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terça-feira, 2 de abril de 2024

Seguro cibernético: consultoria revela dicas importantes para uma contratação mais segura e eficiente

 Especialistas recomendam precauções e análises detalhadas para proteger ativos digitais

 

Em um cenário cada vez mais digitalizado, no qual a tecnologia permeia todas as facetas da vida empresarial, a proteção contra ameaças cibernéticas emergiu como uma questão de sobrevivência e os  seguros cibernéticos surgem como uma aposta estratégica para empresas que buscam fortalecer a proteção digital de suas operações. 

O ciberseguro, também conhecido como seguro de risco cibernético ou cobertura de responsabilidade cibernética (CLIC), é uma apólice contratada com uma seguradora. Seu objetivo é mitigar a exposição ao risco, compensando os custos relacionados aos danos e à recuperação depois de uma violação de segurança da informação ou evento semelhante. É uma estratégia que vai além da proteção dos ativos digitais, oferecendo um respaldo à reputação da empresa e à confiança dos clientes. 

Matheus Borges, CCO da Redbelt Security, consultoria especializada em segurança da informação, esclarece que antes de investir na contratação desses serviços, as empresas devem considerar algumas etapas fundamentais. A primeira delas é realizar uma análise detalhada de seus ativos digitais e identificar os principais riscos aos quais a emprea está exposta. Isso inclui avaliar a sensibilidade dos dados armazenados, as vulnerabilidades dos sistemas de TI e os possíveis impactos financeiros e reputacionais de um incidente cibernético. 

Além disso, é crucial avaliar a cobertura oferecida pela apólice de seguro. As empresas devem compreender os termos, condições e exclusões do contrato, garantindo que o seguro cubra uma ampla gama de ameaças cibernéticas. É fundamental também buscar instituições especializadas, com experiência comprovada na área e capacidade de oferecer suporte técnico e jurídico especializado em caso de incidentes. 

O mercado global de seguros cibernéticos tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos. De acordo com dados da Munich Re, em 2019, o setor movimentou US 5,8 bilhões. Em 2022, esse número saltou para US 11,9 bilhões e as previsões indicam que esse valor deve atingir a marca de US 22 bilhões em 2025 e US 33,3 bilhões em 2027. 

Com a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos e a expansão das regulamentações de proteção de dados em todo o mundo, as empresas de todos os tamanhos e setores estão expostas a riscos cada vez mais significativos. Diante disso, desde pequenas startups até gigantes corporativos, precisam reforçar suas barreiras de proteção. Nesse sentido, contratar uma apólice é um investimento inteligente e proativo para qualquer companhia comprometida com sua segurança digital. 

Uma apólice de seguro cibernético pode cobrir uma variedade de despesas, incluindo:


  • Despesas de investigação e resposta - custos associados à investigação de uma violação de segurança cibernética, como contratação de especialistas forenses e notificação de clientes afetados.
  • Custos de recuperação de dados - cobertura para os custos de restauração, reparação ou recuperação de dados perdidos ou danificados como resultado de um ataque cibernético.
  • Extorsão cibernética - proteção contra ameaças de extorsão cibernética, na qual criminosos exigem pagamento para evitar a divulgação ou destruição de dados confidenciais.
  • Responsabilidade civil - cobertura para custos legais e possíveis danos financeiros associados a ações judiciais decorrentes de violações de segurança cibernética, incluindo violações de privacidade de dados.
  • Custos de interrupção de negócios - reembolso por perdas financeiras resultantes de interrupções operacionais causadas por ataques cibernéticos, como tempo de inatividade de sistemas críticos.
  • Garantia contra fraude - cobertura para perdas financeiras causadas por atividades fraudulentas, como transferências bancárias não autorizadas ou roubo de identidade digital.
  • Gerenciamento de crises e relações públicas - assistência no gerenciamento da crise de segurança cibernética, incluindo custos de ações de imprensa para proteger a reputação da empresa.

De acordo com Borges, é importante lembrar que a contratação de um seguro não deve ser vista como uma substituição para medidas de cibersegurança robustas. Em vez disso, esses serviços devem ser considerados como parte integrante de uma estratégia abrangente de defesa cibernética. Na opinião do executivo, a educação contínua dos funcionários, a implementação de práticas de segurança da informação e a manutenção de sistemas atualizados são pilares fundamentais que devem ser fortalecidos em paralelo com a aquisição de um seguro.  

“O seguro cibernético é uma rede de segurança, mas a primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas sempre será uma estratégia de proteção sólida e proativa. Muitas empresas cometem o erro de pensar que apenas investir em um seguro é suficiente para garantir a integridade de suas organizações. Mas a segurança cibernética vai muito além disso e requer medidas proativas e contínuas, as companhias que reconhecem isso estarão mais bem equipadas para atuar no cenário digital cada vez mais complexo de hoje”, complementa o COO da Redbelt Security.  



