nas taxas de cura da doença, que nos últimos 30 anos aumentou de 25% para 65%. Segundo o coordenador médico do Hospital Integrado no Câncer da Rede Mater Dei de Saúde e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Enaldo Lima, quando o paciente é diagnosticado nos estágios 0 e 1 de câncer, que são os mais precoces da doença, há de 90% a 100% de possibilidades de cura, o que reforça a importância da campanha, que leva informação qualificada sobre cuidados para prevenção da doença à população. 

Segundo ele, somados à informação educativa, nesse período houve também avanço da tecnologia, que permitiu diagnósticos mais eficientes, bem como tratamentos mais modernos e precisos, inclusive com o uso de robôs, além de remédios e técnicas de radioterapia mais eficientes. “Os avanços foram em todas as áreas, incluindo biologia molecar e, mais recentemente, a evolução genética com a chegada de medicamentos de fármaco genomas que desenvolveu absurdamente. Isso tem impactado não apenas na cura, como na melhoria de qualidade de vida dos pacientes”, avalia.

Esses avanços, em termos de porcentagem, referem-se a uma média de todos os tipos de câncer. Entre eles, alguns apresentaram mais destaque. “Para ter uma ideia, a oncologia pediátrica que há 30 anos curava 50%, hoje cura 85% dos casos”, compara o médico. Ele explica que a Rede Mater Dei de Saúde tem acompanhado esses avanços, disponibilizando os tratamentos mais modernos disponíveis no mercado. “A Rede Mater Dei de Saúde oferece, por exemplo, cirurgia com robô que permite segurança e resultados cirúrgicos superiores. Em casos de câncer de pulmão e câncer de próstata hoje é quase impensável a operação sem o uso de robô”, ilustra. 

Além disso, ele destaca que na área de radioterapia, os equipamentos usados no hospital são os mais modernos e sofisticados. Já em termos de medicamentos, o hospital possui todas as técnicas existentes atualmente, incluindo imunoterapia e tratamento gênico. “No SUS, a cada 100 pacientes, 70 são tratados com algum tipo de medicamento, normalmente quimioterapia, o que representa casos mais graves. Na Rede Mater Dei de Saúde, a cada 100 pacientes, apenas 29 recebem medicamento. “Quanto mais precoce o paciente é diagnosticado, menos tratamento medicamentoso ele recebe”, esclarece.


Sobre o câncer 

O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal de células no corpo. Existem mais de 100 tipos diferentes da doença, com sintomas e tratamentos diferenciados. Mas, segundo Elando Lima, há alguns sinais de alertas comuns a todos, que merecem atenção. “Caroços, nódulos e manchas devem ser imediatamente reportados ao médico, emagrecimento e febre repentinos e sem causas específicas, além de sangramentos”, orienta.  

Manter um estilo de vida, com atividade física regular, alimentação equilibrada e medidas de saúde pública estão associadas à prevenção de todos os tipos de câncer, como não fumar, evitar o uso excessivo de álcool, manter a forma, praticar atividade regularmente, reduzir a exposição solar nos períodos de maior taxa de radiação UV e manter uma dieta equilibrada. 

  

Rede Mater Dei de Saúde


Suplementos nutricionais não devem ser usados por conta própria

Sem indicação adequada, além de não serem eficazes, podem causar diversos danos ao organismo, principalmente ao de quem já tem algum problema de saúde

 

O estilo de vida e a alimentação são muito importantes e podem ser os fatores decisivos na longevidade. Dados do Censo 2022 mostram que a população brasileira está cada vez mais velha. A idade média que era de 29 anos, em 2010, passou para 35, em 2022. O perfil da população brasileira apresenta uma alta concentração de adultos de meia idade e uma pirâmide etária que chama a atenção pela necessidade de cuidar da saúde. 

Com o crescimento da consciência sobre a importância dos nutrientes para retardar o envelhecimento das células, prevenir doenças e ter mais disposição física e mental, muitos têm aderido ao uso de suplementos nutricionais. No entanto, para que essa complementação seja eficaz, é preciso saber mais sobre ela, descobrir se existe a recomendação e a forma correta de suplementar. 

Para começar, apenas um profissional de saúde habilitado poderá diagnosticar deficiências nutricionais. “No exame clínico, avaliamos a massa muscular, os sinais de decréscimo nas habilidades sensorial, motora e cognitiva e, principalmente, os parâmetros laboratoriais e bioquímicos. De maneira geral, os adultos costumam se beneficiar da suplementação de whey protein na forma isolada ou hidrolisada com colágeno, vitaminas D e B12 e cálcio”, explica o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hcor.  

