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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Semana do Idoso: o que muda no país quando a população envelhece

Professor explica como a inversão da pirâmide etária vai influenciar no mercado de trabalho, nos hábitos de consumo, no lançamento de produtos e no setor de serviços

 

O Brasil “envelheceu”. O percentual de pessoas abaixo de 30 anos de idade caiu 5,4% e a de idosos – com 60 anos ou mais – saltou de 11,3% para 14,7%.

 Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE) indicam que o país enfrentará mudanças no mercado de trabalho, nos padrões de consumo e nas relações sociais.

Até 2060, o número de aposentados será superior ao de trabalhadores ativos e a proporção deve ficar em 24 jovens para cada 63 aposentados. Para evitar que esse desequilíbrio cause problemas, o estudioso nas áreas de Marketing, Branding e Planejamento Estratégico Sérgio Czajkowski Júnior explica que as mudanças precisam começar agora.

O mercado de trabalho deve ser um dos mais impactados por conta da inversão na pirâmide etária.

 “Os avanços da medicina melhoraram as condições de saúde e qualidade de vida da população em comparação com o que se via há 50 anos. Hoje, as pessoas se mantêm produtivas por mais tempo, o que levará as empresas a manterem ou a recontratarem profissionais seniores”, diz o especialista.

A tendência é que o Brasil siga o exemplo de outros países, como os Estados Unidos, que aproveitam a experiência dos profissionais na prestação de serviços de consultoria.

 “É óbvio que nem todos terão a mesma capacidade que tinham na juventude e quem trabalhou a vida inteira merece descansar. A questão é que, para muitos idosos com saúde e disposição, a aposentadoria pode ser frustrante”, lembra o professor de Marketing, Branding e Comportamento do Consumidor do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação, o maior ecossistema de ensino superior privado do país.



Comportamento do “novo” consumidor

Consultor nas áreas de Planejamento Estratégico, Vendas e Marketing, Sérgio Czajkowski Júnior diz que a divisão dos grupos de consumo não se dará mais por idade e sim pelo estilo de vida. Setores de serviço, lazer, turismo, varejo e mercado imobiliário serão diretamente impactados pelo envelhecimento da população. “A questão etária não será totalmente descartada, mas, mercadologicamente, o comportamento do consumidor vai se sobrepor à idade.”

No caso da indústria alimentícia e farmacêutica, o foco deve se ampliar para além de suplementos vitamínicos ou alimentos com melhor digestibilidade.

 “Hoje, os idosos estão mais ativos e economicamente independentes, especialmente quando continuam trabalhando. Em muitos casos, eles conseguem elevar o poder de compra, pois já criaram os filhos e toda a renda é para seu único sustento.”

Para satisfazer aos novos interesses desse público, o mercado precisará pensar em produtos e serviços que fujam do estereótipo do idoso dependente e doente. “Sabendo que vão viver mais tempo, muitos profissionais apostam, inclusive, em mudanças na carreira depois dos 40 ou 50 anos”, comenta o professor.
Mercado imobiliário, turismo e lazer

Se o varejo já começa a enxergar a terceira idade com outros olhos, o mesmo vale para o mercado imobiliário e as áreas de turismo e lazer. Sérgio Czajkowski Júnior, que há anos estuda Marketing, Branding e Planejamento Estratégico, diz que as construtoras e incorporadoras já ampliaram o foco.

Em cidades como Curitiba, os student living – imóveis para jovens universitários – deixaram de ser tendência e já dividem o cenário com outra categoria: o senior living. Imóveis adaptados para a terceira idade e condomínios com infraestrutura e serviços para este público vêm ganhando espaço.

Outra característica de casais idosos é a troca de residências amplas por apartamentos compactos, funcionais, confortáveis e com acessibilidade. “É natural que os pais procurem residências menores depois que os filhos saem de casa. Essa ‘migração’ provoca mudanças no mercado imobiliário e obriga a indústria da construção civil a se manter atenta às necessidades dos clientes”, alerta o professor do UniCuritiba.

Para o setor de turismo, lazer e entretenimento, a dica é a mesma: é preciso oferecer viagens, atividades e eventos pensados para este público que, ao se manter economicamente ativo, viaja com mais frequência.



Relação com a tecnologia


Ainda que os idosos tenham dificuldades para se adaptar às transformações digitais, é importante que o mercado invista na inclusão digital.

O especialista em Comportamento do Consumidor, Sérgio Czajkowski Júnior, reforça que a indústria não precisa retroagir para facilitar o acesso dos idosos à tecnologia de ponta. “Há um nicho para o desenvolvimento de soluções e estratégias que ajudam o público sênior a se adaptar às transformações digitais, com tecnologias intuitivas e de fácil acesso.”

A adaptação a tantas mudanças em diferentes setores econômicos, finaliza o professor do UniCuritiba, requer conscientização e respeito à experiência e à história de vida de quem envelheceu, mas ainda tem muito a dizer e a ensinar. “Não vamos vencer o etarismo da noite para o dia. O processo é paulatino, mas já tivemos avanços importantes para assegurar o direito dos idosos. Fomos, durante muito tempo, uma nação jovem e chegou a hora de mudar a visão que temos a respeito da pessoa idosa.”



UniCuritiba


5 benefícios da implementação de IA na sua empresa

ilegra elenca as principais vantagens para empreendedores aderirem o uso da tecnologia na organizações

 

A Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se refere a sistemas ou máquinas que imitam a mentalidade humana para executar e melhorar tarefas, com base nas informações coletadas. Essa tecnologia pode ser encontrada em chatbots, assistentes inteligentes, mecanismos de recomendação, entre outros.