Redbelt Security
Para mais informações, acesse: Link


Como ter sucesso em vestibulares e concursos

Divulgação

Por cinco décadas, convivi com adolescentes e jovens em escolas e universidades (com adultos também, mas em pequena proporção), sempre observando com muito interesse aqueles estudantes que obtinham melhor desempenho. Alguns métodos de estudo são elevadamente recomendados, embora nem sempre praticados por todos, até porque temos inteligências distintas (segundo a teoria do psicólogo Gardner). Por exemplo, há aqueles que aprendem muito em sala de aula, assim como outros, autodidatas, preferem o estudo solitário. E, comum a todos, aconselhado é reforçar e aprimorar os bons hábitos de estudo desenvolvidos ao longo da trajetória acadêmica.

Para um bom rendimento escolar, a inteligência ajuda. Porém, para ter sucesso em vestibulares e concursos (e, é claro, na vida profissional), são necessárias a disciplina e a boa gestão do tempo. Ambiente silente, uma cadeira confortável, uma mesa com folhas de rascunhos para resolver exercícios ou resenhar o conteúdo estudado. Costuma-se dizer, em tom de blague, que se aprende pelo cérebro e pelas nádegas, portanto nada de cama ou sofá (é para estudar ou tirar uma soneca?). E concentração máxima para a fixação do aprendizado, de maneira que, nesse sentido, smartphones e outros dispositivos eletrônicos – maquininhas de Deus e do diabo – representam um desafio hercúleo, especialmente pelas futilidades tentadoras das mídias sociais. Afastá-los por completo nos horários de estudo é o mundo ideal, mas uma alternativa intermediária é responder às mensagens mais urgentes de hora em hora.

Diferentemente de países desenvolvidos, a cultura brasileira em geral pouco valoriza o raciocínio lógico, o aprofundamento, a têmpera racional, o esforço, o mérito, o rendimento escolar significativo e a rotina de estudos. Mas a neurociência está aí para provar que novas redes neurais se formam justamente por meio de atividades que ensejam esforço mental.

Há também, atualmente, uma elevada valorização do profissional com domínio das ciências dos números, e todo profissional com bom raciocínio dedutivo é um “resolvedor de problemas” – que para o mercado de trabalho é uma das mais recomendadas competências socioemocionais ou soft skills. A maioria das questões de concursos e vestibulares concorridos igualmente priorizam o raciocínio lógico e a interpretação de textos, contrapontos à nossa predominância histórica de um ensino hermético, conteudista, minimamente interdisciplinar ou contextualizado.

A assimilação dos principais conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade – com especial foco no desenvolvimento do raciocínio lógico, leituras e pensamento crítico – é um bom começo. Leitores contumazes desenvolvem a boa escrita, a oralidade, a análise crítica, o pensamento autônomo, a abstração e a imaginação, pois são capazes de melhor compreender textos, bem como produzi-los com qualidade e expô-los com clareza, síntese e lógica.

Vale também lembrar que, durante o percurso escolar, é indispensável desenvolver uma boa fluência digital, uma das mais importantes e básicas competências do mundo contemporâneo. Atualmente, quase tudo está ao alcance de um teclado, e se a decoreba está relegada ao segundo plano, capacitar a memória continua uma habilidade valorizada que se fortalece com a repetição e os atalhos criativos dos mnemônicos. Estamos talvez vivenciando o início da mais disruptiva evolução de tecnologia educacional (e do mundo) com o uso massivo da Inteligência Artificial. No entanto, até onde a vista alcança, as competências e habilidades acima mencionadas serão sempre valorizadas.

Evidentemente, sob a perspectiva curricular, o Ensino Fundamental é a base, mas ter bom desempenho no Ensino Médio é a joia da coroa. Prioridade à Língua Portuguesa e à Matemática, os dois componentes curriculares de maior peso ou maior número de questões no Enem e em quase todos os vestibulares e concursos mais concorridos. No Enem, por exemplo, a redação vale 1.000 pontos, tanto quanto a prova de Matemática e 3 vezes mais que a de Física, portanto deve-se treinar muito e, quanto mais redações forem feitas e corrigidas por professores, apontando vícios ou erros, melhor. Ler livros, jornais, revistas é importante tanto para se manter atualizado no momento das provas quanto ajuda a promover uma boa escrita, o vocabulário, a articulação de ideias e uma melhor compreensão dos enunciados.

Na hora da prova, buscar serenidade e equilíbrio emocional. Se uma prova tem 45 questões, só para exemplificar, primeiro resolver as mais acessíveis e pular as questões que demandarão mais tempo, deixando-as para o final. “O tempo faz parte da prova” – é um velho adágio.

Se, para efeito de exemplo, um estudante tem aulas no turno da manhã, deve priorizar no período da tarde os estudos, tarefas e atividades dos componentes curriculares ministrados no dia, pois é mais eficaz a compreensão e a fixação, uma vez que o conteúdo ainda está “fresquinho” na cabeça. Não se pode ter preguiça de mergulhar fundo nos temas, pois o que se aprende superficialmente é efêmero, se esquece rápido.

E quanto aos exercícios físicos e descansos? Uma vez estabelecida uma rotina intensa de estudos, é necessário pausar a cada 1 ou 2 horas. Nesse ínterim de uns 20 min, caminhar, fazer flexões, movimentar os braços e a cabeça, respirar pausada e profundamente, passar os olhos nas mensagens do celular, mas só responder às mais urgentes. É essencial uma rotina de 7 a 8h de sono, para revitalizar o corpo, momento em que o cérebro processa a memorização e o armazenamento de longo prazo, em especial durante a fase REM. É precioso espeitar o ritmo circadiano do corpo!