Ainda de acordo com o especialista, a suplementação também pode e deve ser utilizada em situações especiais, como atividade física de alta performance, desnutrição, ganho de massa magra, pós-operatório e tratamento de câncer. No entanto, existem os suplementos anabolizantes que envolvem os hormônios utilizados para ganho de massa e força muscular. Sem o devido acompanhamento médico, podem causar diversos danos à saúde, como hipertensão arterial, câncer de fígado, hepatite e maior incidência de trombose arterial nos homens e aumento do clitóris, rouquidão, infertilidade e alterações glandulares mamárias nas mulheres. 

“É importante ressaltar que o ideal é ingerir os nutrientes necessários por meio de uma alimentação equilibrada, que pode ser ajustada por um especialista, de acordo com as necessidades individuais. Quando essa medida não é suficiente para atingir os níveis adequados, podemos fazer a complementação. Dessa forma, a suplementação nutricional não pode ser usada para prevenir, tratar ou curar doenças.”, reforça o médico.
 

Hcor

10 destaques do Consenso Brasileiro de Diagnóstico e Tratamento da Insônia em Adultos

 

Os fatores de risco, o que funciona e o que não funciona para quem sofre na hora de dormir estão nas diretrizes da Associação Brasileira do Sono


A Associação Brasileira do Sono (ABS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) coordenaram a atualização das diretrizes clínicas sobre a insônia em adultos. O "Consenso Brasileiro de Diagnóstico e Tratamento da Insônia em Adultos", um documento com mais de 150 páginas, é um direcionamento clínico formulado por especialistas em estudo do sono para orientar os profissionais com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

O cardiologista Luciano Drager, presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS) , é um dos autores do consenso e está à dispoição para falar sobre as diretrizes.


10 destaques do consenso de Insônia: 

1) A insônia é mais prevalente no sexo feminino, em indivíduos na meia-idade e idosos, em trabalhadores em turno, em pacientes com doenças clínicas e psiquiátricas, em pessoas de baixa renda e em indivíduos que moram sozinhos (solteiros, separados ou viúvos).

2) São fatores de risco para a insônia o sexo feminino, principalmente após a menopausa, idade avançada (idosos), histórico familiar de insônia, história prévia pessoal de insônia e características de personalidade ansiosa.

3) Mudanças de hábitos, de comportamento, de crenças e até de perspectivas em relação ao quarto e à cama do paciente podem resolver o problema sem a necessidade de medicamentos.

4) Caso se considere o uso de medicamentos, os agonistas de receptores benzodiazepínicos, como o famoso Zolpidem, e os antagonistas de receptores de orexina (suvorexanto, lemborexanto e daridorexanto) e alguns antidepressivos sedativos são as drogas mais indicadas após avaliação particularizada.

5) O tratado também sublinha que "soluções" de uso popular, como melatonina, chá de camomila, acupuntura e aromaterapia não são indicados para a insônia ou ainda carecem de confirmação científica.

6) O canabidiol (CBD), que vem ganhando fama por, supostamente, reduzir a dificuldade de dormir, também tem seu efeito questionado. Alguns estudos prévios mostram que a substância melhora a qualidade do sono, mas os pesquisadores recomendam cautela.

7) Fitoterápicos como Valeriana, Camomila e Passiflora não têm diretrizes científicas que orientem o planejamento terapêutico ou comprovação de seus efeitos sobre o sono.

8) Anti-histamínicos (antialérgicos) não devem ser utilizados no tratamento da insônia por causarem efeitos no Sistema Nervoso Central e comprometimento no desempenho de crianças e adultos no trabalho, estudo, direção e uso de máquinas - além de outras condições descritas no consenso.

9) O consenso mostrou que, na prática clínica, há pouca ênfase às medidas não-farmacológicas ofertadas aos pacientes com insônia (como terapias comportamentais, meditação e prática de ativida de física, por exemplo) e reforça o papel de destaque da terapia cognitivo-comportamental no tratamento.

10) O fato de o profissional de saúde e o paciente acabarem depositando boa parte do sucesso no tratamento farmacológico, muitas vezes sem um plano definido do tempo de uso e tentativas de retirada, pode contribuir para o abuso no uso das substâncias e dependência delas.

O “Consenso de Diagnóstico e Tratamento da Insônia em Adultos 2023” que apresentou diretrizes importantes para especialistas em saúde de todo o Brasil está disponível para consulta no portal da Associação Brasileira do Sono – ABS.  