Atualmente, a IA está vivenciando um verdadeiro ‘’boom’’, emergindo como uma das principais tendências de inovação. De acordo com um levantamento realizado pela Mckinsey, uma das mais renomadas empresas multinacionais de consultoria, em 2022 a adoção mais que dobrou desde 2017 — embora a proporção de organizações que usam IA tenha ficado entre 50 e 60 por cento nos últimos anos. A pesquisa evidenciou também que os líderes que investem em inteligência artificial estão à frente da concorrência, com práticas cada vez mais avançadas, conhecidas por permitir, em larga escala, o desenvolvimento mais rápido da tecnologia.

A capacidade da tecnologia em automatizar tarefas, processar grandes volumes de dados e aprender com experiências anteriores, têm impulsionado uma nova onda de inovação, permitindo que as organizações se tornem mais competitivas e adaptáveis às demandas de um mercado que está em constante desenvolvimento. Pensando nisso, a ilegra, empresa global de design, inovação e software, elencou cinco benefícios da implementação da IA nas empresas. Confira:


1- Atendimento ao cliente aprimorado: O uso da IA permite um aprendizado por meio de dados do usuário, o que possibilita um suporte mais assertivo e eficaz. De fato, os agentes virtuais estão revolucionando a maneira como pensamos sobre o envolvimento do consumidor em atendimentos. Agora, os chatbots e as assistentes online podem responder perguntas, resolver problemas de forma personalizada e encaminhar questões complexas para atendentes humanos, melhorando a experiência do cliente.


2- Automatização de rotinas e redução de custos: A IA é capaz de automatizar tarefas e processos repetitivos, impactando diretamente na redução de custos em projetos e na diminuição do tempo de espera por atendimento.


3- Segurança cibernética: A tecnologia pode ajudar a identificar ameaças e detectar atividades cibernéticas suspeitas em tempo real. Ela consegue analisar grandes conjuntos de dados para identificar comportamentos anormais, complementando os sistemas de defesa das empresas.


4- Tomada de decisão aprimorada: A ferramenta identifica padrões e insights que podem ser usados para tomar decisões informadas. Isso auxilia a empresa a obter medidas mais precisas, baseadas nos dados que a tecnologia coleta, antecipando tendências ou problemas.


5- Personalização e experiência do cliente: Com a ajuda da IA, as organizações podem criar experiências personalizadas para seus consumidores. A ferramenta consegue analisar dados sobre preferências, padrões de consumo e comportamento do usuário para oferecer recomendações mais certeiras e relevantes, melhorando o nível de satisfação do consumidor.


A inteligência artificial deixou de ser um recurso questionado quanto ao seu impacto no mercado. Hoje, ela já está revolucionando a maneira como as empresas operam, demonstrando seu potencial por meio de uma infinidade de cases de alto valor. A capacidade da ferramenta é incontestável, e aqueles que souberem aproveitá-la de forma responsável terão uma aliada estratégica poderosa na era digital. A tecnologia está impactando o presente e o futuro dos negócios. O cenário é evidente: as organizações que têm consciência dessa realidade estarão sempre à frente da concorrência.

 

Brasil ultrapassa 1 milhão de divórcios extrajudiciais

Especialista explica como fica a guarda legal das crianças de acordo com cada situação


O Brasil alcançou um marco significativo, ultrapassando a marca de 1 milhão de divórcios extrajudiciais, realizados por meio de serviços de cartórios, sem a necessidade de um processo na Justiça, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB). Desde que a Lei 11.441 possibilitou essa forma de oficialização da separação, em 2007, o país somou 1.025.205 processos dessa natureza até o mês de junho de 2023. Com esse alto número, sobram questionamentos sobre os filhos gerados dentro dessas relações.

Segundo Paulo Akiyama, advogado que atua com direito de família no Brasil, o sistema de guarda de filhos menores em casos de separação ou divórcio é regulamentado por diferentes tipos de guarda. “Todos os modelos levam em consideração o melhor interesse da criança ou do adolescente”, revela.

A legislação estipula que casais que não tenham filhos menores ou incapazes podem oficializar seu divórcio por meio de um cartório, desde que não exista nenhum conflito entre eles. “No ato da escritura pública realizada pelo cartório, o casal deve acordar sobre a partilha de bens, decidir sobre o pagamento ou isenção de pensão alimentícia e, caso um dos cônjuges tenha adotado o sobrenome do outro, também precisam determinar se haverá alguma mudança nesse aspecto”, pontua Paulo Akiyama.

Além disso, atualmente, existem na prática quatro tipos de guarda e em nosso ordenamento jurídico são duas, que explicamos:

O código Civil prevê duas modalidades de guarda, sendo a Unilateral e a Compartilhada, esta última é a mais praticada atualmente. Explica:

  1. Guarda Compartilhada: Nesse tipo de guarda, ambos os pais têm responsabilidades e direitos iguais em relação à criação e educação dos filhos. Isso significa que as decisões importantes sobre a vida da criança são tomadas em conjunto, promovendo a participação ativa de ambos os genitores em sua vida. A guarda compartilhada visa garantir o convívio saudável, ampliado e a proximidade de ambos os pais com os filhos, mesmo em situações de litígio no divórcio, pois a partilha de bens não influencia na guarda e bem estar dos filhos. No Brasil apesar de a guarda ser compartilhada é determinado o lar de residência da prole.
  2. Guarda Unilateral: Na guarda unilateral, apenas um dos pais é responsável pelas decisões relacionadas à vida e ao bem-estar da criança. Isso ocorre quando um dos genitores não está disposto, não é considerado apto a compartilhar bem como, o litígio no processo de divorcio não permite a guarda de forma equitativa. Nesse caso, o outro pai ou mãe detém o poder de decisão exclusivo sobre questões como educação, saúde e moradia da criança.
  3. Guarda Alternada (exceção ao ordenamento jurídico): A guarda alternada envolve um sistema em que os filhos passam períodos alternados com cada um dos pais. Por exemplo, a criança pode viver com o pai em uma semana e com a mãe na semana seguinte, alternando regularmente. Esse tipo de guarda busca manter uma convivência equilibrada e constante com ambos, proporcionando a oportunidade para os dois desempenharem um papel ativo na vida dos filhos. Como dito é uma exceção, exige condições específicas para que o juiz conceda esta modalidade. Muitos pais agem com esta modalidade, apesar de haver sentença judicial diversa, mas o relacionamento entre ex cônjuges assim permite.
  4. Guarda Nidal: A guarda nidal é uma modalidade  que atualmente vem tomando muita influência na última década. É mais rara e específica. É um conceito novo que observa a última residência em que a criança vivia antes do processo de separação dos genitores, de forma a preservar um mínimo sofrimento à prole. Envolve a colaboração entre ex-parceiros para criar um ambiente seguro e positivo para o bem-estar dos seus filhos. A guarda nidal não é capitulada no Código Civil, porém a doutrina recente do Direito de Família assenta a ideia de que há muitos benefícios relacionados à guarda nidal. Em geral os genitores se revezam na utilização do imóvel onde a criança permanece fixa, no mesmo quarto, suas coisas e móveis, ou seja, ao invés da criança ser transferida de lar, quem é transferido são os genitores, compartilhando o imóvel onde a criança ficará fixa.

Vale destacar que a escolha do tipo de guarda depende das circunstâncias específicas de cada caso e deve ser determinada pelo juiz com base no melhor interesse da criança “O mais importante é priorizar o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos filhos em situações de separação dos pais, garantindo que eles mantenham um bom relacionamento afetivo com ambos os genitores sempre que possível”, finaliza o especialista. 



Paulo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

Akiyama Advogados
https://www.akiyama.adv.br/


“Beyond Bias – Ampliando Perspectivas” revela a importância de segmentações para além dos estereótipos

 Novo relatório da Kantar IBOPE Media mostra como dados do Target Group Index podem alavancar o planejamento de mídia

 

O atual ecossistema publicitário não possui espaço para suposições não testadas. Ir além dos vieses pessoais e dos lugares comuns é fundamental para adotar uma abordagem de marketing centrada nas pessoas. Para mostrar como os dados podem impulsionar campanhas e prismas de profissionais de marketing, a Kantar IBOPE Media lança hoje o relatório “Beyond Bias – Ampliando Perspectivas”. O estudo traz insights do Target Group IndexTM, a opinião dos nossos especialistas e contribuições de clientes e parceiros de todo o mundo para explorar maneiras de evitar interpretações tendenciosas. 

O relatório mostra como os estereótipos podem prejudicar uma segmentação precisa em campanhas publicitárias. O uso de categorias demográficas comuns, como idade ou sexo, nem sempre reflete as diversas realidades e preferências dos indivíduos dentro desses grupos, e dados do Target Group IndexTM comprovam essa tese. 

Na América Latina, por exemplo, apenas 7% dos consumidores que compraram maquiagem, cosméticos, produtos dermatológicos ou perfumes/loções pós-barba online nas últimas quatro semanas possuem entre 16 e 34, diferentemente do que o senso comum sugere. Dentro desse grupo, 39% são mulheres dentro dessa mesma faixa etária – demonstrando que a maior parte dos compradores está fora desse grupo demográfico. 

O conceito central do relatório se fundamenta em uma abordagem de marketing baseada em pessoas, que evita estereótipos, criando relevância de marca e estabelecendo conexões mais pessoais com os clientes, evitando simplificar o target com grupos homogêneos.



Kantar IBOPE Media
www.kantaribopemedia.com


Cloud Computing: para a tecnologia, o céu não é o limite

Com certeza, você já ouviu falar sobre o cloud computing. Diante dos avanços da transformação digital, a nuvem vem sendo uma importante aliada na gestão organizacional, fornecendo maior conectividade e hospedagem de variados recursos que favorecem ainda mais o seu uso. No entanto, mesmo sendo esse um assunto altamente conhecido, ainda presenciamos dúvidas e receios quanto à eficácia e vantagens dessa tecnologia.

Sabemos que a tecnologia já é uma realidade nas organizações. Porém, mesmo o seu uso já fazendo parte da rotina diária das companhias, ainda assim, existem diferentes níveis de integração que são observadas em três segmentos: as startups, que já nascem com os princípios da tecnologia em seu DNA; setor de serviços, que vem gradualmente atribuindo maior aderência quanto ao uso de ferramentas de gestão; e a indústria, que possui alta resistência em desapegar de métodos ineficazes.

Tendo em vista os diferentes níveis que cada empresa possui neste aspecto, a nuvem se mostra como uma alternativa viável e rentável, considerando sua maior acessibilidade e custo-benefício – uma vez que a utilização de um único provedor elimina a necessidade de gastos externos, favorecendo ainda mais o seu protagonismo. Não à toa, a Gartner prevê que, até 2026, 75% das organizações adotarão um modelo de transformação digital baseado em nuvem.

