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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Dia Do Diabetes: diabetes gestacional não atinge só quem tem histórico familiar

Esse e outros mitos são desvendados e explicados por nutricionista, no mês em que se celebra o Dia Mundial de Combate ao Diabetes (14/11)

 

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o diabetes gestacional atinge cerca de 15% de todas as gestações no mundo inteiro e pode complicar a saúde da mãe e do bebê. Em face do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, dia 14 de novembro, Natalia Barros, Nutricionista Mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, derruba mitos e faz alertas às mulheres que pretendem engravidar. 

"Essa doença afeta a maneira como o corpo da mulher grávida processa a glicose (açúcar no sangue). Geralmente, ela acontece no segundo ou terceiro trimestre da gestação, quando o corpo da mãe passa por mudanças hormonais significativas para apoiar o crescimento do feto", pontua a nutricionista. 

Natalia lembra que a principal causa do diabetes gestacional é a resistência à insulina, um hormônio que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e que, fora de controle, pode trazer muitos prejuízos para a saúde da mãe e para o desenvolvimento da criança. 

No intuito de minar a desinformação com dados técnicos, a nutricionista aborda, abaixo, os principais mitos que precisam ser esclarecidos para uma lida consciente com o diabetes gestacional:

 

Gestantes com diabetes gestacional não podem consumir frutas

MITO! 

Grávidas com diabetes gestacional podem consumir frutas, diz Natalia. "As frutas são uma fonte importante de vitaminas, minerais e fibras essenciais durante a gestação. O que se deve ter em conta é o controle das quantidades, assim como com qualquer outro alimento! As frutas contêm açúcares naturais, principalmente frutose, mas também têm fibras que ajudam a retardar a absorção de açúcares, evitando picos repentinos de glicose no sangue. Além disso, o índice glicêmico das frutas pode variar, sendo interessante optar por aquelas com baixo índice glicêmico", explica, acrescentando que o uso equilibrado e o monitoramento constante dos níveis de açúcar no sangue são fundamentais.

 

No diabetes gestacional, a gestante pode continuar consumindo açúcares

MITO! 

Mulheres grávidas com diabetes gestacional devem evitar o consumo excessivo de açúcar, recomenda Natalia. "O açúcar é rapidamente absorvido pelo corpo, levando a aumentos rápidos nos níveis de glicose no sangue. Para uma mulher com diabetes gestacional, já existe uma dificuldade natural em regular o açúcar no sangue devido às alterações hormonais da gravidez. O consumo de açúcar adicional pode sobrecarregar ainda mais o sistema de regulação da glicose, resultando em picos perigosos nos níveis de açúcar no sangue", alerta a nutricionista.

 

O diabetes gestacional significa que a mãe terá diabetes para o resto da vida

MITO

"Nem sempre. O diabetes gestacional é uma forma temporária de diabetes, que geralmente desaparece após o parto", conta a especialista, argumentando que, no entanto, mulheres que tiveram diabetes gestacional têm um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida. "É importante manter um estilo de vida saudável e fazer exames de acompanhamento após o parto para monitorar os níveis de açúcar no sangue", orienta.

 

O diabetes gestacional só afeta mulheres com histórico familiar de diabetes

MITO 

Não necessariamente. Embora o histórico familiar seja um fator de risco, qualquer mulher grávida pode desenvolver diabetes gestacional. Segundo Natalia, outros fatores, como idade avançada, excesso de peso, ganho excessivo de peso durante a gravidez e etnia também desempenham um papel no desenvolvimento do diabetes gestacional.

 

O diabetes gestacional não representa um risco para o bebê

MITO

"Isso não é verdade. O diabetes gestacional pode ter sérias implicações para o bebê. O excesso de açúcar no sangue da mãe pode atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento do feto", exemplifica a nutricionista, ao continuar: "Isso pode levar a um maior risco de parto prematuro, crescimento excessivo do bebê (macrossomia), problemas respiratórios, hipoglicemia neonatal (baixo nível de açúcar no sangue após o nascimento) e um risco aumentado de desenvolver diabetes na infância".

 

Uma dieta rigorosa pode curar a diabetes gestacional

MITO 

Uma dieta saudável é parte do tratamento, mas não é uma cura, pondera Natalia. Para ela, o tratamento do diabetes gestacional envolve uma combinação de dieta equilibrada, exercícios físicos, monitoramento dos níveis de açúcar no sangue e, em alguns casos, medicação. "Mesmo com um controle rigoroso da dieta, algumas mulheres ainda podem precisar de insulina ou medicamentos para manter os níveis de açúcar no sangue sob controle", destaca ela. 

Em resumo, o diabetes gestacional é uma condição séria, que requer atenção e cuidados durante a gravidez. "Ele pode ser controlado e gerenciado com cuidados médicos e nutricionais adequados, com monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue, adoção de uma dieta saudável, prática de atividades físicas, e, em alguns casos, o uso de medicamentos ou insulina", resume Natalia.

 

NATALIA BARROS - Nutricionista - Centro Universitário São Camilo. Mestre em Ciências Aplicadas. Departamento de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Fundou a primeira Pós-graduação em Saúde da Mulher e Reprodução Humana do Brasil. Docente convidada - Pós-graduação em Nutrição Materno infantil (USP). Aprimoramento em Nutrição Humana e Metabolismo Stanford University. Extensão em Saúde da Mulher AGE Educação em Saúde. Extensão em Comportamento Alimentar Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-HCUSP).


Diabetes pode afetar a saúde dos ombros

Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC) explica um dos principais problemas, o chamado ombro congelado

 

Neste mês, complexa doença tem data de alerta – 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes -, condição essa que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.