Ademais, exercícios em academias ou caminhadas preferencialmente em aprazíveis e canoros parques, em meio à natureza, são atividades recomendadíssimas, pois promovem o bem-estar holístico (holos, do grego, “todo” ou “inteiro”), físico, emocional, intelectual e transcendental. Está provado que tais atividades promovem a sensação de bem-estar provocada pela serotonina e equilibram os níveis sanguíneos de adrenalina e cortisol. Se os músculos se fortalecem com os exercícios físicos, igualmente o cérebro é estimulado com todo o esforço mental, pelas sinapses entre os neurônios. Para complementar, espiritualidade e positividade promovem uma força extraordinária, pois geram autoconfiança e propósitos de vida.

A alimentação, igualmente importante, deve ser comedida e bem diversificada, para que o corpo esteja bem nutrido com proteínas, frutas, verduras e legumes, além de bem hidratado e submetido a uma boa exposição ao sol nos horários recomendados (pratique a helioterapia). A diversidade é importante, pois o corpo necessita não só de nutrientes, mas também de uma vasta gama de micronutrientes (encontrados em castanhas, sementes etc.) para um bom desempenho cognitivo.

Por fim, não abandonar – pode-se até reduzir – os lazeres preferidos, mantendo-se um ritmo cadenciado de horas de estudo. E não mergulhar desesperadamente nos estudos nas vésperas das provas, pois um bom equilíbrio emocional é um dos principais requisitos na preparação. Ensinar colegas pode ser uma ótima estratégia, pois é um ato de generosidade que faz bem e favorece laços afetivos, além de ser uma forma poderosa de reforçar o aprendizado. Desde muito jovem depreendi, remetendo à cultura latina, que docendo, discitur (“ensinando se aprende”).  

 

Jacir J. Venturi - membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná e representante do Sinepe/PR, foi professor e gestor de escolas públicas e privadas, de cursos preparatórios, da UFPR, PUCPR e Universidade Positivo.


Avaliação bimestral: Prova Paulista começa na próxima segunda (8) nas escolas estaduais

 

Nota garante classificação para a Olimpíada de Matemática das Escolas Estaduais; Pela primeira vez, avaliação será aplicada em um novo modelo para 2,5 milhões de alunos da rede


As escolas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) avaliam o aprendizado dos 2,5 milhões de estudantes no primeiro bimestre do ano letivo a partir da próxima segunda-feira (8). A Prova Paulista deve ser aplicada pelas unidades, de acordo com o ano ou série até a quarta-feira da semana seguinte, dia 17 de abril.

A Prova Paulista é direcionada a alunos desde o 5º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio. 

 

Classificação para a próxima fase da Olimpíada de Matemática

A Prova Paulista foi definida como a primeira fase da Omasp (Olimpíada de Matemática das Escolas Estaduais de São Paulo). Assim, o desempenho dos estudantes nas questões de matemática da Prova Paulista será o balizador para a participação na segunda fase da competição. 

Entre todos os 2,5 milhões de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que devem realizar a Prova Paulista, serão selecionados os 30% estudantes de cada ano ou série que tiverem as melhores pontuações nas questões de matemática, de cada escola, e serão automaticamente classificados  para a segunda fase da Omasp. 

 

Cronograma da Paulista

A sugestão da Seduc-SP é que as provas do primeiro bimestre sejam aplicadas da seguinte forma:

·         Nos dias 8 e 9 de abril, farão as provas os estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. No primeiro dia, serão avaliadas as disciplinas de língua portuguesa, geografia e história para o 9º ano e língua portuguesa, geografia, história e itinerário formativo para a 3ª série do Ensino Médio. No segundo dia de prova, os alunos do Ensino Fundamental farão as provas de matemática e ciências e da 3ª série do Ensino Médio de matemática, física e do itinerário formativo;

·         Nos dias 10 e 11 de abril, farão as provas os estudantes do 6º e 8º ano do Ensino Fundamental e da 2ª série do Ensino Médio. A ordem de disciplinas será a mesma do primeiro grupo do Ensino Fundamental. Para a 2ª série do Ensino Médio, no primeiro dia serão aplicadas as questões de língua portuguesa, geografia, história, sociologia e itinerário formativo; No segundo dia, de matemática, biologia, física, química e do itinerário formativo;

·         Nos dias 12 e 15 de abril será a vez dos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio. A ordem de disciplinas será a mesma do primeiro grupo do Ensino Fundamental. Para a 1ª série no Ensino Médio, no primeiro dia de Prova Paulista haverá questões de língua portuguesa, língua inglesa, geografia, história, filosofia e itinerário formativo. No segundo dia, as questões de matemática, biologia, física e química;

·         Mediante necessidade, as unidades de ensino podem fazer a repescagem nos dias 16 e 17 de abril. Isso vale para cidades com feriados e para alunos que não puderam participar da aplicação, por exemplo;

·         As provas do 5º ano serão compostas de 30 questões de múltipla escolha para cada dia de aplicação, do 6º ao 9º ano, serão 40 questões para cada dia de Prova Paulista e, por fim, no Ensino Médio serão 45 questões para cada série, a cada dia.