Para além desses ganhos, também é preciso chamar atenção para outro benefício incluso na adoção da nuvem: o melhor desempenho. Ao utilizar uma plataforma em cloud, é possível conquistar avanços significativos com segurança, agilidade na entrega e realização de atividades, que passam a ser realizadas por meio da automatização, otimizando tempo e reduzindo a suscetibilidade de falhas. Afinal, de acordo com Fórum Econômico Mundial, foi constatado que 95% dos problemas de seguranças cibernéticas são causados por erro humano.

E, antes que o dado acima seja motivo para pânico, é importante ressaltar mais uma vez: a tecnologia não irá substituir a mão de obra humana, mas auxiliar para um melhor protagonismo. Entretanto, para que isso seja, de fato, uma realidade, é preciso chamar atenção para a ampla resistência que diversas organizações têm em aderir o uso da tecnologia, acreditando que se trata de um custo inacessível para ser mantido quando, na verdade, já está comprovado que as organizações que contam com o apoio de sistemas em nuvem, como o apontado, reduzem majoritariamente os gastos.

Atualmente, existe uma alta gama de ofertas de provedores de cloud computing no mercado, o que deixa vasta as opções de soluções que se adequem com as características da empresa. Por sua vez, é válido destacar que, mais do que escolher uma nuvem, é preciso ter bem definido quais são os objetivos a serem atendidos com a implementação desse recurso, uma vez que, sozinho, não possui a capacidade de sanar todos os desafios enfrentados pela empresa.

Esse processo é extremamente fundamental, considerando as constantes atualizações e inovações que impactam o setor de tecnologia que também atingem o cloud computing. Isso é, com a popularidade da IA (Inteligência Artificial), cada vez mais estão sendo atribuídos recursos e funcionalidades, como multisserviços, multicloud, sistemas antifraudes, entre outros aspectos, que tornam a solução ainda mais robusta.

E, quanto aos fatos, não há argumentos. Utilizar a nuvem é uma excelente estratégia para se manter em dia com as novas resoluções do mundo corporativo, mas seu processo de migração pode ser algo desafiador quando não há instrução correta. Nesse cenário, contar com o apoio de uma consultoria especializada nesse tipo de abordagem é um importante auxílio, considerando que o time irá ajudar, por meio de análises e estudos, a guiar todo o processo, desde a escolha do cloud que vá ao encontro do propósito buscado, até mesmo direcionar em todas as etapas de implementação.

As atuais dinâmicas do mercado já nos mostram que não há mais tempo a perder, e é hora de correr e buscar se atualizar, em prol de garantir a sobrevivência do negócio. E, quando não há mais espaço para se correr vias terrestres, expandir para a nuvem sempre será uma excelente opção.

 

Nuno Lima é gestor de produtos em cloud da  G2.


Sete temas de Geografia que o candidato deve dominar para o Enem

Crédito: divulgação
Colégio Semeador

A prova de Geografia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma ser bastante versátil, uma vez que é possível relacionar as temáticas abordadas dentro deste componente curricular com conteúdos de História, Sociologia e Atualidades. "É preciso dominar os principais tópicos e se manter bem informado para conseguir fazer a relação entre os temas", explica o professor de Geografia do Colégio Semeador, de Foz do Iguaçu (PR), Fernando Shpak.

Com base nas questões das edições anteriores do exame, Shpak selecionou uma lista de temas que devem ser estudados pelos candidatos que vão realizar o Enem 2023.


  1. Demografia

Segundo o professor, o estudo e compreensão da dinâmica demográfica mundial são de essencial importância. "É dessa forma que o aluno entenderá as demandas que envolvem as populações do globo", ressalta. Para Shpak, dentro dessa temática, é preciso ficar atento a conceitos demográficos, pirâmides etárias, teorias demográficas, migrações, refugiados e índices de desenvolvimento.


  1. Espaço agrícola

Shpak explica que, por mais urbano que esteja o mundo atual, o espaço agrícola ainda é muito importante. "Além de atender as demandas das populações urbanas, o cenário rural possui dinamismo político e econômico próprios", reforça. O professor lista os conteúdos importantes a serem observados pelos estudantes: os tipos de culturas espalhadas pelo mundo; sistemas agrícolas; agronegócio; reforma agrária; relação entre campo e cidade; trabalho no campo; revolução verde; biotecnologia aplicada no campo; desigualdade no campo e a agricultura no Brasil.


  1. Urbanização

"Atualmente, a maioria dos habitantes do nosso planeta vive nos meios urbanos, e são justamente nesses espaços onde ocorrem as maiores formações e transformações do espaço geográfico", explica Shpak. Segundo o professor, as características humanas se fazem presentes e são relatadas nas entrelinhas do espaço urbano mundial. Dentro dessa temática, Shpak destaca: o processo de urbanização mundial correlacionado com o processo de industrialização mundial; a hierarquia urbana; os problemas urbanos; a segregação socioespacial; as diferenças entre as cidades (países pobres x ricos) e os conceitos sobre urbanização.


  1. Geopolítica

De acordo com Shpak, esse é um tema bastante abordado nas provas de qualquer vestibular, incluindo o Enem. "Assimilar a relação existente entre países é depreender o que acontece na história recente do planeta. É preciso ficar atento ao mundo que nos rodeia, a partir dos seguintes tópicos: história recente; atualidades; modelos econômicos; relações internacionais; motivos dos conflitos; blocos econômicos, ordens mundiais; política nacional e internacional; humanidade e tecnologia, globalização", destaca o professor.