Associação Brasileira do Sono
https://www.instagram.com/absono/


Dia Mundial da Saúde: adoção de hábitos saudáveis é essencial para uma vida de qualidade

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo pode causar doenças em 500 milhões de pessoas até 2030. Esse dado alarmante ressalta a importância de adotar hábitos saudáveis e praticar exercícios físicos para promover uma vida mais longa e com melhor qualidade. 

O Dia Mundial da Saúde, comemorado em 07 de abril, traz à reflexão essa questão, destacando como pequenas atitudes podem gerar grandes benefícios quando o assunto é saúde. Além disso, o Dia Mundial da Atividade Física, celebrado em 6 de abril, busca incentivar as pessoas a adotarem um estilo de vida mais ativo, promovendo conscientização sobre a importância da mudança de hábitos para o bem-estar geral. 

Segundo a Dra. Ariane Cantarella Bonadio, médica endocrinologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), a prática regular de atividade física pode ajudar a prevenir doenças crônicas como as cardíacas, o diabetes e a obesidade. Os exercícios contribuem para o controle do peso, aumentam o gasto calórico, fortalecem os músculos e melhoram a circulação sanguínea, assim como previnem doenças coronarianas e acidentes vasculares cerebrais. Além disso, ajudam a fortalecer os ossos, prevenindo condições como osteopenia e osteoporose. Contribuem, ainda, para prevenir distúrbios do sono, doenças respiratórias, diversos tipos de câncer, transtornos de humor e demências. 

"O sedentarismo pode favorecer o aumento da gordura corporal e de marcadores inflamatórios. Isso cronicamente pode levar a doenças cardiovasculares, resistência insulínica e problemas musculoesqueléticos", exemplifica a médica. 

A prática regular de atividade física também colabora com a saúde mental, algo bastante importante quando se fala em qualidade de vida. "Os exercícios ajudam no equilíbrio dos neurotransmissores cerebrais, contribuindo no tratamento de depressão, ansiedade e fibromialgia", explica a especialista. 

Quanto à quantidade ideal de exercício, Cantarella faz algumas recomendações:

- Adultos: devem realizar pelo menos 150 a 300 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada, ou 75 minutos por semana de atividade aeróbica de alta intensidade, além de exercícios de fortalecimento muscular em dois ou mais dias por semana;

- Crianças e adolescentes: devem praticar pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa todos os dias;

- Idosos: devem seguir as mesmas recomendações dos adultos, com ênfase na manutenção da flexibilidade, equilíbrio e força muscular.

Sobre o volume de atividade física, apesar das recomendações, a médica afirma que o importante é começar. “Qualquer quantidade de exercício é melhor do que nada. A intensidade e a duração das atividades físicas devem ser ampliadas de acordo com capacidade e objetivos de cada um", finaliza Cantarella.
 

Outros hábitos saudáveis 

Segundo a endocrinologista, manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, evitar alimentos ultraprocessados e manter-se hidratado também são práticas essenciais para a saúde. Além disso, é importante garantir um sono adequado, controlar o estresse com técnicas de relaxamento, meditação e respiração, evitar o consumo de álcool e tabaco e cultivar relacionamentos sociais saudáveis.
 

Hospital Evangélico de Sorocaba


Estudo do Butantan aponta que alterações na urina de pessoas com autismo podem contribuir no diagnóstico

 Biomarcadores encontrados por pesquisadores têm potencial para auxiliar no acompanhamento do quadro

 

Pesquisadores do Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo, identificaram potenciais biomarcadores em amostras de urina de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que podem auxiliar no desenvolvimento de métodos complementares de diagnóstico e acompanhamento da evolução do quadro. O trabalho foi publicado na revista Biomarkers Journal (https://www.primescholars.com/articles/searching-for-biomarkers-candidates-of-autism-spectrum-disorder-with-metabolic-disorders-evidences-for-a-possible-role-o.pdf) e indicou diferenças na concentração total de proteínas e aminoácidos na urina de indivíduos com autismo e de pessoas sem o transtorno.

 

O trabalho faz parte do Programa de Pós-Graduação em Ciências da SES-SP e foi desenvolvido pela pesquisadora Dra. Nádia Isaac da Silva. Nele, foram analisadas amostras de 22 crianças diagnosticadas com TEA, com idades entre 3 e 10 anos, e de 22 crianças neurotípicas como grupo controle. Os testes apontaram alterações nas quantidades dos aminoácidos arginina, glicina, leucina, treonina, ácido aspártico, alanina, histidina e tirosina na urina das crianças com autismo. De acordo com a publicação, os níveis anormais de proteínas e aminoácidos podem estar relacionados a diversos sinais observados em pessoas com TEA.