Outra novidade é que nesta primeira edição de 2024, a Prova Paulista terá um novo formato. Além das questões de resposta única, os alunos terão acesso a questões com duas e até três alternativas corretas. O objetivo é ampliar as possibilidades de aferição do conhecimento adquirido pelos estudantes.


A maldição da aula divertida

 Opinião

A Educação sobrecarregou-se, nas últimas décadas, com uma obrigação que vem sufocando sua capacidade de gerar aprendizado consistente e de transmitir a herança cultural para as futuras gerações: a obrigação de ser divertida.

Uma das justificativas que buscam explicar o insucesso da escola nos dias de hoje é o fato de as crianças e os jovens não gostarem das aulas, de as explicações serem “chatas" e não guardarem relação com suas vidas cotidianas. Por isso, os jovens não estudam e não aprendem. No Ensino Médio, esse fenômeno já ganhou ares de crise, com uma população de mais de dez milhões de adolescentes que nem estudam e nem trabalham. É preciso tornar a escola uma coisa mais atrativa para eles, dizem. E por atrativa leem “divertida".

No entanto, há uma contradição que precisa ser encarada nessa equação que insiste em colocar necessariamente a ludicidade, diversão e alegria no processo de aprendizado. Nem tudo o que precisamos aprender para compreender o mundo é divertido ou pode ser aprendido em meio a jogos lúdicos ou brincadeiras dinâmicas, como se fossem games ou gincanas. Desde sempre, como afirmou Aristóteles, os seres humanos são dotados de uma vontade irresistível de aprender. Isto é, a felicidade do aprendizado - que o velho estagirita chamava de eudaimonia - estava no fim e não no meio do processo. No meio, estava o hábito, estava a busca persistente e equilibrada - sem excessos, nem faltas - desse algo que é a expansão plena da nossa capacidade de pensar o mundo (e a gente mesmo), por meio da observação, da análise, da sistematização, da conceituação - e daí, de volta ao mundo, para decifrar a sua complexidade. Esse é o método que, somado à exigência da experimentação, introduzida mais tarde por Galileu, compôs o receituário básico da Ciência, sem a qual estaríamos sabe-se lá aonde. 

Nesse ponto reside o problema: as escolas são os locais de formação de pessoas que assumirão os postos dos que se vão e que darão continuidade a esse esforço milenar de transformação/conservação do mundo. E, para isso, precisam aprender como a coisa funciona. E isso exige um estudo que não é, por essência, nem lúdico, nem divertido.

Além disso, a escola é o simulacro do mundo público, aquele espaço no qual não estamos ligados por laços familiares. As regras para o mundo público são distintas das regras de funcionamento da família. Uma criança precisa aprender, desde cedo, que não é o centro exclusivo da atenção dos adultos e que sua vontade é uma entre tantas e que ela deve disputar, usando as ferramentas disponíveis e autorizadas, para que possa ter chance de usufruir o que deseja. Esse agon - palavra grega para disputa sem violência - é a base da Política, outra invenção que teve em Aristóteles um mestre e que implica em saber conviver em um espaço de iguais, agindo para se destacar e para influenciar a coletividade. Pensa que isso é uma brincadeira? Não, não é.

Pensar e agir são atividades distintas que exigem comportamentos distintos. Pensar não se dá no campo da ação. E a Ação é mais eficaz e proveitosa se partir de alguém que dedicou bastante tempo para cultivar o espírito por meio do pensamento. Ainda hoje, quando pensamos, paramos. Ainda hoje, quando agimos sem pensar, arrependemo-nos. Essa é a lógica do aprendizado e do exercício cívico. Em ambos, a ideia de diversão, de “achar legal”, de gostar, não é relevante. Mas hoje, a escola vem sendo reduzida a isso. O que podemos esperar como consequência?

Essa breve análise não visa afirmar uma escola triste, mas uma escola com propósitos maiores que o de satisfazer o interesse imediato dos alunos. Não podemos cair na discussão binária entre escola triste e escola alegre. Devemos, isso, sim, reafirmar nossa posição de adultos que sabem o que devem fazer para colaborar para a formação de uma geração mais produtiva para o mundo e não ensimesmada em sua vontade e prazeres imediatos. Até porque os jovens não vão achar ruim. Há um certo desespero nas brincadeiras da escola. Há um certo apelo surdo por apoio e escuta. Basta que nós, adultos, sejamos capazes de perceber enquanto ainda há tempo. E fazer o que nos cabe fazer. 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso e Colégio Positivo.
@profdanielmedeiros


segunda-feira, 1 de abril de 2024

Mercúrio retrógrado, e agora?

 Astróloga Virginia Gaia explica que as fases de Mercúrio retrógrado ao longo do ano não devem gerar pânico 3 

 

O Planeta Mercúrio fica retrógrado de 1 de abril até 25/04 e a astróloga Virginia Gaia explica que não é motivo para pânico.  

Nos últimos anos as fases de retrogradação de Mercúrio tem gerado memes astrológicos - até divertidos, mas que não correspondem totalmente à realidade do fenômeno.   