  1. Cartografia

O professor Fernando Shpak defende que a leitura e interpretação das representações do espaço geográfico são fundamentais para o estudante compreender a espacialidade dos eventos e fatos ocorridos no planeta e conseguir se sair bem em questões que abordem essa temática. "Dentro deste tema, vale ressaltar a interpretação de mapas e tabelas; localização e orientação no espaço geográfico; coordenadas geográficas; escalas e fusos horários", cita Shpak.


  1. As três esferas da Terra

"Entender os fenômenos ocorridos em cada uma das esferas terrestres vai trazer segurança para o candidato durante a realização da prova", aconselha Shpak. Para isso, o professor orienta que o estudante procure conhecer bem os seguintes conteúdos: 

Litosfera - camadas e composição da Terra; agentes endógenos e exógenos; tipos de rochas; tipos de relevo (principalmente do Brasil).

Hidrosfera - ciclo hidrológico; bacias hidrográficas (principalmente do Brasil); águas subterrâneas.

Atmosfera - tempo e clima; elementos e fatores do clima; tipos climáticos (principalmente do Brasil).


  1. Problemas climáticos e socioambientais

De acordo com Shpak, esse é o tema mais cobrado no Enem nos últimos anos. "Pode-se abordar todos os assuntos listados acima com uma ótica socioambiental, conectando as ações humanas e suas consequências para o meio natural", explica. O professor ressalta que é importante entender como as áreas urbanas são afetadas pela poluição e ocupação desordenada. E ainda, procurar conhecer bem a relação entre desmatamento, aquecimento global e produção de gases de efeito estufa e como tudo isso influencia nas mudanças climáticas que temos observado nos últimos tempos.

 

Colégio Semeador


Os tipos de reforma de pneus: o que é preciso saber para escolher a melhor opção


Muitos motoristas optam por reformar os pneus ao invés de trocar por novos

 

Pneu reformado é um termo frequentemente usado no contexto do comércio de pneus, mas ele se refere a processos distintos, que têm o objetivo de prolongar a vida útil dos produtos usados. Embora o processo de reforma esteja relacionado à reutilização de pneus, ele envolve técnicas diferentes, que por sua vez apresentam características distintas.

 

Muitos motoristas, tanto de veículos de passeio, como de caminhões e ônibus, optam por pneus reformados quando chega a hora de trocar, principalmente pelo fato do menor custo se comparado à compra de produtos novos. Todos os pneus reformados oferecem benefícios, mas a escolha entre o tipo de reforma deve ser baseada nas necessidades individuais do motorista, no tipo de veículo, nas condições de uso e principalmente na segurança que o serviço de reforma pode proporcionar.

 

A portaria do INMETRO define a reforma de pneus da seguinte forma: 

 

  • Pneu Reformado - Pneu usado, que passou por um dos seguintes processos para reutilização de sua carcaça: Recapagem, Recauchutagem ou Remoldagem, sendo:

 

·         Recapagem - Processo pelo qual um pneu é reformado pela substituição de sua banda de rodagem.

 

·         Recauchutagem - Processo pelo qual um pneu é reformado pela substituição de sua banda de rodagem e dos seus ombros.

 

·         Remoldagem - Processo pelo qual um pneu é reformado pela substituição de sua banda de rodagem, dos seus ombros e de toda superfície de seus flancos. Este processo também é conhecido como recauchutagem de talão a talão.

 

O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN determina que o uso de pneus remoldados, recapados, reformados e recauchutados seja restrito a veículos de passeio e comerciais. Para garantir a precisão no controle de pneus deste tipo, o INMETRO estipulou que pneus em reuso devem conter um “Selo de Identificação de Conformidade”, que é obtido por meio de testes com os produtos reformados e que atesta a manutenção de qualidade do item. Nele, deve constar o tipo de reparo (recauchutado, recapado, remoldado), a data e o número de reformas já efetuadas. Além disso, os pneus devem conter as tradicionais indicações de uso e velocidades a serem obedecidas para trafegar com segurança.

 

Os pneus recapados envolvem apenas a aplicação de uma nova banda de rodagem, sem afetar as demais estruturas do pneu. O processo de recapagem, quando realizado de maneira adequada, por empresas especializadas, também inclui a chamada vulcanização a frio, para garantir a aderência da nova banda de rodagem ao pneu original. A recapagem renova o pneu, o que pode resultar em uma vida útil prolongada e desempenho semelhante ao de um pneu novo, sendo uma boa opção econômica ao cliente, reduzindo seu custo por quilômetro.

 

Os pneus recauchutados e remoldados envolvem a aplicação de uma nova camada de borracha, não apenas na banda de rodagem, mas também nos ombros ou nas laterais do pneu. Isso é feito para restaurar o pneu como um todo, não apenas a banda de rodagem, onde são submetidos a altas temperaturas e pressão, para que o material aplicado se ligue permanentemente ao pneu. Em comparação com pneus recapados, os recauchutados ou remoldados podem ter um desempenho inferior, principalmente em certas condições, como em velocidades mais altas ou em situações extremas.

 

A qualidade do pneu reformado pode depender do estado do pneu usado originalmente. Além disso, ao optar por pneus reformados, é importante ser seletivo na escolha do fornecedor, pois a qualidade do serviço pode variar, como constantemente são noticiados casos de reformas irregulares, realizadas em estabelecimentos não credenciados, e até mesmo onde pessoas “riscam” os sulcos do pneu usado (a chamada ressulcagem), deixando-o com aparência de que está em condições de uso.