 

Por exemplo, durante a formação do feto ou no período pós-natal, quando os receptores de neurotransmissores estão em desenvolvimento, o desequilíbrio de aminoácidos pode tornar o cérebro vulnerável à superestimulação. Outra hipótese é que essa desregulação metabólica pode contribuir para a presença de comorbidades, como transtornos gastrointestinais.

 

Segundo o pesquisador Ivo Lebrun, do Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Butantan, o desequilíbrio da microbiota intestinal, que anda lado a lado com o metabolismo, costuma estar presente nos pacientes com autismo, levando a uma inflamação do sistema digestivo. Isso faz com que alguns alimentos, em geral, não sejam muito bem tolerados, como derivados do leite e produtos com glúten.

 

“O autismo é um espectro de alta complexidade, influenciado por vários fatores. Da mesma forma, o seu acompanhamento deve ser multidisciplinar: terapias comportamentais, psicoterapia e nutrição, por exemplo, são práticas que visam a melhoria e controle do quadro”, diz o pesquisador.

 

Devido à complexidade do diagnóstico e do tratamento, diversas abordagens têm sido estudadas para ampliar o conhecimento sobre o TEA, como a construção de bancos de dados provenientes de amostras de sangue e de sequenciamento genético. São estudos que permitem descobrir, por exemplo, novos genes associados ao distúrbio e biomarcadores para caracterizá-lo.

 

Uma das vantagens de trabalhar com biomarcadores na urina é a facilidade da coleta, que pode ser feita em casa pelos próprios pais ou responsáveis – diferente de uma coleta de sangue, que é mais invasiva, exige um profissional especializado e envolve mais dificuldades, especialmente no caso do público infantil. 



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Cirurgia de varizes: entenda quais são os tipos e cuidados que se deve ter ao fazer este procedimento


Quando surge um problema vascular, como as varizes, um dos caminhos para a solução do incômodo pode ser a indicação de um tratamento cirúrgico. 

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) dizem que mais de 529 mil brasileiras foram internadas para tratamento de varizes entre 2013 e 2022. O cálculo aponta que a cada hora, em média, seis mulheres são submetidas a cirurgias para tratamento do problema pela rede pública de saúde.
 

Mas quais os tipos de tratamentos vasculares existem?

O cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha explica alguns tipos de tratamento para varizes: escleroterapia com espuma densa, cirurgia de varizes, cirurgia a laser e radiofrequência.
 

Escleroterapia

"A escleroterapia de varizes é parecida com a secagem de vasinhos", sendo feita aplicando-se um produto específico (polidocanol em forma de espuma) no interior do vaso sanguíneo, que desaparece depois de alguns dias, explica o médico. 

Utilizando uma injeção com agulha bem fina, é injetada uma espécie de espuma que irá "matar" a veia. Com isso, o sangue irá passar por outra veia saudável como alternativa para retornar ao coração. 

O procedimento é realizado na própria clínica, sem necessidade de internação ou repouso, sendo necessário o uso de meias de compressão elásticas.
 

Cirurgia de varizes

A flebectomia de tributárias, havendo a possibilidade ou não da retirada da safena, é conhecida como cirurgia de varizes e serve para remoção da veia varicosa. O procedimento é feito em centro cirúrgico com anestesia. Na maioria das vezes, é uma cirurgia de rápida recuperação e com bons resultados, tanto funcionais quanto estéticos. O repouso é rápido e o(a) paciente pode voltar à rotina geralmente depois de 10 dias.
 

Cirurgia a laser

Fábio Rocha explica também que é preciso compreender que existem dois tipos de tratamento com laser. 

"Um deles é feito com o laser transdérmico na região das varizes. Esse tipo de laser é aplicado sobre a pele e absorvido pelo sangue, fazendo-o aquecer. Os tecidos ao redor não aquecem. O sangue quando aquecido causa a contração e, consequentemente, o fechamento do vaso. Este tratamento é utilizado para varizes de pequeno calibre. 

O outro tipo de laser é o endolaser. "O procedimento é feito por uma punção na veia a ser tratada. Com ajuda de um ultrassom, uma fibra óptica é inserida no local e lança luz infravermelha, que faz as veias contraírem à medida que a fibra é retirada da veia. Podem acontecer inflamação e coágulos, que são absorvidos pelo organismo", completa.
 