Dizemos que um planeta está retrógrado quando ele parece caminhar na direção oposta à sequência dos signos do zodíaco, na perspectiva de observação a partir da Terra. Esse fenômeno acontece em virtude da distância entre as órbitas dos planetas no sistema solar e a velocidade de cada um em seu movimento ao redor do Sol. Trata-se, portanto, de uma ilusão de ótica, já que as órbitas planetárias não são alteradas. Entretanto, para a Astrologia, ainda que a aparente mudança de direção no céu não seja algo necessariamente negativo, pede-se maior atenção aos temas regidos por determinado planeta, durante o seu período de retrogradação.  

Seguem, abaixo, as fases de retrogradação de Mercúrio durante 2024: 

Mercúrio retrógrado: planeta regente da comunicação e do cotidiano, Mercúrio retrógrado costuma gerar pequenos atrasos, dificuldades com aparelhos e transações eletrônicas ( é por isso, que a retrogradação de Mercúrio é mais percebida pelas pessoas do que a de outros planetas).

- De 13 de dezembro de 2023, em Capricórnio, a 2 de janeiro de 2024, em Sagitário.

- De 1º a 25 de abril, em Áries.

- De 5 de agosto, em Virgem, a 28 de agosto, em Leão.

- De 25 de novembro a 15 de dezembro, em Sagitário.  

Virginia Gaia explica: "É importante salientar que, com exceção do Sol e da Lua, todos os planetas ficam retrógrados em seu movimento aparente, quando observados a partir da perspectiva da Terra. Essa ilusão de ótica é resultado da dinâmica das órbitas dos planetas, suas distâncias e diferentes tempos para completar uma volta ao redor do Sol. Ou seja, é algo natural e observado desde os primórdios da astrologia e da astronomia." 

Sobre os memes astrológicos brincando com o temido Mercúrio retrógrado como culpado de tudo que atrasa ou não sai conforme o planejado, a astróloga observa: "Nenhuma retrogradação deve ser motivo para desespero, pois não necessariamente traz algo negativo. É impressionante a proporção que o tema vem ganhando com a popularização da astrologia, pois esse alarde desproporcional não consta na literatura astrológica com esse tom alarmista. Deve-se aproveitar todo período de retrogradação para a revisão e o crescimento, pessoal e coletivo. Há de se notar que, em toda retrogradação, também há a oportunidade de resolução de temas em definitivo, quando aquele assunto é bem trabalhado e assimilado internamente."    

Virginia explica: :”É preciso entender o que esse movimento celeste significa. Funciona assim: todos os dias, vemos as estrelas, agrupadas em constelações, nascendo no Leste e se pondo no Oeste. Esse movimento acontece de forma contínua, mas não conseguimos ver durante o dia por conta do brilho do Sol, que ofusca as demais estrelas. Então, depois do pôr do Sol, é mais fácil notar esse deslocamento. Em meio a todas as 88 constelações que iluminam o nosso céu, há uma faixa que cruza 13 conjuntos de estrelas. Esse caminho, que é onde vemos os planetas se movimentarem, recebe o nome de eclíptica. 

As constelações sobre a eclíptica formam o conjunto chamado de zodíaco. Ele é dividido em 12 partes iguais, em função das quatro estações climáticas (primavera, verão, outono e inverno). Então, das 13 constelações zodiacais, 12 delas deram nome aos signos do zodíaco. E é pelo zodíaco – esse caminho marcado por constelações e signos – que os planetas se deslocam. Na maior parte do tempo, vemos os corpos celestes se deslocando de Oeste para Leste, cruzando o fundo de estrelas. Mas há fases do ano na qual alguns planetas se deslocam do Leste para o Oeste. A essa mudança de direção, damos o nome de movimento retrógrado." 

Lembra aquele passo famoso do Michael Jackson, no qual ele parecia andar para trás, o “Moonwalk”? Então: a retrogradação é o “Moonwalk” dos planetas!  

E o que ele traz de diferente? Simples! É só um momento de reflexão e revisão dos temas mercuriais: comunicação, cotidiano, comércio e transações eletrônicas.  

A astróloga finaliza: "afinal, como mensageiro e comunicador, Mercúrio manda o recado de que não existe nada mais retrógrado do que cair em fake news!"  



Virginia Gaia - Astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas. Com presença constante como especialista em diversos meios de comunicação. 
Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada há mais de 20 anos, Virginia é também sexóloga profissional e, em sua abordagem terapêutica, une conceitos das áreas de desenvolvimento da espiritualidade, da afetividade e da sexualidade para estimular o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos melhores.
www.virginiagaia.com.br


Dia da Mentira: como lidar com esse hábito no relacionamento?

Mentiras podem ter consequências irreversíveis na relação 
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 Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos, dá 5 dicas para quem vive o 01 de Abril com frequência em uma relação a dois

  

Como todo Dia da Mentira, enquanto o mundo se diverte com piadas e brincadeiras, é crucial lembrar que algumas "mentiras inofensivas" podem ter consequências significativas nos relacionamentos, onde a base da confiança está em uma comunicação honesta. Seja uma pequena farsa ou uma mentira elaborada, a confiança é um elemento vital em qualquer parceria, e quebrá-la pode ter repercussões profundas. Nos casamentos, o hábito da mentira pode ter um resultado negativo irreversível. 