Além de acometer vários órgãos do organismo, também pode desencadear problemas na saúde dos ombros. Um deles é a capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, que provoca rigidez articular, com perda dos movimentos do ombro. Estudos já apontaram uma relação entre ambos os tipos de diabetes e esse problema no ombro, e os cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de glicose acumulado nessa região do corpo, o que faz com que as fibras de colágeno fiquem “coladas”, restringindo os movimentos.

 

“A capsulite adesiva é causada pela inflamação da cápsula que reveste a articulação do ombro e que tem como função a nutrição e a estabilização dessa região”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo.


Uma característica do ombro congelado é a maior incidência na região que não é dominante. Caso a pessoa seja destra, o membro atingido é o esquerdo. Outro ponto é que o problema é mais comum entre as pessoas do sexo feminino, com idade entre 40 e 70 anos. Isso porque também pode aparecer devido à menopausa, com a queda da produção de estrógeno, hormônio que funciona como uma proteção natural aos ossos, aumentando a ocorrência de osteoporose nessa fase da vida.

 

O especialista destaca que a síndrome pode ser dividida em três fases. “Na fase inflamatória, o principal sintoma é a dor; na etapa de rigidez, ocorre redução da amplitude de movimento do ombro, o que melhora na última fase, de descongelamento”, fala. “Pode chegar um momento em que a rigidez progressiva pode se tornar mais incômoda que a dor. O ombro congelado é um quadro que pode variar de duração, de seis meses a dois anos”, acrescenta.

 

O presidente da SBCOC salienta que, na suspeita de ombro congelado, o primeiro passo é procurar por um especialista para que o melhor tratamento seja definido. “Além de diminuir os sintomas, o tratamento pode auxiliar na recuperação mais rápida. Se não tratado, pode afetar a qualidade de vida, dificultando a execução de tarefas, das mais simples às mais complexas, tirando a autonomia dos indivíduos e impactando significativamente na qualidade de vida”, conclui.

 

Envelhecimento da população requer maiores cuidados ao quadril de idosos

Segundo os novos dados do Censo 2022, a população brasileira está mais velha do que em todos os outros anos de pesquisa. Dos 203,1 milhões de brasileiros, são mais de 22 milhões (10,9%) acima dos 64 anos - é o maior percentual desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872. A nível de comparação, o índice de idosos no país supera o número total de habitantes de Minas Gerais (20,5 milhões), o segundo estado mais populoso.

Diante disso, o médico ortopedista Cleber Furlan aponta os benefícios de cuidar da saúde do quadril antes que se torne uma necessidade. Conforme a idade avança, o corpo apresenta um desgaste das articulações e exige um cuidado maior quanto à postura e aos exercícios contínuos, como tarefas domésticas e atividades físicas intensas. 

Uma vez identificadas dores constantes, incapacidade funcional e dificuldade de cumprir tarefas básicas do dia a dia, a melhor opção é buscar o procedimento cirúrgico. Entretanto, existem outros tratamentos possíveis para o alívio de sintomas menos graves, conforme pode explicar o especialista, e exercícios de adaptação ao corpo em estágio de envelhecimento. A idade não precisa ser um obstáculo para a saúde.

Importante: O especialista se disponibiliza a explicar de forma didática, com mais detalhes e exemplos, as causas, sintomas e opções de tratamento às condições indicadas na pauta. 



Cleber Furlan - médico especializado em Ortopedia, Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Mais informações em https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/

Dia do Radiologista: Especialistas do CEUB discutem o uso da Inteligência Artificial na radiologia

 Revolução da radiologia, questões éticas, aprimoramento e eficiência dos diagnósticos direcionados pela IA foram os temas levantados pela comunidade acadêmica 

 

Por meio de tecnologias, algoritmos, sistemas e análise de dados, a Inteligência Artificial está desempenhando um papel de destaque em diversas especialidades médicas. Em alusão ao Dia do Radiologista, comemorado no dia 8 de novembro, o Centro Universitário de Brasília (CEUB) reuniu especialistas para um debate sobre o impacto das ferramentas que tornam os diagnósticos mais precisos e os tratamentos da radiologia mais eficientes, com ressalvas acerca de questões éticas e da proteção da privacidade dos pacientes. 

O uso crescente da Inteligência Artificial na radiologia foi abordado pelo palestrante convidado, Vinícius Martins Vilela, ao comentar que a radiologia está intrinsecamente ligada à computação, com alto impacto das inovações tecnológicas no processo e análise de imagens. Segundo ele, a IA pode ser aplicada usando redes neurais, que são essencialmente matrizes de pesos e funções de ativação. Com destaque para algoritmos usados para analisar imagens radiológicas, identificando características específicas e reduzindo o tempo por parte dos radiologistas. 

O especialista citou países europeus onde as discussões sobre a possível substituição de radiologistas pela IA existem há mais de uma década, alertando que os mercados nacional e global enfrentam escassez de radiologistas. “Há 10 anos, já se discutia na Grã-Bretanha a substituição dos radiologistas pela IA. Hoje eles enfrentam um déficit de 30% de radiologistas, estimando que chegará a 40% se o número de profissionais formados não aumentar. Para lidar com isso, estão terceirizando serviços. Esse fato levanta a questão se a IA realmente eliminará a radiologia ou causará distúrbios no processo”, explica. 

Sobre o desenvolvimento de ferramentas de auxílio diagnóstico, Martins apontou os desafios realizados pela Sociedade de Radiologia dos Estados Unidos como impulsionadores de novas tecnologias. “Além da detecção, existem soluções que fazem a quantificação das anormalidades. Algumas ferramentas analisam tomografias e fornecem informações sobre regiões com falha de enchimento, cálculos de área de penumbra e projeção de aspecto. Hospitais em Brasília já utilizam essa solução para acelerar o diagnóstico de AVC, por exemplo.” 