Radiofrequência

Este é um procedimento parecido com o endolaser. Um cateter é colocado na veia a ser tratada. Guiado por ultrassom, o cirurgião vascular coloca o equipamento na posição correta e as ondas de radiofrequência fazem a veia fechar, impedindo a passagem do sangue.
 

Remoção da veia safena. É sempre necessária?

Primeiro é preciso entender que em cada perna existem duas veias safenas. A Safena Magna ou interna vai do tornozelo à virilha. Já a Safena Parva ou externa está na panturrilha e vai do tornozelo até a parte posterior dos joelhos. 

A safenectomia, ou seja, retirada das veias safenas, é indicada quando a veia está muito tortuosa ou dilatada, dificultando o retorno venoso. Se não tratado, esse problema pode causar úlceras e feridas nos membros inferiores.


E quais os cuidados com a cirurgia vascular?

O cirurgião vascular Fábio Rocha explica que os cuidados precisam ser tomados antes e após um procedimento cirúrgico.


Pré-operatório

Após passar por consulta médica e agendar a cirurgia, o paciente precisa se atentar a alguns cuidados. Contudo, lembre-se de que cada situação dependerá do tipo de cirurgia que você fará. Afinal, cada procedimento exige um tipo de cuidado.

Primeiro passo é entender que será necessário um jejum de pelo menos oito horas. E, nesse jejum, além de não ingerir alimentos, o paciente também não poderá ingerir água. A água só é permitida em alguns casos, com pequenos goles, se o paciente tiver que tomar algum medicamento. 

Outro fato que ele deve ficar atento é chegar ao local da cirurgia com pelo menos duas horas de antecedência. Se for pedido, o paciente deverá levar os exames que já foram realizados. 

Outra parte do tratamento vascular com cirurgia começa ainda no centro cirúrgico ou no ambulatório.


Intraoperatório

Os cuidados intraoperatórios também fazem parte para o sucesso da cirurgia. Porém não é um tipo de cuidado único para todos os pacientes. 

Compreenda que cada pessoa é única, tem suas necessidades e consequentemente os cuidados serão individualizados nesta fase do tratamento. 

De modo geral, podemos dizer que três fases devem ser observadas aqui: indução anestésica, procedimento cirúrgico e recuperação anestésica. Ou seja, o paciente deve ser anestesiado por um profissional, em centro cirúrgico de hospital ou clínica com infraestrutura para possíveis intercorrências. A cirurgia deve ser realizada por médico profissional e logo após o término dela, a reversão da anestesia deve ser feita pelo anestesista.


Pós-operatório

O pós-operatório será a parte mais importante, pois é nesta fase, com a ajuda do paciente, que a cirurgia será realmente um sucesso.


Meia Elástica

As meias elásticas de compressão são fundamentais no pós-operatório de cirurgia vascular.O tempo que elas serão utilizadas será indicado pelo cirurgião vascular.


Hidratação

Não importa qual o tipo de cirurgia vascular que você fez nas pernas, os medicamentos podem causar desidratação. Por isso, é essencial que a hidratação seja feita de forma correta.


Evite sol

Evite fazer esse tipo de cirurgia estando bronzeado(a). Após a cirurgia, evite se expor ao sol até que sua pele esteja totalmente recuperada. Quando sei que ela estará recuperada? O seu médico irá te orientar quanto a isso.


Caminhada

Ficar totalmente em repouso não é a melhor opção. Fazer uma pequena caminhada dentro de casa, de até dez minutos a cada duas horas, ajuda a melhorar a circulação e a evitar problemas como trombose e inchaços.


Drenagem linfática

Apesar de não ser uma técnica obrigatória, a drenagem linfática é indicada para ajudar na diminuição de inchaços locais.


Curativo

Certifique-se de que as mãos de quem irá ajudar com os curativos estejam realmente limpas. Isso evitará a contaminação e possíveis infecções. Usar álcool 70% é uma boa alternativa. Outra situação é ficar atento ao micropore e a possíveis anormalidades, como mudança de cor na pele, dores ou outra situação fora do que é esperado. Caso aconteça, deve-se informar ao médico imediatamente.
 

Alimentação

Apesar de, em alguns casos, os pacientes sentirem náuseas, é preciso se alimentar de forma correta e o mais saudável possível. Ah, e não se esqueça da hidratação.


Fábio Rocha - angiologista e cirurgião vascular Fábio Rocha oferece um atendimento humanizado, eficaz e altamente especializado. Ele se formou em Medicina, em 2002, na USP (Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto) e, posteriormente, fez a residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em 2005, ingressou na especialidade que exerce até hoje: Angiologia e Cirurgia vascular.


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