“Mentir, mesmo que em tom de brincadeira, pode abalar a base de confiança entre duas pessoas. Como indivíduos, muitas vezes subestimamos o impacto de nossas palavras e ações sobre aqueles que nos rodeiam. Casais com química, com amor ou com qualquer outra qualidade não estão isentos de vivenciar alguma mentira, pois muitas pessoas enxergam na mentira a possibilidade de deixar as coisas ‘normais’, mesmo correndo o risco, o que, no fim das contas, vai sempre pesar para o lado negativo”, disse Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos da Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa. 

O Dia da Mentira oferece uma oportunidade para refletir sobre como lidar com essa situação nos relacionamentos. “É importante lembrar que o respeito e a confiança são fundamentais para qualquer relacionamento duradouro e significativo. Em vez de optar por piadas/ações que possam ferir ou minar a confiança, escolha a honestidade e o respeito mútuo”, finaliza Fesa. 

Pensando nisso, o Médium especialista em relacionamentos Henri Fesa dá 5 dicas para quem vive o 01 de Abril com frequência no relacionamento:

 

  • Comunicação honesta

A base de qualquer relacionamento saudável é a comunicação. Mantenha canais abertos para conversas honestas e construtivas. Encoraje seu parceiro a compartilhar seus sentimentos e preocupações livremente ao mesmo tempo em que procure ter uma escuta ativa;

 

  • Respeite os limites 

Reconheça que algumas brincadeiras podem ultrapassar os limites do conforto do seu parceiro. O que pode parecer engraçado para você pode ser perturbador para eles. Conheça os limites e respeite-os;

 

  • Reflexão antes da ação

Antes de fazer uma piada ou contar uma história falsa, pense nas possíveis consequências. Pergunte a si mesmo se é algo que fortalecerá ou prejudicará seu relacionamento;

 

  • Aprenda com experiências passadas

Reflita sobre situações anteriores em que a confiança foi quebrada, seja por você ou por seu parceiro. Use essas experiências como oportunidades de crescimento e aprendizado mútuo;

 

  • Reparação de Danos

Se você perceber que cruzou a linha e magoou seu parceiro com uma mentira, seja rápido em se desculpar e tentar reparar o dano causado. Reconhecer o erro e mostrar arrependimento é essencial para reconstruir a confiança.

 

Henri Fesa - Médium. auxilia pessoas com problemas espirituais, principalmente, no campo amoroso. Especialista em relacionamentos. Saiba mais aqui!


Abril é o mês de Conscientização da Doença de Parkinson


Associação Brasil Parkinson realiza eventos durante todo o mês


A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta principalmente os movimentos automáticos, como: andar, falar, escrever. Alguns dos sintomas motores mais comuns incluem: lentidão de movimento (bradicinesia), rigidez muscular, tremor, problemas de postura e equilíbrio. Atualmente, não há cura, mas existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas.  

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 55 anos tem a Doença de Parkinson. No Brasil, estima-se que passem de 200 mil pessoas. 

A Associação Brasil Parkinson realizará vários eventos para sensibilizar a população, reunir portadores e mostrar os tratamentos que retardam a evolução da doença, os esportes que minimizam as restrições físicas e ainda lançará um ebook para os cuidadores de pacientes com Doença de Parkinson. 

“Durante todo o ano temos ações importantes informativas sobre a Doença de Parkinson, mas em abril alinhamos eventos para ampliar o interesse da população. No site da Associação há ebooks sobre exercícios físicos e sobre os sintomas, dados sobre tratamentos e serviços relevantes, atividades que podem retardar a evolução da doença. Nesse ano, vamos fazer um mutirão para o diagnóstico da DP em parceria com a Faculdade de Medicina do ABC para quem já apresenta perda de equilíbrio, dor no corpo, tremor de repouso, rigidez e lentidão de movimento”, informa Dra Érica Tardelli, doutoranda em Ciências da Reabilitação - USP e Presidente da Associação Brasil Parkinson.           

            A ABP terá eventos para o mês de abril, com ações de conscientização sobre a Doença de Parkinson:

 

3/ 4 - Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo – 9h30 - encontro com participação do Dr Henrique Ballalai Ferraz–neurologista, Chefe do Setor de Distúrbios do Movimento e Prof da UNIFESP; Dra Carolina Candeias da Silva (Unifesp) e pacientes com DP em tratamento na ABP.

4/4 – Dia do Parkinsoniano

6/4 – Mutirão na Faculdade de Medicina do ABC – das 08h às 12h, no ambulatório de neurologia do campus do centro universitário da Fac Medicina do ABC, avaliação gratuita e conscientização da Doença de Parkinson – inscrições prévias no site da ABP - https://www.parkinson.org.br/

11/4 – Dia Estadual de Conscientização da DP (Lei 17.644/2023) e Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson – 15h30 - evento na Câmara Municipal de S. Paulo com participação Dra Chien Hsin Fen - do HC; Dr Felipe Braule – advogado; Dra. Érica Tardelli –  Doutoranda em Ciências da Reabilitação - USP e presidente da ABP; Dra. Giovanna Diaféria- fonoaudióloga da ABP e pacientes com DP.