Para o coordenador do curso de Medicina do CEUB, Neulânio Oliveira, a inteligência artificial tem o potencial de aprimorar não apenas a área da radiologia, mas todo o campo de apoio diagnóstico. Ele destaca que evolução tecnológica não só amplia o acesso à assistência médica para um maior número de pacientes, mas também permite que os profissionais médicos, como radiologistas e patologistas, desempenhem um papel crucial em duas frentes importantes.

“Primeiramente, eles interpretam os resultados fornecidos pelas ferramentas tecnológicas. Em segundo lugar, eles mantêm a essencial interação humana, lembrando que por trás de cada exame há uma pessoa muitas vezes ansiosa e angustiada com a perspectiva de um diagnóstico desafiador. Isso possibilita que os médicos estejam preparados para fornecer atendimento não apenas com base nas máquinas e computadores, mas também com empatia e compreensão para com seus pacientes”, acrescenta Dr. Neulânio Oliveira.

 

Ética na radiologia 

Vinícius Martins defende a ética na implementação de algoritmos de Inteligência Artificial na radiologia, enfatizando a necessidade dos profissionais da área avaliarem cuidadosamente esses algoritmos em busca de possíveis vieses e questões éticas, bem como de proteger a privacidade dos pacientes. “Temos preocupações relacionadas aos metadados identificáveis presentes em imagens de radiologia armazenadas”, reforça.

Apesar da IA aprimorar a precisão e eficiência dos diagnósticos, o médico radiologista alerta que esse avanço não está isento de questionamentos, que devem ser cuidadosamente avaliados nos processos médicos: “Essas inovações estão moldando a prática da radiologia, tornando-a mais eficiente. Radiologistas devem acompanhar essas mudanças para oferecer o melhor atendimento aos pacientes”. 

Primeiramente, eles interpretam os resultados fornecidos pelas ferramentas tecnológicas. Em segundo lugar, eles mantêm a essencial interação humana, lembrando que por trás de cada exame há uma pessoa muitas vezes ansiosa e angustiada com a perspectiva de um diagnóstico desafiador. 

Portanto, essa inovação proporciona uma oportunidade significativa, desde que seja utilizada de maneira ética e com cuidado na proteção dos dados dos pacientes. Isso possibilita que os médicos estejam mais bem preparados para fornecer atendimento não apenas com base nas máquinas e computadores, mas também com empatia e compreensão para com seus pacientes.

 

Cirurgia complexa de hérnia gera polêmica e vai parar no New York Times

Um dos maiores cirurgiões especializado em aparelho digestivo no Brasil, Rodrigo Galhego, comenta o caso e fala sobre o tratamento de hérnia no nosso país

A robótica invadiu definitivamente o campo das cirurgias. Entre as diversas vantagens estão os fatos de que ela é menos invasiva, favorecendo a recuperação pós-cirúrgica do paciente, e também mais precisa, tratando exatamente a área afetada. Mas um dos maiores jornais do mundo, o The New York Times, alertou em matéria que muitos cirurgiões estão usando a plataforma sem o devido preparo, se baseando apenas em vídeos veiculados pelos fabricantes dos robôs, postados no YouTube ou em grupos de Whatsapp para realização de algumas técnicas avançadas. 

No caso das operações de hérnia, a técnica conhecida como separação posterior de componentes, criada há 10 anos pelo Prof Yuri Novitsky, da Universidade de Columbia (NY) é uma das mais lucrativas técnicas para reparo de hérnias nos EUA e praticadas por diversos médicos sem efetiva necessidade e, de acordo com a matéria do Times, chegando a desfigurar os pacientes. 

O cirurgião Rodrigo Galhego, um dos maiores especialistas nesse tipo de operação no Brasil, comenta a matéria e alerta para os procedimentos necessários quando se trata de cirurgia de hérnia. 

*A técnica é de extrema complexidade e muitas vezes a única forma de tratar pacientes com hérnias volumosas, gigantes ou com perda de domicílio (quando os órgãos não podem mais voltar para o abdome); Dada a complexidade, é reservada para os casos citados e demanda extremo domínio pelo cirurgião. Essa técnica pode ser feita por via aberta/convencional ou robótica/minimamente invasiva.A técnica trouxe esperança para pacientes cujas hérnias não possuíam tratamento, mas devem ser realizadas por médicos com o devido preparo", diz Galhego,

 


Segundo o cirurgião, não existe técnica melhor do que essa para tratar hérnias grandes, mas quando ela é aplicada em hérnias menores, se for realizada erroneamente pode destruir a parede abdominal. 

"São raros os cirurgiões dedicados a hérnias da parede abdominal no Brasil, portanto em geral não há quem faça técnicas que resolvam hérnias complexas definitivamente"” afirma Galhego.


É possível acelerar o processo de cicatrização?

Cirurgião do São Cristóvão Saúde, Dr. Ferrari comenta sobre o período pós-cirúrgico

 

Os cuidados pós-operatórios iniciam logo após a operação, e a maioria dos profissionais de saúde entende que ele começa 24 horas após a cirurgia e se estende pelo menos até o procedimento completar 1 semana. 