 

A escolha por pneus novos ainda é a melhor opção para desempenho e segurança ideais, mas na escolha entre pneus reformados, a recapagem pode ser uma alternativa viável para reduzir custos, especialmente em frotas comerciais e veículos de carga. Para decidir por qual modelo de banda de rodagem optar, é importante consultar um profissional em recapagem de pneus, que forneça orientações específicas, com base no veículo, nas condições de uso e a real necessidade.

 

Importante ressaltar também que pneus desgastados ou inadequados podem comprometer a segurança. Se a utilização do veículo é para transporte de carga, longas viagens ou condições off-road, pneus novos ou recapados podem ser mais apropriados. Além disso, é de extrema importância escolher um fornecedor confiável e respeitável, que siga todos os padrões de qualidade.

 

Para o Gerente Industrial da DPaschoal, Marcos F. Rafael, o maior risco é a utilização de pneus reformados de maneira inadequada, feitos por profissionais sem capacitação e, na maioria das vezes, mal intencionados. “É preciso muito cuidado na hora de escolher o fornecedor e o prestador de serviços quando se optar pelo uso de pneus reformados, pois infelizmente temos pessoas que tentam ‘empurrar’ ao motorista pneus que passaram por processos sem as especificações necessárias, o que interfere no desempenho e principalmente, coloca em risco a vida do condutor, de passageiros e de pedestres. Muitas pessoas optam por pneus reformados, o que é economicamente mais viável, se comparado a pneus novos, mas é sempre bom ouvir um profissional de confiança, que conheça a melhor utilização/aplicação ao veículo, para que a melhor decisão possa ser tomada pelo motorista”, indica o profissional.

 

A DPaschoal, possui 124 lojas instaladas em mais de 100 cidades, de oito estados do Território Nacional, onde além de oferecer uma linha completa de pneus, também disponibiliza, como diferencial, a revisão de segurança gratuita a seus clientes, o que certamente vai ajudar a diagnosticar possíveis problemas na segurança do veículo, além de sete fábricas de recapagem, instaladas em quatro estados. O princípio de “Medir e Testar Antes de Trocar” está no DNA das lojas DPaschoal, graças a ferramentas exclusivas que avaliam a real necessidade de ter que trocar peças, pneus e a realização de serviços. A Companhia oferece em seus Truck Centers a experiência otimizada com tecnologia e sustentabilidade, para que ela seja completa e ajude a economizar ainda mais tempo e recursos para o bolso e para o planeta. Líder desse segmento no Brasil, a DPaschoal oferece alto padrão de qualidade, inovação e confiabilidade para o pneu recapado, com produtos, serviços e garantias. 



DPaschoal
https://www.dpaschoal.com.br


6 dicas de planejamento financeiro para quem está ingressando no mundo do trabalho

A preocupação com a organização das despesas deve
vir juntamente com a primeira oportunidade profissional
Créditos: Freepik
Primeiras oportunidades profissionais trazem o contato inicial com a remuneração e sensação de independência, mas é importante criar bons hábitos desde cedo para fazer o dinheiro render 

 

Para  muitas pessoas, a carreira  profissional começa com um estágio ou o ingresso no Programa de Aprendizagem. Somente  no primeiro semestre de 2023, o Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR) registrou 21.181 novos contratos de estágio e 4.064 para jovens aprendizes. Com a oportunidade no mundo do trabalho começa também o primeiro contato com a remuneração por meio da bolsa-auxílio, no caso dos estagiários, ou do salário para os aprendizes. 

O professor de filosofia, especialista em educação financeira e instrutor do CIEE/PR, Andrey Gonçalves Correia, destaca que a preocupação com a organização das despesas deve vir juntamente com a primeira oportunidade profissional. "Aquele jovem que começa a poupar desde cedo, criando bons hábitos, terá mais segurança e condições de conquistar seus bens de forma segura e sem se prejudicar no futuro." Confira outras dicas do especialista para aproveitar melhor sua renda:


1- Entenda o que é a sua remuneração

O dinheiro que você ganha no final do mês representa o tempo que dedicou à sua atividade. “É notável que a maioria das pessoas se surpreende por nunca ter pensado dessa forma. Essa reflexão pode ajudar a mudar a avaliação, ao perceber que tudo o que é comprado exigiu esforço para ser conquistado, então utilizar o dinheiro com mais responsabilidade é o caminho", afirma o especialista.


2- Se planeje antecipadamente

Você pode fazer isso no papel ou em uma planilha digital; o importante é planejar seus gastos e economias. Quando receber sua remuneração, registre o valor ganho, todos os gastos realizados e a quantia que pretende poupar. Dessa forma, no fim do mês, terá uma visão clara de seus gastos mensais e estará preparado para o próximo período.


3- Decida o que é “necessidade, desejo e impulso”

Ao avaliar um gasto, questione se é uma necessidade, um desejo ou uma compra por impulso. O objetivo é eliminar o maior número possível de despesas por impulso, priorizar as necessidades e planejar as compras desejadas. Considere criar uma conta poupança se estiver planejando adquirir algo que requer um investimento financeiro mais significativo.