14/4 – Caminhada na USP – 08h30 – largada em frente a Faculdade de Direito da USP

20/4 – Torneio de Ping Ping Parkinson e Boxe – Decathlon Anália Franco - 10h30 *Exclusivo para associados da ABP


"Abril Azul" é momento de reforçar aprendizado e conscientização sobre autismo

 

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Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, a iniciativa visa alertar e esclarecer dúvidas da população

 

O mês de abril foi estabelecido como o mês de conscientização do autismo em todo o mundo, tendo o dia 02 como data oficial do movimento. Assim como o “Abril Azul”, o “Dia Mundial de Conscientização do Autismo” tem como objetivo o compartilhamento de informações sobre o TEA e a conscientização acerca do diagnóstico. 

Classificado como um espectro no ano de 2013 pela American Psychiatric Association, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode apresentar diferentes características e níveis de suporte que vão do 1 ao 3, sendo o 1 menor suporte e o 3 aquele com necessidade de suporte substancial.

Giovana Escobal, doutora em educação especial e diretora do Instituto Abacare, referência no tratamento de crianças com TEA, comenta sobre a importância da data e da iniciativa. “A informação é uma das melhores formas de combater o preconceito e aumentar o conhecimento, então é de extremo valor que ocorra essa movimentação a respeito de um tema que está cada vez mais inserido em nossos cotidianos, e que ainda assim sofre com discriminações”, afirma a profissional.

Com a perspectiva de unir esforços, fazendo do “Abril Azul” um momento de ensinamentos e lições, o Instituto Abacare disponibilizará durante o mês mais uma edição do curso de Aplicadores ABA, voltado para os conhecimentos na Análise do Comportamento Aplicada.

Dafne Fidelis, mestre em psicologia e diretora do Instituto Abacare, discorre a respeito da capacitação ofertada e sobre como ela pode auxiliar na difusão de conhecimento sobre o transtorno do espectro autista. “O curso capacita pessoas para a função de aplicador ABA para a criança com TEA, possibilitando maior inclusão e socialização dela. Com o crescimento na procura pela capacitação, vem também o aumento de informações sobre o autismo, em que cada vez mais pessoas têm contato direto ou indireto com o tema, contribuindo para a desmistificação do espectro e do preconceito com pessoas autistas”, finaliza ela.

Para dar mais visibilidade à iniciativa, o Instituto Abacare também realizará, no dia 28 de abril, o “Aprendendo juntos sobre autismo”. O evento acontece de forma gratuita, no Parque Dr. Luis Carlos Raya, em Ribeirão Preto, das 9h às 12h, oferecendo painéis de informação, exercícios físicos e rodas de conversas para os participantes.

 

Instituto Abacare



INSTITUTO ANELO lança MUNDO AZUL

 


Música inédita expõe com afetividade a vivência e as dificuldades do autismo, com versões em videoclipe e animação

 

Um projeto sobre o autismo liderado pelo Instituto Anelo, que há 23 anos promove a inclusão social pela música em Campinas, envolve 18 músicos, profissionais de produção e divulgação, entidades, pais e pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no processo de lançamento da música inédita "Mundo Azul". A canção será lançada em todas as plataformas digitais em 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e terá mais duas versões: em videoclipe, com lançamento agendado para 9 de abril, e outra acompanhada de uma animação, cujo lançamento será em 16 de abril. O projeto conta com os vocais de Luccas Soares, fundador do Instituto Anelo, da cantora Aline Ramos e participação especial de Amanda Maria, finalista do programa The Voice.

Segundo Luccas Soares, a inspiração para a música veio da vivência com seu filho João, de 4 anos e diagnosticado com TEA. Porém, em conversas com pais de crianças autistas atendidas nas aulas do instituto, ele percebeu potencial para um projeto maior, que promovesse conscientização falando sobre "as dificuldades, desafios e, acima de tudo, sobre amor". "Trocando com muitos pais, vi que se identificaram, que a música era além de casos individuais", afirma. De forma afetiva e lúdica, mas realista, a ideia é expor a vivência das pessoas envolvidas com esse "mundo azul" (cor que simboliza o autismo), e assim estimular também a reflexão sobre a necessidade de ações para a inclusão social não só dos autistas, mas em extensão de todas as pessoas consideradas "atípicas", que têm algum transtorno ou deficiência.

Sobre a situação que o despertou para a composição, o músico conta que aconteceu após uma noite insone dele e de sua esposa Geiza, devido à agitação do filho. Pela manhã, ambos cansados, se depararam com um menino sorridente e os buscando para brincar no balanço. "Eh, João, se fosse fácil, não seria você", reagiu Luccas, pinçando logo esse trecho - Se fosse fácil, não seria você - para iniciar uma nova letra. Uma situação que também indica um dos grandes desafios enfrentados pelos pais de autistas - a própria saúde mental. "Não tenho vergonha de dizer que tive depressão devido à privação do sono, algo muito difícil de enfrentar, e nesse processo comecei a compor. Entre os casais, pais de atípicos, é muito comum que  tenham depressão. Não é só a criança que precisa de cuidados, os pais também."