“O período do pós-operatório mediato costuma variar de um indivíduo para outro”, afirma Dr. José Carlos Ferrari Júnior, Diretor Médico Hospitalar do São Cristóvão Saúde e Cirurgião oncológico e geral, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia. O especialista destaca as principais recomendações para esse intervalo, que geralmente despertam dúvidas nos pacientes: 

1. Boa alimentação: Segundo Dr. Ferrari, “vários nutrientes são necessários para que haja cicatrização. Entre os mais importantes estão as proteínas animais e vegetais,  vitaminas A e C e o zinco, encontrados em frutas e verduras”;
 

2. Atividade física: Um estudo da Ohio State University (EUA) aponta que “feridas cicatrizam mais rápido em quem faz atividade física regularmente”;
 

3. Uso de curativo: Seguindo recomendação do especialista, é fundamental cuidar da região operada. “Deve-se manter o curativo sempre seco, com proteção”;
 

4. Descanso: Dr. Ferrari enfatiza a necessidade de períodos de 7 a 8 horas diárias para recomposição;
 

5. Abstinência de álcool e tabaco: De acordo com especialistas, além das complicações causadas pelo tabagismo no pós-cirúrgico, essas substâncias dificultam a cicatrização da pele, ocasionando infecções.
 

Considerando essas dicas e mantendo um diálogo aberto com o médico para que o paciente possa esclarecer dúvidas e receber orientações, o processo será mais leve e seguro. Além disso, deve-se buscar ajuda especializada ao menor sintoma incomum, como febre, dor aguda, sangramento ou inchaço. 
 

Grupo São Cristóvão Saúde


Menos açúcar = mais saúde

Médica nutróloga explica transformações e benefícios ao retirar o açúcar refinado da dieta
 

Ele está presente na mesa dos brasileiros de diferentes formas e nem sempre explícita. Dispensável por ser fonte de calorias vazias, que não agregam nutrientes ao organismo, o açúcar é um dos grandes vilões da dieta e da vida saudável. Eliminá-lo completamente não é algo fácil, mas é totalmente possível e se reflete na silhueta e na saúde. 

“O açúcar refinado não é bom para a saúde. Abolir este ingrediente da dieta é algo que deve ser feito aos poucos para evitar a síndrome da abstinência e uma possível recaída, mas é algo que todos deveriam fazer”, conta a médica nutróloga dra. Ana Luisa Vilela, da capital paulista. 

A abstinência surge de diversas formas, como desejo, insônia, irritação e até dores de cabeça. Isso ocorre porque o açúcar refinado é uma substância tão viciante quanto a cocaína! Um estudo realizado por cientistas da universidade americana de Princeton descobriram, em 2011, que o ingrediente afeta a mesma região ligada ao prazer e bem-estar que a droga, tornando-se fonte de vício para muitas pessoas.
 

Benefícios em retirar açúcar da dieta:

Há muitos benefícios em tirar o ingrediente da mesa. O principal deles é o emagrecimento. “A falta do açúcar refinado favorece a quebra da gordura, principalmente na região do abdômen. Por isso, as pessoas que não ingerem o ingrediente emagrecem e desenham o corpo com muito mais rapidez e facilidade”, conta a médica.

Outro benefício é afastar o risco de diabetes tipo 2. “Esse tipo de doença crônica é causada pela intolerância do organismo à insulina, que sobrecarrega o pâncreas e pode levar a diversos outros problemas de saúde potencialmente fatais, como doenças cardíacas e falência renal”, diz a Dra. Ana Luisa. 

Os dentes também vão ficar mais fortes e claros, porque sofrem menos chances de serem atacados pelas cáries e outros problemas bucais. 

O açúcar refinado também favorece processos inflamatórios, como a celulite, e até a fermentação no intestino, que ajuda no aparecimento da candidíase. “O que comemos pode ser remédio ou veneno, dependendo da dose. Vemos que as pessoas têm consumido hoje muito mais calorias do que há 50 anos atrás e como consequência temos doenças que nossos antepassados não tinham”, ensina a médica.
 

Como começar?

Aos poucos e gradativamente, segundo a Dra. Ana Luisa. Os docinhos do dia a dia podem ser trocados por frutas doces, como manga, uva e caqui, que são ricos em frutose – um açúcar natural e mais saudável -, o cafezinho e o suco podem ser adoçados com adoçantes de stévia, sucralose ou aspartame para não perder a referência do sabor, e até o chocolate ao leite pode ser substituído pela versão amarga, 70% cacau.

“Começar é meio caminho andado. O corpo não vai sentir falta do açúcar porque você vai continuar fornecendo energia para ele por meio dos carboidratos, como pães, batata e arroz – preferencialmente na versão integral. O consumo de açúcar é mais social do que fisiológico”, conclui a médica. 



Dra Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Atualmente, dedica-se à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.

Saiba quantos passos você deve dar por dia de acordo com sua idade, segundo médicos


A caminhada é uma opção econômica para a prática de exercícios, acessível a pessoas de diversas idades e habilidades. No entanto, será que os 10 mil passos diários recomendados por aplicativos fitness são realmente o mínimo necessário para colhermos os benefícios desse hábito?

Dr. Francisco Lopez-Jimenez, cardiologista da Mayo Clinic, explica que não existe um número mágico de passos a ser alcançado diariamente pelas pessoas, pois elas são diferentes. O mais importante é que, ele continua, as pessoas estejam em movimento.

“Caminhar talvez seja a mais fácil, acessível e um dos tipos mais eficientes de atividade física humana que podemos fazer”, explica o Dr. Lopez-Jimenez.

Quantos passos devemos dar diariamente? Depende.

“Para uma pessoa de 25 a 30 anos, provavelmente caminhar 6 mil passos diariamente é um número muito baixo, entretanto, para uma pessoa de 85 anos, caminhar 5 mil passos é um número muito bom”, ele explica.

O importante é fazer com que a caminhada esteja presente na rotina diária. Use as escadas, leve o cachorro para passear ou deixe o carro um pouco afastado da entrada da loja.