4- Entenda métodos para economizar

Não existe um único jeito para poupar dinheiro. Há muitas maneiras de fazer isso, e cada uma se adequa a realidade de cada pessoa. Um dos métodos mais comuns é o “50/30/20”. Por meio dele, destina-se 50% do salário líquido para gastos fixos, reserva-se 30% para suas compras de desejo e, por fim, aloca-se 20% para uma reserva de emergência. “Alguns especialistas recomendam que a reserva de emergência seja equivalente a pelo menos seis meses de sua remuneração. Isso garante que, caso você saia da sua atividade atual ou tenha um contrato encerrado, terá recursos para se manter por até seis meses, cobrindo principalmente os gastos essenciais”, completa o instrutor. 


5- Atenção ao cartão de crédito e aos juros 

Quando você usa o cartão de crédito, não está usando seu próprio dinheiro, mas, sim, o dinheiro do banco. O limite que é disponibilizado para você é uma forma de empréstimo que ele conta com o pagamento que, se não for pago, resultará em cobrança de “juros sobre juros”. “Isso acontece quando as pessoas percebem como é fácil se endividar e não quitar a fatura, o que leva a um acúmulo para o próximo mês e cria a temida ‘bola de neve’”, afirma Correia.


6- Invista para o futuro

Muitas pessoas têm o objetivo de investir uma parte do dinheiro que recebem. Diversas instituições financeiras demonstram que é possível investir a partir de 50 reais por mês, ou até menos. “Vale a pena pesquisar com um profissional na área financeira e buscar informações cada vez mais sobre as modalidades que se adequam ao seu perfil e objetivos para uma vida financeira mais saudável”, destaca.


Dica Bônus: nunca é tarde para começar

É comum que jovens que estão começando sua carreira busquem essas dicas, mas nada impede que pessoas com mais experiência tentem encontrar formas para melhorar suas finanças pessoais. 

“Quando falamos de educação financeira, ou finanças pessoais, não podemos desconsiderar que cada indivíduo é único, e cada situação é particular. Não existe uma fórmula pronta, mas, sem dúvida, o acesso à informação, ao conhecimento e à reflexão pode ser de grande auxílio”, finaliza o especialista. 

 

Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná - CIEE/PR


Dia das Crianças: como não extrapolar o orçamento?

Especialista em finanças pessoais explica como pais e responsáveis podem se organizar para não gastarem demais durante essa data comemorativa

 

Comemorado em 12 de outubro, o Dia das Crianças é uma data bastante popular no Brasil e por isso muito esperada pelas crianças, visto que ganham presentes de seus pais e demais familiares. No entanto, apesar de ser uma celebração, é importante que os responsáveis se atentem aos gastos durante esse período, para que não extrapolem o orçamento.

De acordo com o especialista em finanças pessoais, João Victorino, é fundamental que os pais tenham um planejamento financeiro bem estruturado e organizado, para que consigam estabelecer um controle e não gastarem muito mais do que é permitido. Neste sentido, ele elenca cinco questões que devem ser levadas em consideração: 


  • A proximidade da data eleva o preço dos produtos

Os produtos voltados para crianças, especialmente brinquedos e eletrônicos, estão bem mais caros do que o normal neste período de comemoração, então passar do limite pode acabar comprometendo gastos essenciais. Planejar essas compras com antecedência pode ser uma boa ideia.


  • Não compre por impulso

É preciso atenção para realizar a compra de presentes. Muitos pais desembolsam valores altos nesta data, seja para agradar as crianças ou porque decidem sair comprando sem se planejar previamente. O maior erro é agir por impulso durante a tomada de decisões, acreditando que aquele produto é uma oportunidade única e que o filho não pode ficar sem.


  • Pesquisa de preços, sempre

Pais e responsáveis devem fazer a busca dos preços dos presentes que têm a intenção de comprar para as crianças a fim de que seja possível calcular uma média de valores e definir quanto irão gastar no total. É importante lembrar que não vale a pena extrapolar todo o orçamento em uma data comemorativa de um único mês e se prejudicar por um período indeterminado, com parcelas e dívidas.


  • Planejamento é tudo

É importante ter controle de gastos para aproveitar o momento sem maiores preocupações. Muitas vezes, os pais se planejam para surpreender a criança e dar um super presente no dia, o que também é válido e não precisa deixar de ser feito. O ponto é que qualquer compra que seja superior ao que a família pode arcar precisa ser planejada, para que seja feita com sabedoria e não traga problemas futuros.

Por último, o quinto ponto abordado tem a ver com a solidariedade:


  • O reaproveitamento de brinquedos pode ser uma boa ideia

Tentar reaproveitar materiais e ensinar seus filhos hábitos mais sustentáveis (apresentando brinquedos que usem menos plástico e mais materiais reciclados) é sempre uma boa ideia. Também é possível fazer uma doação dos brinquedos antigos dos seus filhos (desde que em bom estado) para entidades que precisem de recursos e comunidades carentes. Isso ajuda a quem precisa e, de quebra, coloca a cabeça do seu filho a pensar sobre a solidariedade – tão em falta, não é mesmo?

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Conheça as 5 falhas mais comuns nas estratégias de D&I cometidas pelas empresas

 CEO da Blend Edu, Thalita Gelenske, também dá dicas de como o mercado corporativo pode solucionar esses equívocos


Nos últimos anos, a discussão sobre diversidade e inclusão no ambiente corporativo ganhou enorme relevância e se tornou um pilar essencial para as empresas que buscam maior valorização das pessoas e impulsionamento dos resultados no dia a dia. Apesar dos consideráveis avanços, muitas empresas ainda enfrentam desafios significativos na implementação eficaz de estratégias na temática. Para se ter uma ideia, um estudo feito pela PwC apontou que apenas 5% das organizações globais relataram ter pleno sucesso em seus programas inclusivos. 