Mas, para Luccas, a dificuldade que "mais dói" aos pais de autistas é a batalha pela inclusão escolar. "A maioria das escolas que visitamos, e foram muitas, não estava preparada para atender. O mais triste é que muitas não estavam nem interessadas em saber mais, em preparar professores. E quando a gente procura escola pública, elas proíbem a entrada de acompanhante terapêutico (AT). É uma grande polêmica, pois as unidades proíbem, mas não providenciam pessoas capazes de dar suporte aos nossos filhos. E a educação é uma necessidade básica. Se a escola não incluir, quem vai?", questiona, ressaltando que a luta dos pais pelos AT é também uma forma de proteger seus filhos de casos de violência dentro da escola, que infelizmente são relatados e atingem principalmente as crianças com maior dificuldade de comunicação. 

“Penso que as escolas deveriam, assim como tem alvará de funcionamento, avcb, ter também o selo de credenciamento de inclusão. Assim, nós, pais de crianças  atípicas, não perderíamos tanto tempo em busca de escolas inclusivas”, sugere Luccas Soares, para o poder público. Luccas é pai de gêmeos, João e Rebeca, sendo que sinais como atraso no desenvolvimento da fala e ações repetitivas do menino, não observados na irmã, levaram os pais a procurar profissionais de saúde e ter o diagnóstico de TEA. 

A gravação do videoclipe contou com autistas atendidos no Anelo, Instituto Ser e Paica (Programa de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente), de Campinas, em situações cotidianas de atendimento. Também foi contratado um time para produzir uma animação para a música. Para viabilizar os custos, o projeto conseguiu apoio de verbas sociais do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Unimed Campinas. "Nosso foco é conscientizar, mas, sobretudo, homenagear os familiares, que vivem esta realidade. Sem romantizar, e também não dramatizando, a música busca mostrar esse amor de uma forma real", conta Luccas. 

Com arranjo alegre, " Mundo Azul" traz ainda, em um trecho da letra, a frase "Eu te amo, meu amor" cantada em mandarim (Wǒ ài nǐ, Qīn'ài de), indicando duas linguagens diferentes entre pessoas que se amam.  Para isso, os músicos contaram com a contribuição de Jia Sun Costa, professora de mandarim, que ensinou e treinou a pronúncia correta no idioma estrangeiro. Ao se referir ao filho na canção como "Meu mundo azul", o autor também buscou incluir  o girassol, uma simbologia comum a diversos tipos de deficiência, não só o autismo.

Fundado em maio de 2000, na periferia de Campinas, o Instituto Anelo é um projeto intergeracional de ensino gratuito de música que já atendeu mais de 5 mil alunos em seus programas, sendo que muitos deles tornaram-se músicos profissionais e professores, no Brasil e fora.


FICHA TÉCNICA MUNDO AZUL

Composição - Luccas Soares
Arranjo - Fernando Baeta
Voz - Luccas Soares
Voz - Amanda Maria
Voz - Aline Ramos
Coro- Danilo Oliveira, Denny Araujo, Mark Rodrigues
Sax Tenor - Eric Almeida
Trompete - Gê Ribeiro
Trombone Glaucio SAnt´Ana
Piano - Amanda Camargo
Contrabaixo - Felipe Fidelis
Guitarra - Fernando Baeta
Percussão - Josi Moraes
Bateria - Pepa D´Elia
Violoncelo - Ana Clara Ferreira Alves
Viola - Gabriel Carlin
Violino - Samuel Lima
Violino - Victor Freitas Matos
Áudio - Estúdio do Mário


Captação de Áudio - Henrique Manchúria, Mário Porto
Edição e Mixagem - Mário Porto
Masterização - Mário Porto
Vídeo - Sete Mares-
Direção de Vídeo - Cláudio Alvim
Captação - Cláudio Alvim, Levi Macedo


Edição de Vídeo - Cláudio Alvim
Direção Musical - Fernando Baeta
Arranjo - Fernando Baeta
Produção - Elaine Oliveira, Luccas Soares
Imprensa - Claudio Liza, Débora Venturini
Design Capa - Airton Francisco
Realização -Instituto Anelo, Ministério Público do Trabalho, Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, Unimed Campinas
Entidades convidadas - Instituto Ser, Paica (Programa de Atenção Integral à Criança e Adolescente)


Instituto Anelo
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Carreta da mamografia 'Mulheres de Peito' estará em Barueri até o dia 13 de abril

FIDI
A carreta, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, oferece exames gratuitos para as mulheres da cidade e região 

 

A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, chega na cidade de Barueri, e permanece entre os dias 02 e 13 de abril, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. 

Localizada na Avenida Guilherme Perereca Guglielmo, centro no Ginásio José, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 50 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1)   Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).  

 

 

Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 230 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 2 mil mulheres foram encaminhadas para exames complementares ou início do tratamento oncológico em unidades estaduais especializadas.  

 

 

Programa Mulheres de Peito em Barueri 

Período: 02 a 13 de abril 

Endereço: Avenida Guilherme Perereca Guglielmo, nº 100, centro no Ginásio José - Correa.  

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 

Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS. 

  

FIDI -Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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