“As pessoas deveriam caminhar todos os dias, até mesmo por alguns minutos a cada vez, pode até ser 15 ou 20 minutos apenas”, explica o Dr. Lopez-Jimenez.

Procure sair da mesa e faça uma caminhada. Isso faz bem para a cabeça e o coração.

“Caminhar traz muitos benefícios para a nossa saúde geral, não apenas cardiovasculares, mas também à nossa saúde mental”, ele explica.

Dicas para acrescentar passos na rotina diária

  • Leve o cachorro para passear ou encontre um amigo de caminhada.
  • Vá ao shopping.
  • Convide os entes queridos. 
  • Caminhe enquanto espera. 
  • Programe as caminhadas para os dias de trabalho. 
  • Estacione o carro mais longe. 
  • Use as escadas. 
  • Defina metas pessoais.

 


Mayo Clinic
Rede de Notícias da Mayo Clinic

 

Excesso de trabalho e Síndrome de Burnout: Barras de Access se tornam ferramenta poderosa para tratar o esgotamento

 

A técnica de expansão da consciência, que utiliza toques manuais na região da cabeça, ajuda a equilibrar a ansiedade, dores, depressão e outros transtornos gerados pela doença 

 

A Síndrome de Burnout, também conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional causada por excesso de trabalho, atualmente é uma das principais doenças mentais que atingem os brasileiros. Além de terapias, novas práticas estão se tornando grandes aliadas para promover equilíbrio mental e emocional, e vencer a doença. É o caso das Barras de Access, técnica de expansão da consciência, já utilizada em mais de 170 países e que vem ganhando adesões também entre os brasileiros.          

Criada na década de 1990, as Barras de Access não são consideradas uma terapia, segundo a terapeuta Cristiane Comerian, diretora do Instituto Lírios, especializado em tratamentos alternativos e holísticos para promover saúde e bem estar, de São Paulo. “Trata-se de uma ferramenta para expandir a consciência e quebrar padrões, julgamentos, pontos de vista e crenças que criamos e seguimos ao longo da vida, influenciados por outras pessoas, e que acabam nos limitando”, explica. E esses bloqueios, de acordo com Cristiane, acabam interferindo no lado financeiro, profissional, inclusive na saúde e no lado psicológico.

Assim, a ferramenta de expansão da consciência trata da síndrome de Burnout ativando os 32 pontos da cabeça mapeados com toques manuais. Cada ponto corresponde a uma área da vida - dinheiro, controle, criatividade, sexo, cura, corpo, pontos de vista. “Ao correr as Barras eliminamos todos os pensamentos, preocupações, crenças e pontos de vista que provocam a ansiedade, insônia, cansaço, depressão, dores e outros sintomas da Burnout. É como se déssemos um quadro em branco para que a pessoa possa ‘redesenhar’ a sua vida a partir da própria essência, em estado livre de caos e tumultuo”, afirma a diretora do Instituto Lírios. 

Foi justamente o excesso de preocupação com trabalho levou a médica Maria Letícia ao quadro de ansiedade e depressão. Após experimentar diversas terapias sem sucesso, ela encontrou nas Barras de Access o caminho para recuperação. A melhora foi perceptível, segundo ela, logo na primeira sessão do tratamento. “Recuperei as minhas noites de sono e progressivamente a ansiedade foi diminuindo”, afirma. Com a mente mais tranquila, “consegui me organizar melhor e priorizar minha vida pessoal e saúde. A insegurança quanto a diminuir a carga de trabalho também diminuiu e, aos poucos, estou conseguindo me impor e ver que a minha saúde está em primeiro lugar”.

De acordo com Cristiane, a ferramenta deixa a pessoa mais consciente e observadora da sua própria vida. “Ela vê a situação fora da turbulência e aquilo que era tão complicado de resolver acaba ficando mais fácil e, com isso, elimina-se a insônia, as dores e outros sintomas incapacitantes”.

No caso da Síndrome de Burnout, a melhora significativa começa a partir de cinco sessões semanais consecutivas. Para se ter um resultado mais efetivo, recomenda-se dez sessões, e depois disso basta correr as Barras a cada 15 dias. O tratamento não tem contraindicação, podendo ser feito inclusive por gestantes e idosos.

“Apesar dos resultados duradouros, pode haver uma recaída depois de algum tempo, de acordo com o ambiente e situações desafiadoras que a pessoa venha a lidar futuramente”, alerta a terapeuta. “Precisamos levar em consideração que somos influenciados constantemente por sugestões e pontos de vista alheios. Mas depois do tratamento, o paciente está mais fortalecido e pode minimizar os impactos e até evitar que o problema volte a acontecer”, conclui.

  

Instituto Lírios
Saiba mais pelo Instagram/@instituto_lirios


Novembro azul claro: alerta para o câncer de estômago

Nova ferramenta auxilia na escolha do tratamento 

 

O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre pessoas do sexo masculino e o quinto entre as do sexo feminino. 

Além da idade, existem diversos fatores associados ao risco de desenvolvimento da doença. O tabagismo, condições hereditárias, infecções bacterianas que possam causar úlceras nas paredes do estômago e o consumo excessivo de álcool estão entre eles.

Infelizmente o câncer de estômago não apresenta sintomas específicos e costuma ter um desenvolvimento lento. Mas é importante ficar atento para sinais comuns e de mal-estar geral, como fadiga e perda de peso. Sensação de barriga cheia, vômitos, náuseas, comuns de outras complicações mais brandas, também podem indicar o câncer. É comum a presença de uma massa palpável na área superior do abdômen, assim como a presença de íngua no pescoço. Em casos mais graves, pode haver sangramentos junto ao vômito.