Segundo Thalita Gelenske, CEO e fundadora da Blend Edu, principal HRtech e ESGtech especializada em diversidade e inclusão do Brasil, o índice de maturidade das empresas na temática é baixo porque ele é complexo e está em constante mudança. “Hoje não existe uma ‘receita de bolo’, ou uma fórmula única para se chegar no resultado esperado. A abordagem deve considerar sempre a indústria, cultura organizacional e o contexto atual do negócio”, relata.

Apesar da necessidade das ações serem autorais, a especialista informa que é possível também aprender com algumas falhas recorrentes cometidas pelas empresas no processo de implementação da área. Pensando nisso, ela comenta em detalhes os equívocos mais comuns no mercado e traz algumas ideias para solucionar o problema. Confira, a seguir: 

 

  1. Terceirização da responsabilidade

Existe um ciclo vicioso que, mesmo de forma silenciosa, já se tornou comum no mercado corporativo. Após os líderes identificarem que a cultura de sua empresa não é inclusiva, os profissionais optam por delegar a responsabilidade de construção desses valores para o RH. Desorientado pela falta de referenciais, metodologias e cursos de qualidade, o setor acaba por não saber ao certo qual caminho seguir, tornando o processo de estruturação falho e desestruturado desde a sua concepção. Em seguida, o próprio RH tende a terceirizar a responsabilidade para grupos de afinidade, formado por colaboradores voluntários, que fazem parte de grupos minorizados e possuem interesse no tema de diversidade. 

Além de representar um certo comodismo, a terceirização da responsabilidade de D&I para os grupos de afinidade acaba sendo algo extremamente injusto, pois ela acaba transferindo a responsabilidade da resolução dos problemas estruturais para as pessoas que mais são afetadas por eles. Nessa situação, fazendo uma analogia mais simples, o “oprimido” precisa resolver problemas criados pelo “opressor”. 

Existem diversos caminhos que ajudam a quebrar esse ciclo, porém o passo mais importante é reconhecer que ele existe. A terceirização é um problema complexo e multifacetado e que dificilmente encontrará soluções simplistas. O melhor caminho passa por trazer essas pessoas à mesa, ouvindo suas dores, necessidades e demandas, sem sobrecarregá-las, sabendo que a construção de um ambiente diverso e inclusivo passa pela obrigação de todos. 

 

  1. Falta de conexão entre diversidade e inclusão e a estratégia do negócio

Independentemente do estágio de maturidade em que a organização se encontra, será fundamental pensar em como inserir diversidade na agenda estratégica do negócio. Quanto antes isso acontecer, melhor será o processo e mais rapidamente os resultados tendem a aparecer.

Vale dizer que existem dois caminhos mais comuns para construir essa conexão. O primeiro deles passa por adicionar diversidade e a inclusão como um objetivo ou meta corporativa. Este caminho tende a ser sólido, porém costuma demorar mais para ser viabilizado a depender do nível de maturidade interno. Outra possibilidade é conectar a diversidade com um dos itens que já compõem a agenda estratégica atual da empresa. Por exemplo, se a organização está falando sobre colaboração, mostre para a alta liderança que D&I possui uma conexão extremamente forte com o assunto. Essa solução costuma apresentar os resultados mais rapidamente.

 

  1. Realizar apenas ações pontuais 

Outro erro bastante comum é o fato de muitas companhias ainda encararem a temática D&I como um tema pontual. A grande verdade é que os programas de diversidade devem ter como objetivo primordial a estruturação de uma cultura de longo prazo, fazendo com que elas realmente apresentem um ambiente inclusivo de forma contínua. 

Para isso, é preciso criar uma consciência coletiva e um senso de urgência sobre a temática. Não adianta criar eventos celebrativos, discussões pontuais e construir comunidades, se não houver mudanças estruturais: ajustar processos, revisar produtos, incluir pessoas diversas na tomada de decisão. 

A corporação precisa criar um plano de ação com base em dados, percepção e experiência dos colaboradores. E, claro, vale destacar que esse projeto deve ter o apoio consultivo de pessoas de grupos minorizados.

 

  1. Falta de recursos

Investir recursos (financeiros e pessoais) é um passo fundamental, mas muitas vezes esquecido pelas empresas. É imprescindível que todos não só entendam a importância do tema, mas estejam empenhados em construir uma estrutura interna para fazer com que as ações sejam sustentáveis no longo prazo.  

Minhas organizações partem do princípio de que diversidade é um tema transversal e, portanto, não precisam ter uma área específica para realizar sua gestão. No entanto, é fundamental alocar pessoas, definir áreas (ou grupos de trabalho) e estabelecer orçamento para fazer a estratégia de diversidade sair do papel.

 

  1. Não ter o apoio da liderança

Por mais que todos os colaboradores acabem compondo a cultura organizacional, é fundamental entendermos que a cultura é fortalecida a partir das ações, decisões e posicionamentos da alta liderança da organização.

Portanto, o apoio dos c-levels e gestores é fundamental, não só para servir como exemplo, mas também por transmitir aos profissionais as decisões e caminhos a serem seguidos. Além disso, quando uma empresa começa a trazer reconhecimento para os líderes que já estão fazendo um bom trabalho na área, esse tipo de comportamento se espalha, sendo replicado rapidamente nos outros colaboradores que também querem fazer parte dessa cultura mais inclusiva.  



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