Manter hábitos saudáveis é importante para a prevenção de doenças: beber, no mínimo, 2 litros de água por dia, aumentar o consumo de vegetais, frutas, grãos e sementes, evitar alimentos gordurosos e excesso de carboidratos, dando preferência aos carboidratos integrais, mastigar bem os alimentos, não ingerir líquidos durante as refeições, tomar cuidado com excesso de café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas regularmente e incorporar probióticos na dieta.

O diagnóstico de câncer gástrico é feito pela endoscopia digestiva alta. Para realizar esse exame, o paciente recebe sedação e anestésico na região da garganta, para que um tubo seja introduzido pela boca. A endoscopia digestiva alta permite ao médico visualizar o esôfago e o estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenas amostras do tecido). O material da biópsia é enviado a um laboratório para que seja confirmado (ou não) o diagnóstico de tumor maligno e definido qual o seu tipo.

As opções de tratamento para o câncer de estômago dependem da sua localização, do estágio em que se encontra e da agressividade da doença.  Uma das ferramentas revolucionárias da medicina de precisão, auxiliares na identificação dos tratamentos com maiores condições de sucesso, são os “Organoides Derivados de Pacientes”. A partir de amostras de biópsias de pacientes, este novo sistema de cultura 3D possibilita a formação de estruturas celulares que preservam a configuração espacial e as características do tumor. Dessa forma, a atividade de diferentes drogas anticancerígenas contra o tumor em cada caso específico podem ser testadas diretamente.

A novidade dos testes envolvendo organoides, como o ONCO-PDO  da Invitrocue, é que pela primeira vez oferece-se uma plataforma padronizada para testar o efeito que diferentes drogas podem ter nas células tumorais de cada paciente.  A busca está centrada no medicamento exato para cada paciente com o objetivo de encontrar o tratamento correto. Com isso, as terapias deixam de ser escolhidas com base na experiência anterior, na literatura médica ou nas orientações gerais das sociedades científicas, para ir adaptando gradualmente o tratamento e o plano de cuidados de cada paciente. Esses exames representam um avanço tecnológico de grande relevância.

O Teste Onco-PDO  permite experimentar os diferentes tratamentos em laboratório sem que o paciente sofra os efeitos secundários gerados por este tipo de medicamentos, que geralmente são muito agressivos. Alguns tumores mostram-se resistentes a certas drogas e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. 

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO  permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para a continuidade do tratamento. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados. 

O Teste Onco-PDO  está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil. Para que a nova ferramenta possa ser utilizada, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!


Invitrocue Brasil
www.invitrocuebrasil.com.br

 

Preservar a saúde dos pés em pacientes diabéticos é fundamental para evitar complicações da doença

Divulgação
Problemas nos pés são responsáveis por mais internações hospitalares do que quaisquer outras complicações em pacientes com diabetes, podendo levar a amputação dos membros

 

O termo pé diabético abrange uma série de alterações e complicações que afetam os pacientes com diabetes. Trata-se de uma denominação genérica que engloba diversas patologias distintas e que precisam ser bem entendidas para que sejam adequadamente tratadas. A incidência do pé diabético tem aumentado progressivamente ao longo dos anos, em grande parte devido à mudança nos padrões alimentares da nossa sociedade. Além disso, fatores como o aumento da expectativa de vida, levando a uma população mais envelhecida, somados à prevalência de estilos de vida sedentários, juntamente com a maior existência de condições como obesidade, hipertensão e colesterol elevado, contribuem significativamente para esse aumento preocupante.

No dia 14 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Diabetes, uma data dedicada a conscientizar sobre a prevenção, diagnóstico e cuidados em relação a essa doença. O angiologista, cirurgião vascular e diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Akash Kuzhiparambil Prakasan, esclarece que o diabetes é uma condição metabólica que afeta o funcionamento geral do organismo, alterando reações químicas e sua velocidade.

A doença divide-se em dois tipos: o tipo 1, em que o corpo não produz insulina, e o tipo 2, em que o corpo produz, mas em quantidade insuficiente ou não a utiliza eficazmente. Em ambos os casos, este hormônio desempenha um papel crucial para permitir que a glicose entre nas células. Sua falta faz com que a glicose se acumule, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue.

O pé diabético é uma complicação que pode ocorrer em ambos os tipos de diabetes, uma vez que as alterações estão intrinsecamente relacionadas à presença da doença, independentemente da causa subjacente. “Com o tempo, os níveis elevados de açúcar no sangue podem causar danos nos nervos e nos vasos sanguíneos. Isso leva ao desenvolvimento da neuropatia diabética, uma condição caracterizada por dormência, formigamento, dor e perda de sensibilidade nos pés. Além disso, as mudanças na circulação sanguínea incluem a obstrução dos vasos, o que aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, amputação de membros e, em casos mais graves, o óbito", declara o especialista.

Ainda segundo o cirurgião vascular, os problemas nos pés são responsáveis por mais internações hospitalares do que quaisquer outras complicações em pacientes com diabetes. Estima-se que ao longo da vida, aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvam úlceras. Dessas úlceras, aproximadamente 20%* levarão a amputações, que podem ser maiores (acima do tornozelo) ou menores (abaixo do tornozelo). “Alarmantemente, 10%* desses pacientes não sobrevivem ao primeiro ano após o diagnóstico da ferida no pé. Isso destaca a urgente necessidade de uma atenção especial a esses pacientes, com o objetivo de reduzir ao máximo essas complicações. A compreensão das causas desses problemas permite o reconhecimento precoce de pacientes com alto risco. Foi demonstrado que até 50% das amputações e úlceras nos pés do diabético devem ser evitadas por meio de identificação, agilidade no diagnóstico e educação eficazes”, afirma Dr. Akash.  *link.

De acordo com dados da International Diabetes Federation, estima-se que atualmente existam aproximadamente 537 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos, vivendo com diabetes em todo o mundo. Além disso, há uma projeção alarmante de que esse número aumentará para quase 700 milhões de indivíduos afetados até o ano de 2045 -  link.

“É importante notar que três em cada quatro adultos com diabetes residem em países de média e baixa renda. Essas estatísticas destacam a magnitude global do desafio que o diabetes representa para a saúde pública e a necessidade urgente de abordar essa questão de forma abrangente e eficaz. No Brasil, estima-se que temos mais de 15 milhões de diabéticos, com aproximadamente 5 milhões não diagnosticados, por não terem acesso ou falta de atenção à saúde. Dados que tendem a subir nos próximos anos”, ressalta o médico - link.

É essencial reconhecer os sintomas e sinais de alerta associados ao pé diabético. As principais manifestações nesses pacientes estão relacionadas à doença arterial periférica, que envolve a obstrução dos vasos sanguíneos que fornecem sangue aos tecidos, neuropatia, que resulta na perda da sensibilidade protetora, e a presença de infecções. O diagnóstico precoce dessas condições e a atenção dedicada às feridas nos pés desempenham um papel muito importante.

“Adotar hábitos de vida saudável e praticar exercícios físicos é uma medida geral de precaução e controle de muitos desequilíbrios de saúde. No entanto, uma vez que alguém tem diabetes, a preocupação com os pés é crucial, e abrange desde a correta hidratação da pele, o corte adequado das unhas e o tratamento das micoses interdigitais (entre os dedos), que podem ser uma porta de entrada para infecções, até a escolha de calçados apropriados para evitar ferimentos. Consultas regulares com profissionais de saúde são igualmente importantes para identificar precocemente quaisquer alterações nos fatores de risco associados”, enfatiza o médico.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Quais os suplementos indicados para o tratamento de sarcopenia em idosos?

 

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Vitamina D, whey protein e creatina estão entre os suplementos mais recomendados em clínicas para o tratamento.

 

A sarcopenia, condição que acomete principalmente a população idosa, é marcada pela perda gradual de massa e força muscular e tem ganhado destaque no meio médico e científico, sendo objeto de intensas pesquisas e estudos. Essa doença, que frequentemente surge a partir dos 50 anos, pode acarretar sérias consequências, incluindo aumento da fragilidade, redução da qualidade de vida e elevado risco de quedas e fraturas, aspectos que elevam a importância de um tratamento eficaz e preventivo.

O surgimento da sarcopenia está geralmente associado ao processo natural de envelhecimento, mas também pode ser consequência de sedentarismo, desnutrição e de doenças crônicas. A abordagem terapêutica convencional para tratar o problema geralmente engloba uma combinação de exercícios de resistência e uma dieta balanceada e rica em proteínas, visando fortalecer a musculatura e atenuar a perda de massa muscular.

Além dessa conduta clínica, os suplementos são acrescentados a fim de reforçar a nutrição, já que na terceira idade fatores como má nutrição são comuns. Alessandra Feltre, Head de Nutrição da Puravida, destaca a relevância do uso no contexto da sarcopenia.

"Os suplementos são fundamentais, eles agem em conjunto com outros tratamentos, potencializando os efeitos benéficos da saúde muscular, a exemplo da vitamina D. O hormônio é conhecido por atuar na saúde óssea, imunidade, musculatura, metabolismo e em diversos órgãos e sistemas, como o cardiovascular e o nervoso central, sendo essencial. Quando os níveis estão baixos, a taxa de cálcio presente no corpo é reduzida, o que afeta negativamente a ossificação e a remodelação óssea em adultos, podendo desencadear osteopenia e osteoporose nos adultos”, contextualiza a nutricionista. 

O uso de whey protein também pode fazer parte da estratégia nutricional adotada. O alimento oferece uma rica fonte de proteínas e aminoácidos essenciais, componentes vitais na construção e reparação muscular. Sua integração na dieta tem demonstrado resultados promissores na prevenção e tratamento da sarcopenia, fornecendo os blocos de construção necessários para a síntese proteica muscular em doses caprichadas.

Outro suplemento que tem se mostrado eficaz é a creatina, popularmente conhecida por seus benefícios no aumento de força e massa muscular. “Um dos principais efeitos da suplementação de creatina é elevar os estoques de creatina fosfato intracelular, o que melhora o sistema ATP-CP, gerando maior força na contração muscular. Esse efeito é de extrema utilidade para o idoso sarcopênico, pois pode melhorar a qualidade de vida nas atividades cotidianas que requerem força, além de auxiliar na manutenção ou até ganho da massa muscular”, destaca Feltre.

Os aminoácidos essenciais, pilares da síntese proteica, também são de importância crucial. Eles são componentes fundamentais na dieta de indivíduos afetados pela sarcopenia, ajudando a preservar a massa muscular e a melhorar a funcionalidade dos músculos. 

Além dessas recomendações, o tratamento dessa faixa etária costuma ser baseado principalmente no estímulo muscular por meio de exercícios físicos de resistência. Em alguns casos, quando a sarcopenia é identificada em estágios mais avançados, o tratamento pode incluir também o uso de anabolizantes com acompanhamento médico, por isso é importante manter a regularidade dos check-ups anuais. 

 

Puravida

 

Geração de energia solar no Brasil cresce 18% no último trimestre do ano

Sistemas fotovoltaicos em residências e pequenos negócios têm participação expressiva na composição da matriz elétrica nacional. Para o consumidor, investimento em painéis solares garante payback e representa até 90% de economia na fatura de energia


O território brasileiro recebe mais de 2.200 horas de luz do sol por ano. A medição feita pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) se completa com os dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar, que indica variação diária entre 4.444 Wh/m² e 5.483 Wh/m². Entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, períodos que coincidem com a primavera e o verão, o aumento registrado na geração de energia solar foi de 20%. “No último trimestre do ano, a geração de energia aumenta 18% na comparação com a média de outros meses”, afirma o engenheiro Jayme Passos, especialista em sistemas fotovoltaicos. Este crescimento, observa, ao mesmo tempo beneficia o consumidor que opta pelo sistema fotovoltaico e contribui para compor a matriz elétrica nacional.

Dos 33,7 GW operacionais em 2023, que correspondem a 15,4% da composição da matriz elétrica nacional, pelo menos 21 GW são gerados por pequenos e médios sistemas solares em residências, comércios, academias, escolas, propriedades rurais e prédios públicos. Até o momento, o Brasil tem instaladas 1.652.883 estruturas fotovoltaicas em residências. Comércio e serviços aparecem em segundo lugar, com 228.427, indica levantamento realizado pela Aneel/Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

“Este é o momento ideal para fazer investimentos em energia solar”, destaca Passos, considerando o peso da fatura de energia para pequenos, médios e grandes negócios. “No consumo residencial não é diferente e com o sistema solar fotovoltaico a economia chega a 90%. Sem dúvida, é um grande atrativo.” Para o responsável pela Ecobrisa Energia, tão importante quanto a economia na conta de luz é o “payback”, ou tempo para se ter o retorno do investimento, “que é muito rápido, além da rentabilidade que é excelente e por um prazo muito longo”, ressalta.

A diminuição de custos para instalação de painéis solares fotovoltaicos no País, aliada aos benefícios trazidos por esta fonte geradora de energia, tem feito com que o sistema se popularize cada vez mais, atingindo todas as classes de consumo. “E também estamos falando de um consumidor ainda mais atento ao uso de fontes de energia limpas e sustentáveis.”

De 2012 a 2023, o setor de energia solar gerou mais de 1 milhão de empregos, somou R$ 164 bilhões em investimentos, evitou que 42,33 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas na atmosfera e hoje também contribui com uma fatia expressiva da energia elétrica gerada no País.

“A energia solar será o futuro das fontes renováveis em muitos lugares do mundo, especialmente no Brasil, um dos países com maior potencial de aproveitamento do Planeta”, finaliza Jayme Passos.


Câncer Bucal: dentista alerta sobre os principais sintomas da doença

Câncer de boca- Imagem de wavebreakmedia_microa no Freepik
Tabagismo e alcoolismo estão entre os principais causadores da doença que afeta pessoas mais velhas, na maioria dos casos 

 

O câncer de boca é mais comum do que se imagina e é possível buscar ajuda logo no início, ao perceber algum sintoma fora da normalidade. Apesar  de pouco falada, a doença atinge cerca de 11.180 homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

A doença é caracterizada pelo crescimento anormal de células nos tecidos bucais, podendo afetar os lábios, língua, gengivas, bochechas e céu da boca. Suas causas estão associadas a fatores de risco, como o consumo de tabaco, o uso excessivo de bebidas alcoólicas e a exposição solar sem proteção adequada. 

“Ele ocorre devido ao crescimento descontrolado de células anormais, que formam tumores que podem ser benignos (não cancerígenos) ou malignos (câncer). A boa notícia é que, quando diagnosticado em estágios iniciais, o câncer de boca tem maiores chances de cura. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais e sintomas” alerta Paulo Zahr, cirurgião dentista, fundador e presidente do Grupo OdontoCompany, maior grupo de clínicas odontológicas do mundo.

Ficar atento a qualquer alteração na boca pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e tratamento adequado. O dentista ressalta que esses sintomas não significam necessariamente que você tem câncer de boca, mas qualquer sinal suspeito deve ser avaliado por um profissional para obter um diagnóstico correto.

Dentre os principais fatores causadores do câncer bucal estão o tabagismo e o alcoolismo. A doença é mais comum em pessoas com idade avançada, mas também pode acometer jovens e pessoas com má higiene bucal. Confira alguns sintomas:


Dor na boca ou nos ouvidos

Dores constantes na boca ou nos ouvidos que não passam com o tempo, podem ser sintomas do câncer de boca. É essencial prestar atenção a esse desconforto.


Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas

Observar manchas estranhas e persistentes na mucosa bucal é motivo para ficar alerta, principalmente se essas manchas não desaparecerem com o tempo.


Irritabilidade ou sensação de algo preso na garganta

Se você sentir incômodo frequente na garganta, como se algo estivesse preso ou incomodando, é importante investigar essa sensação.


Dificuldade em engolir ou mastigar

Notar dificuldades para engolir alimentos ou mastigar pode ser um sinal preocupante que precisa de avaliação.


Pequenos ferimentos que não cicatrizam

Se feridas ou úlceras aparecem na boca e não cicatrizam após um período razoável, também é um sinal de alerta.


Mudanças na voz ou rouquidão

Perceber alterações na voz, como rouquidão prolongada ou mudanças na qualidade vocal, pode ser um indício de câncer de boca. 

Ao identificar qualquer um desses sinais e sintomas, procure um profissional de saúde, como um médico ou dentista de confiança, para uma avaliação adequada. A prevenção e a descoberta precoce, é sempre o melhor caminho para uma recuperação.

 

 OdontoCompany

 

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